Amazônia Azul, pensamento marítimo brasileiro e cooperação

Autores

  • Carlos José Crêspo Santos Universidade Federal de Pernambuco
  • Stephanie Queiroz Garcia Universidade Federal de Pernambuco

Resumo

O Brasil possui 7.367 km de fronteiras marítimas. O mar tem sido um elemento fundamental na formação e desenvolvimento da economia brasileira, a cultura e a sociedade. O Brasil vem tentando há décadas para influenciar o destino do sul Oceano Atlântico, apoiando uma visão baseada em três princípios. Em primeiro lugar, mantendo Atlântico Sul uma região livre de armas nucleares, em segundo lugar, por considerá-la como uma importante fonte econômica de energia, alimentos e serviços, em terceiro lugar, através do reforço da proteção do mesmo, atualizando a sua segurança marítima e de defesa, bem como através do desenvolvimento de cooperação e governança mar com outros países da América do Sul e África, que partilham este oceano com o Brasil. Assim, através de uma análise conceitual de teórica do entendimento brasileiro sobre Amazônia Azul e o seu pensamento marítimo sob a ótica das fronteiras marítimas e da Estratégia Nacional de Defesa (2008), espera-se encontrar uma correlação entre a proteção de fronteiras marítimas e a consolidação de uma indústria de defesa, isso tanto em um nível interno como em um externo, através da cooperação com países vizinhos para criação de um aparato de defesa regional, colocando em foco a chamada cooperação interagência.

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Biografia do Autor

Carlos José Crêspo Santos, Universidade Federal de Pernambuco

Doutorando em Ciência Política junto ao PPGCP da Universidade Federal de Pernambuco. Bolsista CAPES/Pró-Defesa e sócio da ABED. E-mail: cajecs@hotmail.com.

Stephanie Queiroz Garcia, Universidade Federal de Pernambuco

Doutoranda em Ciência Política junto ao PPGCP da Universidade Federal de Pernambuco. Bolsista FACEPE. E-mail: steqgarcia@gmail.com

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Publicado

14.01.2016

Como Citar

Santos, C. J. C., & Garcia, S. Q. (2016). Amazônia Azul, pensamento marítimo brasileiro e cooperação. Revista De Iniciação Científica Em Relações Internacionais, 3(5), 124–135. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/ricri/article/view/26508

Edição

Seção

Dossiê

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