Áltera Revista de Antropologia
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<p><span style="font-weight: 400;">A Revista Áltera (ISSN 2447-9837) é um periódico científico de fluxo contínuo produzido pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) com o intuito de apoiar a produção antropológica nacional e internacional e realizar um trabalho de divulgação científica acessível e de qualidade. A revista conta com publicações em português, espanhol e inglês, sendo avaliada com conceito <em>Qualis A4</em>, um dos estratos mais qualificados segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES (</span><span style="font-weight: 400;">fundação vinculada ao Ministério da Educação do Brasil</span><span style="font-weight: 400;">).</span></p>Universidade Federal da Paraíbapt-BRÁltera Revista de Antropologia2447-9837<ol type="a"><ol type="a"><li>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li></ol></ol><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li></ol></ol><br /><ol type="a"><li>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</li></ol>ESTRELAS E SUAS ÓRBITAS:
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<p>O presente ensaio literário-político tem por objetivo lançar pequenas faíscas-apontamentos acerca da produção antropológica negra histórica a partir da obra de Antenor Firmin. Argumenta-se que o apagamento comum dirigido às nossas produções acarreta uma necessidade de estarmos sempre nos repetindo e dizendo o óbvio sem conseguirmos avançar em nossas discussões. Cabe destacar que nem sempre estamos afirmando o óbvio a partir de perspectivas teóricas comuns, o que atesta a voz coletiva de nossas reinvindicações. O material utilizado para construir essa narrativa foi a bibliografia proposta pelo Professor Doutor Messias Basques no projeto “Vozes Negras na Antropologia”. Trata-se de um sobrevoo inicial sobre essas obras e suas contribuições,<br />mas também de um esboço de proposta de para repensar a Antropologia.</p> <p>PALAVRAS-CHAVE: Antropologia Negra. Epistemicídio. Pensamento negro. Teoria Antropológica.</p>DENISE FERREIRA DA COSTA CRUZ
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2024-12-162024-12-16218117ANTROPOLOGIA DO ATIVISMO:
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<p>RESUMO:<br />Este ensaio surge a partir da pesquisa doutoral em Antropologia intitulada “Esse ativismo é de todos nós”: ativismo, memória e identidade do movimento social em HIV/aids na Paraiba. A referida pesquisa aborda o ativismo em HIV/aids na Paraíba na atualidade, inserido num cenário de cronificação da doença e de crise sanitária em virtude da pandemia da Covid-19. A pesquisa de campo é qualitativa, em que a produção de dados se dá por participação em atividades do movimento, entrevistas com roteiro semiaberto, análise dos dados através das práticas discursivas, delineamento de categorias, associação de ideias e interanimação dialógica. Neste ensaio, tratamos o ativismo atual em HIV/aids a partir de uma interface entre conceitos básicos de Turner, Ingold e Fabian, respectivamente Experiência vivida, trazer as coisas de volta à vida e tempo e temporalidade. O ensaio buscou responder (1) se o ativismo em HIV/aids enquadra-se numa experiência vivida; (2) se o ativismo em HIV/aids traz as coisas de volta à vida; e (3) qual o impacto geracional sobre o ativismo.</p> <p><br />PALAVRAS-CHAVE: Aids. Ativismo. Tempo. Antropologia.</p>Maio de Farias Mônica Lourdes Franch Gutierrez
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2024-11-182024-11-1821812510.22478/ufpb.2447-9837.2024.n18.68594ENTRE MOBILIDADES, COMPARAÇÕES E JULGAMENTOS:
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<p>O objetivo geral do artigo é o de entender o que é a receptividade e sua dinâmica presente nas visitas entre os moradores e as pessoas de fora de uma comunidade quilombola no Tocantins. Como objetivo especifico, o texto mostra como dois setores da comunidade, Colina e Pavão, entendem e comparam sua receptividade com a do outro através de julgamentos, observações e vigilância feitos por eles e entre eles. O interesse por investigar esse movimento se dá pelo destaque que a receptividade – o receber bem – tem para o grupo, e isso acontece tanto por um fator cultural seguir a receptividade de Vó Antônia, quanto por um fator politico, pois receber bem permite controlar aquele que é recebido. Assim, é possível concluir que, embora a receptividade seja um lugar-comum das famílias quilombolas, ela se dá de maneiras distintas a depender de quem chega e dos motivos e formas de sua chegada, constituindo grande parte da sociabilidade quilombola.</p> <p>PALAVRAS-CHAVE: Quilombo. Hospitalidade. Sociabilidade. Antropologia.</p>Daniella Santos Alves
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2024-11-192024-11-1921812410.22478/ufpb.2447-9837.2024.n18.70211A REFLEXIVIDADE EM REDE:
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<p>RESUMO:<br />Aprofundando a ideia da reflexividade em rede à luz da teoria feminista, proponho que a ideia de saberes parciais e situados de Haraway (1995) deriva sua densidade da percepção do conhecimento como algo produzido não por indivíduos, e sim por processos coletivos. Nestas circunstâncias, a própria reflexividade aparece como um processo em rede – compondo-se e recompondo-se no bojo de relações dinâmicas. Minha proposta se enriquece com a incorporação da “lógica de cuidado” elaborada por pesquisadores como Bellacasa (2010) e Mol (2008; 2010), com o intuito de levar a preocupação com resultados pragmáticos para dentro da própria produção do conhecimento. A partir desse recorte teórico-metodológico, relato a experiência, intensificada durante a época da pandemia, de uma proliferação de debates on-line entre pesquisadores, gestores e profissionais engajados em atividades de intervenção voltada para os serviços brasileiros de proteção à infância.</p> <p>PALAVRAS-CHAVE: Reflexividade. Restituição da pesquisa. Ética da pesquisa. Trabalho em rede.</p>Claudia Lee Williams Fonseca
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2024-11-192024-11-1921811610.22478/ufpb.2447-9837.2024.n18.69466SOBRE VÍNCULOS E RESTITUIÇÕES EM DIFERENTES CONTEXTOS E DURAÇÕES:
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<p>RESUMO:<br />Reflito neste ensaio sobre o que poderia ser entendido, retrospectivamente, como “restituição” da pesquisa antropológica junto a povos indígenas e comunidades tradicionais, a partir de contextos históricos e disciplinares específicos, e tendo como referências as noções de perito/perícia, etnografia didática (ou etnografia como compartilhamento e comunicação) e Antropologia implicada (ou engajada, pública e suas variantes). Enfoco as consequências de certo tipo de “devolução” para o reconhecimento de direitos territoriais daqueles povos e comunidades em diferentes escalas de duração. Baseio-me em breves descrições e introspeções retrospectivas sobre minhas pesquisas de mestrado e doutorado, e as implicações que ambas tiveram para o reconhecimento dos direitos territoriais do povo indígena Tapeba, em um caso, e dos ribeirinhos agroextrativistas habitantes das áreas protegidas pelo Parque Nacional do Jaú, no outro.</p> <p><br />PALAVRAS-CHAVE: Restituição de resultados. Direitos territoriais. Antropologia implicada. Perito(a)</p>Henyo Barretto
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2024-11-192024-11-1921812510.22478/ufpb.2447-9837.2024.n18.69581“NEM PRECISA LER O QUE TÁ ESCRITO, MAS OLHA AS FOTOS DE MÃE AÍ!”:
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<p>RESUMO:<br />Este relato etnográfico baseia-se em trabalho de campo realizado junto a membros da minha família no período de 2019 a 2022. A partir do campo, iniciei uma análise sobre como as devoluções de produtos feitos ao longo do campo circulavam dentro do âmbito familiar. Ao devolver diversas formas de publicações, percebi que estas provocavam reações diversas entre minhas parentes-interlocutoras. Dissertações, artigos e desenhos geravam quase nenhuma repercussão no meio familiar, enquanto fotografias e vídeos da pesquisa assumiram a função adicional de “fotos de família”. Tais imagens reverberavam de maneiras distintas entre minhas parentes- interlocutoras, atuando como mecanismos de geração de prestígio, lembranças e material para publicações pessoais em redes sociais. Este relato etnográfico busca analisar como diferentes tipos de materiais de pesquisa devolvidos à família-campo geram efeitos diversos no seio familiar e, por conseguinte, na própria pesquisa.</p> <p><br />PALAVRAS-CHAVE: Antropologia. Etnografia. Metodologia. Devolução.</p>Ana Clara Sousa Damásio dos Santos
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2024-11-192024-11-1921812110.22478/ufpb.2447-9837.2024.n18.69469IÇÁ-MIRIM OU ESSOMERICQ:
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<p><span style="font-weight: 400;"> RESUMO:<br />Este artigo tem por objetivo investigar a presença da pós-memória nos documentos que fazem referência à vida de Binoit Paulmier, também conhecido como Içá-Mirim ou Essomericq, o filho do cacique carijó Arosca que foi levado à França no século XVI a bordo do navio L’Espoir. As produções dos descendentes deste ilustre personagem servem de ponto de partida para a nossa argumentação: uma do seu bisneto, o abade Jean Paulmier, e outra de Dorothée de Linares, catorze gerações mais tarde. Os estudos da memória e as pesquisas que vêm sendo realizadas no âmbito da pós-memória serviram como base teórica para mapearmos as significações que atravessam os discursos destes sujeitos. Com efeito, pudemos vislumbrar os impactos da presença de um indígena carijó na vida dos seus descendentes, além de lançarmos luz sobre uma situação extraordinária: a de um indígena brasileiro que se tornou aristocrata e deixou um longo legado às gerações futuras.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">PALAVRAS-CHAVE: Pós-memória. Literatura. Binot Palmier. França. Século XVI.</span></p>Vanessa Pastorini
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2024-11-192024-11-1921811910.22478/ufpb.2447-9837.2024.n18.68825O RETORNO AO CAMPO COMO UM PERCURSO DA MEMÓRIA:
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<p>RESUMO:<br />Durante anos seguidos, estive no sul do Amazonas junto aos Tenharin do rio Marmelos, povo Tupi-Kagwahiva, para conversar sobre organização social e parentesco. Como compromisso, apoiei o povo em sua luta pela regularização fundiária e fui o antropólogo responsável pela identificação de diversas terras indígenas na região. Durante as estadas em campo, tive uma convivência efetiva com as pessoas mais velhas do grupo registrando narrativas, cantos e fazendo fotografias. Em tempos recentes, resolvi digitalizar o meu acervo para devolvê-lo aos Tenharin, desdobrando-o em uma página para figurar como um museu virtual e um livro de memórias sobre Kwahã e os processos de regularização fundiária na região. Além de impactar minha relação com a comunidade, a proposta suscitado questões fundamentais relacionadas à escrita e ao modo de conceber uma antropologia composta junto do outro e não somente uma que fala sobre ele.</p> <p><br />PALAVRAS-CHAVE: Acervo. Memória. Biografia. Tenharin.</p>Edmundo Antonio Peggion
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2024-11-192024-11-1921811910.22478/ufpb.2447-9837.2024.n18.69485ANTROPOLOGIA COLABORATIVA E REPOSITÓRIOS DIGITAIS DE PESQUISAS URBANAS:
https://periodicos.ufpb.br/index.php/altera/article/view/69593
<p>O artigo contempla os temas da ciência aberta, das políticas de memória e do patrimônio cultural nas cidades brasileiras como parte dos processos de acessibilidade às comunidades urbanas do país através da comunicação pública dos dados das pesquisas sobre seus patrimônios culturais e históricos. Tais estudos vêm sendo desenvolvidos no interior do Banco de Imagens e Efeitos Visuais, projeto de pesquisa do Programa de Pós Graduação em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Trata-se de aprofundar os dilemas enfrentados pela comunidade científica tanto no que se refere à construção de repositórios digitais de pesquisa etnográfica na área de Antropologia Urbana quanto a sua divulgação, que deve visar não apenas a rede<br />nacional de museus e centros de documentação do país, mas também um público mais amplo, via redes digitais e eletrônicas. Objetiva-se ampliar a pesquisa etnográfica em hipermídia e contribuir para os estudos de patrimonialização da produção antropológica audiovisual, considerando-a como portadora de um valor cultural específico. Esse processo complexo, importante e fundamental já vem sendo realizado no âmbito dos ateliês de produção e criação do BIEV, sob a supervisão das coordenadoras do grupo de pesquisa, com a participação de bolsistas e com o acompanhamento de pesquisadores associados(as) com formação em web design. Os acervos sob a guarda de laboratórios e núcleos de pesquisa em Antropologia Visual, como o caso do BIEV, concentram produções culturais que resultam das relações de colaboração dos pesquisadores com seus parceiros de pesquisa, devendo, portanto, a eles retornar.</p> <p>PALAVRAS-CHAVE: Repositórios digitais. Restituição. Etnografia. Imagem. Cidade</p>José Luís Abalos JúniorAna Luiza Carvalho da Rocha Cornelia Eckert
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2024-12-172024-12-17218118MEMÓRIAS DO OIAPOQUE:
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<p>A partir da demanda de universitários indígenas do Oiapoque para acessar o acervo das pesquisas que realizei em suas aldeias nos anos 1990, iniciei em 2010 um projeto para digitalizar e disponibilizar virtualmente esse material. Este artigo pretende refletir sobre as peripécias desse projeto, idealizado como uma proposta de devolução de dados através de hipermídia. O projeto foi encontrando uma série de dificuldades relativas à sua aprovação por parte das comunidades indígenas, que levaram à criação de novas estratégias de disponibilização dos dados, bem como às reflexões apresentadas no artigo sobre a natureza dos dados de pesquisa antropológica, a durabilidade dos dados digitalizados, o coletivo que almeja (ou não) o seu acesso virtual e, principalmente, a relação das pesquisas antropológicas com os processos locais de transmissão de saberes e de produção da memória.</p>Antonella Maria Imperatriz Tassinari
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2024-12-162024-12-16218128