TY - JOUR AU - Silva Aragão Moura, Ana Flávia AU - Eustáquio Viegas, Laryssa Kelly AU - Mattos, Giorgia de Oliveira AU - Moreira, Josilene Aires PY - 2018/07/05 Y2 - 2024/03/29 TI - Oficinas de Programação Para Meninas do Ensino Médio: Estimulando o Interesse pela Computação JF - Comunicações em Informática JA - Revista CI VL - 2 IS - 1 SE - Resumos DO - 10.22478/ufpb.2595-0622.2018v2n1.38297 UR - https://periodicos.ufpb.br/index.php/cei/article/view/38297 SP - 5 AB - Há uma discrepância entre o número de homens e o de mulheres no âmbito da Ciencia e Engenharia da Computação, gerando uma baixa participação feminina no mercado da tecnologia. Em 2014 realizamos um diagnóstico com o intuito de saber as principais dificuldades enfrentadas pelas graduandas para permanecerem nos cursos da área de computação no CI/UFPB. Dentre os principais itens levantados está a área de programação onde apenas 17% das graduandas diziam já ter algum conhecimento prévio sobre programação. Diante de tais informações, o projeto de extensão “Oficinas de Programação para Meninas do Ensino Médio: estimulando o interesse pela computação”, realizado junto às alunas do primeiro ano do Ensino Médio na Escola da Polícia Militar em João Pessoa, tem o intuito de proporcionar às alunas o primeiro contato com a área de programação, promover o empoderamento feminino na educação bem como despertar o interesse pela computação para que esta seja considerada como possível escolha profissional. O ensino da programação é feito de forma lúdica e intuitiva, utilizando ferramentas computacionais como LightBot, Code.org e AppInventor que permitem estimular o raciocínio lógico e computacional além de ensinar conceitos básicos de programação. São ministradas oficinas de desenvolvimento de aplicações móveis e desenvolvimento de jogos, onde as alunas têm a possibilidade de criarem seus próprios aplicativos de forma simples e descomplicada. Iniciamos com um questionário contendo questões intuitivas de raciocínio lógico e questões de cunho pessoal com o objetivo de conhecermos o perfil das alunas. A média de acertos das questões de raciocínio lógico ficou de 52%, sendo que nenhuma das alunas teve desempenho muito abaixo das outras ficando todas bem próximas à média. Quando perguntado sobre a suas expectativas em relação ao projeto e motivação/interesse, obtivemos respostas como “Espero que desperte a vontade para entrar na área da tecnologia” e “melhorar a aprendizagem de lógica de programação”. Relataram também que se sentem muito interessadas no curso, refletindo nos resultados individuais em sala de aula. Por exemplo, em atividades com uma hora e meia de duração elas conseguiram concluir as fases propostas, em tempo recorde, e escreveram mais de trezentas linhas de código, sendo possível observar o seu interesse e potencial. O projeto continua em execução até o mês de dezembro e atualmente as alunas estão aprendendo a desenvolver aplicativos móveis. As estudantes mostram-se motivadas e interessadas com as atividades e desafios computacionais propostos, muitas delas já relataram seu interesse pela área de computação e a real possibilidade de seguir carreira. A possibilidade de atuar em um projeto de extensão e compartilhar de forma prática e com a sociedade, o conhecimento adquirido por meio do ensino e pesquisa desenvolvidos no âmbito da universidade, é de grande valia e gratificante além de poder interagir e transformar a realidade de alunas de escolas públicas, através da educação. Despertar nas alunas do ensino médio o interesse pela computação através dessas oficinas e assim aumentar em médio prazo a visibilidade dos cursos do CI/UFPB nas escolas tem sido o nosso grande desafio. ER -