Infinito E Alteridade? A Subjetividade Ética Inspirada Pela Heteronomia Em Emmanuel Lévinas
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.2016.18503Palavras-chave:
Mesmo e Outro, Totalidade e Infinito, Subjetividade ética, HeteronomiaResumo
Busca-se apresentar o pensamento levinaseano diante de uma interpretação a mais original possível, procurando preservar a importância do pensamento deste filósofo à posteridade no que se refere principalmente ao seu método de redução fenomenológica. Com este método Levinas propõe a saída do modelo do entendimento analítico sobre a realidade, que se apoderara - durante a modernidade - no modo de uma vontade de sistema que tudo revolve e devolve à totalidade do Ser, horizonte por excelência fundamentado numa ontologia, de jaez a operar sempre uma remissão ao Ser, inclusive as individualidades por natureza dotadas de alteridade. No lugar de construir um novo sistema ético encapsulador da subjetividade na Razão do Ser, Levinas procura por a nu - através de uma descrição fenomenológica - a chamada do Infinito através do Outro, que se instala desde um passado imemorial na subjetividade, não deixando que esta se entregue à languidez da subjetividade moderna racional, já alvejada pelos sistemas da totalidade, deixada à sorte do excesso de Ser potencializado pela modernidade e destruída quase que por completo pelas revoluções mundiais, entendendo-se estas também na forma de guerras impulsionadas pela civilização do Aufklärung, a Europa. A recolocação da ética como filosofia primeira é mais uma necessidade que se faz em nosso tempo, visto que assistimos pari passu ao desenvolvimento tecnológico, modos de dominação sobre subjetividades, subsumidas ao biopoder e à biopolítica de uma essência filosófica no mínimo alheia à base mais originária do fenômeno humano neste planeta em sua alteridade própria.Downloads
Referências
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