Etnobotânica das plantas medicinais utilizadas nos cuidados com a saúde na comunidade Nossa Senhora do Livramento, Acará, Pará

Silviene dos Santos Mesquita1 , Anderson Soares da Cruz2 , Joelson Balieiro Leal1 ,
Ronaldo Lopes de Sousa2*

1 Graduanda do Curso de Licenciatura em Educação do Campo, UFPA, Campus universitário de Abaetetuba, Polo de Acará. Rua Manoel de Abreu, s/n, Bairro: Mutirão. Abaetetuba, Pará. Brasil. CEP 68440-000.

2 Prof. Dr. Do Curso de Licenciatura em Educação do Campo, UFPA, Campus universitário de Abaetetuba. Rua Manoel de Abreu, s/n, Bairro: Mutirão. Abaetetuba, Pará. Brasil. CEP 68440-000.

* Autor para correspondência: ronaldosousa@ufpa.br

Recebido em 24 de novembro de 2019. Aceito em 29 de julho de 2020. Publicado em 31 de julho de 2020.

Resumo - O estudo foi realizado na Comunidade de Nossa Senhora do Livramento, no Município de Acará, Pará. O estudo teve como objetivo fazer o levantamento etnobotânico das plantas medicinais na comunidade Nossa Senhora do Livramento. Adotou-se a abordagem “bola de neve” para seleção dos colaboradores e um questionário semiestruturado para obtenção dos dados. O estudo contou com 12 participantes do gênero feminino, entre 40 e 74 anos de idade. O chá das folhas foi a principal forma de preparo dos remédios caseiros e as espécies óleo elétrico, barbatimão e comida de jabuti apresentaram os maiores valores de concordância de uso principal. Esse estudo ressalta a importância da prática dos cuidados da saúde a base plantas medicinais e que o registro desse conhecimento tradicional e oral, podem ajudar preservar esses saberes e ainda servir de base para pesquisas etnofarmacológicas.

Palavras-chave: Plantas Medicinais; Remédios Caseiros; Plantas que Curam; Erveiros e Benzedores.

Ethnobotany of medicinal plants used in health care in the community of Nossa Senhora do Livramento, Acará, Pará

Abstract - The study was carried out in the community of Nossa Senhora do Livramento, in the city of Acará, Pará. The objective was to conduct an ethnobotanical survey of medicinal plants in the community of Nossa Senhora do Livramento. The “snowball” approach was adopted to select employees and a semi-structured questionnaire to obtain data. The study included 12 female participants, between 40 and 74 years old. Leaf tea was the main form of preparation of home remedies and the species electric oil, barbatimão (Stryphnodendron adstringens) and tortoise food presented the highest concordance values for main use. This study highlights the importance of the practice of health care based on medicinal plants and that the registration of this traditional and oral knowledge can help to preserve this knowledge and still serve as a basis for ethnopharmacological research.

Key words: Medicinal Plants; Home Remedies; Healing Plants; Herb workers and Healer.

Etnobotánica de plantas medicinales utilizadas en el cuidado de la salud en la comunidad de Nossa Senhora do Livramento, Acará, Pará

Resumen - El estudio se llevó a cabo en la comunidad de Nossa Senhora do Livramento, en la ciudad de Acará, Pará. El objetivo del estudio fue realizar una encuesta etnobotánica de plantas medicinales en la comunidad de Nossa Senhora do Livramento. Se adoptó el enfoque de “bola de nieve” para seleccionar empleados y un cuestionario semiestructurado para obtener datos. El estudio incluyó a 12 participantes del género femenino, entre 40 y 74 años. El té de las hojas fue la principal forma de preparación de remedios caseros y las especies de guayusa, barbatimón y corazón de hombre presentaron los valores más altos de concordancia para uso principal. Este estudio destaca la importancia de la práctica de la atención de salud basada en plantas medicinales y que el registro de este conocimiento tradicional y oral puede ayudar a preservar este conocimiento y aún servir como base para la investigación etnofarmacológica.

Palabras clave: Plantas Medicinales; Remedios Caseros; Plantas que curan; Erveiros y Benzedores.

Introdução

Na Amazônia brasileira as plantas possuem múltiplos usos, bem como, saciar a fome, procurar emprego, prosperar nos negócios, trazer de volta a pessoa amada, resolver problemas conjugais, melhorar a autoestima, cuidar dos males do espírito e da saúde (Lobato et al. 2017). Estudos etnobotânicos de plantas medicinais realizados em diversas comunidades amazônicas nas cidades de Breu Branco (Cruz et al. 2017), Almeirim (Barreto e Freita 2017), Uruará (Cajaiba et al. 2016), Abaetetuba (Pereira e Coelho-Ferreira 2017), Belém (Santos et al. 2018) e Igarapé-Miri (Santos et al. 2019) descrevem uma grande diversidade e relevância dessas espécies na prevenção e no combate de afecções.

Nas comunidades afastadas dos centros urbanos a fitofarmacopéia local constitui uma fonte primária de recursos para cuidar da saúde. Nesse contexto, os erveiros, benzedores, parteiras e curandeiros são fundamentais, pois possuem amplo conhecimento sobre o cultivo, indicações e formulações caseiras usando uma ou várias plantas (Freitas et al. 2012; Silva et al. 2018). Atuam como guardiões das memórias dos moradores dessas comunidades, pois o ato de indicar um remédio caseiro, requer lembrar o nome do vegetal, onde encontrá-lo, a forma de coletar e preparar, o modo e o tempo de uso e os ingredientes adicionais, como álcool, cachaça, aguardente alemã, entre outros. Além disso, em alguns casos a prática da “benzeção” deve estar associada ao tratamento e a cura da doença, seja biológica ou espiritual (Lobato et al. 2017).

As diferentes formas de usos das plantas medicinais nas comunidades amazônicas constituem campo de estudo da etnobotânica, contribuindo para valorizar os saberes tradicionais e o manejo dessas espécies com potencial terapêutico (Cajaiba et al. 2016; Silva et al. 2018). Conhecimentos repassados de geração em geração através da oralidade, pois nessas comunidades não faz parte da cultura dos cultivadores de plantas registrarem o quanto produzem e nem anotar o tempo das tarefas desenvolvidas (Silva et al. 2018; De Sousa et al. 2019).

Nesse contexto, o presente estudo objetivou fazer o levantamento etnobotânico das plantas medicinais utilizadas pelos moradores da comunidade Nossa Senhora do Livramento, bem como, identificar as doenças tratadas, as partes das plantas mais utilizadas, os usos terapêuticos, os modos de preparo das formulações caseiras e verificar a concordância de uso principal das espécies.

Material e Métodos

Área de Estudo

O município de Acará (1° 57’ 37’’ S e 48° 11’ 47’’ W) faz parte da Mesorregião do Nordeste Paraense e da Microrregião de Tome-Açu. A região que corresponde ao alto curso do rio Acará apresenta floresta equatorial úmida de terra firme e na região do Baixo Acará, localizam-se as matas de várzea. A drenagem mais importante é do rio Acará, que atravessa o município até a sua foz no rio Moju (IBGE, 2019).

A Comunidade de Nossa senhora do Livramento, está localizada na Rodovia PA 252, Km 05, ramal do Livramento (Figura 1), no Município de Acará (1º5534’.70’’S e 48º 1547’.04’’W). A comunidade conta com 18 famílias, tendo como principal fonte de renda a venda da farinha de mandioca. Os moradores que não estão ligados à plantação de mandioca são servidores públicos ou aposentados ou trabalham nas plantações dendê.

Figura 1. Mapa de localização da Comunidade de Nossa senhora do Livramento.

Antes da chegada da energia elétrica o dia-a-dia da comunidade era caracterizado por reuniões familiares, principalmente, após o jantar e para entreter, “destalavam” tabaco ou “empalhavam” farinha. Na madrugada os filhos levantavam para “socar” arroz para fazer o famoso mingau de arroz, que na verdade era como se fosse o café da manhã. Nos finais de semana sempre se reuniam para jogar dominó até altas horas. Havia também no mês de junho e setembro uma grande festa em homenagem aos santos, São Bento e Nossa Senhora do Livramento.

A fase pós-energia elétrica mudou a decoração das residências com a geladeira, televisão, ventilador, entre outros utensílios. As rodas de conversa foram substituídas pela programação da televisão, a lamparina pela lâmpada, o defumador pelo ventilador, água fresca pela gelada e o açaí amassado no aguidá e coado na peneira de cipó, pelo batido em uma máquina elétrica. A comunidade conta apenas com uma escola que atende alunos da educação infantil. Não tem serviços de coleta de lixo e nem distribuição de água potável. Os serviços de saúde como curativos simples e verificação de pressão arterial são realizados no posto saúde, pelo agente comunitária de saúde.

Amostragem, coleta e identificação botânica

Adotou-se a abordagem não probabilística “bola de neve” (snowball sampling) para seleção dos participantes e para a coleta dos dados aplicou-se métodos e técnicas usuais da etnobotânica como turnê guiada, observação não participante, lista livre e questionário semiestruturado (Albuquerque et al. 2010).

O estudo foi conduzido entre os meses de dezembro de 2018 a junho de 2019 e contou com 12 participantes do gênero feminino, entre 40 e 74 anos de idade. Os participantes da pesquisa leram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e obteve o parecer (3.049.927) de aprovação do Comitê de Ética do Instituto de Ciências da Saúde (UFPA).

A pesquisa fez parte do projeto “Etnobotânica e o conhecimento regional das plantas medicinais das famílias Apocynaceae, Moraceae, Meliaceae e Fabaceae das microrregiões de Cametá e Tomé Açu, Pará, Brasil” e encontra-se cadastrado no Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SisGen), sob o número A512ABA.

Os procedimentos de herborização ocorreram segundo Ming (1996) e a identificação botânica teve como base literatura especializada e consultas as plataformas Flora do Brasil 2020 e Tropicos do Missouri Botanical Garden. As exsicatas encontram-se depositadas na coleção biológica do Herbário do Instituto Federal do Pará, Campus Abaetetuba.

Análise dos dados

A porcentagem de Concordância de Uso Principal (CUP) foi calculada visando mostrar a importância relativa das plantas utilizadas na comunidade (Amorozo e Gély 1988). A CUP para cada espécie, foi calculada da seguinte forma:

CUP =

Número de informantes que citaram usos principais X 100

Número de informantes que citaram uso da espécie

O valor da CUP encontrado foi multiplicado por um fator de correção (FC), conforme a fórmula:

FC =

Número de informantes que citaram a espécie X 100

Número de informantes que citaram a espécie mais citada

A CUP corrigida é dada então:

CUPc = CUP x FC

Resultados e discussão

A presença das mulheres como cultivadoras de plantas medicinais e detentora de um vasto conhecimento sobre os remédios caseiros está em consonância com outros estudos etnobotânicos que atribuem os saberes sobre as ervas, principalmente, ao gênero feminino e em faixa etária acima do 40 ano de idade (Penido et al. 2016; Silva et al. 2017; Neto e Gomes 2018; Silva et al. 2018). Em relação à faixa etária, segundo Viu et al. (2010) esse é um fator relevante sobre os saberes acumulados do uso terapêutico das plantas, pois nesse contexto a idade avançada pode significar muita experiência em relação aos usos das formulações caseiras.

Em relação ao grau de instrução, duas participantes tinham graduação e as demais o ensino fundamental completo. Segundo a participante mais idosa da pesquisa, um dos ensinamentos mais importante que os fundadores da comunidade deixaram foi a importância de se dedicar aos estudos, saber ler e escrever. A análise dos dados apontou as condições de trabalho nas plantações de mandioca, como um fator determinante para que essas mulheres percebessem que a dedicação aos ensinamentos da escola formal seria uma alternativa para alcançar um padrão de vida melhor.

Quanto à origem das colaboradoras, todas nasceram e ainda residiam na comunidade Nossa Senhora do Livramento. Esse resultado sugere que a permanência na comunidade ao longo de toda história de vida, das participantes dessa pesquisa, contribuiu para acumulação de grande conhecimento a respeito dos usos terapêuticos e da manipulação das plantas medicinais, da preservação e reelaboração dos saberes e dos benefícios dos tratamentos a base da fitoterapia, conforme fica evidenciado no quadro 1.

Foi elaborada uma lista livre com 231 etnoespécies, das quais 141 foram coletadas e 111 identificadas em nível de espécie, distribuídas entre 81 gêneros e ٤3 famílias (Quadro 1). As famílias que apresentaram o maior número de espécies foram Lamiaceae (16 espécies) e Fabaceae (8 espécies). As famílias Lamiaceae e Fabaceae foram citadas como sendo as mais ricas em número de espécies em outros estudos de levantamentos etnobotânicos de plantas medicinais (Zeni et al. 2017; Neri et al. 2018).

Quadro 1 – Dados etnobotânicos das plantas medicinais da comunidade Nossa Senhora do Livramento, Acará, Pará.

Etnoespécie

Família

Nome científico

Indicação

Modo de preparo

Abacaxi

Bromeliaceae

Ananas comosus (L.) Merr.

Pedra nos rins.

Chá da casca.

Alecrim de planta

Lamiaceae

Rosmarinus officinalis L.

(1) Infecção urinária.

(2) Mau olhado.

(1) Chá das folhas misturado com quebra pedra. Tomar três vezes ao dia, por 10 dias.

(2) Banho: coletar as folhas pela manhã, esmigalhar no pilão e colocar ao sol. No final do dia colocar amoníaco e água benta. Lavar o corpo por três dias.

Alfazema de planta

Indeterminada.

Indeterminada.

Dor de cólica.

Chá das folhas: misturar com salva do Marajó.

Alho folha

Bignoniaceae

Mansoa standleyi (Steyerm.) A. H. Gentry

Usadas para o tratamento de pressão alta.

Tomar o chá das folhas até ficar curado.

Algodão

Malvaceae

Gossypium barbadense L.

Asma.

Ferver as folhas, bater no liquidificador e misturar com mel de abelha. Tomar três vezes ao dia, até passar a falta de ar.

Amapá

Apocynaceae

Parahancornia fasciculata (Poir.) Benoist

Fortificante, tosse com catarro no peito e asma.

Extrair o leite e colocar por três dias ao sereno. Tomar uma colher ao dia.

Amor crescido

Portulacaceae

Portulaca subsect. Pilosae D. Legrand.

(1) Queda de cabelo. (2) Dor de estômago. (3) Ferimentos na pele.

(1) Socar as folhas no pilão, tirar o sumo e ensopar toda cabeça. (2) Misturar o sumo das folhas com leite condensado e tomar em jejum. (3) Colocar o sumo das folhas no ferimento, até a ferida fechar.

Amor crescido de uiara

Indeterminada.

Indeterminada.

Mau olhado e quebranto em criança.

Cozinhar as folhas e deixar esfriar. Posteriormente, acrescentar água benta e dar banho na criança, por cinco dias, sempre à tarde.

Anador de planta

Lamiaceae

Plectranthus barbatus Adrews

(1) Dores em geral. (2) Febre em criança.

(1) Chá das folhas. Tomar três vezes ao dia até a dor passar. (2) Chá das folhas e acrescentar leite materno.

Andiroba

Meliaceae

Carapa guianensis Aubl.

(1) Reumatismo

(2) Dor de garganta.

(3) Tosse.

(4) Inflamação de baques.

(1) Misturar o óleo com cabacinha, sal de cozinha, gengibre picado e fazer massagem nas juntas, a noite antes de dormir. (2) Óleo com alho picado e fazer massagem no pescoço, no peito e nas costas. (3) Misturar três colheres de óleo, com cinco colheres de mel de abelha, um dente de alho picado e calda de um limão. (4) Misturar o óleo com cabacinha, sal de cozinha e gengibre. Fazer massagem no local roxo.

Andiroba

Meliaceae

Carapa procera D.C.

(1) Inflamação da garganta.

(2) Batido.

(1) Tomar o óleo puro. (2) Colocar o óleo no local da batida e fazer massagem.

Anecrosan

Indeterminada.

Indeterminada.

Problemas no fígado.

Chá das folhas: misturado chama, pirarucu e casca de laranja.

Apií

Moraceae

Dorstenia cayapia Vell.

Tosse com catarro no peito.

Aquecer as folhas, tirar o sumo e misturar com mel de abelha, calda de um limão e sumo da folha de algodão.

Araçá do sertão

Myrtaceae

Psidium arboreum Vell.

Tratar de doenças inflamatórias.

Chá das folhas.

Arapuama

Indeterminada.

Indeterminada.

Ferrada de arraia.

Cortar a raiz em pequenos pedaços, misturar com a raiz de brasileirinha e puraquê. Aquecer a mistura com banha de galinha e colocar sobre o local.

Arnica

Asteraceae

Solidago chilensis Meyen

Inflamação e baques.

Colocas as folhas dentro de um vidro com óleo de andiroba, deixar por cinco dias e passar no machucado.

Arruda

Rutaceae

Ruta graveolens L.

(1) Febre.

(2) Mau olhado.

(3) Dor de cabeça.

(1) Socar as folhas no pilão, tirar o sumo e misturar com leite materno e dá para o bebê tomar. (2) Tomar banho com o chá das folhas. (3) Socar as folhas no pilão e colocar na cachaça com um pano branco e bem limpo.

Artelão grande

Lamiaceae

Plectranthus barbatus Andrews

Tosse, com chiado no peito.

Chá das folhas: misturar com caatinga de mulata, panaminha, pau de muquém, algodão e artelãozinho. Depois misturar com mel de abelha.

Artelão pimenta

Indeterminada.

Indeterminada.

(1) Dor de barriga. (2) Gripe com tosse.

(1) Chá das folhas. (2) Chá folhas: misturar com artelão grande e mel de abelha.

Artelãozinho

Indeterminada.

Indeterminada.

Dor de cabeça.

Misturar o sumo das folhas com pó de café, creme dental e passar na fronte.

Barbatimão

Connaraceae

Connarus perrottetii (DC.) Planch.

(1) Inflamação do útero. (2) asseios de mulher.

(1) Chá das folhas: misturar com a casca verônica e cajuí. (2) O chá das cascas.

Boldo

Asteraceae

Vernonia condensata Baker

Dor de estômago.

Chá das folhas.

Boldo do china

Lamiaceae

Plectranthus ornatus Codd

Problemas no fígado e dor no estômago.

Chá das folhas.

Borboleta

Zingiberaceae

Hedychium coronarium J. Koenig

Baixar albumina em mulheres grávidas.

Chá das folhas ou das raízes.

Brasileirinha

Araceae

Caladium humboldtii Schott

Asma.

Socar a batata no pilão e misturar com arruda e caatinga de mulata. Ferver tudo, depois coar e tomar três vezes ao dia.

Buiuçu

Fabaceae

Ormosia Coutinhoi Ducke

Mau olhado e malvadezas.

Banho: cozinhar as folhas. Deixar esfriar e colocar uma colher de amoníaco e cinco colheres de água benta. Tomar banho por três dias, sempre à tarde.

Cabi

Malpighiaceae

Callaeum antifebrile (Griseb.) D. M. Johnson

Mau olhado.

Banho: cozinhar as folhas. Deixar esfriar e colocar álcool e água benta. Lavar o corpo por sete vezes.

Camilitana

Lamiaceae

Origanum vulgare L.

Dor de estomago.

Chá das folhas.

Canarana

Iridaceae

Eleutherine bulbosa (Mil.) Urb.

(1) Inflamação no útero.

(2) Dor de urina.

(3) Dor no rim.

(1) Chá das folhas. (2) Chá das folhas com a raiz da quebra pedra, folhas de abacate e corrente branca. Tomar até a dor passar. (3) Chá das folhas misturado com favacão e favaquinha. Tomar por sete dias.

Canela em folha

Lauraceae

Cinnamomum verum J. Presl

Febre.

Banho: ferver as folhas juntamente com quina. Deixar esfriar e tomar banho.

Capacete de jurema

Poaceae

Cenchrus L.

Mau olhado e
mandinga

Banho: ferve as folhas e acrescentar cânfora e água de cheiro.

Capim marinho

Poaceae

Cymbopogon citratus (DC.) Stapf

Febre.

Banho: cozinhar as folhas. Deixar esfriar e colocar álcool, depois tomar banho.

Capim limão

Poaceae

Cymbopogon flexuosus (Nees) Stapf

Tratamento de pressão alta.

Tomar chá das folhas até não sentir mais os sintomas.

Catinga de mulata

Lamiaceae

Aeollanthus suaveolensMart. ex Spreng

Acalmar crianças.

Chá das folhas misturado com arruda, gengibre, e aguardente alemã.

Catininga

Malastomataceae

Clidemia hirta (L.) D. Don

Queimadura e feridas na pele.

Socar as folhas no pilão e colocar nas feridas até ficar curado.

Caxinguba

Moraceae

Ficus insipida Willd.

Verminoses em adultos.

O látex ou chá da casca.

Cipó Alho

Bignoniaceae

Mansoa standleyi (Steyerm.) A. H. Gentry

Mau olhado de bicho e gente.

Banho: cozinhar as folhas e acrescentar cachaça e folhas de cheiro. Antes de dormir tomar o banho. Nos animais, benzer com as folhas.

Cipó caatinga

Indeterminada.

Indeterminada.

Quebranto/mal olhado.

Banho: cortar as folhas em pequenos pedaços e colocar na água e deixar ao sol. No final do dia colocar amoníaco e água benta. Tomar banho antes de dormir, por três dias.

Cipó-pucá

Vitaceae

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C. E. Jarvis

Doenças inflamatórias.

Chá das folhas e do caule, tomar por duas semanas.

Comida de jabuti

Piperaceae

Peperomia pellucida (L.) Kunth

Frieiras/coceira nas mãos e nos pés.

Socar as folhas no pilão, tirar o sumo e colocar cachaça ou amoníaco. Colocar numa vasilha e deixar as mãos ou os pés de molho.

Copaíba de planta

Indeterminada.

Indeterminada.

1. Inflamação na pele.

2. Ferimentos na pele.

(1) Socar as folhas no pilão, aquecer e colocar no local inflamado ou roxo. (2) Colocar as folhas no álcool e depois de sete dias lavar as feridas várias vezes.

Coramina

Euphorbiaceae

Euphorbia tithymaloides L.

Dor no peito.

Chá das folhas.

Cordão de são Francisco

Lamiaceae

Leonotis nepetifolia (L.) R. Br.

Inflamação de partes externa do corpo.

Fazer compressa com chá das folhas nas partes do corpo afetada.

Corrente roxa

Indeterminada.

Indeterminada.

Dor de urina.

Chá das folhas.

Costela de Adão

Euphorbiaceae

Euphorbia sect. tirucalli Boiss.

Mau olhado, malvadezas.

Banho: cozinhar as folhas, deixar esfriar, colocar amoníaco e água benta.

Cravo

Asteraceae

Cosmos sulphureus Cav.

Derrame.

Socar as folhas e as flores no pilão e misturar com pó de café, macinho e cachaça. Colocar essa mistura em um pano e colocar na cabeça.

Cromissina

Indeterminada.

Indeterminada.

Dor de estômago.

O sumo das folhas com mel de abelha.

Cupuaçu

Malvaceae

Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K. Schum

Diarreia.

Chá da casca.

Disciplina roxa

Indeterminada.

Indeterminada.

Disciplinar alguém rebelde.

Banho: cozinhar as folhas em dois litros de água e deixar esfriar e acrescentar água benta.

Dinheiro em penca

Phyllanthaceae

Phyllanthus pulcher Wall. ex Mull. Arg.

Dar sorte, traz dinheiro e tira maus energias.

Banho: ferver folhas e flores e acrescentar folhas de cheiro. No final do dia tomar banho. A árvore deve ser plantada na frente da casa.

Emenda osso

Menispermaceae

Tinospora cordifolia (Willd.) Miers

Emendar osso quebrado.

Molhar um pano branco com o sumo das folhas e amarrar na parte quebrada.

Erva cidreira

Verbenaceae

Lippia alba (Mill.) N. E. Br. ex Britton & P. Wilson

Controlar a pressão alta.

Tomar o chá folhas morno com açúcar.

Erva santa

Indeterminada.

Indeterminada.

Gripe, Tosse, Catarro no peito.

Geleia: colocar as folhas com açúcar e um pouco de água em fogo brando. Depois que a calda estiver grossa e de cor escura, atingiu o ponto cozimento e estar pronto para uso.

Escada de jabuti

Fabaceae

Bauhinia guianensis Aubl.

Inflamação na pele: vermelho e inchado.

Chá das cascas para tomar ou lavar as partes vermelhas.

Favacão

Lamiaceae

Ocimum gratissimum L.

Espirros e nariz entupido.

Ferver as folhas e cheirar o vapor. Depois que esfriar molhar a cabeça.

Forsangue

Acanthaceae

Justicia secunda Vahl

Tratamento de doenças do sangue (anemia).

Tomar o chá das folhas até não senti mais os sintomas de fraqueza.

Fortuna

Indeterminada.

Indeterminada.

Câimbra.

Cortar os frutos em pedaços e colocar em um litro de cachaça. Deixar agir por cinco dias, molhar as áreas afetadas e fazer massagem.

Gengibre

Zingiberaceae

Zingiber officinale Roscoe

(1) Dores nas juntas.

(2) Tosse.

(1) Pisar as batatas no pilão e colocar álcool. Depois que estiver bem forte, colocar andiroba e banha de galinha. Passar nos locais que sente as dores. (2) Chá da batata com caatinga de mulata, artelão grande e panamenha. Acrescentar mel de abelha ou leite condensado e tomar três vezes ao dia até a tosse passar.

Gergelim preto

Pedaliaceae

Sesamum indicum L.

Derrame.

Torrar as sementes em uma panela e socar no pilão. Depois acrescentar banha de galinha e passa no local paralisado.

Gervã/rinchão

Verbenaceae

Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl

Feridas na pele inflamada.

Lavar os ferimentos com chá das folhas.

Ingaí

Fabaceae

Inga edulis Mart.

Sapinho na boca de criança.

Molhar um pano limpo com o sumo das folhas, colocar no dedo e limpar a boca da criança.

Janaú

Indeterminada.

Indeterminada.

Malvadeza, espanta espírito e mau olhado.

Banho: ferver as folhas com misturadas com treme, mucuracaá da vargem, buiuçu, sete facadas e costela de adão. Depois acrescentar amoníaco e sal grosso.

Japana branca

Asteracea

Ayapana triplinervis (Vahl) R. M. king & H. Rob.

Dor de cabeça.

Banho: cortar as folhas, colocar em dois litros de água e deixar ao sol o dia todo. Á tarde acrescentar cachaça. Molhar bem a cabeça e deixar secar naturalmente.

Japana roxa

Asteracea

Aypana sp.

Dores em geral.

Chá das folhas.

Jucá

Fabaceae

Libidibia férrea (Mart. ex Tul.) L. P. Queiroz

1. Inflamação.

2. Cortes na pele.

3. Tosse.

(1) Tomar o chá das sementes misturado com folhas de unha de gato.

(2) Coleta as sementes, deixa secar e colocar de molho na água por sete dias e lavar os ferimentos na pele. (3) Chá da casca juntamente com verônica.

Laço de amor roxo

Gesneriaceae

Episcia cupreata (Hook.) Hanst.

Amor não correspondido.

Banho: colocar as folhas na água e deixar ao sol o dia inteiro. Tomar o banho por sete sexta feira.

Laço de amor verde

Gesneriaceae

Episcia sp.

Amor não correspondido.

Banho: colocar as folhas na água e deixar ao sol o dia inteiro. Acrescentar favacão, folhas de manga seca e catinga de mulata.

Lágrima de nossa senhora

Poacea

Coix lacryma-jobi L.

Pedra nos rins.

Chá das folhas. Tomar dois litros por dia.

Laranja da terra

Rutaceae

Citrus sp.

Albumina.

Tomar o suco de quatro laranjas em jejum, por 30 dias, uma vez ao dia.

Laranjeira

Rutaceae

Citrus sp.

Sinusite.

Banho: corta os grelos da laranjeira, migalha e colocar em dois litros de água. Deixe ao sol durante o dia todo e a tarde lavar a cabeça.

Marcela

Indeterminada.

Indeterminada.

Azia, má digestão.

Chá das folhas.

Mamona

Euphorbiaceae

Ricinus communis L.

Pulgante/laxante.

Óleo misturado com clara de ovo.

Manjerição

Lamiaceae

Ocimum basilicum L.

Tosse com catarro no peito

Chá das folhas.

Manjerona

Verbenaceae

Lippia thymoides Mart. & Schauer

Mau olhado e falta de ânimo.

Banho: ferver as folhas misturadas com pataqueira, mangericão e beliscão. Tomar o banho morno antes de dormir.

Manjirona de angola

Lamiaceae

Origanum vulgare L.

(1) Dor de cabeça.

(2) Princípio de derrame.

(1) Esmigalhar as folhas e colocar em um vidro com álcool, deixar ficar por cinco dias e ensopar a cabeça. (2) Banho: ferver as folhas e acrescentar caatinga de mulata e arruda. Molhar um pano e colocar na cabeça.

Manjirona de panela

Lamiaceae

Origanum sp.

Quebranto.

Usar os ramos para benzer.

Marapuama

Olacaceae

Ptychopetalum sp.

Dores nas juntas.

Colocar as raízes na cachaça e deixar agir por cinco dias. Molhar os locais que sente dores e fazer massagem.

Mari

Metteniusaceae

Poraqueiba paraensis Ducke

Assadura de criança

Chá para lavar as áreas vermelhas.

Marupazinho

Iridaceae

Eleutherine bulbosa (Mill.) Urb.

Diarreia e Hemorroidas.

Chá da planta inteira.

Maria mole

Fabaceae

Senna obtusifolia (L.) H. S. Irwin & Barneby

(1) Vermes.
(2) Cobreiro.

(1) Chá das flores.
(2) Sumo das folhas.

Mastruz

Amaranthaceae

Chenopodium ambrosioides L.

(1) Dor de estômago.

(2) Gastrite

(1) Chá das folhas, junto com amor crescido, tomar duas vezes ao dia, até a dor passar. (2) Socar as folhas junto com amor crescido, tirar o sumo e misturar com mel de abelha e leite de vaca. Tomar três vezes ao dia.

Malvarisco

Piperaceae

Piper umbellatum L.

(1) Tontura.

(2) Tosse seca.

(3) Enzipra.

(4) Inchaço das juntas.

(1) Banho: folhas cozidas ao sol e molhar a cabeça. (2) Xarope: sumo das folhas e mel de abelha. (3) Aquecer as folhas com banha de galinha e cânfora. Colocar aos arredores do ferimento. (4) Aquecer as folhas junto com óleo de andiroba e cobrir as partes inchadas e doloridas. Repetir várias vezes ao dia.

Meracilina de planta

Indeterminada.

Indeterminada.

Ferimentos na pele.

Colocar nos ferimentos o sumo das folhas.

Morta cabeluda

Indeterminada.

Indeterminada.

Diarreia em crianças.

Sumo das folhas com leite de peito.

Mucuracaá

Petiveriaceae

Petiveria alliacea L.

Mau olhado.

Banho: cozinhar as folhas junto com arruda e caatinga de mulata.

Óleo elétrico

Piperaceae

Piper callosum Ruiz & Pav.

(1) Diarreia

(2) Prisão de ventre.

(1) Chá das folhas. (2) Chá das folhas juntamente com casca de alho e cebola.

Orelha de macaco

Fabaceae

Enterolobium contortisiliquum

 (Vell.) Morong

(1) Dor de urina. (2) Dor no ouvido.

(1) Chá das folhas. (2) Sumo das folhas.

Oriza

Lamiaceae

Pogostemon heyneanus Benth

Urina solta.

Chá folhas e acrescentar favacão, cuminho, capim marinho, folha de alho e pripioca.

Ortiga

Indeterminada.

Indeterminada.

(1) Inflamação nas juntas.

(2) Tosse.

(3) Dor no ouvido.

4. Cansaço.

(1) Chá das folhas. (2) Xarope (3) Aquecer as folhas, pisar no pilão e tirar o sumo. O sumo depois de coado, colocar duas gotas no ouvido. (4) Chá das folhas e acrescentar mel de abelha.

Panaminha

Indeterminada.

Indeterminada.

Garganta inflamada.

Sumo das folhas com mel de abelha.

Pariri

Bignoniaceae

Fridericia chica (Bonpl.) L. G. Lohmann

Anemia.

Chá das folhas.

Pata de vaca

Fabaceae

Bauhinia forficata Link

Diabetes.

Chá das folhas.

Pataqueira cheirosa

Plantaginaceae

Conobea scoparioides

 (Cham. & Schltdl.) Benth.

Mau olhado

Banho: ferver as folhas e acrescentar água benta.

Pataqueira do sertão

Indeterminada.

Indeterminada.

Quebranto.

Usar as folhas para benzer.

Pau de angola

Piperaceae

Piper arboreum

Aubl.

Quebranto de bicho.

Chá das folhas para molhar os animais.

Paú de Muquém

Indeterminada.

Indeterminada.

Tosse.

Xarope: colocar as folhas com açúcar em fogo brando. Quando o açúcar começar a derreter acrescentar folhas de catinga de mulata, artelão grande e panaminha. Depois de ficar a calda grossa e escura, bater no liquidificador e acrescenta suco de limão. Coar e guardar na geladeira. Tomar uma colher quatro vezes ao dia.

Pedregoso

Boraginaceae

Heliotropium indicum L.

Derrame.

Banho: cozinhar as folhas misturadas com óleo elétrico. Molhar um pano e fazer compressa.

Pega rapaz

Indeterminada.

Indeterminada.

Falta de ânimo.

Banho preparado com as folhas.

Pião branco

Euphorbiaceae

Jatropha sect. curcas (Adans.) Griseb.

Dor de dente.

Colocar o leite sobre o dente.

Pião caboclo

Euphorbiaceae

Jatropha podagrica Hook.

Mau olhado e tristeza

Banho: cozinhar as folhas e acrescentar, álcool e água benta.

Pião roxo

Euphorbiaceae

Jatropha gossypiifolia L.

Mau olhado e quebranto.

Os ramos são usados para benzer.

Pimenta-malagueta

Solenaceae

Capsicum frutescens L

(1) Reumatismo e dores nas juntas.

(2) Feridas na pele inflamadas.

(1) Colocar os frutos frescos em álcool e depois de sete dias, fazer a massagem nos locais doloridos.

(2) Aquecer as folhas juntamente com óleo de andiroba e colocar sobre os ferimentos externos.

Piracuru

Crassulaceae

Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers.

Inflamação em geral.

Tomar o sumo das folhas.

Poncoró

Indeterminada.

Indeterminada.

Tirar estrepe.

Colocar o látex no local onde tem o estrepe.

Preguissinha

Indeterminada.

Indeterminada.

Derrame.

Chá das folhas com aguardente alemã.

Pripioca

Cyperaceae

Cyperus articulatus L.

Febre.

Chá da batata.

Pucá branco de rama

Vitaceae

Cissus verticillata

(L.) Nicolson & C.E.Jarvis

Dor de cabeça.

Molhar um pano branco com o chá das folhas e colocar na cabeça até a dor passar.

Pucá branco de trepadeira

Indeterminada.

Indeterminada.

Dores em geral.

Sumo das folhas: socar as folhas no pilão e colocar na cachaça ou no álcool. Depois de sete dias, passar no local da dor antes dormir.

Pucá mirim

Indeterminada.

Indeterminada.

Derrame.

Sumo das folhas.

Pucá mirim rajado

Vitaceae

Cissus

sicyoides L.

Derrame.

Aquecer as folhas e colocar no óleo de andiroba. Fazer massagem nas áreas afetadas à noite.

Pucá mirim roxo

Indeterminada.

Indeterminada.

Dor em partes do corpo batida.

Aquecer as folhas e colocar banha de galinha derretida. Passar a mistura aquecida sobre o local batido.

Pupunheira

Arecaceae

Bactris gasipaes Kunth

Inflamação no fígado.

Tomar o chá das raízes por sete dias.

Puraqué

Rosaceae

Indeterminada.

Ferrada de arraia.

Bater no liquidificador as folhas e acrescentar raízes de brasileirinha e arapuama. A mistura depois de aquecida, acrescentar banha de galinha e cobrir o ferimento externo.

Quebra feitiço

Indeterminada.

Indeterminada.

(1) Espantar olho gordo nas vendas. (2) Contra feitiço.

(1) Plantar em um vaso e deixar no balcão da venda. (2) Banho: cortar bem as folhas e colocar de molho em dois litros de água. Deixar ao sol por um dia e a noite lavar o corpo, durante sete noites.

Quebra pedra

Phyllanthaceae

Phyllanthus niruri L.

Dor de urina.

Chá das folhas.

Quebra pedra roxa

Phyllanthaceae

Phyllanthus sp.

Pedra nos rins.

Chá das folhas.

Quina

Simaroubaceae

Quassia amara L.

Matar piolhos.

Colocar a casca em meio litro de cachaça. Depois de três dias ensopar a cabeça. Repetir até acabar com os piolhos.

Raiz de borboleta

Zingiberaceae

Hedychium coronarium J. Koenig

Albumina.

Chá das raízes.

Sabugueiro

Viburnaceae

Sambucus nigra L.

Catapora e

sarampo.

Chá das folhas para larvar as feridas.

Salva do Marajó

Lamiaceae

Hyptis subsect. crenata Epling

Cólica menstrual.

Chá das folhas.

Sete facadas

Araceae

Monstera adansonii Schott

Quebrar malvadezas.

Banho: cozinhar as folhas e depois de esfriar, adicionar amoníaco e água benta. Antes de tomar o banho, descascar dois limões galegos e esfregar no corpo todo. Depois disso, tomar o banho.

Sete sangria

Indeterminada.

Indeterminada.

Coceira.

Sumo das folhas. Misturar com vassourinha e comida de jabuti. Colocar na cachaça ou álcool e passar nos locais afetados, até sumir a coceira.

Sitronela

Poaceae

Cymbopogon winterianus Jowitt ex Bor

Repelente contra insetos.

O chá das folhas para passar na pele.

Sucurijú de planta

Asteraceae

Mikania lindleyana DC.

Má digestão.

Chá das folhas.

Sucuúba

Apocynaceae

Himatanthus articulatus (Vahl)
Woodson

Rasgaduras.

Umedecer um pedaço de pano e colocar sobre o local dolorido.

Taboquinha

Indeterminada.

Indeterminada.

Problemas nos rins.

Chá das folhas.

Taperebá

Anacardiaceae

Spondias mombin L

Sarar ferimentos na pele.

Retirar a casca, colocar para secar. Depois de seca, ralar e o pó colocar sobre o ferimento.

Terramicina

Amaranthaceae

Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze

(1) Doenças Inflamatórias.

(2) Ferimentos na pele.

(1) Chá das folhas. (2) Colocar nos ferimentos o sumo das folhas.

Trapueraba

Indeterminada.

Indeterminada.

Coceira na pele.

Chá das folhas para lavar as áreas do corpo afetadas pela coceira.

Treme treme

Indeterminada.

Indeterminada.

Mau olhado.

Banho: tomar banho com o chá das folhas.

Trevo folha fina

Acanthaceae

Justicia pectoralis Jacq.

Dores no corpo.

Socar as folhas no pilão e colocar no locar da dor.

Trevo roxo

Acanthaceae

Hemigraphis alternata (Burn. f.) T. Anderson

Dor de ouvido.

Sumo das folhas.

Ucuúba

Myristicaceae

Virola surinamensis (Rol. ex Rottb.) Warb.

(1) Reumatismo.

(2) Tosse e pneumonia.

(3) Inflamação na garganta.

(1) Chá folhas. (2) Xarope. (3) Fazer gargarejo do chá das folhas.

Unha de gato

Rubiaceae

Uncaria tomentosa (Willd.) DC.

Inflamação de mulher.

Colocar de molho as cascas em dois litros de água. Depois de cinco horas tomar, sempre que sentir sede.

Uriza

Lamiaceae

Pogostemon heyneanus Benth.

Dores de cabeça.

Colocar as folhas de molho ao sol. No final do dia acrescenta cachaça e molha a cabeça.

Urubucaá

Aristolochiaceae

Aristolochia trilobata L

Dor de estômago.

Chá das folhas.

Vassourinha

Indeterminada.

Indeterminada.

Cobreiro.

Socar no pilão a planta inteira e colocar em toda área afetada.

Verônica

Fabaceae

Dalbergia sect.. ecastaphyllum (P. Browne) Thoth.

Inflamação no útero.

Lavar as partes intima da mulher com o chá da casca.

Vick de planta

Lamiaceae

Mentha arvensis

 L.

Dor de garganta inflamada.

Chá das folhas para fazer o gargarejo.

Vinagreira

Malvaceae

Hibiscus sect. sabdariffa DC.

Caspa.

Chá das folhas para molhar a cabeça.

Vindicá

Zingiberaceae

Alpinia zerumbet B. L. Burtt. & R. M. Sm.

Dor no coração.

Chá da flor misturado com as flores de laranjeira e folhas de coramina.



As participantes da pesquisa relataram 197 indicações das plantas medicinais, sendo as dores e os problemas espirituais os que mais se destacaram. As dores foram a afecções mais recorrentes, possivelmente por serem comuns a diversos problemas de saúde. As dores, principalmente nos casos crônicos, causam sofrimentos e o uso de plantas com ação analgésica constitui-se uma forma de terapia complementar (Haeffer et al. 2012).

As entrevistadas acreditam que as plantas medicinais, além de tratar das afecções biológicas, podem também curar doenças de cunho espiritual, como mau olhado, quebranto de humanos e de animais domésticos, amor não correspondido e quebra de feitiços. As plantas mais indicadas para proteção contra tais males foram arruda, dinheiro em penca e pião roxo, sendo usadas para preparar banhos ou para benzer. Na comunidade Nossa Senhora do Livramento, essas doenças são tratadas por benzedeiras, principalmente nas sextas feiras. Esses resultados corroboram com estudos etnobotânicos realizados na cidade de Abaetetuba (PA) (Pereira e Coelho-Ferreira 2017; Pal heta et al. 2017) e no semiárido piauiense (Silva et al. 2017).

Segundo a plataforma Flora Brasil 2020, 26% das espécies identificadas eram nativas e destas, 60% encontram-se distribuídas pelas cinco regiões brasileiras. A elevada porcentagem de plantas naturalizadas pode ser consequências do fluxo migratório, embora as participantes dessa pesquisa tenham relatado toda sua história de vida na comunidade em questão. Segundo Mamede e Pasa (2018), em um estudo realizado em quintais agroflorestais na comunidade rural em Várzea Grande, Mato Grosso, chama atenção de que as plantas nativas podem ser remanescentes, espontâneas ou cultivadas e que os espaços como as hortas e os quintais agroflorestais atuam com propulsores dessa diversificação.

A grande maioria das espécies citadas nessa pesquisa não se encontra na lista de plantas medicinais de interesse do Sistema Único de Saúde (79,5%). Nesse contexto, estudos de levantamentos etnobotânicos são essenciais para divulgar novas espécies de plantas que são amplamente usadas na medicina popular e estimular estudos de bioprospecção ou de análises fitoquímicas dessas espécies, como forma de valorizar o conhecimento tradicional.

Nas formulações dos remédios caseiros foram usadas diversas partes dos vegetais, com destaque para as folhas. A predileção pelas folhas pode ser devido a facilidade de coleta, a parte mais visível da planta e que sua retirada causa pouco dano ao vegetal (Parthiban et al. 2016). Além disso, são disponíveis em qualquer estação do ano e por serem ativas fotossinteticamente, há produção de metabólitos secundários (Ghorban 2005). Destaca-se que na Amazônia brasileira, em função de sua localização geográfica, há apenas o verão e o inverno amazônico, com temperaturas elevadas e variando somente a intensidade das chuvas e consequentemente, há abundância de folhas o ano inteiro.

As formas de preparo das formulações caseiras registradas pelas participantes, residentes na comunidade Nossa Senhora do Livramento foram o chá, banho e o xarope. O chá é a forma de remédio caseiro mais citado em estudos etnobotânicos de plantas medicinais na Amazônia brasileira (Moura et al. 2016; Palheta et al. 2017). Os banhos são preparados usando uma ou mais plantas e podem ser adicionado água benta, amoníaco, cachaça ou álcool. Segundo Neto e Simões (2010) os banhos quando tomados com água tépida ou mesmo quente são recomendáveis para melhorar a circulação sanguínea, dar sensação de bem estar e acalmar.

Ingredientes como banha de galinha, óleo de andiroba, mel de abelha, sal grosso, açúcar, leite condensado, aguardente alemã, creme dental e café em pó foram citados como sendo importantes para realçar as atividades biológicas dos vegetais utilizados nas preparações dos remédios caseiros. Resultados semelhantes foram descritos por De Sousa et al. (2019) em um estudo sobre o etnoconhecimento dos usos do óleo de andiroba na medicina popular em uma comunidade ribeirinha no estado do Pará.

A maceração, trituração ou o ato de socar as folhas das plantas foi realizado usando como instrumento o liquidificador ou o pilão (Figura 2). Na comunidade Nossa Senhora do Livramento há energia elétrica, mas o uso do pilão ainda é uma tradição mantida por muitas famílias.

Figura 2. Pilão usado para socar as folhas para as formulações de remédios caseiros.

Em relação a importância e o consenso de uso entre as participantes, 37 espécies de plantas medicinais apresentaram valores do índice de concordância de uso (CUPc) superior a 50%. As plantas óleo elétrico, barbatimão e comida de jabuti apresentaram os CUPc mais elevados, 90%, 83,3% e 80% respectivamente, indicando um consenso de uso popular e potencial medicinal (Figura 3). Segundo Amoroso & Gély (1988), o valor de CUPc igual ou acima de 50% fornece potencial farmacológico de uma espécie e chama atenção para estudos adicionais sobre a mesma.

Figura 3. Plantas medicinais que apresentaram os maiores de valores de CUPc. (A) Óleo elétrico. (B) Comida de jabuti e (C) Barbatimão.

A planta óleo elétrico (Piperaceae; Piper callossum Ruiz & Pav.) encontra-se distribuída pelas cinco regiões brasileiras e é nativa, constituindo uma planta com potencial para ser incluída na lista de plantas de interesse do Sistema Único de Saúde. Diversos estudos etnobotânicos citam P. callosum para tratar de doenças gastrointestinais na medicina popular, embora com discrepâncias de indicações e formas de preparo, o que não implica em questionamentos da eficácia dessa planta e sim, uma consequência da transmissão oral desse conhecimento na comunidade Nossa Senhora do Livramento (Gonçalves e Lucas 2017; Palheta et al. 2017; Pereira e Coelho-Ferreira 2017).

O termo “barbatimão” na língua indígena significa árvore que aperta ou na linguagem popular de casca da virgindade, denominações que pode estar associada à capacidade de adstringência dessa espécie. Muito utilizado na medicina popular e a casca é a principal parte da planta utilizada para fazer o chá ou preparar banhos (Soares et al. 2008). A espécie Connarus perrottetti (DC.) Planch é exclusiva das regiões tropicais, nativa e restrita as regiões Norte e Centro-Oeste (FLORA BRASIL 2020).

A planta conhecida como comida de jabuti (Piperaceae; Peperomia pellucida (L.) R. Br.) é nativa, distribuída por todo território brasileiro (FLORA BRASIL 2020), cresce em ambientes pobres em nutrientes e usadas na medicina popular para tratar de gastrite e cicatrização de ferimentos na pele (Pereira e Coelho-Ferreira 2017). P. pellucida é rica em proteína, carboidratos e minerais como potássio, cálcio e ferro (Ooi et al. 2012). Segundo Souza e Sousa (2018) esta espécie não representa alto risco à saúde humana, pois estudos laboratoriais indicaram que essa espécie possui grande potencial como agente antimicrobiano (Karttika et al. 2016).

Conclusões

A flora medicinal da comunidade Nossa Senhora do Livramento é diversificada e importante para os moradores dessa comunidade, pois as diversas indicações, formas de preparo e usos reflete o quanto floresta contribui para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e é importante nos cuidados com a saúde.

Os valores da porcentagem de Concordância de Uso Principal apontaram que três espécies se destacaram para estudos adicionais fitoquímicos e farmacológicos. Estudos etnobotânicos podem ser fundamentais na eleição de espécies de plantas medicinais para estudos de bioprospecção, desde que respeitando a legislação sobre os conhecimentos tradicionais.

Os resultados desse estudo evidenciam a importância da prática dos cuidados da saúde a base plantas medicinais e que o registro desse conhecimento tradicional e oral, podem ajudar preservar esses saberes e ainda servir de base para pesquisas etnofarmacológicas.

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