OS HOMENS E AS PRÁTICAS DE CUIDADO EM SAÚDE

Autores

  • Daniela Heitzmann Amaral Valentim de Sousa UFPB - Universidade Federal da Paraíba
  • Michael Augusto Souza de Lima UFPB - Universidade Federal da Paraíba
  • Kay Francis Leal Vieira Unipê - Centro Universitário de João Pessoa
  • Ana Alayde Werba Saldanha UFPB - Universidade Federal da Paraíba

Palavras-chave:

Homens. Masculinidade. Atenção Primária à Saúde. Prevenção.

Resumo

O presente artigo objetivou realizar uma revisão de produções acadêmicas sobre os cuidados a saúde dos homens notadamente na realidade brasileira. A busca dos trabalhos foi realizada nas bases de dados Medline e Scielo. A seleção foi realizada por critérios de inclusão, sendo estes: artigos originais publicados em inglês ou português de 2008 a 2013, abordando o tema da prevenção, busca aos cuidados primários, comportamentos de cuidados a saúde do homem adulto na atenção primária. Trabalhos que avaliaram a condição de homens já diagnosticados com doenças crônicas ou que possuíam alguma síndrome foram excluídos. Os descritores utilizados na identificação dos artigos foram: Homens, Atenção Primária a Saúde. A revisão realizada permitiu analisar 12 artigos. Desta forma, concluiu-se que há uma reprodução hegemônica da masculinidade nas práticas à saúde tanto nos discursos dos profissionais de saúde, quanto dos usuários masculinos assim como na própria estrutura e funcionamento programático da Atenção à Saúde Primária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniela Heitzmann Amaral Valentim de Sousa, UFPB - Universidade Federal da Paraíba

Doutoranda em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB, no Nucleo de Pesquisa Vulnerabilidade e Promoção da Saúde. Mestre em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco - Unicap, pertencendo a linha de pesquisa em Família e Interação Social. Atualmente é Professora da Faculdades de Enfermagem e Medicina Nova Esperança e Professora do Centro Universitário de João Pessoa atuando no Núcleo de Psicologia Jurídica com ênfase no Psicodiagnóstico. Possui experiência na área de Psicologia Clínica, atuando principalmente nos seguintes temas: Avaliação Psicológica, Clínica Infanto juvenil, Interação familiar e Saúde Mental.

Michael Augusto Souza de Lima, UFPB - Universidade Federal da Paraíba

Graduado em Psicologia pela UFPB, especialista em Educação em Direitos Humanos e mestrando em Psicologia Social-UFPB.

Kay Francis Leal Vieira, Unipê - Centro Universitário de João Pessoa

Doutora em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba, onde atua como pesquisadora do Núcleo Aspectos Psicossociais de Prevenção e Saúde Coletiva. Atualmente é docente da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança e do Centro Universitário de João Pessoa - Unipê.

Ana Alayde Werba Saldanha, UFPB - Universidade Federal da Paraíba

Doutora (2003) e Pós-Doutora (2012) em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é professora Associada I da Universidade Federal da Paraíba, no Programas de Pós Graduação em Psicologia Social (Mestrado e Doutorado - UFPB), onde desenvolve pesquisas com ênfase na Atenção Primária em Saúde. É coordenadora do Núcleo de Pesquisa Vulnerabilidades e Promoção da Saúde (UFPB). Atua como pesquisadora do Programa de Atendimento Psicossocial à Aids vinculado a FFCLRP/USP.

Referências

Ayres, José Ricardo et al. (2012), “Conceitos e práticas de prevenção: da história natural da doença ao quadro da vulnerabilidade e direitos humanos” in: Paiva, Vera, Ayres, José Ricardo e Buchalla, Cássia Maria (org), Vulnerabilidade e direitos humanos – prevenção e promoção da saúde: da doença à cidadania – Livro I, Curitiba: Juruá, 71-94.

Couto, Márcia Thereza et al. (2010), “O homem na atenção primária à saúde: discutindo (in)visibilidade a partir da perspectiva de gênero”, Interface: Comunicação, Saúde, Educação, 14(33). Consultado a 12.10.14 em http:// http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-32832010000200003&script=sci_arttext.

Dahrouge, Simone et al. (2010), “An evaluation of gender equity in different models of primary care practices in Ontario”, BMC Public Health, 10(151). Consultado a 20.11.14 em doi: 10.1186/1471-2458-10-151.

Ferraz, Dulce; Kraiczyk, Juny (2010), “Gênero e Políticas Públicas de Saúde – construindo respostas para o enfrentamento das desigualdades no âmbito do SUS”, Revista de Psicologia da UNESP, 9(1), 70-82. Consultado a 13.05.14 em http://www2.assis.unesp.br/revpsico/index.php/revista/article/viewFile/166/215

Figueiredo, Wagner (2005), “Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção primária”, Ciência e Saúde Coletiva, 10, 105-109.

Figueiredo, Wagner; Schraiber, Lilia.Blima (2011), “Concepções de gênero de homens usuários e profissionais de saúde de serviços de atenção primária e os possíveis impactos na saúde da população masculina”, São Paulo, Brasil. Ciência & saúde coletiva, 16(1). Consultado a 12.05.14 em http:// http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232011000700025&script=sci_abstract&tlng=pt.

Fontes, Wilma Dias et al. (2011), “Atenção à saúde do homem: interlocução entre ensino e serviço”, Acta paulista de enfermagem, 24(3). Consultado a 12.05.14 em http:// http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-21002011000300020&script=sci_arttext.

Getrich, Christina et al. (2012), “Expressions of machismo in colorectal cancer screening among New Mexico Hispanic subpopulations” Qual Health Res., 22(4), 546-559. Consultado a 12.10.14 em doi: 10.1177/1049732311424509.

Gomes, Romeu; Nascimento, Elaine Ferreira (2006), “A produção do conhecimento da saúde pública sobre a relação homem-saúde: uma revisão bibliográfica”, Cadernos de Saúde Pública, 22(5), 901-911. Consultado a 15.05.14 em http: http://www.scielo.br/pdf/csp/v22n5/03.pdf

Gomes, Romeu et al. (2011b), “Os homens não vêm! Ausência e/ou invisibilidade masculina na atenção primária”, Ciência & saúde coletiva, 16 (1). Consultado a 15.05.14 em http:// http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000700030

Gomes, Romeu et al. (2007), “Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior”, Caderno de Saúde Pública, 23 (3), 565-574. Consultado a 12.05.14 em http:// http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000300015

Gomes, Romeu et al. (2008), “Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior”, Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro, 23(3), 565-574. Consultado a 12.05.14 em http://http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000300015

Gomes, Romeu et al. (2011), “O atendimento à saúde de homens: estudo qualitativo em quatro estados Brasileiros”, Physis: Revista de Saúde Coletiva, 21(1). Consultado a 12.05.14 em http:// http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312011000100007

Machado, Michael Ferreira; Ribeiro, Maria Auxiliadora Teixeira (2012), “Os discursos de homens jovens sobre o acesso aos serviços de saúde”, Interface: Comunicação, Saúde, Educação, 16(41). Consultado a 12.05.14 em http:// http://www.scielo.br/pdf/icse/2012nahead/aop2912.pdf.

Machin, Rosana et al. (2011), “Concepções de gênero, masculinidade e cuidados em saúde: estudo com profissionais de saúde da atenção primária”, Ciência & Saúde Coletiva, 16(11), 4503-4512. Consultado a 15.05.14 em http:// http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n11/a23v16n11.pdf.

Rochlen, Aaron et al. (2010), “Barriers in diagnosing and treating men with depression: a focus group report”, Am J Mens Health, 4(2), 167-175. Consultado a 12.10.14 em doi: 10.1177/1557988309335823.

Saldanha, Ana Alayde Werba et al. (2012), Acessibilidade Masculina aos Serviços de Saúde: implicações para a vulnerabilidade à Aids. Relatório Final de Iniciação Cientifica. João pessoa, PB, Universidade Federal da Paraíba.

Schraiber, Lilia Blima et al. (2010), “Necessidades de saúde e masculinidades: atenção primária no cuidado aos homens”, Caderno de Saúde Pública, 26(5). Consultado a 12.05.14 em http://www.scielosp.org/pdf/csp/v26n5/18.pdf.

Scott, Joan Wallach. (1995), “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”, Educação e Realidade, 71-99.

Silva, Patrícia Alves dos Santos et al. (2012), “A saúde do homem na visão dos enfermeiros de uma unidade básica de saúde”, Escola Anna Nery, 16(3). Consultado a 12.05.14 em http:// http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-81452012000300019&script=sci_arttext.

Unbehaum, Sandra. (2005), “Masculinidade e violência: o que o gênero tem a ver com isso? Caderno da Hora: juventude e violência de gênero”, São Paulo.

Publicado

2015-03-24

Como Citar

VALENTIM DE SOUSA, D. H. A.; SOUZA DE LIMA, M. A.; VIEIRA, K. F. L.; SALDANHA, A. A. W. OS HOMENS E AS PRÁTICAS DE CUIDADO EM SAÚDE. Gênero & Direito, [S. l.], v. 4, n. 1, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/article/view/22693. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Saúde, Gênero e Direito