CADA HOMEM É UM SOM - UMA NAÇÃO ZUMBI

Autores

  • Tânia Lima

Resumo

No princípio era o som. Até que vieram os colonizadores e exploraram mangues, índios e negros. Depois veio a pós-modernidade com seus “avanços” e progressivamente fomos recebendo o mundo da técnica, novas desafios, novas formas de explorar, de alienar, de desintegração humanitária. De cá para lá, nunca mais fomos os mesmos! Também é certo que recebemos novos enfrentamentos e desencantamentos mundo afora. Nesta comunicação, acompanha-se a trajetória da contribuição rítmica do tambor africano. Averigua-se o batuque pelo que há de sincretismo musical no grupo Nação Zumbi. Observam-se nesta travessia antropofágica, as encruzilhadas dos diversos tipos de sons advindos da era mangue beat. Seguimos aqui o ritmo dos tambores do mangue na batucada do legado cultural afro-descendente. Esses tambores do mangue trazem no falar uma movência híbrida do canto popular africano na cultura brasileira. Utilizamos a metáfora do ritmo sincopado scienceano para coordenar o compasso sonoro desta análise. Não temos um olhar uno sobre a música contemporânea, mas um caminhar múltiplo sobre a partitura afro - musical vinda do mangue Senegal. Chico Science joga com o verso até encontrar nos desvios musicais os improvisos de uma batida que se absurda na partitura dos maracatus. Necessitamos muito trocar figurinhas e dialogar com o imaginário da música popular brasileira, o jazz, o samba, a tropicália, o rap, o hip hop, o blues, o rock n‟ roll, o funk, a música eletrônica, o coco, o caboclinho, o pastoril, o maracatu, o vídeo animado, a “performance”, a pirataria das mídias.

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Publicado

2012-08-19

Edição

Seção

Relações literárias afrobrasileiras