CULTURA HISTÓRICA E O CONTEXTO DA PÓS-ABOLIÇÃO NOS ESCRITOS DE CAROLINA MARIA DE JESUS

Autores

  • Alessandra Araújo de Souza Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em História da UFPB

Resumo

Este artigo se debruça sobre a obra Diário de Bitita (1986) de Carolina Maria de Jesus visando analisar a forma como a escritora interpreta sua trajetória junto com sua família enquanto descendentes de escravos no contexto da pós-abolição. Nesta obra, ela faz uma rememoração de sua infância e juventude no interior de Minas Gerais por volta das décadas de 1910 e 1920, fala das relações de poder e possibilidades de inserção do negro naquele contexto. Ela também relembra as histórias contadas pelo seu avô sobre os tempos da escravidão. Apoiando-me nas reflexões sobre cultura histórica e nas colocações de Hebe Mattos e Ana Lugão Rios no livro Memórias do Cativeiro (2005), procuro pensar como a partir da rememoração dessas experiências e das evocações de imagens sobre o passado ela cria significados próprios sobre a história da população negra e sobre sua própria trajetória, repensando as formas de discriminação, reafirmando anseios de liberdade e reivindicando novos espaços de inserção na sociedade.

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Publicado

2015-03-06

Edição

Seção

História, Memória e Diáspora Africana