VOZES FEMININAS COMO REGISTRO LITERÁRIO E POLÍTICO NO CONTEXTO AFRICANO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Autores

  • Ana Ximenes Gomes de Oliveira Universidade Federal da Paraíba

Palavras-chave:

Tradução literária, Autoria feminina, Cânone.

Resumo

No presente estudo, procuro investigar os registros literários de antologias e revistas dos países africanos de língua portuguesa, observando escritoras africanas como um dos elementos principais da resistência revolucionária no processo de independência e como a tradução é manipulada a partir de indicativos de mercado por parte das editoras e da crítica. Além disso, a análise de produções dos escritores locais é fundamental para entender como a imagem da mulher foi construída e deturpada, principalmente pela dificuldade de publicação no meio literário. A produção feminina de autoras como Paula Tavares, Alda Lara, OrlandaAmarilis, Noémia de Sousa e Paulina Chiziane, apresenta a mulher falada por ela mesma, deixando de ser um “falar sobre”, a partir de uma autoria masculina.Ademais, torna-se válido, também, explorar a questão da língua nestes países, que apresenta, ao mesmo tempo, uma unificação e uma dispersão interna, considerando as dificuldades de alcance abrangente pela tradução literária e cultural. Para tanto, terei como ponto de partida as contribuições de FONSECA (2008) apresentando um panorama da importância destes registros e o resgate histórico que estes representam. Para abordar as questões da formação/manipulação do cânone literário e da tradução, serão expostas as discussões levantadas por BOURDIEU (1998) e CASANOVA (2002), no que consiste a ligação entre cânone e o lugar que se fala e a notória presença do capital cultural como distinguidor de classe social e a posse de informações.

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Biografia do Autor

Ana Ximenes Gomes de Oliveira, Universidade Federal da Paraíba

Mestranda em Literatura pela UFPB

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Publicado

2014-12-19

Edição

Seção

Artigos