A ascensão de João Dória e o ethos do neopentecostalismo na periferia paulistana

Autores

  • Robson Gabioneta unicamp
  • Armando Augusto Raphael

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-0476.2017v7n2.35932

Palavras-chave:

Eleições, sociologia da religião, neopentecostalismo.

Resumo

A eleição de João Dória em 2016 causou diversas reações em diferentes partes da sociedade, de analistas da grande mídia até estudiosos acadêmicos. A ascensão meteórica de sua campanha e a sua eleição ainda em primeiro turno criou uma inquietação no mundo político em um misto de surpresa e perplexidade. Várias hipóteses foram levantas por esses diferentes setores, desde suposições talhadas no desgaste que o PT e a parte da esquerda política tiveram com os resultados do Golpe Parlamentar de 2016, passando por elucidações sobre crises de representação política e da falta de confiança do eleitorado no modelo político brasileiro, e chegando por linhas que sugeriam uma aguda “guinada” à direita de grande parte da população brasileira. Pretendemos neste artigo apresentar algumas aproximações do conteúdo dos programas e discursos do então candidato Dória com elementos de doutrinas apropriadas por grupos do movimento neopentecostal, exaltando suas semelhanças entre o aspecto teológico com a plataforma tucana. Para tanto iremos analisar alguns pontos do programa de governo do mesmo, da pesquisa da Fundação Perseu Abramo e com alguns apontamentos teóricos de Weber, Ronaldo e Mariano, para apresentar como os valores do neopentecostalismo são significativos no imaginário político na cidade de São Paulo.

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Publicado

2017-12-11

Edição

Seção

Artigos: Dossiê