ENTRE O DISCURSO E A MATERIALIDADE: A CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA SOB A ÉGIDE KANTIANA EM SALAS DE AULA DE BELO HORIZONTE

Autores

  • Kátia Aparecida de Souza e Silva

DOI:

https://doi.org/10.15687/rec.v7i1.19414

Resumo

O presente texto objetiva apresentar resultados de pesquisa que buscou investigar empiricamente se as experiências curriculares as quais os/as jovens alunos e alunas são submetidos favorece o desenvolvimento da ética, do esclarecimento e da autonomia conforme os pressupostos kantianos e adornianos. Além disso, procurou-se elucidar no processo pedagógico (educar, ensinar e formar), o movimento de crise como momento de instabilidade em que os alunos desenvolvem a autorreflexão conforme afirma Hegel. O estudo, de cunho qualitativo, amparou-se na Teoria da Educação, na teoria crítica de currículo e na Teoria Crítica de Theodor Adorno. A metodologia de pesquisa utilizada foi a hermenêutica objetiva que permitiu a reconstituição da aula. Na maior parte das aulas analisadas, observou-se uma educação pautada no disciplinamento e no cumprimento de regras sem um movimento de reflexão. E um ensino fundado no discurso do professor, que se baseia em conhecimentos banalizados, e sustentados, muitas vezes, no senso comum e por informações erradas. A aula se torna na maioria das vezes um evento burocrático, com forte preocupação para a realização de uma avaliação. De forma geral, a escola afasta a experiência de conhecimento e favorece a semiformação.