Estudo in vitro da aderência de Streptococcus mutans a dois tipos de bráquetes ortodônticos

Autores

  • Tricia Murielly Pereira Andrade de Souza
  • Leopoldina de Fátima Dantas de Almeida
  • Vanessa Carvalho Jovito
  • Dened Myller Barros Lima
  • Irlan de Almeida Freires
  • Ricardo Dias de Castro

Resumo

Introdução: Áreas retentivas de superfícies sólidas constituem-se em regiões preferenciais de colonização de determinados microrganismos envolvidos com o processo de cárie dentária. Dentre as superfícies sólidas, destacam-se os aparelhos ortodônticos, que favorecem a retenção de biofilme e substrato nutritivo para o mesmo. Objetivo: Verificar a aderência do Streptococcus mutans à superfície de dois tipos de bráquetes ortodônticos. Metodologia: Utilizou-se uma abordagem indutiva, com procedimentos comparativos e técnica de pesquisa a observação direta em laboratório. A aderência bacteriana foi testada em bráquetes ortodônticos metálicos e de policarbonato, ambos da marca Morelli®. A amostra foi composta por 6 bráquetes, sendo 3 de cada tipo. Inicialmente preparou-se o inóculo bacteriano de S. mutans em BHI caldo, em seguida foram preparadas três soluções destinadas à imersão dos bráquetes. Assim, a solução S1 era composta por 2mL de caldo BHI e 140µL do inóculo, a solução S2 era constituída de 2 mL de caldo BHI sacarosado (15%) e 140µL do inóculo, já a solução S3 apresentava, apenas, 2mL de caldo BHI, sendo caracterizada como grupo controle. Um bráquete de cada tipo foi submerso em cada solução e essas foram incubadas a 37ºC/24h em microaerofilia. Após esse tempo, cada bráquete foi transferido para um tubo com 2 mL de solução fisiológica estéril (diluição 10-1), os quais foram agitados por 3 min. Foram realizadas diluições seriadas (10-2 e 10-3). Alíquotas de 0,02 mL de cada diluição foram semeadas, em triplicata, em meio MSB pela técnica da gota e incubadas a 37ºC/48h em microaerofilia. Resultados: Determinou-se o número de unidades formadoras de colônia por mililitro (UFC/mL-log10) de S. mutans recuperado de cada bráquete. Os bráquetes metálicos e de policarbonato inseridos em S1, apresentaram 9x102UFCs e 1x102UFCs, respectivamente. Já em S2, os metálicos apresentaram 6,4x105UFCs e 1,5x105UFCs, para os de policarbonato. Em S3 não foi constatado crescimento bacteriano em nenhum dos bráquetes. Conclusão: Nas condições deste estudo, conclui-se que o S. mutans aderiu mais aos bráquetes metálicos e quando em meio BHI caldo sacarosado houve uma intensificação significativa da aderência em ambos os tipos de bráquetes.

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