Como se despedir: teoria e prática epidítica nos propemptiká de Estácio (silv. 3.2) e Quevedo (Silva Quinta)

Autores

  • Luiza Helena Carvalho Universidade Federal do Espírito Santo
  • Leni Ribeiro Leite

Palavras-chave:

Retórica Antiga, Gênero epidítico, Gênero Silva, Estácio, Francisco de Quevedo

Resumo

Este artigo visa analisar as relações entre a retórica e a poética na poesia de Estácio (séc. I) e Francisco de Quevedo (séc. XVII). A retórica antiga era dividida por Aristóteles entre os gêneros judicial, deliberativo e epidítico, de acordo com as finalidades de quem discursava. O terceiro gênero foi categorizado a partir de situações por Menandro Retor na obra Sobre o epidítico, sendo uma delas o discurso de despedida (propemptikón). Por isso, seguindo as considerações acerca dos propemptiká sistematizadas por Menandro, buscamos estabelecer as conexões entre o epidítico retórico nas composições poéticas em silva dos autores mencionados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARISTÓTELES. Retórica. Trad. de Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto e Abel do Nascimento Pena. Lisboa: Casa da Moeda, 2005.

BRUNETTA, Giulia. Strategies of Encomium in Statius’ Silvae. 2013. 225 f. Thesis (PhD in Classics) - Department of Classics, Royal Holloway, University of London, London, 2013.

BURGESS, Theodore Chalon. Epideictic literature. Chicago: The University of Chicago, 1902.

CAIRNS, Francis. Generic Composition in Greek and Roman Poetry. Corrected and with new material. Ann Arbor: Michigan Classical, 2007 [1972].

CANDELAS COLODRÓN, Manuel Ángel. Las silvas de Quevedo. Vigo: Servicio de Publicacións da Universidad de Vigo, 1997.

CARVALHO, Luiza Helena Rodrigues de Abreu. Elementos de permanência do gênero silva da Antiguidade romana à Modernidade espanhola: Estácio e Quevedo (sécs. I-XVII). 2018. 153 f. Dissertação (Mestrado em Letras), Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2018.

GRIMAL, Pierre. Dicionário da Mitologia Grega e Romana. Trad. de Victor Jabouille. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2005.

HORÁCIO. Odes e Canto Secular. Org. de Heloísa Penna e Júlia Batista Castilho de Avellar. Belo Horizonte: Viva voz, 2014.

LAGUNA MARISCAL, Gabriel. Estácio: Silvas III: Introducción, Edición Crítica, Traducción y Comentario. Sevilla: Fundación Pastor de Estudios Clásicos, 1992.

LEITE, Leni Ribeiro; CARVALHO, Luiza Helena Rodrigues de Abreu. O gênero retórico demonstrativo e sua influência em obras poéticas segundo Menandro Retor, Horácio e Quintiliano. Roda da Fortuna, v. 4, n. 2, p. 209-225, 2015.

MANÍLIO. Astronômicas. Tradução, Introdução e notas de Marcelo Vieira Fernandes. In: FERNANDES, Marcelo Vieira. Manílio: Astronômicas. 2006. 289 f. Dissertação (Mestrado em Letras Clássicas) – Programa de Pós-Graduação em Letras Clássicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. p. 48-256.

MENANDER RHETOR. On epideictic. Edited with translation and commentary by D. A Russell and N. G. Wilson. Oxford: Oxford University, 1981.

PLINY THE ELDER. Naturalis Historiae. Trans. by Harris Rackham. Cambridge: Harvard University, 1938.

PUTNAM, Michael C. J. Statius Silvae 3.2: Reading Travel. Illinois Classical Studies, v. 42, n. 1, p. 83-139, 2017.

QUEVEDO, Francisco de. Las tres musas ultimas castellanas. Madrid: Imprenta de Sancha, 1791.

STACE. Silves. Texte établi par Henri Frère et traduit par H. J. Izaac. Paris: Les Belles Lettres, 1944.

STATIUS. Silvae. Traduzido por Anthony S. Kline. 2012. Disponível em: <https://goo.gl/aN1bQp>. Acesso em: 24 jan. 2020.

STATIUS. The Silvae of Statius. Translated with notes and Introduction by Betty Rose Nagle. Indianapolis: Indiana University, 2004.

Downloads

Publicado

17.06.2020

Edição

Seção

DOSSIÊ: LITERATURA E RETÓRICA NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA