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ANÁLISE DE UMA TRADUÇÃO DO CONTO BOULE DE SUIF, DO FRANCÊS PARA O PORTUGUÊS
Colares, Adriana Almeida
da Silva, Janete Silveira
O conto Boule de Suif, Bola de sebo em português, escrito pelo escritor francês Guy de Maupassant e publicado em 1880, já foi traduzido para a língua portuguesa em várias épocas e por vários tradutores diferentes. É um dos mais importantes do autor e traz grande crítica à sociedade da época. Crítica que se estende a sociedades de outras épocas, inclusive à realidade atual, o que confirma a riqueza do texto em termos de expressão do comportamento humano, que se aplica a qualquer época. A análise de uma das traduções do conto foi realizada inicialmente para o trabalho final de uma disciplina do curso de especialização em estudos da tradução na Universidade Federal do Ceará. A tradução escolhida foi feita pelo tradutor Paulo Mendes Campos. Sabe-se que ao traduzir, principalmente quando se trata de um texto literário, o tradutor precisa fazer escolhas e que uma tradução é de certa forma, uma leitura. Com base nisso, analisaremos a tradução no que diz respeito às escolhas do tradutor em relação principalmente aos nomes das personagens, dos lugares e outros nomes próprios que aparecem na obra. Analisaremos também trechos do original que não aparecem na tradução e trechos que não existem no original, mas que estão na tradução. Mostraremos também que o tradutor, às vezes, traduz o mesmo termo diferentemente em diferentes momentos e tentaremos entender/explicar a razão pela qual ele o faz. Acompanhando a análise, sem julgamento ou juízo de valor, falaremos também das nossas escolhas em relação aos trechos analisados.
Cultura e Tradução
2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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LA BELLE ET LA BÊTE DE MME DE VILLENEUVE: TRADUÇÃO DE UM CONTO DE FADAS PARA MAIORES
de Sousa, Aída Carla Rangel
Torres, Marie-Hélène Catherine
Nesta comunicação abordamos alguns aspectos da tradução comentada do conto francês La Belle et la Bête (1740), de Mme de Villeneuve, tema de nossa pesquisa de doutorado em andamento. O século 18, contexto histórico-cultural da obra em questão, é lembrado por grandes acontecimentos que repercutiram na vida intelectual e cultural da sociedade francesa. A produção literária de escritores como Voltaire, Rousseau, Diderot, entre outros, contribui para formar o cânone literário dessa época (MASSON, 2007). Por outro lado, o conto de fadas ganha novo impulso desde o final do século 17, nos salões literários e na corte do Antigo Regime francês. O gênero se expande e a escrita feminina deixa aí sua marca, de certa forma esquecida com o tempo. Considerando a influência de Mme de Villeneuve na propagação do gênero conto de fadas na literatura, é nossa proposta destacar, em primeiro lugar, a forma desse conto, que mais se assemelha a um romance, por sua densidade, com alguns trechos em escrita epistolar, bem ao gosto da época. Em segundo lugar, abordamos alguns aspectos da tradução desse conto para o inglês por J.R. Planché, em 1858. Por último, apresentamos um esboço do projeto de tradução comentada para o português, em desenvolvimento, com ênfase para aspectos estilísticos e semânticos, norteado pela tradução ética, conforme Berman (2003).
Cultura e Tradução
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TRADUZIR A LITERATURA DE VIAGEM FRANCESA AO BRASIL QUINHENTISTA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA
de Souza, Alexandrino
UFPB
Como se sabe, a primeira literatura sobre o Brasil não foi escrita pelos descobridores portugueses, mas pelos pretendentes colonizadores franceses. Abstraindo-se a Carta de Pero Vaz de Caminha, informe curto e superficial, em que pesem suas qualidades literárias, somente redescoberto e publicado no século XIX graças a Francisco Adolfo de Varnhagen, os primeiros livros sobre o Brasil nasceram da tentativa malograda de fundação de uma colônia francesa na Baía de Guanabara, entre 1550 e 1560, sob o comando de Nicolas Durand de Villegagnon. São eles As singularidades da França Antártica, de André Thevet (Paris, 1557), e a Historia de uma viagem feita à terra do Brasil (Genebra, 1578), de Jean de Léry. O objetivo desta comunicação é relatar a experiência de traduzir uma narrativa de uma (suposta) primeira viagem de Thevet ao Brasil, em que ele descreve não apenas o litoral do Nordeste, mas também o sertão. É talvez a primeira descrição do interior nordestino escrita por um europeu. Deixado em estado de manuscrito, as edições francesas do texto datam do século XX, mas ele permanece inédito em língua portuguesa. Feita a tradução, mas ainda não publicada, pretende-se relatar as dificuldades em traduzir o francês do século XVI e as adaptações que se fizeram necessárias, a fim de dar legibilidade e acessibilidade ao leitor de língua portuguesa, especialmente ao público brasileiro.
Cultura e Tradução
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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TRADUÇÕES DE VERSO EM PROSA
Cardoso, Ana Cristina Bezerril
UFPB
Escritas em verso no século XVII, as fábulas do francês Jean de La Fontaine são traduzidas frequentemente em prosa, tanto no Brasil quanto em outros países. Seguindo a linha dos Estudos Descritivos da Tradução (DTS) de Gideon Toury (2012), em que a tradução é vista como fato da cultura de chegada, o presente trabalho visa apresentar e situar no sistema literário brasileiro, as traduções em prosa das fábulas lafontainianas. Segundo Anthony Pym, a recorrência de traduções em prosa, de textos originalmente escritos em verso, caracteriza uma norma de tradução, denominada por ele, como a norma do “verso em prosa”. Para este teórico, “[...] as normas não são leis que todos devem obedecer. Normas são mais uma prática padrão comum segundo a qual todos os outros tipos de prática são definidos” (PYM, no prelo). No caso do sistema literário brasileiro, a norma do “verso em prosa” é uma prática adotada pelos tradutores desde o século XIX. Ela continua sendo seguida até os dias atuais, sobretudo para as edições direcionadas ao público infantojuvenil. A primeira obra brasileira a conter fábulas traduzidas de La Fontaine foi a Collecção de Fabulas imitadas de Esopo e de La Fontaine de autoria de Justiniano José da Rocha, publicada em 1852. Já nesta obra, as fábulas foram traduzidas em prosa.
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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A INSTÂNCIA NARRATIVA DE O TEMPO E O VENTO: DO ROMANCE AO FILME
Carvalho, Ana Cristina T. de Brito
O romance de Érico Veríssimo O Tempo e o Vento publicado em 1949 é constituído a partir da narração heterodiegética em uma perspectiva onisciente e onipresente, através da qual são representados 150 anos de História, revelando a origem da sociedade rio-grandense. Na adaptação fílmica do diretor Jaime Bonjardim, de 2013, a narração passa a configurar-se na perspectiva homodiegética e autodiegética, correspondendo a rememorações e reflexões da personagem Bibiana, neta de Ana Terra e de Pedro Missionário, que conta a saga de sua família e sua própria historia. Nosso objetivo é apontar as alterações de focalização ocorridas na tradução fílmica da narrativa O Tempo e O Vento, mais precisamente nas instâncias narrativas que correspondem ao capítulo Ana Terra, e refletir sobre as alterações sígnicas advindas da mudança de focalização e dos novos recursos audiovisuais que passam a compor a narração nesse novo meio semiótico, a narrativa fílmica. Desse modo, nos fundamentamos no conceito de focalização proposto por Gerard Genette, na definição de adaptação de Linda Hutcheon e também nos estudos sobre as instâncias narrativas desenvolvidos por André Gaudreault e François Jost.
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PASSADO E MEMÓRIA NAS LAVOURAS DE RADUAN NASSAR E LUIZ FERNANDO CARVALHO
de Albuquerque, Ana Karla Costa
André, o narrador de Lavoura Arcaica (1975), de Raduan Nassar, faz de suas buscas ao seu fundo memorial o principal suporte para a história que conta. Ora cauteloso, ora verborrágico e incontrolável, o seu discurso é uma mistura de fluxo com ardil, uma sobreposição de temporalidades distintas, oriundas também de lugares diferentes do seu apreço ou de sua rejeição. Aparentemente distante do tempo a que se reporta, ele rememora, revive e em certos momentos se esforça para trazer lembranças da infância e adolescência para a sua escrita. Sem nenhuma intenção de mimetizar a ação passada, André, ao contrário, faz da tentativa de imitar verbalmente a torrente imagética dos pensamentos uma estratégia para esconder num labirinto a sua capacidade de seleção do que publica, seus julgamentos cuidadosamente trabalhados a lucidez implícita do presente a partir de onde fala. A comunicação oral a qual este resumo se reporta, é parte da dissertação de mestrado apresentada em Abril de 2013 e pretende apresentar como está configurada a representação da memória em Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar, e a relação que esta estabelece com a invocação do passado do André de LavourArcaica (2001) dirigido por Luiz Fernando Carvalho.
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FERDINAND DENIS, TRADUTOR DE TEXTOS SOBRE O BRASIL
Donegá, Ana Laura
Em fevereiro de 1821, de volta a Paris após uma estadia de quatro anos em território brasileiro, Ferdinand Denis publicou nas páginas do Journal des Voyages, découvertes, et navegations modernes o seguinte artigo: “Lettre inédite de Pedro vas de Caminha sur la Découverte du Brésil”. Trata-se da primeira tradução para o francês da qual se tem notícia do documento escrito pelo escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral em 1500. Meses depois, o periódico Nouvelles Annales de la géographie et de l’histoire acolheu duas outras traduções feitas por Denis de textos sobre o Brasil. A primeira delas, “Notices sur les Capitaineries de Para et de Solimoens, au Brésil”, apareceu no tomo IX, e a segunda, “Notices sur la province de Mato Grosso. Extrait de la Corografia Brasilica”, saiu dois números mais tarde. Este artigo toma por objeto as três traduções feitas por Denis no decorrer de 1821 com o intuito de contribuir para os estudos sobre as trocas culturais realizadas entre a França e o Brasil no século XIX. Pretende-se, em um primeiro momento, comparar as versões francesas com os textos originais a fim de se descobrir algumas marcas do trabalho do tradutor. Por fim, tenciona-se averiguar de que maneira essas traduções ajudaram a diminuir a distância entre os dois continentes, aproximando os leitores franceses da realidade nacional.
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VOZES FEMININAS COMO REGISTRO LITERÁRIO E POLÍTICO NO CONTEXTO AFRICANO DE LÍNGUA PORTUGUESA
de Oliveira, Ana Ximenes Gomes
No presente estudo, procuro investigar os registros literários de antologias e revistas dos países africanos de língua portuguesa, observando escritoras africanas como um dos elementos principais da resistência revolucionária no processo de independência e como a tradução é manipulada a partir de indicativos de mercado por parte das editoras e da crítica. Além disso, a análise de produções dos escritores locais é fundamental para entender como a imagem da mulher foi construída e deturpada, principalmente pela dificuldade de publicação no meio literário. A produção feminina de autoras como Paula Tavares, Alda Lara, Orlanda Amarilis, Noémia de Sousa e Paulina Chiziane, apresenta a mulher falada por ela mesma, deixando de ser um “falar sobre”, a partir de uma autoria masculina. Ademais, torna-se válido, também, explorar a questão da língua nestes países, que apresenta, ao mesmo tempo, uma unificação e uma dispersão interna, considerando as dificuldades de alcance abrangente pela tradução literária e cultural. Para tanto, terei como ponto de partida as contribuições de FONSECA (2008) apresentando um panorama da importância destes registros e o resgate histórico que estes representam. Para abordar as questões da formação/manipulação do cânone literário e da tradução, serão expostas as discussões levantadas por BOURDIEU (1998) e CASANOVA (2002), no que consiste a ligação entre cânone e o lugar que se fala e a notória presença do capital cultural como distinguidor de classe social e a posse de informações.
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A TRADUÇÃO DE EXPRESSÕES METAFÓRICAS EM UM TEXTO SPECIALIZADO DO CAMPO DA SAÚDE
Fajardo, Ananyr Porto
Reuillard, Patrícia Chittoni Ramos
Esse trabalho aborda o processo de tradução de textos especializados a partir do estudo de um artigo no campo da saúde. Redigido em inglês, o original relata achados de busca referentes a uma questão inusitada em pesquisa – efeitos da risada na saúde e no adoecimento das pessoas. Enfocamos a tradução em português de expressões metafóricas, entendidas como expressões idiomáticas com baixo grau de idiomaticidade e uma relação muito clara entre a imagem utilizada e o significado corrente, não usuais nesse gênero textual. A abordagem funcionalista da tradução embasou a definição de tipo, gênero e função textual, bem como o reconhecimento de referências extralinguísticas e condicionantes culturais, considerando a comunidade discursiva à qual o original foi dirigido, profissionais de saúde, mais especificamente, médicos. Enfatizamos as expressões metafóricas relacionadas ao tema da risada, buscando equivalências funcionais na ausência de equivalência direta satisfatória no contexto abordado. No produto final utilizamos tanto a modalidade de tradução manifesta como a velada para busca de equivalência direta e funcional, respectivamente. Recorremos mais à equivalência funcional do que à direta na tradução das expressões de nosso interesse, pois em várias situações foi necessário recriar seu sentido, substituindo a versão dicionarizada por outra mais próxima do jogo de palavras utilizado pelos autores do artigo, o que confirma nossa escolha pela abordagem funcionalista. Com isso, é possível pensar como os tradutores podem alcançar o princípio da lealdade junto aos leitores e ao cliente em relação ao compromisso inicial para com o autor.
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AS TRADUÇÕES DOS ROMANCES DE AMÉLIE NOTHOMB NO CAMPO LITERÁRIO BRASILEIRO
Pereira, Anderson Gustavo Silva Macedo
A tradução é o principal vetor de difusão de romances estrangeiros dentro de um campo literário nacional. Em um campo literário atualmente dominado pelas literaturas de língua inglesa como o brasileiro, torna-se relevante analisar o lugar reservado às literaturas de língua francesa contemporâneas. Traduzida em trinta e cinco línguas (AMANIEUX, 2005) e vencedora dos prêmios literários René-Fallet (1993), Alain-Fournier (1993), Chardonne (1993), Grande Prêmio do romance da Academia Francesa (1999), Flore (2007) e Jean-Giono (2008), a autora belga nascida em Kobe, no Japão, Amélie Nothomb também goza de grande reconhecimento por parte do público leitor francês, seus livros, lançados desde 1992 ao ritmo de um por ano pela editora Albin Michel, alcançando altos índices de vendas naquele país (JORGE, 2006). Entendendo a tradução enquanto troca de ideias (BOURDIEU, 2002) ou mesmo mediação entre duas culturas distintas (KATAN, 1999), este trabalho pretende evidenciar de que maneira a produção desta autora é introduzida e recebida no Brasil. Busca-se com isso determinar o espaço ocupado por Nothomb neste país, observando, por meio da análise da tradução de cinco de seus vinte e dois romances, como se deu sua inserção no cenário nacional, bem como as motivações que levaram editoras brasileiras a traduzi-los e publicá-los.
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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TRANSFERÊNCIAS CULTURAIS EM TORNO DE CANAÃ, DE GRAÇA ARANHA
de Souza, Antonia Pereira
Neste artigo pretende-se analisar alguns aspectos referentes às transferências culturais em torno do romance Canaã, de Graça Aranha, publicado em 1902, bem como na ficção dessa obra. O estudo versará sobre a história da obra, envolvendo a origem do livro, provavelmente baseada nas questões referentes à imigração alemã, no Brasil, do século XIX, acrescidas de aspectos ficcionais; o enredo, que gira em torno das personagens Milkau, alemão e Maria Perutz, brasileira; as edições brasileiras e internacionais, ressaltando-se que Canaã é um símbolo de sucesso da literatura brasileira, uma vez que desde seu lançamento, foi editado em todas as décadas, às vezes, até por duas ou mais editoras ao mesmo tempo; as críticas positivas e negativas, sobressaindo-se as positivas que elegiam Graça Aranha como o melhor representante das letras brasileiras, pela universalidade observada no livro; as traduções para os idiomas francês, inglês, italiano e espanhol; além da circulação no Brasil e no exterior. Na ficção, será analisada, sobretudo, a presença de alemães e nordestinos no Espírito Santo, trazendo consigo seus costumes, lendas, músicas e a forte presença do idioma alemão, quase substituindo a língua portuguesa na região de Porto Cachoeiro. O aporte teórico são as ideias de Michel Espagne (2012), Helenice Rodrigues (2010) e Béatrice Joyeux (2002).
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2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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O GÓTICO DE EDGAR ALLAN POE EM VINCENT, DE TIM BURTON – SOB UM OLHAR INTERSEMIÓTICO E INTERTEXTUAL
Fernandes, Auricélio Soares
O presente artigo tem como objetivo levantar uma breve discussão acerca do dialogismo e da intertextualidade do curta-metragem Vincent (1982), de Tim Burton, com a literatura de Edgar Allan Poe e outros discursos artísticos distintos provenientes da estética gótica. Nesse estudo, pretendemos ressaltar como o caráter interativo dos diversos discursos existentes em nossa sociedade nos traz inúmeras possibilidades de discutir a influência e as relações intertextuais de um texto, pois “o discurso nasce no diálogo como sua réplica viva, forma-se na mútua-orientação dialógica do discurso de outrem no interior do objeto. A concepção que o discurso tem de seu objeto é dialógica” (BAKHTIN, 2002, 88-9). Para fundamentar nossa discussão, utilizamos teorias da semiótica de Peirce (1999), da intersemiótica de Plaza (2008), do dialogismo de Bakhtin (2002), além de textos teóricos e críticos da área da linguagem cinematográfica, a exemplo de Aumont e Marie (2006), teorias do gótico de Botting (1996) e Punter e Byron (2007), entre outros.
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2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA DOS DEUSES E HERÓIS MITOLÓGICOS CLÁSSICOS NOS ESCUDOS DOS TIMES DE FUTEBOL
Bezerra, Bruno Alacy Nunes
Pinheiro, Thayara Rodrigues
A mitologia greco-latina era a forma como os antigos explicavam o mundo em seus mais variados aspectos: fenômenos naturais, modo de agir das pessoas, guerras, sentimentos, etc. Seus mitos e personagens eram bastante difundidos no mundo clássico, sendo encarados de forma religiosa. Esses aspectos mitológicos ainda persistem de forma intensa e de variadas maneiras atualmente. Podemos comprovar essas vinculações contemporâneas com o clássico mitológico, por exemplo, nos escudos de alguns times de futebol ao redor do mundo. Essa recorrência a deuses e heróis mitológicos nos escudos, uma das principais marcas de identificação de um clube, busca uma ligação entre o clube e os valores associados a esses personagens e seus mitos. Considerando o processo de tradução intersemiótica como o ato de apropriação de sentidos através de um processo de recriação interpretativa (Hutcheon, 2011), este trabalho visa analisar os mitos e os escudos dos times de futebol atuais que contemplem a representação da imagem de algum Deus ou Herói mitológico. Teoricamente, este estudo centra-se nos conceitos sobre mitologia de Pierre Grimal (2005) e nas discussões da tradução intersemiótica de Linda Hutcheon (2011) e Charles Sanders Peirce (1983). O corpus do nosso trabalho é formado por uma coletânea dos times profissionais de futebol que estejam em atividade e que em seus escudos oficiais atualizados contenham uma representação imagética de algum Deus ou Herói da mitologia Clássica. Foram encontrados cerca de vinte e cinco clubes que obedecem aos critérios estabelecidos acima e assim compõem nosso objeto de análise.
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2014-10-14 00:00:00
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A ALEGORIA POLÍTICA EM THE BUTCHER BOY: DO ROMANCE ÀS TELAS
Vieira, Bruno Rafael de Lima
The Butcher Boy (1992), escrito por Patrick McCabe, foi levado aos cinemas em 1997 por Neil Jordan. O enredo retrata a vida de Francie Brandy, menino de 12 anos que ama quadrinhos e filmes. É filho de um pai alcoólatra e violento e uma mãe deprimida com tendências suicidas. Na estória, acompanhamos o despertar da violência no garoto, que o leva a cometer um assassinato brutal, motivado pela discórdia entre ele e a Sra. Nugent, a quem o menino atribui todos os problemas que ocorrem em sua vida. Tanto a obra de McCabe como a de Neil são alegorias para a situação política, social e econômica vivida na Irlanda no fim do século XX. Na adaptação fílmica, os elementos alegóricos são ampliados pelo desenrolar da narração, colaborando para a captura das questões subjetivas incrustadas no enredo. Dessa maneira, o presente trabalho tem como proposta analisar a evolução da tensão entre Francie e a Sra. Nugent através da teoria alegórica proposta na obra de Hansen (2006).
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FORMAÇÃO DE TRADUTORES: O DESENVOLVIMENTO DAS SUBCOMPETÊNCIAS ESTRATÉGICA E SOBRE CONHECIMENTOS EM TRADUÇÃO
Martino, Caio C.
UFPB
Leipnitz, Luciane
UFPB
Este trabalho, desenvolvido no âmbito do projeto Competência Tradutória e Formação de Tradutores: o desenvolvimento das subcompetências específicas do tradutor (CNPq 485158/2013-2), tem como principal objetivo investigar, a partir de abordagem processual, o desenvolvimento da subcompetência sobre conhecimentos de tradução e sua relação com a subcompetência estratégica em tradutores em formação. Parte-se do modelo de Competência Tradutória (CT) proposto pelo Grupo PACTE (2003), que define a CT como o conjunto de conhecimentos e habilidades necessários para a realização de uma tarefa de tradução. De acordo com o PACTE, a CT é composta pelas subcompetências bilíngue, extralinguística, instrumental, estratégica e conhecimentos em tradução. Sendo as duas últimas competências foco deste trabalho, pretende-se, por meio de estudo longitudinal, caracterizar três estágios distintos de seu desenvolvimento em seis alunos do curso de Tradução da UFPB. A partir de metodologia baseada em PACTE (2005), foram aplicados questionários sobre conhecimentos e problemas de tradução para investigação do conceito subjetivo de princípios tradutórios básicos dos sujeitos, do projeto de tradução objetivado e a identificação de problemas tradutórios. Resultados preliminares apontam um conhecimento mais estático da tradução nessa etapa de desenvolvimento da CT e inconsistência entre o projeto de tradução vislumbrado e as estratégias de resolução de problemas adotadas pelos sujeitos. Pretende-se verificar, a partir da comparação desses resultados iniciais e dos dados coletados nas próximas etapas da pesquisa, o impacto da instrução formal no desenvolvimento de conhecimento mais dinâmico da tradução e maior consistência entre projeto de tradução e estratégias de resolução de problemas adotadas.
Cultura e Tradução
2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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GONÇALVES DIAS E A TRADUÇÃO NA IMPRENSA PERIÓDICA OITOCENTISTA
Silva, Camyle de Araújo
UFPB
O presente trabalho tem como objetivo contribuir para o resgate da memória do poeta e tradutor maranhense Antônio Gonçalves Dias (1823-1864), mais conhecido pela autoria da poesia “Canção do Exílio” (1843), através do estudo de trabalhos traduzidos pelo mesmo e publicados na revista maranhense O Archivo (1846). São eles: “A Torre de Verdum” de Frédéric Soulié e “Canção de Bug-Jargal” de Victor Hugo. A fortuna crítica acerca de Gonçalves Dias tradutor tem focado quase que exclusivamente em sua tradução do livro de Friedrich Schiller, “A Noiva de Messina” (Die Braut von Messina), concluída em 1863. Contudo, seu trabalho com traduções é mais amplo, tendo publicado outras traduções na imprensa periódica oitocentista. Com isso, tomou-se como base o conceito metodológico interdisciplinar de Transferências Culturais, cunhado por Michel Espagne e Michael Werner. Para Espagne (2012, p. 21), a Transferência Cultural pode ser entendida como uma orientação metodológica para pesquisas históricas, que pretende evidenciar as imbricações e mestiçagens entre os espaços nacionais, tentando entender como as formas identitárias se alimentam das importações. A partir desse conceito, pretende-se analisar o perfil tradutório do poeta através do estudo dos textos de partida em seu contexto de origem, em relação às traduções em seu contexto de recepção, visando identificar as transformações e modificações que ocorreram durante a viagem desses textos entre os espaços nacionais. Assim, pretende-se reconstituir a visão de Gonçalves Dias acerca da tradução, tomando como base também os comentários encontrados em suas correspondências pessoais.
Cultura e Tradução
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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O RITMO COMO NORMA TRADUTÓRIA
Renard, Carla de Mojana di Cologna
Zavaglia, Adriana
Esta comunicação, no âmbito da prática tradutória, versa sobre o ritmo como estratégia de tradução. O objeto de pesquisa é o romance L’enfant multiple (1989, Librio), de Andrée Chedid, escritora franco-libanesa nascida no Cairo, Egito. A autora, que começou escrevendo poesias e depois seguiu para a prosa, tem o ritmo como primado em sua escrita. No livro em questão, a “organização do movimento da fala na escrita”, que é também a “unidade de equivalência de uma poética da tradução”, ou ainda a “organização subjetiva de um discurso” (1999, MESCHONNIC, p. 69 e 254) – ou seja, o ritmo –, é percebida tanto por meio de assonâncias, aliterações e paralelismos rítmicos que constituem o texto, como pelo próprio léxico, marcado por palavras como bémol, chant, cri, pas e rythme. Tais percepções, próprias à tradutora-intérprete, foram organizadas como normas do ato tradutório da obra estudada (com base em Toury). Visando a separar unidades lexicais voltadas ao campo semântico de ritmo, utilizamos a ferramenta de linguística de corpus AntConc, com a qual elaboramos uma lista de palavras que nos auxilia, durante a atividade tradutória, na escolha da tradução lexical que respeita as modalidades palavra-por-palavra ou modulação – possível devido à proximidade das línguas–culturas trabalhadas (francês e português). Pretendemos, assim, manter o ritmo do original na tradução em todas suas expressões percebidas.
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LADY CHATTERLEY’S LOVER E A NARRATIVA MODERNA INGLESA EM TRANSMUTAÇÃO
da Silva, Carlos Augusto Viana
O romance moderno inglês Lady Chatterley’s Lover (1928), de D. H. Lawrence, discute assuntos polêmicos, tais como sexualidade, política e classe social. E um dos pontos de destaque é o relacionamento entre a personagem principal, Lady Chatterley, e Mellors, o guarda-caça de Clifford, seu esposo. O romance, por confrontar valores conservadores da Inglaterra nos anos 20, passou a ser objeto de controversas, sendo acusado de obsceno. Até concluir a versão final, o autor escreveu mais duas versões publicadas posteriormente: The First Lady Chatterley (1944) e Jonh Thomas and Lady Jane (1954). O objetivo deste trabalho é analisar a adaptação fílmica Lady Chatterley (2006), por Pascale Ferran, baseada na segunda versão do romance, considerando a forma como se dá o processo de construção do relacionamento afetivo entre a personagem principal e o guarda-caça na tela. Para tal, utilizamos princípios teóricos da adaptação fílmica como tradução (CATTRYSSE, 2014), bem como a discussão sobre o legado de Lady Chatterley’s Lover para o cinema (HUNT; LEHMAN, 2010). Partimos da ideia de que o filme enfatiza para o espectador a busca de Lawrence por uma unidade clássica na sua visão de homem, e que a própria escolha da diretora de adaptar esta versão do romance pode ser interpretada como uma evidência disso.
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TRADUZIR CARTAS DE AMOR: GUSTAVE FLAUBERT (SE) ESCREVE A LOUISE COLET
Braga, Carlos Eduardo Galvão
Desde janeiro de 2014, um grupo de professores do curso de Francês da UFRN, coordenado por mim, vem traduzindo, no âmbito do projeto de pesquisa Retrato do artista quando escreve à sua Musa, as 98 cartas que Gustave Flaubert enviou à escritora Louise Colet entre 1846 e 1848. Esse conjunto dá testemunho de uma relação epistolar inacessível enquanto relação, pois as cartas da destinatária teriam sido destruídas pela sobrinha – e herdeira – de Flaubert. Nele coexistem a expressão – previsível – do sentimento amoroso e a paixão pela escrita, verdadeira “obsessão” do missivista. Da conjunção, nem sempre harmoniosa, desses dois aspectos, resulta o caráter singular dessas cartas que se constituem num “espaço de dissidência” em que o jovem Flaubert pode “fazer advir uma palavra singular” (DIAZ, 2002, p. 29). O que elas dão a conhecer, em outras palavras, é o processo mediante o qual um escritor modifica progressivamente sua relação com a linguagem, até se converter, em grande parte por causa das dificuldades da interlocução com Louise Colet, na figura singular que é o “homem-pena” – autor, alguns anos mais tarde, de Madame Bovary. Como impostar, na enunciação segunda do texto traduzido, a voz de um epistológrafo que escreve cartas de amor – destinadas, por definição, a um único leitor – para construir sua própria singularidade? De que maneira assumir, no ato da tradução, uma identidade em processo, tateante nos meandros de seu discurso? Refletir sobre esse desafio é o objeto desta comunicação.
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OS PARATEXTOS DA TRADUÇÃO BRASILEIRA DA ANTOLOGIA NOVELAS E CONTOS, DE GUY DE MAUPASSANT
Nóbrega, Carmen Verônica de Almeida Ribeiro
Torres, Marie-Hélène Catherine
O presente trabalho analisa os elementos paratextuais que acompanham a tradução da antologia, de Guy de Maupassant, Novelas e Contos, de 1951. Nosso objetivo é apresentar de que forma o autor francês e a sua obra são apresentados ao leitor brasileiro através dos paratextos. Os elementos dos paratextos como objeto de análise nos dão pistas do leitor que está no interesse das edições. Eles nos dão uma imagem do autor e da obra. O principal referencial teórico abordado foi fundamentado nas reflexões de Gérard Genette (2009) e Marie-Hèléne C. Torres (2011).
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A ONISCIÊNCIA DA PERSONAGEM CODINOME V, DO ROMANCE GRÁFICO V FOR VENDETTA, (1988-1989) DE ALLAN MOORE E DAVID LLOYD, TRADUZIDO PARA O CINEMA POR JAMES MCTEIGUE (2005)
Oliveira, Cássio de Cerqueira
No ano de 2005, o Romance Gráfico V for Vendetta, de Alan Moore e David Lloyd (1988-1989), foi adaptado para o cinema, sob o título homônimo, por James McTeigue (2005). O diálogo resultante da adaptação configura-se como uma tradução intersemiótica, em que há a recriação de elementos de um sistema de signos para outro sistema de signos diferente - neste caso, dos quadrinhos para o cinema. Nesta obra, a personagem Codinome V, herói da trama, tenta arquitetar uma vingança contra as pessoas que cooperaram para a criação e manutenção do Campo de Reestabelecimento de Larkhill, do qual foi prisioneiro. A vendeta só se torna possível devido a uma minuciosa previsão, por parte de V, das reações das outras personagens do enredo. Tal aspecto sugere que Codinome V possuía certa ‘onisciência’ dos comportamentos e reações das outras personagens. Sendo assim, o presente trabalho visa perceber como elementos da onisciência do protagonista do Romance Gráfico são traspostos para o cinema; e se, e como, o segundo texto remodela a proposta do texto fonte, tendo em vista que a adaptação, segundo Linda Hutcheon (2011), pode ser classificada como um produto - por ter surgido como resposta de um texto anterior - e como processo – por constituir-se como outro texto com uma lógica interna própria que independe do texto anterior para funcionar como texto.
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ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE TEORIAS DA TRADUÇÃO
Paganine, Carolina
Quando se pensa o ensino de tradução, é comum haver uma ideia generalizada sobre uma suposta separação entre a teoria e a prática de tradução, como se o fazer tradutório prescindisse da reflexão, ainda que dela se beneficie, e a teoria muitas vezes sendo culpada de ignorar fatos instrumentais e corriqueiros da prática. De fato, a tradução é uma atividade prática por excelência, no entanto, como um saber construído, o ensino dessa prática não pode se desvencilhar de uma reflexão sobre a própria atividade, se se quer formar tradutores autônomos e críticos sobre sua função intercultural na sociedade. Nesta comunicação, procuro refletir sobre o papel do ensino de teorias da tradução na formação de tradutores. Algumas perguntas que proponho para discutirmos são: por que ensinar teorias da tradução? O que e como ensinar? A partir desses pontos, faço um relato da minha experiência no ensino, primeiro, como estudante da Universidade de Brasília e, atualmente, como professora na Universidade Federal Fluminense, abordando questões como o lugar da teoria em meio às disciplinas práticas, a possibilidade de disciplinas apenas teóricas ou apenas práticas e o ensino de teorias da tradução para turmas multilíngues.
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2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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DO CONTO DE POE AO CINEMA DE FELLINI: TRANSCODIFICAÇÃO E RECRIAÇÃO DE NUNCA APOSTE SUA CABEÇA COM O DIABO
da Silva, Cícera Antoniele Cajazeiras
O filme Histórias Extraordinárias (1968), é composto por três adaptações de contos de Edgar Allan Poe, dentre as quais Tobby Dammit, de Frederico Fellini, que se baseia no conto Nunca aposte sua cabeça com o diabo. No texto literário em questão é perceptível a construção de uma paródia dos chamados contos de moral; o narrador, que se dirige diretamente ao leitor, o instiga a admitir a possibilidade de subversão de uma modalidade literária já consagrada em nome da revitalização da narrativa breve. No trabalho de transcodificação realizado por Fellini, verifica-se a apropriação do conto por meio de elementos autorreferenciais que redimensionam o(s) significado(s) proposto(s) em Poe: o cineasta trata das problemáticas do cinema dentro do próprio filme, abordando as mais diversas discussões acerca da temática permeadas de elementos oníricos, impondo, dessa forma, sua marca estilística à adaptação. O processo de adaptação indicia o posicionamento de independência do cineasta com relação ao material literário: Fellini realiza uma interpretação criativa (HUTCHEON, 2011) da narrativa de Poe, recriando sua essência por meio dos elementos peculiares à linguagem cinematográfica. O presente trabalho se propõe à análise da forma pela qual o filme se apropria do conto e como interpretação e reinterpretação/criação e recriação se encontram expressas por meio da narrativa fílmica.
Cultura e Tradução
2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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TÉCNICAS DE TRADUÇÃO NO CONTO THE EMPTY HOUSE, DE ARTHUR CONAN DOYLE
Santos, Cílio Lindemberg de Araújo
Nascimento, Kaline Brasil Pereira
O presente trabalho tem por objetivo analisar as Técnicas de Tradução, propostas por Vinay e Darbelnet (1958) e revisitadas por Molina e Albir (2002), presentes na tradução de Casemiro Linarth para o conto The Empty House (A casa vazia), pertencente à obra The Return of Sherlock Holmes (A Volta de Sherlock Holmes) do autor inglês Arthur Conan Doyle. Para este estudo, foram considerados os fundamentos da Teoria Funcionalista da Tradução, sugeridos por Nord (1997), a fim de que explicações possam ser encontradas para as escolhas feitas pelo tradutor. Como resultados prévios, verificou-se, por exemplo, a presença de categorias como transposition, que se refere à mudança de classe de palavras, tal como adjetivo por verbo, e explicitation que remete à apresentação de informação implícita presente no texto-fonte. Por ser a tradução uma atividade dinâmica, que permite ao tradutor fazer uso de um leque de possiblidades com o propósito de o texto traduzido parecer natural na língua de chegada, os seus resultados dependem de vários fatores, tais como culturais, temporais, contextuais, público-alvo, estilo do tradutor, exigências da editora, etc.
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2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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O PAPEL DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS ON-LINE NO DESENVOLVIMENTO DA COMPETÊNCIA TRADUTÓRIA
Bevilacqua, Cleci
A competência tradutória inclui as subcompetências bilíngue, extralinguística, instrumental, de conhecimentos sobre tradução e estratégica (HURTADO ALBIR, 2001, p. 395). Cada uma dessas subcompetências supõe a realização de determinadas atividades para que possam ser exercitadas e, portanto, desenvolvidas ao longo da formação do tradutor. Esta apresentação tem como foco central a competência instrumental e, mais especificamente, o papel dos recursos terminológicos on-line no seu desenvolvimento. Esta subcompetência relaciona-se aos conhecimentos e habilidades relativos ao exercício da tradução e requer o conhecimento e uso de fontes de documentação diversa e de novas tecnologias. Para realizar uma tradução de qualidade, o estudante de tradução – e também o tradutor profissional – deve, entre outros aspectos, saber documentar-se. Para tanto, deve ter parâmetros ou critérios de escolha para selecionar aqueles que sejam confiáveis para que possa realizar uma tradução de qualidade. Nessa apresentação, não serão tratados todos os documentos e recursos utilizados no processo tradutório, mas nos dedicaremos somente os recursos terminográficos, ou seja, aos dicionários, glossários e bases de dados especializados. Busca-se mostrar que o estudante de tradução deve conhecer os parâmetros que guiam a elaboração desses recursos e, com base neles e nos seus conhecimentos sobre Terminologia, deve poder estabelecer critérios para selecionar aqueles que tenham sido elaborados com maior rigor e que melhor se adéquam às suas atividades tradutórias. Para dar conta do objetivo proposto, serão explicadas as diferentes subcompetências que conformam a competência tradutória e a inter-relação existente entre elas. Serão tratados, mais especificamente, os aspectos relacionados à subcompetência instrumental, destacando-se os diferentes recursos terminológicos que o tradutor deve conhecer e saber utilizar para poder adquiri-la. Em seguida, serão apresentados alguns exemplos de dicionários, glossários e bases de dados terminológicos monolíngues e bilíngues on-line, a fim de discutir suas características e seu grau de confiabilidade. Finalmente, serão mencionados alguns critérios para a escolha dos recursos adequados e confiáveis ao processo tradutório.
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2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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TRADUÇÃO COMPARTILHADA
Barqueta, Clélia
Esse trabalho discute a atividade de tradução sob uma perspectiva ainda muito pouco estudada na área dos estudos da tradução. Isso talvez já seja um reflexo da pouca aceitação desse tipo de tradução por parte dos responsáveis pela edição de textos traduzidos, ou seja, problematiza-se aqui a tradução compartilhada por dois tradutores e o processo de revisão em conjunto no qual ambos estão envolvidos. Usamos para essa discussão as fundamentações teóricas do campo da pesquisa sociológica que tem como foco os indivíduos e seus comportamentos observáveis, e mais especificamente, da área da sociologia da tradução que se ocupa com a sociologia do trabalho do tradutor, no nosso caso, o trabalho em conjunto dos tradutores. Além disso, será abordado o contexto cognitivo do ato tradutório. Focalizaremos os processos registrados sobre as tomadas de decisões nos trechos em podem ser constatados a existência de problemas quanto a possíveis opções de tradução. Algumas de nossas discussões recaem sobre áreas limítrofes o que contribui para que algumas discussões fiquem meio difusas. A prática da tradução compartilhada será estudada como uma atividade cooperativa que visa à tradução mais adequada dentro do contexto no qual ela ocorre. Entende-se tradução como uma prática tal qual outra qualquer, sujeita às mesmas influências institucionais que afetam quaisquer outras práticas de socialização humana.
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2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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DO GOOGLE TRANSLATE AO BING TRANSLATOR: UMA QUESTÃO DE LINGUAGEM CONTROLADA
dos Santos, Cleydstone Chaves
Indícios científicos revelam um crescente interesse por ferramentas de tradução automática disponíveis na Web para tradução de gêneros textuais diversos no contexto das sociedades digitais (SILVA 2010; SANTOS, 2014) seja por parte de internautas usuários dessas ferramentas, ou ainda de tradutores profissionais. Neste interesse, todavia, tem-se desconsiderado duas questões cruciais que podem comprometer diretamente a qualidade do texto traduzido automaticamente, a saber: a) o escopo e natureza dos sistemas de tradução automática utilizados; b) a caracterização microestrutural de cada gênero textual em particular. Em vista disso, resultados insatisfatórios frutos de tradução automática têm gerado queixas de muitos usuários sobre a eficácia dos textos traduzidos por esses sistemas, além do tempo gasto com a pós-edição de aspectos microestruturais. Na tentativa de cotornar essa problemática, este estudo investiga até que ponto o emprego de uma linguagem controlada como pré-edição do texto fonte, conforme acredita Weininger (2004), pode servir como tratamento prévio a fim de minimizar a necessidade de pós-edição do texto traduzido. Esta comunicação, por sua vez, analisa e discute o uso de uma linguagem controlada na TA de um abstract através do Google Translate e do Bing Translator. Os resultados revelam que embora o controle sobre as microestruturas passíveis de erros, aplicados aos dois sistemas de tradução automática, assegure uma minimização da necessidade de pós-edição, a perda da expressividade e nuança do texto traduzido ainda são desvantagens resultantes de uma pré-edição dessa natureza.
Cultura e Tradução
2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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O SABOR FRANCÊS NA CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE NACIONAL: O PROJETO DO COLÉGIO PEDRO II
Neves, Cynthia Agra de Brito
Este trabalho tem por objetivo refletir sobre as raízes e os vínculos transversais do Brasil com a França a partir da investigação das heranças e influências da pedagogia francesa na formação do nosso ensino secundário, sobretudo em meados do século XIX, quando o Colégio Pedro II, a escola modelo, era referência nacional e importava currículos e programas de estudos dos lycées franceses. Almeida (2000), Doria (1997), Nódoa (1991), Santos (2003), Vechia e Cavazotti et al (2003) e, principalmente, Razzini (2000), foram contribuições preciosas para constatarmos o papel das ideias libertárias e literárias dessa pedagogia na excelência desse Colégio no período do Império à República no Brasil. Criado em 1837, sob tutela do Estado e com o nome do imperador, o Colégio estabelecia um projeto de nação baseado nessas ideias. A instituição – responsável pela formação de nomes como Joaquim Manuel de Macedo, Manuel Bandeira e Pedro Nava – contava com um corpo docente de prestígio. Com um seleto grupo de homens das letras e das ciências nacionais, dedicou-se, durante décadas, à formação dos filhos da elite brasileira que procuravam naquela escola uma educação inspirada no modelo clássico e humanista francês, que preparasse os alunos para as carreiras liberais, bebendo em outras fontes que não as da metrópole. O impacto da língua e cultura francesas na educação dessa elite, especialmente os estudantes do Colégio Pedro II, não atingia apenas regulamentos e programas, como também envolvia a utilização de compêndios de edições francesas importadas ou já traduzidas para o português em todas as disciplinas.
Cultura e Tradução
2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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DOM CASMURRO EM INGLÊS E FRANCÊS
Costa, Cynthia Beatrice
A comunicação terá por objetivo exemplificar os caminhos diversos adotados pelos tradutores do romance Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis, em suas respectivas versões em inglês e francês. A presença da cultura brasileira (mais especificamente, do Rio de Janeiro do Segundo Império), presente no romance machadiano, servirá de parâmetro para o cotejo, que visa a investigar as estratégias de preservação, omissão e/ou compensação utilizadas pelos tradutores nas passagens selecionadas. Trata-se de cinco versões diferentes: três para o inglês – de Helen Caldwell, publicada pela primeira vez em 1953 e novamente em 2009; de Robert Scott-Buccleuch, de 1992, com republicação em 1994; e de John Gledson, de 1997 – e duas para o francês, de Francis de Miomandre, de 1936, e de Anne-Marie Quint, de 1983 e relançada em 2002. Por meio da análise de exemplos textuais, pode-se apreender alguns dos métodos de adaptação adotados pelos tradutores de língua inglesa e francesa, além de elucidar possíveis diferenças tradutórias entre diferentes idiomas. Apoiada no campo de estudos da tradução literária, partindo de autores como Antoine Berman e José Lambert, a pesquisa apresentada dará ênfase a traços brasileiros encontrados no romance machadiano e em suas traduções, interpretados a partir da concepção do próprio autor, exposta no ensaio “Notícia da atual literatura brasileira: instinto de nacionalidade” (1873). Críticos literários brasileiros que abordaram extensamente a obra de Machado de Assis, tais como Roberto Schwarz, Antonio Candido, Afrânio Coutinho e Câmara Jr., darão suporte a essa interpretação.
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NIILISMO EM COME AND GO: DA PEÇA TEATRAL DE BECKETT À ADAPTAÇÃO FÍLMICA DE JOHN CROWLEYIS
Pantaleão, Débora Gil
John Crowleyis (1969) é diretor de televisão, teatro e cinema irlandês e fez parte do projeto intitulado Beckett on film, que consistiu na transposição de todas as dezenove peças teatrais do aclamado dramaturgo, novelista, poeta e diretor Samuel Beckett (1906-1989), para um outro sistema de signos, o do cinema. Diversos diretores foram convidados e, no ano de 2000, a adaptação da peça teatral Come and go (1965) ficou por conta de Crowleyis. Trata-se de três mulheres de idades não especificadas que se encontram e recordam sobre seu tempo de escola. O hábito, o silêncio e o nada, assim como em outras obras de Beckett, preenchem o tempo mais que as palavras das três mulheres. A rotina e o tédio em que as três se encontram podem ser interpretados como uma espécie de alegoria do curto período de vida e do ritual de morte constante nas relações humanas (nascer, reproduzir e morrer). Para Beckett, o primeiro e o último ponto são os que mais importam (nascer e morrer), de modo que ser alguém bem sucedido ou um grande fracassado no percurso da vida pouco interessa, já que todo ser humano tem o mesmo fim - a morte. Tais aspectos estão presentes no cenário, no figurino das personagens e, inclusive, em suas falas - ou na falta destas. Este trabalho tem o intuito de investigar, de forma introdutória, como o conceito de Niilismo se configura na tradução interartes de Come and go (2000). Como embasamento teórico serão utilizadas, principalmente, as ideias do niilismo nietzschiano e as considerações de John Calder em seu livro The Philosophy of Samuel Beckett (2002).
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CONTRIBUIÇÕES DA LINGUÍSTICA DE CORPUS PARA A TRADUÇÃO E ANÁLISE LITERÁRIA
Silva, Diana Costa Fortier
A linguística de corpus (LC) é uma metodologia de pesquisa que se baseia na análise de conjuntos de produtos linguísticos - corpora - através de softwares específicos para este fim. Desde seu surgimento, as aplicações da LC têm se multiplicado, contribuindo para o desenvolvimento de áreas como a lexicografia/terminologia e o ensino de línguas, entre outras. Seu emprego como ferramenta auxiliar em estudos do texto literário - e da tradução literária, por consequência - é, porém, bastante mais recente e menos difundido. O caráter hermenêutico do trabalho crítico, e também da atividade tradutória, exige do crítico ou tradutor uma quantidade elevada de tarefas, algumas das quais poderiam ser realizadas por um software de tratamento de textos. Análises repetitivas e cansativas podem ser realizadas de forma automática através do uso de ferramentas computacionais, que fornecem resultados precisos com o simples clique de um mouse. Assim, a capacidade de processor grandes quantidades de dados de maneira extremamente rápida pode transformar o computador em um grande aliado do estudioso de literatura. O crítico ou tradutor pode focalizar suas energias nas operações interpretativas, que constituem o verdadeiro cerne do trabalho crítico e/ou tradutório. Este trabalho focaliza os resultados de pesquisas sobre o uso da LC na análise e tradução literária que nos levam a ver nesta metodologia um poderoso aliado do estudioso de literatura e de tradução literária.
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A TRADUÇÃO DE MARCAS CULTURAIS: UMA ANÁLISE COMPARADA
Szylit, Diana
O trabalho se propõe a comparar três traduções – em português, inglês e espanhol – de um trecho do capítulo “Il mattino”, do poema narrativo italiano Il giorno, de Giuseppe Parini, publicado em 1763. O poema narrativo Il giorno descreve, com linguagem clássica e estilo rebuscado, um dia da vida de um jovem nobre. O narrador-personagem, professor desse jovem senhor, ensina-lhe como se portar ao longo do dia, quais os seus afazeres, quais decisões deve tomar. Porém, por se tratar de um jovem membro da nobreza setecentista, não há nenhuma atividade relevante na vida do aluno, de modo que a linguagem e a forma utilizadas contrastam com o conteúdo narrado. Para a apresentação, serão escolhidos trechos que apresentam marcas culturais, e que se mostram, portanto, como um desafio à tradução. Frente a tais conceitos, exige-se do tradutor escolhas, em uma busca constante pela tradução que cumprirá melhor com seus objetivos: manterá conceitos de difícil compreensão, deixando a cargo do leitor decifrá-los? Fará uso de recursos, como nota de rodapé, para explicitar uma ideia obscura ao leitor-alvo? Buscará conceitos semelhantes na cultura de chegada? Na apresentação, analisaremos os recursos utilizados por Herbert Morris Bower, em sua tradução inglesa de 1927, por Cristina Barbolani, em sua tradução espanhola de 2012, e por nós, em tradução brasileira em andamento, para levar a leitores, de diferentes épocas, lugares e culturas, conceitos e ideias de uma sociedade distante deles no tempo e no espaço.
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AS PERGUNTAS QUE JOHN FANTE E ROBERT TOWNE FIZERAM AO PÓ
Morinaka, Eliza Mitiyo
Ask the dust, romance escrito por John Fante e publicado nos Estados Unidos em 1939, foi adaptado para o cinema pelo diretor Robert Towne em 2006. Tanto o livro como o filme narram a trajetória de Arturo Bandini, um escritor tentando sobreviver na decadente Los Angeles da década de 1930, quando então conhece Camila Lopez, uma imigrante mexicana, por quem se apaixona. O objetivo deste artigo é descrever e analisar a transformação dos signos linguísticos para signos visuais, que são organizados como legissignos para intensificar três dimensões nesse novo meio que os acolhe: a) a religiosidade de Bandini; b) o antagonismo entre os personagens principais; e c) o preconceito racial. De acordo com a tipologia intersemiótica de Julio Plaza, que se fundamenta na teoria de semiose de Sanders Peirce, os legissignos são classificados como ‘índices’, representado pelo livro na qualidade de ponto de partida; ‘ícones’, aqui pensados enquanto a existência de um grau de similaridade entre o objeto dinâmico e o imediato; e ‘símbolos’, que são as conexões estabelecidas arbitrariamente entre um objeto dinâmico e um imediato. Robert Towne valeu-se da linguagem cinematográfica para a concretização de um roteiro aparentemente simples, mas de alto cunho social, pois atualiza a temática da imigração ilegal de mexicanos, ainda combatida pelo Governo dos Estados Unidos.
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CURSOS DE INTRODUÇÃO À INTERPRETAÇÃO EM LIBRAS/PORTUGUÊS DO PRONATEC/FIC: UMA REFLEXÃO SOBRE OS PROJETOS PEDAGÓGICOS E A FORMAÇÃO INICIAL
Marinho, Erivaldo de Jesus
Santana, Neemias Gomes
A presença crescente de pessoas surdas nos diversos espaços sociais tem trazido à tona a necessidade cada vez mais crescente de tradutores/intérpretes de língua de sinais. Após a publicação do Decreto 5.626/2005, que regulamenta a Lei 10.436/2002 e estabelece diretrizes sobre a atuação e formação do tradutor/intérprete de Libras, e a publicação da Lei 12.319/2010, que regulamenta a profissão do tradutor/intérprete de Libras, urge ainda mais a necessidade de formação desses profissionais. Mesmo com o surgimento de algumas iniciativas de formação em nível superior no país, a formação de tradutores/intérpretes de Libras ainda é incipiente. O presente trabalho, de caráter bibliográfico, traz uma reflexão sobre os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) dos cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) de Introdução à Interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras/Português) promovido pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC). A presente pesquisa teve como objetivo específico analisar se o PPC tem contribuído com a formação conforme a proposta do PRONATEC/FIC. Para tal, realizamos um levantamento dos PPC dos cursos de Introdução à Interpretação em Libras/Português ofertados por Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia de seis Estados brasileiros, através de informações coletadas na rede mundial de computadores, internet. Como fundamentação, utilizamos como base as legislações, lei, decreto e autores que discutem sobre a formação de tradutores/intérpretes de Libras. Os resultados demonstram que alguns PPC e suas matrizes curriculares não têm contribuindo com a formação inicial e/ou continuada de tradutores/intérpretes de Libras não estão atendendo a proposta do PRONATEC/FIC.
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WILLIAM WILSON: CONTO E ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA
Fonseca, Ester
A partir de algumas ideias e conceitos de Robert Stam, expressos em “Teoria e prática da adaptação: da fidelidade à intertextualidade” (2006), este trabalho apresenta algumas relações existentes entre o conto “William Wilson”, de Edgar Allan Poe, e sua adaptação cinematográfica franco-italiana (1968), de título homônimo, dirigida por Louis Malle, presente na coletânea Histórias Extraordinárias. O conto narra a vida decadente de um rapaz, chamado William Wilson, que sofre psicologicamente por causa da existência de um suposto duplo, semelhante a ele em tudo, exceto em sua índole. Assim como acontece nos estudos da tradução com relação ao texto “original”, Stam também questiona a “originalidade” e a “superioridade” das obras literárias em relação às adaptações. Para o teórico americano, toda adaptação é uma nova leitura e interpretação. Deste modo, Stam não qualifica negativamente ou positivamente uma adaptação a partir de uma ideia de fidelidade, já que esta é sempre relativa e subordinada à visão do diretor, que reinterpreta os signos verbais em uma nova linguagem, a audiovisual. Pretende-se, portanto, apresentar neste trabalho como Louis Malle lidou com as ambiguidades, o clima psicótico e outros aspectos na sua versão cinematográfica, recriando elementos e trazendo uma nova perspectiva sobre o conto de Poe.
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O MODO DE TRADUZIR DE ODORICO MENDES: OBSERVAÇÕES ACERCA DO CANTO I DA ENEIDA BRASILEIRA
Coelho, Fernando
Fernandes, Thaís
Escrito por Virgílio (70 a.C. – 19 a.C.) entre 29 e 19 a.C., o poema épico Eneida possui, até o momento, cinco traduções completas para o português brasileiro. Dentre as versões, talvez a mais comentada seja a produzida pelo maranhense Manuel Odorico Mendes (1799 – 1864), publicada em 1854. Tradutor de toda a obra de Homero e de Virgílio, Mendes propôs um método de tradução polêmico, alvo de elogios e de críticas. Entre os críticos contrários encontram-se nomes como Sílvio Romero (História da literatura brasileira, 1888) e Antonio Candido (Formação da literatura brasileira. Momentos decisivos, 1959). Ao lado dos admiradores estão José Veríssimo (História da literatura brasileira, 1916), Haroldo de Campos (Metalinguagem e outras metas, 1967), entre outros. Nesta comunicação buscamos recuperar brevemente a avaliação feita por esses e outros críticos sobre as traduções odoricanas e confrontá-la com nossa análise de sua tradução do Canto I da epopeia virgiliana. Intentamos apresentar e discutir algumas soluções tradutórias de Mendes a fim de revelar a sua postura teórica sobre a tarefa do tradutor. Para tanto, analisamos as soluções encontradas por Mendes para cinco contextos, com base na proposta tradutória de Schleiermacher. Os recursos utilizados por Mendes nesses contextos permitem supor que as suas estratégias tradutórias se alinhavam ao modo de traduzir conhecido por “estrangeirização”, que fora proposto por Schleiermacher no início do século XIX, em especial, no ensaio Sobre os dois métodos de tradução, publicado em 1813, no qual o autor distingue dois procedimentos possíveis para a tradução de textos.
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EXERCÍCIO DE PESQUISA TERMINOLÓGICA NO ENSINO DA TRADUÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA
Arraes, Flávia Cristina Cruz Lamberti
Este trabalho se propõe a discutir a tradução de textos especializados, técnicos e científicos, dentro do quadro da Terminologia, ciência que estuda os termos nas linguagens de especialidade. O tratamento proposto tem razão didática relacionada ao ensino da tradução especializada a alunos de cursos de Letras-Tradução. Considera-se que a compreensão do funcionamento dessas linguagens oferecerá ao estudante de tradução estratégias que possibilitam o desenvolvimento de competências, tais como a competência cognitiva, a competência linguística e a competência sociofuncional (CABRÉ, 1999, p.195), para o processamento de traduções especializadas. Na Terminologia, as linguagens de especialidade são discutidas partir do aspecto pragmático, cognitivo e terminológico. Cada uma dessas linguagens, por sua vez, tem a característica de pertinência a uma área do conhecimento e de ser delimitada por uma estrutura conceitual, por marcas linguísticas, em especial terminológicas, e por marcas pragmáticas distintivas. Para apresentar como essa abordagem terminológica pode ser aplicada ao ensino da tradução especializada, apresentar-se-á um exercício de pesquisa terminológica a ser usado em sala de aula, em disciplinas de prática de tradução de textos econômicos, com a escolha de dois textos didáticos pertencentes à Economia, sendo um o texto original em inglês e o outro, a sua tradução para o português do Brasil. O exercício é desenvolvido em duas partes, uma teórica e outra prática; na primeira, apresenta-se a referida abordagem, que é a base para a condução da segunda parte.
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A REPRESENTAÇÃO DE JESUS NOS QUATRO EVANGELHOS BÍBLICOS
de Oliveira, Flaviana Ferreira
UFPB
Partindo de uma perspectiva linguística sobre a representação de Jesus como Ator Social, este trabalho busca analisar as escolhas lexicogramaticais nos cinco primeiros capítulos dos evangelhos segundo Mateus, Marcos, Lucas e João como apresentados na Bíblia trilíngue NVI (Nova Versão Internacional) nos textos em língua portuguesa. A pesquisa insere-se em interfaces da Linguística Sistêmico Funcional, a Representação de Atores Sociais (VAN LEEUWEN, 1997) e Tradução de Textos Sensíveis e busca evidenciar formas de construção de realidades nos textos em relação tradutória. Para esta análise, as marcações baseadas em categorias sociossemânticas e o levantamento dos dados foram feitos manualmente para análise quantitativa e qualitativa. Realizações de Jesus Cristo como Ator Social foram identificadas e anotadas de acordo com o recorte no sistema de Personalização e de Impersonalização. As análises revelam que Jesus Cristo é representado principalmente pela Personalização, sendo nomeado e classificado, essa última forma mais acentuada nos evangelhos de Lucas e Mateus. Argumenta-se que, através dessas formas de representação, Jesus é construído de forma mais humana do que divina, ou seja, respectivamente essas duas categorias reforçam bem mais a atribuição de poder e humanidade ao participante no discurso.
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DE MENINO DE ENGENHO A L'ENFANT DE LA PLANTATION: OS CAMINHOS DAS TRADUÇÕES FRANCESAS DA OBRA DE JOSÉ LINS DO REGO
Ajala, Flora Marina Figueiredo
UFPB
O presente trabalho consiste em uma breve investigação sobre os processos e caminhos percorridos pela obra Menino de engenho (1932), de José Lins do Rego, e os processos até as duas traduções francesas publicadas com o título L'Enfant de la plantation (1953 e 2013), considerando que os caminhos e processos foram diferentes devido ao período de 60 anos que separa as duas publicações. Uma sucinta apresentação sobre o romance e o seu autor, bem como um panorama das traduções de suas obras servem de ponto de partida para a investigação. Para tanto, adotou-se a abordagem de transferências culturais (Michel Espagne, 2012) e das trocas internacionais (Pierre Bourdieu, 2002). Dentro da perspectiva de transferências culturais, interessam os processos e caminhos da exportação em vez dos juízos de valor entre texto original e texto traduzido; e no que diz respeito às trocas internacionais, o foco recairá sobre a investigação das operações sociais que conduzem a uma contextualização das traduções, tais como: possível existência de auxílio à tradução e à publicação, identificação dos agentes e das instituições que serviram de intermediários entre o texto original e as traduções. Como resultado, pode-se observar a importância dos intermediários, e as diferenças entre os caminhos e as relações existentes no processo que conduziu às duas traduções.
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TRADUÇÃO BÍBLICA EM LINGUAGEM CONTEMPORÂNEA: PRÓS E CONTRAS
Lima, Francinaldo de Souza
Pinheiro-Mariz, Josilene
As traduções bíblicas mais conhecidas, ditas tradicionais, mantêm até os dias atuais a mesma linguagem da primeira edição de alguns séculos atrás o que acaba inibindo os seus possíveis leitores. Por esta razão, foram criadas as versões em linguagem contemporânea para facilitar a compreensão do texto sacro aos leitores de hoje. Este trabalho se presta a discutir a funcionalidade destas versões baseadas em tradução intralingual a partir de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica e documental. Com base nos estudos de Geisler e Nix (2006) sobre a tradução bíblica, harmonizando-os com os pressupostos teóricos de tradução encontrados em Jakobson (1994), House (1997, 2001), Mejri (2005, 2008) e Reis e Vermeer (2006) analisaremos comparativamente algumas passagens bíblicas na versão Almeida Revista e Atualizada e na Nova Tradução na Linguagem de Hoje, ambas publicadas pela Sociedade Bíblica do Brasil. Resultados preliminares nos mostram uma grande taxa de déficit de sentido e conteúdo na versão em linguagem moderna em relação à dita tradicional. Contudo, apesar disso, essas perdas não comprometem o alcance ao objetivo da nova versão que se configura em promover a compreensão do texto bíblico em um primeiro contato, sabendo que ele não pode, por diversas razões, ser tomado como tradução fiel e integral do texto-fonte.
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MANGÁS (IN)TRADUZIDOS NO BRASIL
Pinto, Francisca Lailsa Ribeiro
Este artigo procura investigar as dificuldades encontradas pelos editores quanto as traduções dos mangás para o Brasil. Traduzir é recriar (ou construir uma equivalência à sua codificação original). A atividade de traduzir está além de uma simples troca de palavras e o encaixe entre elas, mas, sim, complexa e envolve o conhecimento entre as culturas evocadas. No Brasil, mangá é o termo popularizado para designar apenas histórias em quadrinhos japonesas, enquanto no Japão utiliza-se para qualquer histórias grafada em quadro-a-quadro com balões, onomatopeias etc. Mangá significa: man é humor e ga é desenho, ou seja, é um desenho de humor involuntário. O mangá cada vez mais vem se consolidando no mercado editorial brasileiro, e se destacando como o formador de leitores de quadrinhos. O fascínio pelos animês (desenhos animados japoneses), desde a década de 1960, originados, geralmente, pelos mangás provocou uma expansão dos moldes, costumes e tradições orientais, dentre eles a leitura de histórias em quadrinhos. A partir dos estudos de Vieira (1996), Oka (2005) e Fonseca (2011) enfatizaremos a relevância do campo da tradução. O avanço das traduções e o crescente mercado editorial dos mangás em solo brasileiro justificam nossa pesquisa, além de compreender a recriação e adaptação tradutória das histórias em quadrinhos japonesas através das características elencadas por Arnaldo Massato Oka, tradutor da Editora JBC.
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THE ROAD: A TRADUÇÃO DAS PERSONAGENS PARA AS TELAS
Nunes, Francisco Romário
da Silva, Carlos Augusto Viana
O presente trabalho tem como objetivo analisar a tradução das personagens centrais do romance The Road (2006), do escritor norte-americano Cormac McCarthy, para o cinema. A narrativa conta a história de um pai e um filho (as personagens não possuem nomes próprios) que, em meio a um espaço pós-apocalíptico, precisam lutar contra as condições climáticas e também escapar dos grupos de homens mascarados que aterrorizam a estrada. O leitor não sabe ao certo a causa da devastação do planeta. A única certeza é que o pai e o garoto caminham em direção ao sul, seguindo um sonho utópico de que encontrarão um lugar para reestabelecer a convivência humana. McCarthy sintetiza uma relação de perda do American dream, em que a sobrevivência é a última escolha. The Road foi adaptado com título homônimo para o cinema em 2009, dirigido por John Hillcoat. Partimos da ideia de que, numa nova perspectiva, o filme retrata uma narrativa em que a relação entre as personagens é acentuada, acrescentando um teor dramático nas cenas; e intensificada, na medida em que o filho se coloca como um sujeito que não aceita todas as ordens do pai. Para este trabalho, embasamo-nos em Candido (2011), que escreve sobre a personagem de ficção, nos conceitos dos Estudos da Tradução, em que se destacam Even-Zohar (1990) e Lefevere (2007). Como também Cattrysse (2014), que traz novos apontamentos acerca da adaptação como uma forma de tradução, e Stam (2006), que trabalha com a adaptação atrelada à ideia de intertextualidade.
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ESPELHAMENTO NA ADAPTAÇÃO FÍLMICA DO ROMANCE ENDURING LOVE, DE IAN MCEWAN
Rafael, Giovanka de Macedo
UFPB
Nobre, Lucia Fatima Fernandes
O uso da metalinguagem na ficção, que nos anos setenta foi rotulado de metaficção pelo escritor norte-americano William Gass, tem visivelmente caracterizado a obra artística contemporânea nas suas variadas formas. Partindo do princípio de que a metaficção é “um fenômeno estético autorreferente através do qual a ficção duplica-se por dentro”, como afirma Bernardo Carvalho (2010, p. 9), a principal questão, que se coloca, diz respeito à identidade da metaficção e suas implicações na arte. O romance Enduring Love (1997), do escritor inglês Ian McEwan, apresenta uma estrutura metaficcional, com desdobramento de seus elementos constitutivos, provocando um efeito de espelhamento. Por sua vez, a adaptação fílmica homônima, dirigida por Roger Michell , com roteiro de Joe Penhall, lançada em 2004, também aponta para a mesma inclinação estética. Com o objetivo de analisar a transposição desse espelhamento no processo tradutório do signo verbal e para o signo visual, apresentamos o presente trabalho, buscando trazer uma contribuição significativa para o estudo das adaptações fílmicas de obras metaficcionais, considerando a complexidade inerente às narrativas desta natureza.
Cultura e Tradução
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TRANSCODIFICAÇÃO DA LITERATURA PARA O CINEMA: UMA REFLEXÃO EM UMA VIDA EM SEGREDO, DE AUTRAN DOURADO
de Andrade, Gisely Castor
UFPB
Nobre, Lucia Fatima Fernandes
No presente trabalho abordaremos a questão da transcodificação da literatura para o cinema, mais especificamente a passagem da novela Uma vida em segredo de Autran Dourado, para o filme homônimo, da cineasta Suzana Amaral. Uma questão de cunho popular que assola os processos tradutórios são os pensamentos especulativos que se têm a respeito da passagem de um signo para outro. Talvez a mais disseminada é a chamada “traduttori, traditori”. Será sobre está crença que trabalharemos. Sabemos que os signos não exercem as mesmas funções, já que cada arte possui suas especificidades. No livro, o escritor usa as palavras para chegar ao leitor, enquanto que no filme a cineasta trabalha com imagens, ângulos das câmeras, entre outros elementos. É importante lembrar que se tratando de linguagens distintas não é necessário falar em fidelidade, pois o que vale é manter a essência da obra de partida, ou seja, entende-se que é possível uma reinterpretação da obra inspiradora. Dessa forma, os autores são livres para criar no processo de transcodificação A cineasta Suzana Amaral, por exemplo, cria uma nova obra a partir da original, ou seja, no processo de transmutação de uma obra na outra, ela usa de inventividade.
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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CONSCIÊNCIA E DENÚNCIA: AS VOZES DO EU LÍRICO/NARRADOR NO POEMA A LÁGRIMA DE UM CAETÉ DE NÍSIA FLORESTA
Medeiros, Gracilene Felix
O presente trabalho tem por objetivo discutir os elementos que caracterizam alguns poemas longos modernos como texto épico. Para tanto, observamos que a estrutura do poema épico modificou-se, originando outras categorias de análise, embora, tenha mantido em sua essência elementos primordiais da epopeia, os quais são o plano histórico e o plano maravilhoso, como base do plano literário desse gênero. Contudo, para corroborar a nossa ideia de permanência do épico na modernidade e para fundamentar a discussão, tomamos por norte a importância da dupla instância de enunciação (lírica e narrativa), como categoria estruturante para a construção do texto épico moderno, destacando essa categoria como elemento principal para a composição do poema A lágrima de um Caeté de Nísia Floresta. A dupla instância de enunciação é marcada no poema nisiano pela voz do eu lírico/narrador, o qual configura na obra o discurso épico e um diálogo entre a fala masculina e feminina, diálogo que é mais uma inovação do texto de Floresta em relação à epopeia clássica. A fala feminina está representada no contexto do poema em estudo pela personificação da Realidade, personagem que faz parte do plano maravilhoso da obra. Desta maneira, é a Realidade, ou seja, o ideal feminino quem guia o eu lírico/narrador, representado pelo índio Caeté, por um longo processo de reflexão e conscientização da nova condição do indígena do Brasil.
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A TRADUÇÃO DE OBRAS FRANCESAS NO BRASIL: A PERCEPÇÃO DOS TRADUTORES
Delgado Filho, Guilherme de Oliveira
UFPB
O presente trabalho parte de uma problemática relacionada à tradução e à circulação de obras francesas no Brasil no atual contexto de hegemonia da língua/cultura estadunidense. Nesse sentido, aborda discussões em torno das lógicas econômicas e simbólicas que regem as trocas culturais entre o Brasil e a França por meio da tradução. O estudo objetiva trazer a lume um aspecto específico relacionado à problemática da tradução de obras francesas no Brasil: o estudo da percepção que os tradutores possuem sobre o próprio fazer tradutório. Do ponto de vista teórico, o estudo utiliza-se de algumas noções emprestadas à sociologia da tradução (Pierre Bourdieu, Pascale Casanova), bem como de conceitos relativos à tradução como reescritura e ao tradutor profissional (André Lefevere, Fabio M. Said). Do ponto de vista metodológico, baseia-se na análise qualitativa de onze entrevistas realizadas com tradutores de obras francesas atuando no mercado editorial do Rio de Janeiro e São Paulo. Busca, ainda, a partir do discurso de cada tradutor, apreender a maneira como estes atores se veem e percebem o seu papel enquanto profissionais no sistema de tradução: se aprimorador do texto de partida, mediador entre culturas ou divulgador da língua-cultura de partida.
Cultura e Tradução
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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AS (IM)POSSIBILIDADES DA TRADUÇÃO LITERÁRIA NA OBRA DE MIA COUTO
Maia, Iá Niani Belo
A escrita de Mia Couto se realiza enquanto modo de ruptura de uma lógica ocidental, evidenciada no caráter contraventor de suas narrativas. O objetivo do presente trabalho é realizar um estudo descritivo sobre Terra Sonâmbula e sua tradução para o inglês, Sleepwalking Land, a partir da ótica das teorias da tradução e dos estudos culturais. Para desenvolver a análise, foram delimitadas categorias, de modo que os textos, original e tradução, fossem observados paralelamente. O corpus da pesquisa é constituído pela obra literária de Mia Couto, Terra Sonâmbula, escrita originalmente em português moçambicano, e sua respectiva tradução para o inglês, Sleepwalking Land, realizada por David Brookshaw para todo o contexto global da língua inglesa. Em um primeiro momento, assinalando o caráter descritivo da primeira fase, procuramos observar de que forma o tradutor lidou com algumas especificidades literárias (palavras com influência de línguas autóctones, criações verbais e junção de palavras) presentes em Terra Sonâmbula; em seguida, direcionaremos a análise para a apreciação da importância cultural nos estudos da tradução, buscando compreender como os elementos locais da cultura moçambicana foram transpostos para o contexto global da língua inglesa em Sleepwalking Land, a partir das estratégias de domesticação e estrangeirização (VENUTI, 2004). Essa pesquisa possivelmente trará implicações para os estudos da tradução, a partir da natureza de sua experiência e prática, considerando, de igual modo, os fatores subjacentes a esse processo.
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IMPLICITAÇÃO, EXPLICITAÇÃO E ESFORÇO COGNITIVO NA REALIZAÇÃO DE TAREFAS TRADUTÓRIAS
da Silva, Igor Antonio Lourenço
UFU
Com base no conceito de metáfora gramática (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004), Steiner (2001) aventa a hipótese de que o processo de compreensão do tradutor deixa vestígios no texto-alvo por meio de instâncias de significados mais explícitos ou implícitos. Essa perspectiva, contudo, contradiz o modelo de Tirkkonnen-Condit (2005), segundo o qual a estratégia de tradução literal é um procedimento padrão economizador de esforço cognitivo que somente é abandonado quando o tradutor percebe inadequações nas soluções. Este trabalho analisa sucessivas tentativas de tradução envidadas por 32 sujeitos ao traduzirem um texto do inglês (L2) para o L1 (alemão ou português). Foram usadas duas versões de um mesmo texto de partida que construíam significados análogos, mas continham, em dez pontos do texto, uma variante mais ou menos explícita. O objetivo foi testar as hipóteses de que (i) as tentativas na língua de chegada tendem a ter níveis de explicitude ou implicitude análogos aos do texto de partida e (ii) a tradução de significados implícitos é uma atividade que demanda mais esforço do que a tradução de significados explícitos. Os resultados confirmaram a primeira hipótese, mas não a segunda. Foi observado mais esforço quando os tradutores optaram por traduções com níveis de explicitude ou implicitude distintos daqueles do texto-fonte. Os resultados podem ser utilizados no desenvolvimento de tarefas de formação de tradutores, buscando o desenvolvimento de estratégias de economia de esforço cognitivo juntamente com a ampliação da capacidade de automonitoramento do processo de tradução.
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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PSICANÁLISE, LITERATURA E MÚSICA: TRADUÇÃO DAS PRINCIPAIS FIGURAS FEMININAS NOS LIBRETOS DE ÓPERA DIE FRAU OHNE SCHATTEN E ELEKTRA COMO REFLEXO DO FIN DE SIÈCLE EM VIENA
da Silva, Ingrid Maria Santos
Porque crescente e atual, a abordagem às relações interdisciplinares no campo das ciências humanas, e, mais restritamente, no contexto dos estudos literários, tem proporcionado pesquisas que evidenciam como diálogos entre artes de sistemas semióticos diferentes podem estabelecer, de maneira profícua, paralelos e intertextos nas produções artísticas dessas formas de expressão. Assim, ao ponderar tais relações, é possível reconstruir o modo e meio de formação de certas representações culturais, bem como seu caráter dialógico. Nesse contexto, indo além das já permeáveis fronteiras da melopoética, no que concerne às relações entre literatura e música no âmbito do gênero operístico, (figurados aqui nas obras Die Frau ohne Schatten (1918) e Elektra (1909), de Richard Strauss, com libretos de Hugo von Hofmannsthal), projetamos nossa investigação avante, convidando a fazer parte dessa pesquisa, ainda que timidamente, a teoria psicanalítica freudiana. Tomando-lhe como lastro, buscaremos analisar as principais figuras femininas das referidas óperas, bem como pontuar como são representadas as conexões entre literatura e música por meio desses personagens. Para tanto, consideramos pertinente uma abordagem ‘desconstrutivista’ do texto – conforme proposta por Jaques Derrida –, que considera o caráter suplementar e transformador da tradução. No tocante à melopoética, adotamos considerações dos estudiosos em literatura e música Steven Paul Scher e Solange Ribeiro de Oliveira, buscando averiguar marcas de musicalidade da linguagem e teoria musical presentes nos referidos textos de ópera.
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A TRADUÇÃO DE OBRAS FRANCESAS NO BRASIL: TRADUTORES E MERCADO EDITORIAL
de Oliveira, Isabelle Fernandes
UFPB
Uma das formas de perceber se certa cultura ocupa um lugar central no cenário mundial é a partir da análise do seu espaço literário, incluindo-se aí os textos traduzidos. Segundo Casanova, pode-se medir a posição que certa cultura ocupa no sistema mundial através da quantidade de textos que importa e exporta sob a forma de tradução. Uma cultura dominante exportará para as outras culturas uma grande quantidade de textos, ao passo que sua parcela de textos importados será pequena. Até meados do séc. XX, aproximadamente, a França dominava o cenário literário mundial; entretanto, hoje, vivemos em um mundo notadamente dominado pela cultura anglo-americana na qual, segundo Renato Ortiz, 2006, apenas 5% das obras publicadas são traduções. O presente artigo tem como objetivo mostrar o ponto de vista de tradutores de obras francesas atuantes do mercado editorial brasileiro no que diz respeito às lógicas que regem a tradução no Brasil, à demanda de traduções de língua inglesa e francesa.
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2014-10-14 00:00:00
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O ATO TRADUTÓRIO E OS GESTOS CULTURAIS: ENFOQUE SOBRE O CONTO POLÍCIA LADRÃO - POLICE VOLEUR, DE MARCELINO FREIRE
Coutinho, Janaína Araújo
Fonsaca, Karina
Nosso trabalho propõe discutir, através do olhar das Transferências Culturais, o diálogo estabelecido entre os contextos de tradução implicados no conto Polícia Ladrão – Police Voleur, de Marcelino Freire, pertencente à coletânea Je suis favela (2011) publicada na França e, no Brasil, sob o título Eu sou favela (2012), ambas pelas Éditions Anacaona. Nosso estudo baseia-se sobre a proposição de que o ato tradutório, segundo Corrêa (2009), demanda do texto traduzido e do texto-fonte o estabelecimento de conexões com as referências enfocadas nas escolhas do tradutor. A tal seleção, num primeiro plano, de cunho lexical e filológico, ajuntam-se elementos culturais e históricos. Aspectos de caráter social, político, econômico não podem ser escamoteados quando da crítica das trocas entre nações através de seus modos de expressar. Compreendemos, portanto, o ato tradutório em sua dupla função de espelhamento dos gestos culturais: visaria tanto à língua de origem do texto-fonte quanto à ótica inversa, na língua estrangeira do texto traduzido. As concepções de leitor/leitura, implícitas nas duas versões do conto, ganham maior relevo ao compararmos os contos e os artigos de imprensa, que acompanham ambas as coletâneas, dispostos ao final do livro. As imagens na tradução, ou seja, os desdobramentos do ato tradutório se modificam de acordo com os pré-requisitos socioculturais e com os métodos utilizados na tradução. Tal percepção da alteridade estabelecida entre "os contos" no conto analisado lança luzes sobre sua a trajetória como representação simbólica, tanto para os estudos das Transferências Culturais quanto para as demandas do exercício de traduzir.
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O ESTUDO DA LINGUÍSTICA DE CORPUS PARA A TRADUÇÃO ESPECIALIZADA: ELABORAÇÃO DE UM GLOSSÁRIO DA ÁREA DA INFORMÁTICA
Marian, Jane
Considerando o contexto atual da globalização, pode-se dizer que a sociedade passou a ter contato maior com outros povos, outras culturas e, consequentemente, outras línguas. Neste sentido, as exigências linguísticas também foram ampliadas, principalmente no que tange às terminologias especializadas, no entanto, percebe-se que existe uma grande lacuna a ser preenchida. Tradutores têm dificuldades de encontrar glossários ou dicionários que possam fornecer suporte à tradução, especialmente em algumas áreas específicas, como é o caso da área têxtil, pontualmente, manuais de máquinas de costura, em que comercialmente não é vantajosa a elaboração de glossários ou dicionários nesta área para as editoras. Esta comunicação tem como objetivo apresentar uma metodologia baseada na linguística de corpus para a área da tradução especializada tendo como modelo de compilação e elaboração de glossário, a área da informática. Nesta área do conhecimento muitos termos não são traduzidos. Como os auxiliar os tradutores diante de tais fenômenos linguísticos? A linguística de corpus nos apresenta fatores que podem certamente auxiliar tradutores a compilar e organizar informações para criar seu próprio banco de dados e elaborar glossários específicos que auxiliem na tradução de textos técnicos/especializados. Pretende-se discutir a linguística de corpus dentro do âmbito da tradução especializada e apresentar uma metodologia de pesquisa baseada na linguística de corpus para compilar, organizar e construir um glossário da área de Informática. Esta, pretende servir como base fundamentada da metodologia aqui proposta para que outras pesquisas possam ser realizadas e também servirá como suporte aos tradutores, pesquisadores, estudantes de tradução e aos alunos de cursos da área da informática que, normalmente não encontram material de apoio à tradução e interpretação dos textos técnicos.
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2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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CAMÕES NA CABINET CYCLOPAEDIA: MARY SHELLEY E SUA ‘TRADUÇÃO’ DA CULTURA PORTUGUESA NA INGLATERRA
Soares, Janile Pequeno
Por volta dos anos de 1830 na Inglaterra, ainda se espalhavam fortes influências advindas das revoluções industrial e francesa, os ideais liberais e os novos modos de compreender e escrever a sociedade aparecia em todos os meios impressos, claro que alguns ainda partindo do desejo de combater tais ideais. Nesse período a literatura de autoinstrução transformou-se em uma parte importante do mercado do livro e dos impressos de um modo geral. A crescente comercialização da classe média na Inglaterra inspirou uma nova geração de historiadores mais interessados em enfatizar o crescimento de mercado, indústria, artes, relações sociais e vida doméstica. Desse modo, este artigo objetiva mostrar a importância do periódico Cabinet Cyclopaedia de Dionysius Lardner, uma das mais bem sucedidas publicações dessa nova geração de historiadores em Londres, através do trabalho biográfico feito pela escritora inglesa Mary Shelley sobre escritores portugueses, única mulher componente da vasta lista de grandes intelectuais convidados pelo editor. Camões e a história da sociedade portuguesa são transferidos para a Inglaterra sob um ângulo diferente e como um dos objetivos do periódico, esses trabalhos serviram de inspiração para a nova sociedade inglesa do século dezenove. Para a realização do trabalho utilizamos Espagne (2012), Aixelá (2013), Heilbron & Sapiro (2009), Kucich (2003) e Morrison (2003) como aportes teóricos.
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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A IMAGEM DO HOMEM EM UM QUARTO COM VISTA E UMA JANELA PARA O AMOR
de Souza, José Ailson Lemos
Os filmes de herança estabeleceram-se como importante produto cultural inglês para plateias ao redor do mundo. Tais produções retomam narrativas literárias canônicas, as quais de algum modo problematizam questões como a identidade nacional, a classe social, a situação da mulher e a situação da Inglaterra a partir de personagens oriundas de classes privilegiadas do passado. A obra do romancista E. M. Forster serviu a um verdadeiro ciclo de traduções para o gênero fílmico, contando com cinco adaptações. Em Um Quarto com Vista (1908), Forster explora, e, parece questionar, o ponto de vista tradicional que coloca a mulher como objeto de um olhar masculino. Através da personagem Lucy Honeychurch, percebemos uma inversão desses papéis. Assim, temos na obra um olhar feminino a enquadrar e focalizar o homem e o universo masculino. Neste trabalho, analisamos como o diretor James Ivory apresenta o corpo masculino em Uma Janela para o Amor (1986), adaptação fílmica do romance, e de que modo tais imagens dialogam com o processo de focalização do homem presente na obra literária. Esse trabalho ampara-se em alguns conceitos teóricos presentes em Vanoye & Goliot-Lété (1994), Aumont (1995), Stam (2000), Lefevere (2007) e Higson (2007).
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2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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REPENSANDO A CONSTITUIÇÃO DA COMPETÊNCIA TRADUTÓRIA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DO TRADUTOR
Gonçalves, José Luiz Villa Real
UFOP
Nos Estudos da Tradução, a eficiência de um tradutor e a qualidade de seu trabalho têm sido investigadas, já há mais de uma década, com base no conceito de Competência Tradutória, Competência em Tradução ou Competência do Tradutor (e.g. Schaffner; Adab, 2000; PACTE, 2003; Pagano; Magalhães; Alves, 2005; Alves; Gonçalves, 2007). Dos diversos trabalhos sobre o tema, no entanto, identificamos que, embora haja elementos em comum sobre a Competência Tradutória, há outros fatores que são divergentes ou conflitantes, variando de acordo com as abordagens teóricas e/ou didático-pedagógicas utilizadas para se descrever a constituição desta competência ou para se implementar o seu desenvolvimento. Tendo em vista o crescente interesse pela tradução, não só no campo do ensino e da pesquisa, com o aumento da produção acadêmico-científica na área e da oferta de cursos de graduação e pós-graduação em instituições federais de ensino superior no Brasil, mas também, e especialmente, no campo profissional, com a ampliação progressiva da demanda por serviços especializados de tradução, há que se avaliar a conjuntura atual dessas divergências teóricas e didático-pedagógicas para a formação do tradutor a fim de se aprofundarem e se aperfeiçoarem os preceitos dessa área de formação. Assim, partindo da metodologia aplicada na pesquisa de Gonçalves e Machado (2006) e aprofundando alguns dos conceitos teóricos sobre a competência tradutória, este trabalho realizou um levantamento de informações sobre cursos de tradução no Brasil, em dois momentos distintos (2009 e 2014), analisando a configuração de seus currículos com base em conceitos e modelos teóricos relativos à composição da Competência Tradutória, os quais serviram para identificar e destacar os elementos essenciais para a formação do profissional desta área. Buscou-se avaliar quais seriam os pontos de convergência e de divergência entre os preceitos teóricos e as orientações didático-pedagógicas no ensino de tradução, explícitas ou implícitas nos currículos das diferentes instituições formadoras de tradutores. O levantamento dos dados sobre os cursos de tradução foi feito através das informações disponibilizadas na internet pelas respectivas instituições, em dois momentos distintos. Os resultados apontam para uma mudança no perfil geral de formação do tradutor no Brasil nos últimos anos e, ainda, para a necessidade do aprofundamento do diálogo, cooperação e articulação entre os diversos agentes envolvidos com a tradução (tradutores, professores, pesquisadores, gestores), visando à consolidação de uma proposta que defina o conjunto mínimo de conhecimentos e competências para a formação do tradutor profissional.
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2014-10-14 00:00:00
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DE LA DISPARITION DE GEORGES PEREC A O SUMIÇO: POR QUE TRADUZIR SEM O E, SE O A É MAIS FREQUENTE EM PORTUGUÊS?
Féres, José Roberto Andrade
La Disparition de Georges Perec é um romance lipogramático de 1969, ainda inédito em língua portuguesa. No intento de justificar a escolha de base para minha empreitada tradutória, pretendo responder à primeira pergunta que, geralmente, me faz quem descobre que estou traduzindo esse livro de 320 páginas onde não há nenhuma letra e, e narra, justamente, o sumiço dessa vogal: “Você tira o e também?”. Minha resposta: “É, apesar de o a ser mais frequente no português”. Por que tirar o e então? São estes alguns dos argumentos que viso desenvolver e ilustrar com exemplos do meu trabalho em andamento: entre o e e o a, a diferença de frequência no português é pouco significativa – não chega a 2% –; há um paralelo que se pode ler, como explica Claude Burgelin, entre o autor da vida e da morte dos personagens, um pai assassino de nome impronunciável – e cuja fisionomia é praticamente um retrato falado de Georges Perec –, e o autor da vida e da morte da narrativa, o próprio escritor; suprimindo o e, posso produzir jogos de linguagem análogos aos de La Disparition – dentre eles, o de “erros voluntários” quase imperceptíveis –; e, finalmente, Perec tinha o projeto de ligar seus livros entre si, ligação com a qual a letra e contribui muito mais que o a –para não citar senão um exemplo, seu W ou le souvenir d’enfance se inicia com a dedicatória “pour E”. O e é importante demais para não sumir em O Sumiço.
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“GO AHEAD. TRY IT.”: O AMANTE DE LADY CHATTERLEY E PLEASANTVILLE EM RELAÇÕES PALIMPSESTUOSAS
Batista, Joselayne Ferreira
UFPB
Também conhecida como reinterpretação, a adaptação trata do diálogo entre manifestações artísticas, ressignificando signos de uma linguagem para outra. Dada sua natureza palimpsestuosa, a adaptação traz em si marcas de um outro texto, e, por isso é possível reconhecer a intertextualidade em diversas esferas das relações entre as artes. O amantes de lady Chatterley (1929), romance de D. H. Lawrence, narra história de Constance Chatterley, que encontra companhia nos braços de outro homem após seu marido sofrer paralisia da cintura para baixo. Pleasantville (1998), filme de Gary Ross, traz em sua narrativa dois irmãos que acidentalmente vão para dentro de um seriado de TV em preto e branco dos anos 50. As marcas dessa relação palimpsestuosa se apresentam através de presença física do livro de Lawrence no filme como também nas transformações na vida das personagens no que diz respeito a descoberta do sexo. Desse modo, este trabalho tem por objetivo analisar e discutir como Pleasantville se configura enquanto ressignifição/transcodificação do romance do autor inglês em um novo meio semiótico, utilizando-se da linguagem cinematográfica. O arcabouço teórico deste estudo compreende críticos e estudiosos da linguagem cinematográfica e teoria da adaptação, como Brito (1995), Martin (2003), Hutcheon (2006) e Stam (2006).
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SEXO, ARTE E EMANCIPAÇÃO FEMININA: O PROCESSO DE REESCRITA DA PORNOGRAFIA ATRAVÉS DO MOVIMENTO PÓS-PORNÔ
de Oliveira, Juliana Goldfarb
Muitos estudos contemporâneos compreendem a tradução como um processo de reescrita, refletindo a ideologia e o contexto de quem traduz. Segundo Lefevere (1992), a “(re)escrita é manipulação, realizada a serviço do poder, e em seu aspecto positivo pode ajudar no desenvolvimento de uma literatura e de uma sociedade”. Pretendo, com esse trabalho, refletir sobre o processo de reescrita no movimento pós-pornô, uma das ramificações mais subversivas da produção pornográfica. A pornografia hegemônica é realizada, sobretudo, por e para homens, e seu conteúdo reforça os estereótipos de gênero e cria padrões de sexualidade que normaliza a violência (física e simbólica) contra a mulher. Em reação, grupos feministas passaram a reivindicar uma linguagem que represente a emancipação sexual feminina. Surge assim o pós-pornô, com a intenção de se utilizar dos recursos da pornografia convencional para desnaturalizar seus papeis sexuais utilitários e incompletos. O pós-pornô é um movimento artístico e político, que está profundamente ligado às teorias do feminismo queer, e por isso as contribuições de Butler (2003) e Preciado (2000) serão essenciais para uma maior compreensão dessas vozes que se identificam como minorias de gênero, mas não se sentem representadas pelo feminismo tradicional. Utilizarei também o já citado Lefevere (1992), para elucidar as questões relativas à reescrita, além de outros textos como o de Arrojo (1996), que discute os estudos de tradução na pós-modernidade e a reescrita através da autoria feminina.
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A CIRCULAÇÃO DE TRADUÇÕES FRANCESAS NO RIO DE JANEIRO (1860-1865)
Modenez, Julio Cesar
Romances de diversas partes do globo circulavam no Brasil oitocentista, especialmente traduções de títulos de origem francesa. Nas ruas cariocas, as estantes das livrarias eram repletas de obras que permaneciam no gosto do público por muito tempo, mas também das últimas novidades de Paris. No centro desse intercâmbio cultural, destaca-se a presença dos livreiros e editores, profissionais que possibilitavam a circulação desses impressos entre os continentes, sempre atentos aos gostos do público-leitor. O principal deles era Baptiste Louis Garnier, francês que mantinha seu comércio no Rio de Janeiro, sempre em contato com o pulsante mercado cultural parisiense, onde atuavam seus irmãos, também profissionais do livro. Esta comunicação oral, vinculada ao projeto temático FAPESP “A circulação transatlântica dos impressos: a globalização da cultura no século XIX”, utiliza como fonte os catálogos de livreiros encontrados no interior de livros do acervo digital da Brasiliana Guita e José Mindlin, entre 1860 e 1865, editados por Garnier. Esse tipo de publicidade consistia no emprego de folhas não utilizadas para a impressão do texto principal, no início ou no final do livro, para publicação de listas de títulos à venda. Tomando essas listas como base, identificamos os romances franceses anunciados e a atualidade dessas obras, a partir da diferença entre a primeira publicação na França e a primeira aparição nos catálogos do corpus pesquisado. Assim, propomos um panorama da circulação de romances franceses no Rio de Janeiro na primeira metade dos anos 1860.
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TÉCNICAS DE TRADUÇÃO EM “A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS”: A TRADUÇÃO COMO RETEXTUALIZAÇÃO
Nascimento, Kaline Brasil Pereira
Para Vermeeer (1978), a atividade de tradução diz respeito à transmissão de uma mensagem. Segundo a Teoria Funcionalista da Tradução (NORD, 1997), para que essa mensagem seja transmitida, é necessário que se observe o objetivo da tradução, bem como o público alvo que terá acesso ao texto traduzido. Corroborando o exposto, este trabalho tem como objetivo investigar quais técnicas de tradução propostas por Vinay e Darbelnet (1958) e Molina e Albir (2002) são utilizadas em um capítulo da obra “A menina que roubava livros” (MARKUS ZUSAK, 2005) – considerando uma tradução de Vera Ribeiro (2007). Para alcançar os objetivos almejados, recorreremos à pesquisa descritiva, de cunho quanti-qualitativo, visto que os dados serão descritos, contabilizados e analisados holisticamente, a partir da teoria da análise de tradução textual. Para tanto, serão consideradas as assertivas de Jakobson (1959/2000), Vermeer (1978), Oustinoff (2011), acerca do conceito de tradução; Vinay e Darbelnet (1958), Molina e Albir (2002), acerca das técnicas de tradução; dentre outros. Como resultados finais prévios, concluímos que a tradução apresenta-se como uma atividade fluída, que requer não apenas o conhecimento linguístico, visto envolver também aspectos relevantes, tais como questões culturais, temporais, estilo próprio do tradutor, dentre outros, os quais influenciam na atividade de tradução. Essa conclusão aponta para a inviabilidade de tradução literal, por ter a mensagem ao público como objetivo primordial.
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PARATEXTO E PARATRADUÇÃO NAS OBRAS DE AZOUZ BEGAG
Sales, Kall Lyws Barroso
Na França, durante a década de 60, o número de imigrantes de origem magrebina crescia nos grandes centros. Com anseio de ascensão econômica, muitos imigrantes viajaram para o solo francês, porém não conseguiram o tão almejado retorno à terra natal. Dessa forma, muitos trabalhadores sem escolaridade e suas famílias continuaram a viver em solo francês, nas periferias que ainda mantinham nítida relação com as culturas do norte da África. Azouz Begag foi filho de um desses imigrantes que conseguiu, através de sua literatura, em especial Le gone du Chaâba (1986), levar ao público francês a realidade de sua comunidade. Nascido na periferia de Lyon e filho de imigrantes, Azouz Begag apresenta, em sua literatura, a vida dos Beurs, jovens franceses de origem magrebina, valorizando sua cultura e construindo um modelo positivo de identidade. O presente trabalho, então, propõe uma reflexão sobre a obra de Begag para o questionamento da história literária francesa, em particular a utilização de paratextos e de paratraduções nas obras de Begag, dando ênfase aos glossários e ao guia fraseológico apresentado pelo autor e como esses paratextos chegaram às traduções do inglês e do espanhol. Para tanto, usaremos os textos de Genette e de Yuste Frías como aparato teórico, para examinarmos as ideologias, e as propostas das edições através da análise das capas, quartas capas.
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“ALICE POR ARTES DE NARIZINHO”: ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS, DE MONTEIRO LOBATO
Duarte, Katarina Queiroga
A tradução de Alice no País das Maravilhas (1931) de Monteiro Lobato não se trata de uma mera recontagem do texto original (1865) de Lewis Carroll para o público infanto-juvenil brasileiro. Os textos de partida e de chegada em análise neste estudo foram produzidos em épocas e contextos históricos e culturais distintos, pelo que fará parte deste trabalho a análise de algumas das diferenças culturais entre as duas obras. Lobato acrescenta, retira e substitui informações e trechos da obra original. Na versão do autor brasileiro, nos deparamos com opções que divergem e se afastam do texto de partida. O tradutor /autor justifica sua postura já no prefácio do volume ao afirmar que fez o que pode, mas pede aos pequenos leitores que não o julguem, pois as diferenças das línguas e mentalidades, inglesas e brasileiras, são grandes. Este trabalho se propõe a analisar determinadas diferenças culturais presentes nos dois textos. As obras serão analisadas segundo o modelo proposto pelos estudiosos José Lambert e Hendrik van Gorp no artigo “On Describing Translations”, publicado em The Manipulation of Literature (1985). Dentro da flexibilidade desse modelo, a análise se concentrará em comparar os dois textos dentro de seus respectivos sistemas. Conceitos do estudioso Gideon Toury (1995) sobre tradução e adaptação literária serão cruciais para se chegar às possíveis conclusões.
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A TRADUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO DE QUÍMICA PARA A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Albuquerque, Kátia Michaele Conserva
Monteiro, Regina de Fátima Freire Valentim
A produção de materiais em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) tem sido ampliada no Brasil principalmente por meio das traduções literárias. Entretanto, o processo educacional inclusivo e a conquista dos direitos linguísticos das pessoas surdas têm apontado para outra necessidade: a produção de materiais didáticos traduzidos para Libras. Neste resumo, apresentamos uma proposta de produção de DVDs em Libras dos principais conteúdos de química e que servirão como recurso para alunos surdos do Ensino Médio e pessoas interessadas pelo estudo da área. Nosso objetivo é contribuir ao contexto educacional inclusivo da Pessoa Surda por meio da tradução e adaptação de material didático da disciplina de Química, lecionada no primeiro ano do ensino médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Campus João Pessoa. As adaptações são discutidas a partir da vinculação entre o texto da língua fonte e a visualidade inerente aos surdos. As etapas metodológicas estão organizadas em seis fases a fim de favorecer a execução do projeto: estudo aprofundado dos textos na língua fonte; seleção dos recursos visuais; gravação das traduções; edição final dos DVDs; distribuição dos DVDs para instituições educacionais. Dessa forma, esperamos contribuir com a proposta inclusiva social e educacional que deve ampliar as ações referentes à acessibilidade considerando os aspectos linguísticos e culturais envolvidos pela surdez.
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TRADUZIR O TERROR NO TEXTO DUMASIANO
Dell’ Antonia, Laís Zampol
Esta apresentação se baseia na análise do contexto histórico de La femme au collier de velours, de Alexandre Dumas, em que o personagem principal, E.T.A. Hoffmann, viaja à Paris em plena época do Terror, e lá é confrontado diretamente com essa realidade social. O objetivo dessa pesquisa é refletir sobre os desafios de se traduzir uma obra cujo pano de fundo é a Revolução Francesa, tendo como foco a explicitação dos elementos históricos (contextuais e lexicais) para o público brasileiro. Partindo da evidência de que tal corpo romanesco alimenta-se de informações históricas específicas e pouco familiares ao público em geral, a tradução desse romance acrescenta, às dificuldades intrínsecas ao processo tradutório literário, problemas ligados à explicitação do contexto e dos personagens “reais” ali evocados. Nossa hipótese é de que uma tradução especializada desse romance histórico permitiria ao leitor uma melhor compreensão das diferentes nuances no enredo e na construção dos personagens. Assim, a escolha de Hoffmann como protagonista deve ser compreendida em interface com sua existência histórica, que impacta no enredo e na forma do texto dumasiano. Mapear, compreender e explicitar tais interfaces, sem perder de vista à legibilidade do romance em questão, é o que mobiliza esta pesquisa.
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DA DIDÁTICA DAS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS PARA A DIDÁTICA DA TRADUÇÃO: A ABORDAGEM BASEADA EM TAREFAS
Gomes, Lavínia Teixeira
UFPB
A presente comunicação pretende apresentar os princípios que norteiam o arcabouço metodológico da Didática da Tradução proposto pelo Grupo de Pesquisa PACTE (Universidade Autônoma de Barcelona – UAB) sob a coordenação de HURTADO ALBIR no âmbito do desenvolvimento de habilidades específicas à atividade tradutória. Busca-se refletir sobre como a abordagem baseada em tarefas (ABT), surgida no âmbito da didática de línguas estrangeiras no fim dos anos 80, foi incorporada pelo grupo através do enfoque por tarefas de tradução. A ABT, dentro da perspectiva cognitivo-construtivista, considera que o aprendiz se torna ativo na construção de sua aprendizagem através da resolução de tarefas (problemas). Considera-se a tarefa como uma “atividade na qual os aprendizes usam quaisquer recursos que possuem na língua-alvo para resolver um problema, solucionar um enigma ou compartilhar e comparar experiências” (WILLIS, 1996, p. 23). Desse ponto de vista, a tarefa de tradução é considerada como ponto de partida para a organização da Unidade Didática (UD). Nesse contexto, o objetivo desta apresentação é contextualizar a origem da ABT no ensino comunicativo de línguas estrangeiras, para em seguida caracterizá-la no contexto da Didática da Tradução preconizado pelo grupo PACTE.
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“I CAN’T TAKE MY EYES OFF OF YOU”: UMA LEITURA INTRODUTÓRIA SOBRE A TRILHA SONORA E A CONSTRUÇÃO DA TEMÁTICA DE CLOSER
Monteiro, Leonardo
Os efeitos sonoros são codificados pelo contexto fílmico e assumem um significado pelo seu posicionamento na diegese. Um tema musical fica associado a um personagem, a um lugar, a uma situação, ou a uma emoção. A música pode, portanto, contribuir com o fluxo da dinâmica da narrativa e elevar o seu significado a um outro nível, ou seja, a música enfatiza a subjetividade de um personagem e/ou ilustra eventos narrativos através de seu ritmo ou letra. Este trabalho propõe discutir algumas questões envolvendo os efeitos sonoros no teatro e cinema. Utilizaremos como exemplo a peça Closer, escrita por Patrick Marber em 1997 e adaptada ao cinema em 2004 por Mike Nichols. Pretendemos analisar comparativamente a construção da cena inicial do texto dramático e a sua adaptação fílmica focando a questão da trilha sonora e como esta alude à construção do olhar/jogo de olhares sobre a cena. Dessa forma, o nosso objetivo será trabalhar a música tema do filme, a saber, The Blower’s Daughter, escrita e interpretada por Damien Rice e como a sua construção lírica contribui para a temática do filme. À luz do exposto, utilizaremos como referencial teórico críticos e estudiosos da linguagem cinematográfica, tais como: Jacques Aumont et al (1995), Annabel J. Cohen (2001), Claudia Gorbman (1987) e Marcel Martin (2011).
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INVESTIGANDO O PERFIL DO TRADUTOR-FÃ DE LEGENDAS NO BRASIL
de Brito, Liara Rodrigues
UFPB
Esta pesquisa tem como objetivo geral contribuir para os estudos de Tradução Audiovisual (TAV), área que ainda é pouco pesquisada no Brasil. Esse trabalho também pretende evidenciar o papel do tradutor de fansubs (legendas de fãs para fãs). Apesar da facilidade de encontrar pesquisas que lidem com fansubs – em especial pesquisas que comparam fansubs e legendas comerciais, como Ribeiro Neto (2013), Corchs (2013) e Feitosa (2009) –, poucas pesquisas, por exemplo, Perides (2008), enfocam o trabalho do tradutor destas legendas (fansubber), que no trabalho chamamos de tradutor-fã. Assim como as pesquisas de Aulavuori (2008) e Perides (2008), nossos dados também foram coletados à distância através de um questionário, o qual os sujeitos responderam pela internet, embora o nosso questionário tenha sido elaborado com o auxílio da ferramenta Google Docs. Os resultados obtidos com o questionário possibilitaram que traçássemos um perfil dos tradutores-fãs quanto a seu nível de formação em Tradução e experiência como tradutores, além de investigar a rotina de legendagem destes tradutores-fãs e sondar se há interesse em atuar profissionalmente como tradutores ou em fazer algum curso de tradução. Quando possível, comparamos os nossos dados aos de Perides (2008). Como resultado, pudemos fazer comparações sobre o sexo dos sujeitos, faixa etária, localização geográfica, nível de escolaridade e o que levou os tradutores-fãs a se envolverem com a tradução de fansubs.
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O ACERVO DE EXPRESSÃO FRANCESA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE
da Silva, Lourran Antonio Alves
O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte foi fundado em 29 de março de 1902. Essa instituição surge com o propósito de conservar a história do povo potiguar e de construir um “ideal nacional”. Sabendose da grande importância de seu acervo, temos, como proposta de projeto de Iniciação Científica, analisar o que há de representativo da expressão francesa no IHGRN. Para isso, nosso objeto de estudo foi delimitado à estante B3, que conserva parte do acervo pessoal de Antonio José de Melo e Souza (Polycarpo Feitosa). Isso se justifica em função da enorme importância desse intelectual no cenário político e literário do estado, além da presença de obras em língua francesa. Nosso trabalho consiste em: 1. Averiguar levantamento bibliográfico realizado em 2005 por MORAIS e OLIVEIRA; 2. analisar cada obra que há em francês na estante B3; 3. Num último momento, verificar a influência dessas leituras francesas na produção intelectual de Polycarpo Feitosa. Esperamos, com essa pesquisa, despertar interesse de outros pesquisadores que queiram contribuir com a literatura potiguar e com a importância do aprendizado de uma língua estrangeira nos estudos comparativistas.
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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TESOURO PERIFÉRICO: A LITERATURA NÓRDICA MEDIEVAL TRADUZIDA POR RÉGIS BOYER
de Campos, Luciana
A literatura da Escandinávia Medieval foi composta em nórdico antigo e latim, durante os séculos XII e XIV, e passou a ser amplamente difundida e estudada por pesquisadores de várias partes do mundo (Europa, Estados Unidos, Austrália e Japão) a partir das traduções para a língua francesa propostas por Régis Boyer nos anos 1960. Estudioso da língua, literatura, mitologia, religião, cultura e sociedade escandinava medieval, - Boyer, professor da Sorbonne tornou-se também um dos mais renomados tradutores dessa “literatura periférica” para uma língua universal, o francês, popularizando-a e, assim, transformando-a em corpus de pesquisa. O trabalho de Régis Boyer como tradutor não ficou restrito apenas à literatura medieval e dedicou-se também a traduzir para o francês, textos literários bem como obras acadêmicas escritas em línguas escandinavas modernas. Seu trabalho como escandinavista conta com traduções literárias, uma gramática do islandês antigo, estudos de mitologia escandinava, poesia escáldica e éddica, bem como estudos aprofundados sobre sociedade e religião nórdicas. Para realizarmos uma análise da obra de Régis Boyer como tradutor em especial da literatura nórdica medieval, nos debruçaremos sobre a análise de sua obra realizada por Federico Mayor (1997) bem como a teoria desenvolvida por Pascale Casanova (2002) acerca da difusão de línguas e literaturas menores vertidas para idiomas universais.
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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ANALISANDO OS DIÁLOGOS QUE ENTRELAÇAM: MACBETH E SUA ADAPTAÇÃO FÍLMICA MEN OF RESPECT
Brilhante, Lucyana do Amaral
A atividade tradutória é tarefa que envolve leitura e interpretação de textos, sendo, portanto, mediada por um indivíduo a partir da cultura, história e ideologia de uma época. Nesse sentido, uma análise tradutória deverá investigar não apenas os vínculos que se estabelecem entre tradução e obra de partida, mas ainda a influência dos aspectos culturais e históricos que envolvem o contexto de produção dessa tradução. Partindo da percepção de que a adaptação fílmica de obras literárias constitui-se uma forma de tradução, acreditamos que uma apreciação pertinente de um texto fílmico traduzido deve atentar para as trocas e articulações que entrelaçam a tradução e os outros textos que porventura evoquem, além de seus contextos de produção. Neste trabalho, analisaremos a adaptação fílmica de Macbeth que ambienta a “peça escocesa” no mundo do crime em que grupos rivais se confrontam pelo controle de territórios de ação. Nitidamente influenciada por filmes de gangsters, é possível observar na adaptação Men of Respect (1991) alusões a clássicos do “gênero”, organizadas de modo a reelaborar o texto shakespeariano para um contexto mais atual do público de cinema. Nossa investigação tem como base teórica o conceito de reescritura de Andre Lefevere (2007), que, apesar de especialmente elaborado para as traduções literárias, fornece elementos importantes para a análise das traduções fílmicas. Além da noção de reescritura, consideraremos, ainda, as reflexões de Robert Stam (2005; 2003; 2000; 1992) acerca das adaptações fílmicas.
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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EQUIVALÊNCIA DINÂMICA DE NIDA E A TENTATIVA DE TRADUÇÃO DA BÍBLIA NO JAPÃO NO SÉCULO XVI-XVII
Sakamoto, Mamiko
No que diz respeito à tradução da Bíblia, Eugene A. Nida (Nida & Taber, 1969) propôs a ideia de “equivalência dinâmica”, alegando que a relação entre o recetor e a mensagem deve ser substancialmente o mesmo como entre o recetor original e a mensagem. No entanto, quando o tema do texto original não é reconhecido na cultura recetora, será possível traduzi-lo, substituindo por termos já existentes sem causar qualquer confusão? Neste trabalho explorou-se um exemplo de tradução da Bíblia no Japão que ocorreu durante os séculos XVI e XVII. As primeiras tentativas de tradução da Bíblia ocorreram durante a vinda de Francisco Xavier para o Japão, pelo primeiro católico japonês conhecido até agora, chamado Anjirô. No entanto, devido à sua falta de formação, na sua tradução, os termos cristãos foram substituídos pelos termos budistas, um das quais o termo ‘Deus’. Anjirô substituiu este conceito pelo termo ‘Dainichi’, uma das designações de buda, que se escreve literalmente ‘o grande Sol (大日)’ em japonês. Esta transferência cultural teve um impacto considerável nas atividades dos missionários, gerando várias confusões. Aprendendo desta experiência, os missionários deixaram de substituir os termos cristãos e começaram a utilizar os termos originais em português ou latim. Estes exemplos da fase inicial da tradução da Bíblia em japonês mostram-nos um dos importantes aspetos de tradução: a equivalência dinâmica não é possível quando não existe um conceito semelhante na cultura recetora ou o conceito já existente for essencialmente distinto.
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A TRADUÇÃO SOB RESERVA: TRADUZINDO OUTROS CAMPOS COM A PSICANÁLISE
Pietroluongo, Márcia Atalla
Que contribuições a Psicanálise pode trazer para a tradução da letra do Direito? Que subjetividades são instauradas e que entrecruzamentos seriam possíveis entre esses dois campos? A partir da apresentação de um caso emblemático de tradução jurídica / juramentada no par francês-português, no qual a deriva significante não cessa de operar, questiona-se sobre as aporias da significação neste campo e enfatiza-se o que uma ética da Psicanálise pode ensinar ao tradutor público, buscando construir um “saber discursivo e conceitual rigoroso da tradução e das traduções” (BERMAN, 1995: 63), e um discurso crítico sobre o modo como se opera a tradução jurídica e juramentada, fundado numa prática compreendida como lugar onde a reflexão e a experiência emergem, processo e produto que toma corpo nos textos traduzidos, procurando desfazer mitos, deslocar e construir novos saberes teóricos. Afinal, “Tal é a tradução: experiência. Experiência das obras e do ser-obra, das línguas e do ser-língua. Experiência, ao mesmo tempo, dela mesma, de sua essência. Em outros termos, no ato de traduzir está presente um certo saber, um saber sui generis. [...] A tradução é sujeito e objeto de um saber próprio. (BERMAN, 1999: 16)”. Longe de inaugurar um diálogo neutro entre textos, culturas, sistemas, seu lugar de mediação deve ser pensado como espaço de esgarçamento significante onde algo de si e do outro se deixam dizer, se forçam a dizer; mediação compreendida como espaçamento, entre-lugar sempre já marcado.
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CLARICE LISPECTOR TRADUTORA DE LITERATURA INFANTOJUVENIL
Queiroga, Marcílio Garcia
Ao longo de sua vida Clarice Lispector exerceu inúmeras atividades, entre elas a de tradutora paralelamente à de escritora e jornalista. Embora seja na atualidade uma das escritoras brasileiras mais estudadas, impressiona a escassez de trabalhos acadêmicos acerca de Clarice Lispector como tradutora. Os trabalhos de Gomes (2004), Nolasco (2007), Ferreira (2012) e Miroir (2013), estes mais específicos, fazem parte do reduzido número de pesquisas. Também são relevantes os dados apontados por Marting (1993), Gotlib (1995) e Moser (2012). Os trabalhos traduzidos, um total de mais de quarenta, eram bastante diversificados e entre eles figuram cinco traduções/adaptações de literatura infantojuvenil, sendo uma do francês (“A ilha misteriosa”, Julio Verne) e cinco do inglês (“Viagens de Gulliver” – Jonathan Swift, “Chamado Selvagem” – Jack London, “O retrato de Dorian Gray” – Oscar Wilde, “O talismã” – Walter Scott e “Tom Jones” – Henry Fielding). A tradução de literatura infantojuvenil é reconhecida por Jobe (1996) como atividade exigente e complexa na qual o tradutor se encontra no dilema de produzir traduções literais ou preservar a fluidez do texto, adaptando-o ao contexto de chegada. Klingberg (1986) aponta que em muitos aspectos os problemas de tradução apresentados na literatura para crianças e jovens podem ser os mesmos da literatura feita para adultos. A literatura infantojuvenil pode trazer, na maioria das vezes, desafios ainda maiores para o tradutor, vez que tendo que lidar com uma multiplicidade de demandas, ainda exige-se dele a invisibilidade no texto. Segundo Lathey (2006), ainda que o nome do tradutor não figure no texto, mesmo que não haja evidência da sua existência (além do nome), ele estará marcado através de sua presença discursiva no texto (implícita ou explicitamente), o que Hermans (1999) denomina “voz do tradutor”. O corpus deste trabalho é composto pelas obras “Chamado selvagem”, de Jack London e “Viagens de Gulliver”, de Jonathan Swift, através das quais se pretende discutir com base em um corpus paralelo a presença discursiva do tradutor. Este trabalho se amparará nos pressupostos dos Estudos Descritivos da Tradução (Toury, 1995; 2012), voz do tradutor, de Hermans (1999) e estudos baseados em corpora (Baker, 1993; 1995; 1996; 1999).
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MUSSET NOS TRÓPICOS: DAS ORIGENS ÀS RELEITURAS DO INTERTEXTO MUSSETIANO NA LÍRICA DE CASTRO ALVES
Fernandes, Marcos Vinícius
Dentre as diversas influências francesas na poética de Castro Alves, destaca-se significativamente a do escritor parisiense Alfred de Musset. Traduções, epígrafes, transestilizações, breves alusões e citações, pontuam a recorrência do paratexto mussetiano na lírica do poeta baiano. Apesar da reduzida, mas enriquecedora, fortuna crítica a esse respeito, (FARIA) 1971, (VEIGA) 1986, (FALEIROS) 2008, falta-nos, entretanto, uma discriminação no tocante ao trajeto empreendido pela obra de Musset em sua chegada ao Brasil. Se, em Castro Alves, o contato primeiro com o francês e seus poetas se deu pela seleta de Charles André, o Petit Cours de Littérature Française, não podemos dizer que o mesmo ocorreu a respeito de sua leitura do autor de Rolla. Porém, (LOBO) 1987, oferece-nos, em pesquisa nas bibliotecas nacionais, um painel significativo da preferência entre os nossos românticos por Alfred de Musset. Nosso trabalho de pesquisa, refazendo a trilha de sua entrada no Brasil, redescobriu igualmente Musset pelas portas de Garnier, em um momento da história de nossa literatura dentro do contexto de transferências culturais entre a França e o Brasil. Importa-nos compreender, portanto, como as condições de aclimatação local da obra mussetiana em seu desembarque no Brasil forjou no escritor baiano uma poética bastante singular e interligada ao projeto de nacionalidade brasileira em voga entre os românticos oitocentistas do país.
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TORNAR-SE (IN)VISÍVEL GRAÇAS À TRADUÇÃO: O CASO DAS LITERATURAS MAGREBINAS DE EXPRESSÃO FRANCESA
Deângeli, Maria Angélica
Wimmer, Norma
Em La république mondiale des lettres (1999/2008), Pascale Casanova afirma: “Todos os ‘escritores literários’ das ‘pequenas’ línguas são confrontados (...) à questão, de alguma maneira inevitável, da tradução. ‘Escritores traduzidos’, eles são tomados por uma contradição estrutural dramática que os obriga a escolher entre a tradução numa língua literária, separando-os de seu público nacional, mas oferecendo-lhes uma existência literária, ou o recolhimento numa ‘pequena’ língua, que os condena à invisibilidade literária ou a uma existência literária reduzida à vida literária nacional” (2008, p. 363). Se, por um lado, a afirmação de Casanova merece ser questionada, por outro, tal afirmação encontra ressonâncias no debate que animou (e ainda anima) grande parte da produção literária pós-colonial do Magrebe. A interrogação sobre o estatuto da língua na qual se escreve é um imperativo para o escritor dividido entre a herança da língua do colonizador e a diversidade dos idiomas locais. Neste sentido, escrever é entregar-se à aventura de um entre-as-línguas que se define como um desafio político-identitário constitutivo de toda tradução. O objetivo desta comunicação é o de investigar, a partir de uma visada teórica e analítica, compreendendo os escritos de Casanova (2008) e de Derrida (1996; 1998), como chegam (ou não) até nós, via tradução, as obras desses autores magrebinos de expressão francesa; em que medida a problemática da língua se faz sentir no contexto de uma literatura estrangeira traduzida para o português e qual o papel da mídia e da crítica para tornar visíveis alguns autores em detrimento de outros.
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O PAPEL DO TRADUTOR E A FORMAÇÃO DE SUA IDENTIDADE
Alencar, Maria Eduarda dos Santos
Sob a perspectiva da teoria pós-colonial de Niranjana, na qual há o argumento de que as traduções não devem ser compreendidas como sendo fiéis ou livres, ou texto-fonte ou texto-alvo, mas sim como algo que, além de reforçar de modo recíproco as noções preestabelecidas de cultura e identidade, também as transformam, há a contestação da tradução considerada como tradicional. Além da teoria da autora, o presente trabalho também acolherá a teoria domesticadora e estrangeirizadora de Venuti, em que a primeira se refere ao texto traduzido que se passa por original, cuja prioridade do tradutor se encontra na intenção do autor, enquanto a segunda ignora o cânone local e introduz outros discursos, incorporando valores marginalizados na cultura meta e introduzindo estilos e gêneros com traços alheios à cultura alvo. A importância da teoria de Venuti para o trabalho deve-se ao fato de que, assim como ele, Niranjana defende a estratégia estrangeirizante, que é aberta ao transporte da diferença e resiste à convenção de tradução proposta e discutida na teoria tradicional e, dessa forma, apresenta novas formas de repensar não apenas a tradução, mas também a evolução cultural e a formação de identidade do tradutor. O presente trabalho, portanto, propõe discutir o papel do tradutor e a formação de sua identidade a partir das teorias pós-coloniais e do que seria, para elas, a tradução. Para essa finalidade, acolhemos as contribuições de Niranjana (1992), Derrida (1982), Venuti (1996; 2002), Blume e Peterle (2013), entre outros.
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SOBRE UMA TRADUÇÃO DE EXCLAMACIONES DE TERESA D’ÁVILA: CONTEXTOS E IMPLICAÇÕES
de Lima, Maria Graciele
O objetivo deste artigo é discutir sobre uma tradução da obra Exclamaciones (1974) escrita pela espanhola Teresa d’Ávila, para a língua portuguesa, cuja publicação é intitulada Exclamações da Alma a Deus, contida no volume das Obras Completas (2009) pertencentes à autora mencionada. Os pontos a serem discutidos destacam o contexto editorial da referida tradução e algumas implicações dele resultantes, tais como o distanciamento da obra dos estudos literários, bem como a diminuição de seu valor diante do próprio conjunto de escritos da autora. Tratada como uma ‘obra menor’, Exclamaciones tem recebido cristalizações conceituais que a tornam uma obra duplamente não canônica: em primeiro plano (microcosmo), menor diante do conjunto de escritos teresianos e, em segundo plano (macrocosmo), frente à arte literária. Nesse sentido, o apoio para as discussões propostas será buscado, especialmente, nos apontamentos de André Lefevere (2007) quando o estudioso trata da criação da imagem de um escritor para uma sociedade por meio de traduções e outros elementos envolvidos no trabalho editorial. Também as contribuições oferecidas por Cristófol y Sel (2008), ao discutir sobre cânone e censura nos estudos da tradução. Assim, o presente artigo problematiza, não somente o exercício tradutório em si, mas também, contextos, intencionalidades e cristalizações de imagens sobre um/uma autor/autora.
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O PROFESSOR DE TRADUÇÃO: DESDOBRAMENTO DE COMPETÊNCIAS E PERFIS
Esqueda, Marileide Dias
UFU
Apesar da expansão da pesquisa e do ensino na área de Tradução (DIÁZ CINTAS & ORERO, 2003), ainda parece evidente a divergência entre as orientações didáticas e a ausência de uma diretriz predominante para a formação do tradutor, evidenciando a necessidade, por consequência, de se estudar acerca das competências do professor de tradução. Darin (2001), Muñoz et.alli. (2003), Colina (2003) e Gonçalves e Machado (2006) constataram falta de consenso entre professores de tradução com relação aos norteadores da formação do tradutor, principalmente em nível de graduação. Constatou-se o fato de que os docentes da área utilizam critérios declaradamente subjetivos e aparentemente arbitrários para a seleção dos textos a serem traduzidos pelos alunos. Os professores, no geral, centralizam e controlam o processo de aprendizagem, responsabilizando-se pela avaliação das traduções e oferecendo as soluções diante de impasses. Quanto às dinâmicas utilizadas em sala de aula, as pesquisas mostram que alguns docentes simplesmente adotam atividades convencionais como leitura do texto original, tradução preliminar realizada oralmente, elaboração da tradução por parte dos alunos em intervalo de tempo pré-estipulado e posterior verificação das opções de tradução junto a todos os alunos; outros professores, além de manterem tal prática, agregam a esta outras atividades que são implementadas à rotina didática de maneira isolada e pouco sistemática. Ainda, observa-se uma tendência de polarização entre pares em relação à forma como se define a natureza da competência do tradutor e como se postula o seu desenvolvimento. (GONÇALVES e MACHADO, 2006) Diante do exposto, e com base no que argumentava Vygotsky (1998), de que quanto mais se discute a formação de alunos, mais deve-se ampliar as competências do professor, indaga-se, neste trabalho, quais seriam os aspectos constitutivos da competência do professor de tradução que possam propiciar descortino para uma formação mais sistematizada na área de Tradução. Trata-se, neste sentido, de divulgar os resultados de uma pesquisa de cunho qualitativo-descritivo que, por meio de questionários e entrevistas, buscou conhecer o perfil de professores de tradução que atuam em instituições brasileiras públicas e particulares que ofertam cursos de graduação em Tradução, descrever a rotina didática que estabelecem na sala de aula de tradução, bem como identificar como estes definem quais devem ser suas competências enquanto docentes responsáveis pela formação de tradutores.
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ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE TRADUÇÃO SINTÁTICAS EM TEXTOS TRADUZIDOS POR ALUNOS DE LETRAS
Cacho, Marília Bezerra
Branco, Sinara de Oliveira
Partindo da hipótese de que a tradução pode ser utilizada como ferramenta de ensino de LE, especificamente em contexto universitário, e não apenas para a formação de tradutores, temos como objetivo geral identificar questões linguísticas em nível sintático que podem ser utilizadas como ferramenta para o ensino de LE e de LM através de atividades escritas de tradução de um grupo de aprendizes do Curso de Graduação em Letras/Línguas Estrangeiras, que cursavam a disciplina de Introdução à Teoria e Prática de Tradução. Os objetivos específicos são: 1) identificar as Estratégias de Tradução Sintáticas utilizadas por aprendizes do Curso de Licenciatura em Letras/Línguas Estrangeiras na tradução de textos específicos do inglês para o português brasileiro; e 2) investigar quais Estratégias de Tradução são utilizadas mais adequadamente ou menos adequadamente na tradução dos textos traduzidos do inglês para o português brasileiro. Para que os objetivos fossem alcançados, a Fundamentação Teórica da pesquisa foi baseada nas reflexões de autores como Nord (1997), Chesterman (1997), Malmkjaer (1998), Lucindo (2006), Azenha Junior (2006) e Stupiello (2006). O estudo mostrou que há possibilidade de uso da tradução como ferramenta de ensino em sala de LE para a identificação de formas variadas de reexpressão de significados semelhantes que podem ser compartilhadas em sala de aula entre aprendizes e professores de línguas.
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O ENOBRECIMENTO COMO TENDÊNCIA DEFORMADORA NA TRADUÇÃO DO BEST-SELLER AMANTE SOMBRIO
Galdino, Melina Cezar Merêncio
UFPB
A tradução de romances best-sellers, campo ainda pouco problematizado, tem como principal característica a exclusão do estrangeiro e a adaptação à cultura local. O leitor deve ler uma tradução que pareça que foi escrita em sua própria língua, não aparentando ser uma tradução; além disso, esse texto deve também estar de acordo a concepção moral e ideológica desse leitor. Nesse contexto, as traduções são concebidas como uma aclimatação do estrangeiro e tudo o que causa estranheza à cultura de chegada é rejeitado. O objetivo deste trabalho é observar como essa estratégia tradutória, particularmente o “enobrecimento” (BERMAN, 2013) do texto (no qual o tradutor muda ou exclui passagens do texto original que possam chocar ou ferir a moral do leitor) está presente na tradução de um best-seller e como esse método afasta o leitor do mundo descrito no original. O corpus é composto pelo romance Amante Sombrio (Dark Lover) da estadunidense J. R. Ward, traduzido por Jacqueline Valpassos, que será analisado com base na analítica da tradução de Antoine Berman, para quem existem em toda tradução tendências deformadoras que agem como forças no ato de traduzir. A análise do corpus mostra como a tradução de um best-seller considerado erótico tende a suavizar termos e expressões que podem, na avaliação do editor, vir a chocar os valores morais e/ou ideológicos do público leitor da obra. A análise pretende mostrar como a tradução de Amante Sombrio acaba por tornar o original mais neutro, destituindo-o de uma linguagem característica desse tipo de romance.
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REFERÊNCIAS CULTURAIS EM TEXTOS ACADÊMICOS: O POSICIONAMENTO DO TRADUTOR
Pfau, Monique
Neste trabalho, denominamos “referências culturais” palavras, fragmentos de frases ou frases inteiras que trazem significados compartilhados por uma determinada cultura e que não necessariamente são compartilhados por outra, podendo assim causar dificuldades para o tradutor ao executar sua tarefa. Em uma análise teórica, trazemos algumas denominações propostas por Nord (1991), Asensio (2000) e Nadal (2009) com o objetivo de refletir sobre outros termos além de “referências culturais” utilizados entre teóricos para situações semelhantes no contexto tradutório. A partir disso, pretendemos discutir as estratégias tradutórias de referências culturais de artigos acadêmicos da área das Ciências Humanas Brasileiras. Os textos analisados são publicações bilíngues em português e em inglês em acesso aberto e, através deles é possível perceber que os textos-fonte em português estão embrenhados com termos e fragmentos próprios compartilhados pela comunidade (acadêmica) brasileira que trazem significados próprios para o público-alvo da sua respectiva cultura. O estudo pretende fazer uma análise crítica à prática tradutória considerando as exigências e possibilidades da natureza do gênero textual artigo científico. A análise nos leva a concluir que a competência tradutória em textos cuja tipologia é informativa tende a atingir o seu propósito comunicativo quando o tradutor interfere no texto explicitando especificidades da cultura brasileira para um público leitor não brasileiro.
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CHAPEUZINHO VERMELHO: DA MENINA INOCENTE À FEMME FATALE
dos Santos, Nyeberth Emanuel Pereira
A história da Chapeuzinho Vermelho, ou Le petit Chaperon Rouge, tão conhecida por adultos e crianças, participa do imaginário social desde sua criação, algo potencializado mundialmente, sobretudo, depois das versões de Perrault e dos irmãos Grimm. Desde a sua origem, as histórias da garotinha que encontrou com o Lobo Mau, ao levar doces à casa da sua avó, foram contadas e recontadas de diversas maneiras, cada uma contendo um desfecho que dialogava diretamente com o momento cultural vivido. Partindo dessas características da escrita literária e do diálogo incessante com a sociedade na qual o texto se apresenta, a mesma história ganhou nova forma, através de novos signos. Entre essas novas maneiras de significar a personagem da Chapeuzinho Vermelho, encontra-se a linguagem publicitária, que tem como premissa a venda de um ideal através de seus produtos. Partindo desse pressuposto, apresentamos um estudo que envolve uma publicidade do perfume Chanel Nº 5, no qual a Chapeuzinho Vermelho se transforma de menina inocente para mulher provocante, dominadora e dona de si. Sendo assim, compreendemos que isso ocorre, principalmente, pela tradução cultural (DINIZ, 2010) de seu enredo. Portanto, é no eixo do interpretante do signo peirceano que entendemos essa transformação, especialmente na relação interartes ou intersemiótica entre a literatura e outras semioses.
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A TRADUÇÃO DO RITMO NA PROSA DE ALAIN MABANCKOU
Nogueira, Paula Souza Dias
Nesta comunicação iremos discutir sobre como o ritmo aparece no romance Mémoires de porc-épic, do congolês Alain Mabanckou, livro no qual o autor dá voz a um porco-espinho, personagem central que narra sua história de uma só vez, sem pontuação, salvo as vírgulas. Ainda que a prosa não apresente uma visilegibilidade tão evidente quanto a poesia, vários estudos mostram que há também um ritmo na prosa, que pode ser observado a partir de alguns elementos, tais como: o início do texto, a pontuação, a sintaxe, a estrutura das frases, os paralelismos, os temas principais entre outros. Dentre esses estudos, usaremos dois como apoio teórico: o texto de Ana Cristina Cesar, O ritmo e a tradução da prosa, no qual a autora argumenta que o ritmo, na prosa, é expresso por uma preocupação em articular o material narrativo com o nível sintático, dando fluência ao texto, e o texto de Benveniste, A noção de “ritmo” na sua expressão linguística, no qual ele diz que a análise do arranjo textual pode nos mostrar qual é a “matriz” do texto, aquilo que é essencial na forma com que suas diferentes dimensões foram articuladas. A partir das considerações feitas por esses autores, apresentaremos primeiramente uma análise do romance em questão, colocando em evidência alguns padrões rítmicos comuns na obra do autor, para em seguida comentarmos a tradução de alguns trechos nos quais o ritmo aparece mais marcadamente.
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POR UMA TRADUÇÃO MENOR
de Souza Jr., Paulo Sérgio
Se a psicanálise tem algo a ensinar ao tradutor, pode-se dizer que se trata de uma postura frente ao texto que não prescinda de uma determinada escuta. Todavia, para haver escuta é preciso que, no texto, algo fale; e, diferentemente da clínica, porém, o texto não busca o tradutor para dirigir a ele um dizer: ao tradutor, então, cumpre fazê-lo soar a partir da sua própria demanda. Vemo-nos, pois, diante da necessidade de dar voz ao texto, de animá-lo em seus significantes para que, soando, a escuta tradutória seja capaz de reconhecer, na profusão dos sentidos, uma direção que os reduza. Se ao menos desde Ferdinand de Saussure se sabe, textualmente, que a orelha é o que recorta, com a psicanálise a tradução-escuta é também um exercício que talha as rebarbas do sentido — não apenas do texto, é claro, mas do próprio tradutor em seu ofício, que, sempre incauto, foi procurar no texto algo que a ele se endereçasse. Dito isso, proponho que a prática tradutória possa ser valorizada no que tem de diminuta: naquilo que comporta de desterritorialização, sem ignorar sua dimensão política e coletiva, marginal e potencialmente subversiva. Desse modo, sem fechar os olhos i) às forças envolvidas na convocação de uma tradução e à rede em que ela circulará exercendo política, bem como ii) àquilo que nela extrapola o individual — pensado, minimamente, numa aposta no par tradutor-revisor —, a tradução ganha em tender ao ato da sua própria redução; e o tradutor, por sua vez, ganha em ser pensado apenas como lugar na estrutura, capaz de escutar o texto e produzir uma tradução que se mostre, ela sim, relevante.
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A EXCLUSÃO DE MANIFESTANTES E REPRESENTANTES DO GOVERNO EM TEXTOS SOBRE AS MANIFESTAÇÕES NO BRASIL EM 2013
Novais, Priscila A. de Oliveira
UFPB
Neste trabalho, investigamos a Exclusão de atores sociais em textos jornalísticos escritos em língua portuguesa e em língua inglesa. São analisados textos sobre as Manifestações acontecidas no Brasil em junho de 2013 publicados nas referidas línguas, de modo a compor, assim, o que Tagnin (2004) chama de corpus comparável bilíngue. Como aporte teórico, utilizamos a Teoria de Representação de Atores Sociais de van Leeuwen (1997), a partir da qual o autor propõe um sistema de representação dos atores sociais. Segundo van Leeuwen (1997), a Exclusão de participantes em representações textuais pode ser total ou parcial, e se dá em consonância com interesses particulares em relação aos leitores a quem se destinam os textos. Para realizar a análise, denominamos como Manifestantes os atores sociais que, de alguma forma, participaram ativamente ou deram suporte à prática social conhecida como Manifestações no Brasil; e como Representantes do Governo, os atores sociais que, de alguma forma, foram de encontro às manifestações. Baseando-nos em paradigmas metodológicos da Linguística de Corpus, fizemos anotações no corpus para identificar se as realizações associadas a atores sociais os representavam de modo excluí-los ou incluí-los nos textos analisados neste trabalho. Os resultados encontrados sugerem que os atores sociais investigados foram representados através de elementos linguísticos distintos nas duas línguas. A partir da presente análise, a qual constitui parte de uma pesquisa em andamento, buscamos enfatizar quanto e como as diferentes maneiras de se recontextualizar a mesma prática social podem construir diferentes significados nos dois sistemas linguísticos.
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A IMPORTÂNCIA DO EROTISMO E DA VIOLÊNCIA NA TRADUÇÃO POÉTICA DE HERBERTO HELDER
Fernandez, Rafaella Dias
O poeta português contemporâneo Herberto Helder não denomina seus trabalhos de apropriações de outros poetas como tradução, em seus livros, o termo empregado é “poemas mudados para português”. Esta forma peculiar de definir o trabalho de tradução já aponta para o gesto de traduzir como um ato de criação literária, de inovação poética. Na obra herbertiana, a atividade tradutória ocupa lugar de destaque, para o poeta, a atividade de tradução não se distancia da criação, o tradutor ao transpor para a sua língua materna a obra estrangeira, não está transcrevendo a obra alheia, mas sim criando uma nova obra. A atividade de tradução poética na obra de Herberto Helder está relacionada ao erotismo e a violência, a escrita é corporal, há presença dos órgãos, dos fluxos vitais, o corpo passa a ser pensado em partes, como potência viva, isso possibilita ao poeta o vazio da forma, o espaço para novas formas e significados. Nessa deformação do corpo há uma violência essencial para a construção de novos sentidos poéticos. Com isto, o objetivo deste trabalho é refletir sobre a tradução como criação na obra herbertiana e de que forma encontramos o erotismo e a violência como partes essenciais neste trabalho poético.
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DA LITERATURA PARA O CINEMA: A TRADUÇÃO DE CELIE, PERSONAGEM “WOMANISTA”, DE THE COLOR PURPLE
Veronesi, Raquel Barros
da Silva, Carlos Augusto Viana
Este artigo tem como objetivo investigar a reescritura da personagem Celie, do romance de Alice Walker, The Color Purple (1982), para o filme homônimo de 1985, dirigido por Steven Spielberg. De modo específico, analisamos a tradução do “womanismo” – termo adaptado por Walker para se referir, entre outros significados, a um tipo de feminismo negro – e sua importância na reconstrução identitária da protagonista. Considerando alguns princípios teóricos que percebem a transmutação de textos literários como uma recriação, discutimos as modificações suscitadas, que suavizam algumas características “womanistas” de Celie na tela. Indagamos, ainda, sobre os motivos que impulsionaram a adaptação de um romance de resistência à discriminação gênero-racial na década de oitenta, considerando o contexto sociocultural norte-americano e, especificamente, os padrões hollywoodianos desta época. Assim, investigamos algumas estratégias utilizadas no processo tradutório da personagem, buscando compreender as motivações que levaram o diretor a essas mudanças, e como o filme lida com a proposta de Walker, que busca evidenciar a mulher negra e sua trajetória de luta contra a discriminação gênero-racial. Como embasamento teórico, recorremos ao conceito de reescritura, de Lefevere (2007), que enfatiza o caráter histórico e cultural dos textos traduzidos, aos estudos de Maparyan (2012) e à própria Walker (1983), no que se refere ao “womanismo” e à história da mulher negra.
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A TRADUÇÃO DE OBRAS DE LITERATURA CONTEMPORÂNEA FRANCESA NO BRASIL: UMA COMPARAÇÃO ENTRE REPRESENTAÇÕES DO BRASIL A PARTIR DE ELEMENTOS ESTÉTICOS
Camargo, Raquel Peixoto do Amaral
Là où les tigres sont chez eux é um romance de literatura contemporânea francesa, cujo autor é um escritor francês de origem argelina. Em 2011 foi traduzido para o português pelos tradutores Maria de Fátima Oliva do Couto e Mauro Pinheiro e publicado pela Editora Record. Este romance gira em torno de dois personagens principais: Eléazard von Wogau, correspondente francês em Alcântara, no Brasil, e Athanasius Kircher, estudioso jesuíta que viveu na Europa do século XVII, amante da ciência e cuja vida e obra é alvo de muitas controvérsias. Interessa, neste trabalho, observar que tipo de imagem do Brasil é veiculada pela capa deste romance francês, publicado pela editora Zulma em 2008 e vencedor do prêmio Médicis de literatura francesa, e comparar com a imagem veiculada pela capa da tradução brasileira, como já mencionado, publicada pela Editora Record. Estar-se-á, portanto, trabalhando com representações – mais especificamente com representações de imaginários e mitos de brasilidade – e também com semiótica. Acredita-se que a capa é um elemento fundamental de um livro, pois ela “fala” ao leitor tanto quanto a realidade que se busca representar através da palavra escrita. É interessante notar que, no texto fonte, o francês é utilizado para descrever situações brasileiras, enquanto na tradução, o francês é traduzido para o português, mas a realidade representada já está, por assim dizer, traduzida. Essa peculiaridade torna curiosas as formas de representação estética de um possível mito de brasilidade que transparece tanto nos componentes da versão brasileira da capa como na edição francesa.
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CASCUDO LEITOR DE MONTAIGNE: A TRADUÇÃO COMO DIÁLOGO
de Medeiros, Regina Lúcia
Em 1940, Luís da Câmara Cascudo publicou, na revista Cadernos da hora presente, uma tradução do ensaio Des Cannibales, de Michel de Montaigne. O caderno especial, intitulado “Montaigne e o índio brasileiro”, constitui a primeira tradução integral, para o português do Brasil, de um ensaio do pensador francês. O texto em português recebeu uma anotação bastante rica e erudita, cuidadosa para a época, e fornecedora de informações ao leitor. Cascudo escreveu ainda um prefácio que antecede o ensaio. Nessas páginas, o pesquisador explica: seu trabalho atendeu a uma sugestão de Ronald de Carvalho, que, no ano de 1933, propôs comemorar o quarto centenário de Michel de Montaigne com a publicação de uma série de estudos brasileiros voltados para a leitura da sua obra ensaística. Determinado a difundir os ideais do filósofo quinhentista e, em particular, seu estudo sobre o indígena brasileiro, o norte-rio-grandense deu continuidade ao seu trabalho, apesar do fracasso do evento comemorativo. Embora seja discreto o lugar que ocupa na extensa produção cascudiana, essa tradução não passa despercebida nesse conjunto. Com ela, Luís da Câmara Cascudo inicia um diálogo literário que se revela muito significativo na construção do seu pensamento. Partindo da visão dialógica da linguagem, pretendemos compreender a relevância dessa tradução no contexto da cultura letrada de sua época, assim como a sua importância para a obra cascudiana.
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SERIADOS HUMORÍSTICOS AUDIODESCRITOS: UM ESTUDO BASEADO EM CORPUS DA CONSTRUÇÃO DOS PERSONAGENS
Mascarenhas, Renata de Oliveira
Esta comunicação visa apresentar resultados preliminares do projeto CAD_TV (PosLA/ UECE/ BFP-FUNCAP) que, por meio de um estudo baseado em corpus, está mapeando e descrevendo as estratégias tradutórias dos roteiros de audiodescrição de programas exibidos em diferentes emissoras de televisão, atentando para as especificidades das categorias dos programas e dos seus respectivos gêneros. A audiodescrição (AD) é uma modalidade de tradução audiovisual que visa traduzir imagens em palavras para as pessoas com deficiência visual. Ela normalmente decorre de um roteiro pré-elaborado e posterior locução (gravada ou ao vivo) sobre o material audiovisual traduzido. Nesta pesquisa é contemplado o produto final do processo de audiodescrição gravada, no caso, o roteiro mixado à trilha sonora do programa de TV. Nessa perspectiva, o presente trabalho descreve e analisa as estratégias tradutórias dos roteiros de AD de dois episódios do seriado Hermanas, exibido pela TV Aparecida e de dois episódios do seriado Chaves, exibido no SBT. Este estudo corrobora com a proposta de Salway (2007; 2010) e Jiménez Hurtado et al. (2007; 2010) ao buscar um método de análise para a AD baseado em corpus, uma vez que tal abordagem se mostra eficiente para a observação de regularidades discursivas significativas nos roteiros, possibilitando o direcionamento de problematizações de naturezas linguísticas e narratológicas a serem avaliadas posteriormente junto ao público com deficiência visual e a audiodescritores em formação.
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O QUE PODE A ESTRUTURA TEMÁTICA REVELAR EM A HORA DA ESTRELA E EM SUAS TRADUÇÕES PARA O INGLÊS?
Rodrigues, Roberta Rego
UFPel
Rodrigues (2005) analisou a estrutura temática da novela A hora da estrela (LISPECTOR, 1999) e de sua única tradução para o inglês até então de Giovanni Pontiero (LISPECTOR, 1992), intitulada The hour of the star, sob o viés dos Estudos da Tradução baseados em corpus concomitantemente com a Gramática Sistêmico- Funcional (HALLIDAY, 1994). O Tema constitui-se o ponto de partida da mensagem (HALLIDAY, 1994) e a investigação da estrutura temática (o conjunto de Temas em um corpus) pode ser útil para observar como se dá o desenvolvimento da mensagem e, em caso de corpora literários, pode ser relevante em termos narrativos. Observou-se que grande parte das realizações dos Temas no corpus está vinculada a questões dos sistemas linguísticos envolvidos: por possuir uma ordem Sujeito-Verbo-Objeto mais fixa, a língua inglesa pode apresentar configurações temáticas distintas daquelas da língua portuguesa. Observou-se também que Pontiero (LISPECTOR, 1992) traduziu certas estruturas tematizadas do texto fonte por outras estruturas tematizadas, o que pode apontar seu estilo tradutório. Rodrigues (2012) enfocou a estrutura temática da novela A hora da estrela (LISPECTOR, 1999), verificando que a ocorrência de estruturas tematizadas nesta obra, que tendem a ser mais coloquiais e a imitar a fala, podem ser um indício estilístico da escritora. Rodrigues (artigo aceito para publicação) analisou a estrutura temática de um diálogo dos textos de partida e de chegada supracitados e da tradução mais recente de A hora da estrela (LISPECTOR, 1999) de Benjamin Moser (LISPECTOR, 2011), também intitulada The hour of the star, sob a égide da Estilística Tradutória com o suporte da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY e MATTHIESSEN, 2014). Apesar de ser um corpus bem menor, Rodrigues (artigo aceito para publicação) percebeu quão diversificados os traços estilísticos podem ser quando se consideram duas traduções de um mesmo texto literário. A análise da estrutura temática do pequeno excerto corroborou parcialmente outros autores acerca da possível “domesticação” (VENUTI, 2008) presente no texto traduzido de Pontiero, que parece tornar sua tradução mais palatável ao público-alvo ao passo que Moser parece estrangeirizar (VENUTI, 2008) seu texto de chegada, ao fazer escolhas tradutórias no nível temático que podem soar estranhas aos leitores de língua inglesa.
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A CONFIGURAÇÃO DO TEMPO E DA MEMÓRIA NO ROMANCE E NA ADAPTAÇÃO FÍLMICA DE TO THE LIGHTHOUSE
da Silva, Rosângela Neres de Araújo
A adaptação de categorias subjetivas da literatura para o cinema tem mostrado grande investimento nas construções simbólicas da linguagem plástica, fornecendo subsídios à recriação poética de esferas temáticas e temporais. Tal recriação, segundo Chatman (1990), faz-se possível através dos filtros que mantêm a subjetividade necessária à adaptação dos processos de percepção interior. Neste sentido, nossa pesquisa apresenta os resultados do estudo comparado entre o romance To the Lighthouse, de Virginia Woolf, e a adaptação fílmica homônima, de Colin Gregg, objetivando a análise da construção das estruturas temporais, em ambas as narrativas, e a investigação dos efeitos de sentido decorrentes do diálogo entre os meios. Para tanto, subsidiados nas bases críticas e teórico-metodológicas de Hutcheon (2011), Ricoeur (2010), Martin (2007), Draaisma (2005), Bergson (2006), Hussey (2000), Marcus (1997), dentre outros estudiosos, mostramos a construção das estratégias que interferem significativamente na configuração do tempo e da memória, seus dados subjetivos e sua representação simbólica. Constatamos, então, que o processo de materialização da memória, na adaptação de To the Lighthouse, faz-se sobretudo através de elementos simbólicos relacionados à duração da percepção interior, quando acionada a partir de um estímulo sensorial, proporcionando ao espectador a possibilidade de complementação dos dados temporais e a construção de significados.
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A PRESENÇA DE MARCAS CULTURAIS NA IMAGEM E NO TEXTO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
Aragão, Sabrina Moura
Com vistas a contribuir com a investigação sobre o papel da imagem na tradução, ainda pouco explorado pelos Estudos Tradutológicos, nosso trabalho busca investigar de que forma marcas culturais se manifestam nas imagens e no texto em histórias em quadrinhos e de que maneira é realizada a transferência de tais marcas para o contexto da língua/cultura de chegada. Para tanto, analisaremos Le Photographe (no Brasil, O fotógrafo), história em quadrinhos francesa que obteve grande sucesso de público e crítica tanto em seu país de origem como no Brasil. A obra mostra o trabalho da organização francesa Médecins Sans Frontières (Médicos sem fronteiras) durante a guerra do Afeganistão na década de 1980. Por meio de um formato inovador, a série faz uso de diferentes discursos – o narrativo e o documental – e mescla desenhos elaborados pelo quadrinista Emmanuel Guibert e fotografias tiradas pelo fotojornalista Didier Léfèvre. Por todas essas características, Le Photographe constitui um rico material de investigação para a tradução, haja vista a transferência cultural que ocorre não apenas no nível do texto, mas também no da imagem. Ao descrever o trabalho e o cotidiano dos médicos, além de registrar os costumes dos habitantes das comunidades atendidas por eles, os autores formam representações sobre um mundo que pode ser considerado exótico tanto para franceses como para brasileiros; contudo, tais representações passam pelo filtro da tradução, capaz de construir novas representações diante de um novo público com seus próprios saberes e visões de mundo.
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ÉRICO VERÍSSIMO: CAMINHOS TRADUTÓRIOS DE POINT COUNTER POINT
da Silva, Sheila Maria Tabosa
UFPB
O trabalho visa refazer o processo tradutório de Point counter point a partir dos conceitos trazidos pelas transferências culturais, pretende-se traçar o percurso, então, seguido por Erico Veríssimo desde a seleção da obra Point counter point até a tradução de sua obra Caminhos cruzados no cenário literário norte-americano, buscando analisar as trocas interculturais entre países, escritores, agentes de intermediação envolvidos nesse processo, assim como entender o espaço cultural de produção e recepção das obras. A trajetória e a escolha da tradução Contraponto representam inicialmente uma ousadia editorial de Veríssimo, arriscando-se comercialmente, uma vez que a obra era densa e o autor desconhecido no Brasil; e, de fato, foi um ponto decisivo para Veríssimo tradutor e para a divulgação de Huxley no Brasil. Contraponto foi sucesso de vendas e um marco editorial, publicado na coleção Nobel da Editora Globo, que levava ao leitor médio e aos intelectuais da época as traduções de repercussão internacional, formando e enriquecendo culturalmente seu público. A política editorial da Globo de traduzir os clássicos mundiais coaduna com os ideais nacionalistas de Vargas de valorizar o papel da língua vernácula e da educação na busca da identidade da Nação.
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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CORPORA NA E PARA A TRADUÇÃO: MAIS CONHECIMENTO E MELHOR QUALIDADE NA TRADUÇÃO
Tagnin, Stella
Esta apresentação abordará os princípios da Linguística de Corpus em relação ao fazer tradutório, seja no campo profissional quanto no acadêmico. No campo profissional, salientará a contribuição do recurso a corpora para melhorar a qualidade de uma tradução. No campo acadêmico, apresentará as possibilidades de pesquisa ensejadas por diversos tipos de corpora, tanto comparáveis quanto paralelos. Para ilustrar, será apresentado o Projeto CoMET, que é composto de três subcorpora, dentre os quais dois contemplam a tradução. O CorTec – Corpus Técnico – é um corpus comparável com textos originais em inglês e português de vinte áreas técnicas, tais como Turismo, Futebol, Computação, Culinária, Hipertensão Arterial, Insuficiência Renal, dentre outras. Esse corpus oferece ferramentas que geram listas de palavras, concordâncias e n-gramas. O CorTrad – Corpus de Tradução – é um corpus paralelo com textos originais em inglês e português e respectivas traduções. É subdividido em um subcorpus jornalístico, um técnico-científico e um literário. O subcorpus jornalístico contém textos da revista Pesquisa FAPESP, originalmente escritos em português e traduzidos para o inglês. O subcorpus técnico-científico é formado por um livro de culinária, escrito originalmente em português e traduzido para o inglês. O subcorpus literário é constituído de contos australianos e canadenses e duas traduções de Alice in Wonderland. O grande diferencial do CorTrad é apresentar várias versões de traduções para o mesmo original, o que permite acompanhar mudanças feitas de uma versão para outra ou comparar traduções realizadas por tradutores distintos. Os textos em português do CorTrad contêm etiquetas morfossintáticas e semânticas para ‘cor’ e ‘roupa’, os em inglês, apenas para ‘cor’. As ferramentas de busca do CorTrad contemplam as especificidades de cada subcorpus. Assim, pode-se buscar, por exemplo, resultados por tipo de texto no subcorpus jornalístico, por receita no subcorpus técnico-científico e por autor ou obra no literário, além de pesquisas por vários aspectos gramaticais e semânticos. Esses corpora podem ser usados tanto por professores em suas aulas de tradução, quanto por alunos e tradutores profissionais para buscar soluções para problemas tradutórios.
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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DA POESIA DA RUA E DOS PENSAMENTOS DO ASFALTO AOS TABLADOS: COMO A MURGA LOS DIABLOS VERDES AGENCIA ESSA TRADUÇÃO?
de Araújo, Sueli Fontes
A tradução dos signos verbais através de um sistema de signos não verbais é dita intersemiótica. Este trabalho se encaixa nesta categoria, pois busca analisar de que forma o contexto sócio-político uruguaio é traduzido e apresentado nos espetáculos carnavalescos da murga Los Diablos Verdes. Entre os objetivos deste trabalho estão identificar e analisar quais os fatos sócio-políticos apresentados nos fragmentos das letras dos livretos, como esse contexto se (re)cria nas distintas etapas e se transforma no produto espetáculo, passando pelos ensaios na sede do grupo e considerando-se a atuação da torcida. A leitura com base na tipologia indicial, simbólica e/ou icônica também foi empregada. Justifico a escolha do corpus pelo fato de não encontrar trabalhos com o gênero murga no campo de Estudos da Tradução. O trabalho foi realizado em três etapas que envolviam a identificação e seleção de letras do livreto do espetáculo 2014; a análise dos trechos selecionados e busca dos possíveis textos de partida; e a análise de como o texto de partida é (re)criado durante os ensaios e espetáculos. Entre as considerações finais estão: 1) a leitura que realizei indica que os fragmentos analisados muitas vezes mesclam as tipologias citadas; 2) ocorre tradução intersemiótica no processo de escrita das letras do livreto, bem como, no processo de partir destas para a montagem das apresentações nos palcos, pois as letras são musicalizadas e outros elementos – como maquiagem, vestuário e utensílios cenográficos – transformam o texto verbal em texto híbrido.
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FORMAÇÃO DE TRADUTORES: UMA PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DAS SUBCOMPETÊNCIAS ESTRATÉGICA E INSTRUMENTAL
Campos, Tânia Liparini
UFPB
Braga, Camila N. de O.
Este trabalho, desenvolvido no âmbito do projeto Competência Tradutória e Formação de Tradutores: o desenvolvimento das subcompetências específicas do tradutor (CNPq 485158/2013-2), tem como principal objetivo investigar, a partir de uma abordagem processual, o desenvolvimento das subcompetências estratégica e instrumental em tradutores em formação, a partir da identificação das principais estratégias de resolução de problemas de tradução adotadas pelos sujeitos de pesquisa. Parte-se do modelo de Competência Tradutória (CT) proposto pelo Grupo PACTE (2003), que define a CT como o conjunto de conhecimentos e habilidades necessários para a realização de uma tarefa de tradução. De acordo com o modelo de PACTE, a CT é composta pelas subcompetências bilíngue, extralinguística, conhecimentos em tradução, instrumental e estratégica, sendo as duas últimas relacionadas ao uso de fontes de documentação e ao gerenciamento do processo de tradução e elaboração de estratégias de resolução de problemas, respectivamente. Pretende-se, por meio de um estudo longitudinal, caracterizar três estágios distintos de desenvolvimento das subcompetências estratégica e instrumental em tradutores em formação. Até o presente momento, foi realizada a primeira fase da coleta de dados com seis sujeitos, alunos do primeiro ano do Curso de Tradução da UFPB. A partir de uma metodologia baseada em PACTE (2005) e Liparini (2010), serão analisados os tipos de apoio utilizados pelos sujeitos durante a resolução de problemas e as fontes de consulta externas utilizadas, e sua correlação com a qualidade do produto final da tradução.
Cultura e Tradução
2014-10-14 00:00:00
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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PREFÁCIOS DE TRADUTORES EM OBRAS FRANCESAS TRADUZIDAS PARA O PORTUGUÊS NO BRASIL A PARTIR DE MEADOS DO SÉCULO XX: UMA OPORTUNIDADE PERDIDA?
Carneiro, Teresa Dias
Esta comunicação visa a apresentar as conclusões alcançadas ao final da minha pesquisa que serviu de base à minha tese de doutorado (Estudos da Linguagem/PUC-Rio, ênfase em Estudos da Tradução), intitulada “Por uma teoria do paratexto do livro traduzido: caso das traduções de obras literárias francesas no Brasil”, defendida em fevereiro de 2014. Como diz o título, a tese se propõe a dar algumas contribuições para a construção de uma teoria do paratexto do livro traduzido. A teoria do paratexto, que tem por sua obra seminal Paratextos editoriais, de Gérard Genette, não inclui como objeto de análise esse tipo de paratexto. A proposta da tese é, portanto, complementar a teorização de Genette, contemplando um tipo específico de paratexto do livro traduzido, o prefácio/posfácio do tradutor, com interesse especial pelos prefácios/posfácios do tradutor que tratam da tradução e do projeto tradutório. O corpus é constituído por obras literárias francesas traduzidas no Brasil a partir de meados do século XX, em sua maioria parte integrante do acervo da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro. Os resultados da pesquisa foram debatidos com o grupo do Projet TTT: Textes théoriques sur la traduction, que se reuniu em novembro de 2013 na Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3 para a realização do seminário “Quand les traducteurs prennent la parole: préfaces et projets traductifs”. As trocas experimentadas nesse contato me ajudaram a construir um entendimento do que norteia o discurso dos tradutores em seus prefácios, no caso presente, o discurso de tradutores de obras literárias francesas no Brasil.
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À PROCURA DE MÁRIO FAUSTINO TRADUTOR
Veríssimo, Thiago André
UFPB
As décadas de 1940 e 1950 são significativas quanto ao processo de difusão cultural nos jornais brasileiros, com destaque para atuações de escritores, poetas e literatos nos diversos periódicos dessa época, o que fez do jornal um ambiente moderno e criativo em prol da cultura e da literatura. Em Belém, nesse período, há dois jornais que contribuem para o movimento cultural na cidade paraense, por meio dos respectivos suplementos literários: Arte Literatura, da Folha do Norte e Arte e Literatura, de A Província do Pará. Nesse ambiente, Mário Faustino inicia a vida literária publicando crônicas em jornais e, sobretudo, atua como tradutor de poesia. Este trabalho de análise pretende mapear o percurso de formação de Mário Faustino enquanto tradutor, a partir de suas contribuições para os jornais paraenses até chegar às traduções publicadas na página Poesia Experiência, do Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro, nos anos de 1956 a 1959. Para tanto, apresentaremos o projeto de tradução de Mário Faustino nos suplementos culturais dos referidos jornais brasileiros, pensando na ideia de tradução como processo de formação cultural.
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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A POÉTICA DOS RASCUNHOS EM MON COEUR MIS À NU, DE CHARLES BAUDELAIRE: IMPLICAÇÕES PARA UM PROJETO (RE)TRADUTÓRIO
Mattos, Thiago
Este trabalho integra a pesquisa “(Re)traduções de Mon coeur mis à nu, de Charles Baudelaire”, realizada na USP sob orientação do Prof. Álvaro Faleiros e com apoio da FAPESP (2014/01489-6); são analisadas as traduções brasileiras da obra e é proposta uma retradução. Noção teórica formulada por Didier (1973), a poética dos rascunhos refere-se a obras ditas inacabadas, não constituindo texto. É o caso de Mon coeur mis à nu, obra póstuma de Baudelaire associada a um conjunto de fragmentos dispersos, não formando, portanto, obra. Na poética dos rascunhos, se há escritura, há texto. Há obra. A incompletude, o fragmentário, o rascunho constituem esse texto, gerando sentidos. Ao reconhecer a poética dos rascunhos como altamente relevante para Mon coeur mis à nu, propor uma retradução é propor um modo de traduzir, ou ao menos privilegiar, o rascunho. Este trabalho pretende, portanto, expor como Mon coeur mis à nu tem sido editado/apresentado, chegando, recentemente, a propostas que incorporam novos modos de ler, editar e traduzir textos como Mon coeur mis à nu (Baudelaire), Livro do desassossego (Pessoa), Pensées (Pascal) etc., levando-nos a traçar um caminho possível de tradução da poética dos rascunhos em Mon coeur mis à nu, o que significa, enfim, buscar trazer para o sistema literário brasileiro um Mon coeur mis à nu que se constitui no e pelo rascunho. Valoriza-se a materialidade dessa escrita, o aparentemente incompleto, como modo possível de construção de um discurso literário e de uma prática tradutória.
Cultura e Tradução
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Cultura e Tradução; v. 2 n. 1 (2014): Cultura e Tradução
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