SOBRE TEMPOS E LUGARES DA ARTE NO CURRÍCULO ESCOLAR BRASILEIRO

Autores

  • Carla Cunha Rodrigues

DOI:

https://doi.org/10.15687/rec.v6i1.15995

Resumo

Este trabalho traz uma discussão sobre o processo de inserção de Artes como uma disciplina obrigatória no currículo das escolas de ensino fundamental no Brasil, abordando transformações ocorridas no campo durante este processo e fazendo articulações com os estudos da história das disciplinas escolares de Ivor Goodson. Entendendo o currículo como um espaço-tempo de negociação e disputas, as ideias de Bernstein sobre autonomia, relações de poder e controle nas disciplinas, foram trazidas para pensar o modo como Artes esteve e está inserida no currículo escolar, como ela se estrutura e se articula ao contexto pedagógico e as tensões que configuram a relação entre Artes e outras disciplinas. Argumentamos que os sentidos construídos por meio de políticas, de sistemas de culturas e discursos que são atribuídos aos diferentes saberes e práticas escolares geram conflitos e disputas que são ressignificados e recontextualizados por professores e alunos e, neste sentido, Artes ainda ocupa um lugar desprivilegiado no currículo escolar brasileiro.