A INSTÂNCIA NARRATIVA DE O TEMPO E O VENTO: DO ROMANCE AO FILME

Autores

  • Ana Cristina T. de Brito Carvalho

Resumo

O romance de Érico Veríssimo O Tempo e o Vento publicado em 1949 é constituído a partir da narração heterodiegética em uma perspectiva onisciente e onipresente, através da qual são representados 150 anos de História, revelando a origem da sociedade rio-grandense. Na adaptação fílmica do diretor Jaime Bonjardim, de 2013, a narração passa a configurar-se na perspectiva homodiegética e autodiegética, correspondendo a rememorações e reflexões da personagem Bibiana, neta de Ana Terra e de Pedro Missionário, que conta a saga de sua família e sua própria historia. Nosso objetivo é apontar as alterações de focalização ocorridas na tradução fílmica da narrativa O Tempo e O Vento, mais precisamente nas instâncias narrativas que correspondem ao capítulo Ana Terra, e refletir sobre as alterações sígnicas advindas da mudança de focalização e dos novos recursos audiovisuais que passam a compor a narração nesse novo meio semiótico, a narrativa fílmica. Desse modo, nos fundamentamos no conceito de focalização proposto por Gerard Genette, na definição de adaptação de Linda Hutcheon e também nos estudos sobre as instâncias narrativas desenvolvidos por André Gaudreault e François Jost.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2014-10-13