A ARGUMENTAÇÃO E A EVIDÊNCIA NO DIA A DIA DA PRÁTICA MÉDICA TECNOLÓGICA

Autores

  • Alice da Costa Uchôa

Resumo

O objetivo geral do trabalho é compreender as concepções e interesses sobre transmutar a fundamentação da prática cotidiana do conhecimento produzido pela experiência clínica para modelos probabilísticos da epidemiologia. O objeto de estudo foi a argumentação e as práticas em torno da possibilidade de consenso sobre critérios de conhecimento, válidos para as decisões diagnósticas e terapêuticas. Partimos das proposições de Fleck, nas quais os fatos não seriam objetivamente dados, mas coletiva e contingencialmente criados na sua adequação a um estilo de pensamento - internalização das normas, valores e habilidades que incluem uma certa maneira de ver o objeto: o estilo de pensamento. Utilizamos como estratégias de pesquisa a análise documental e a observação. A pesquisa etnográfica correspondeu à obsservação do round e das reuniões clínicas numa Unidade de Terapia Cardiointensiva Cirúrgica, no Rio de Janeiro. As referências de análise foram Knorr-Cetina, no campo de interesses científicos e não-científicos (arena transepistêmica) e a teoria da argumentação de Perelman. A pesquisa revelou a consolidação da tendência de incorporação de critérios explícitos de relação custo-benefício e interesses relativos a distintos agentes como cacategoria médica, governos, complexo médico-industrial na introdução dos clínica. Chamou a atenção um certo ceticismo e inabilidade dos médicos a utilização das ferramentas de análise do estilo de pensamento epidemiológico. Palavra-chave: Antropologia Médica. Conhecimento Médico. Epistemologia. Protocolos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

04.12.2004

Como Citar

Uchôa, A. da C. (2004). A ARGUMENTAÇÃO E A EVIDÊNCIA NO DIA A DIA DA PRÁTICA MÉDICA TECNOLÓGICA. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 20(20), 159–177. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/6522

Edição

Seção

Nº 20 - DOSSIÊ: A ANTROPOLOGIA E A SOCIOLOGIA DA SAÚDE