ENTRE O PODER E A SUBMISSÃO: AS FACES DA VIOLÊNCIA CONJUGAL SOFRIDA POR MULHERES ATENDIDAS PELO SERVIÇO DE APOIO EMERGENCIAL A MULHER- SAPEM EM MANAUS

Autores

  • Aline dos Santos Pedraça
  • Lidiany de Lima Cavalcante

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2179-7137.2019v8n5.48615

Palavras-chave:

Relações de poder, Violência conjugal, SAPEM

Resumo

O presente trabalho apresenta a discussão sobre as relações de poder no interior das conjugalidades. A relevância deste estudo justifica-se pela necessidade de se criar políticas públicas de caráter preventivo capaz de inibir a prática da violência contra a mulher no âmbito conjugal. Através deste estudo, objetiva-se analisar as várias faces da violência sofrida pelas mulheres atendidas pelo Serviço de Apoio Emergencial a Mulher (SAPEM). Propõe-se também, averiguar como as mulheres vivenciam a violência no âmbito das relações conjugais e os elementos que elas consideram relação de poder. O trabalho assume o aporte teórico e metodológico das abordagens qualitativa, sem excluir os dados quantitativos, tendo como lócus da pesquisa o SAPEM, que é uma das instituições que compõe a Rede de Atenção a Mulher no Estado do Amazonas. Como instrumento de investigação, utilizamos o aporte da entrevista semiestruturada com dez sujeitos femininos vítima de violência conjugal. Quanto aos múltiplos resultados apresentados, o presente estudo apontou que o sentimento de posse do sujeito masculino sobre o sujeito feminino atrelado as relações desiguais de poder no âmbito conjugal é o desencadeador das diferentes formas de violência praticado contra as mulheres.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Aline dos Santos Pedraça

Assistente Social, Mestra em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas

Lidiany de Lima Cavalcante

Doutora em Sociedade e Cultura na Amazônia, Professora do Programa de Pós-graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia - UFAM.

Referências

ARAÚJO , Maria de Fàtima et al (2014) ,Violência de Gênero contra a Mulher. In: ARAÚJO, M. D. F.; (ORGS), O. C. M. Gênero e Violência. São Paulo: Arte & Ciência.

ARENDT, Hannah ( 2003), A Condição Humana 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitári
BOSCHETTI, Ivanete (2017), Agudização da barbárie e desafios ao Serviço Social, Serv. Soc. Soc, São Paulo, nº 128, p.54-71, jan/abr.

BRASIL. Decreto Lei nº 11.340 de 7 de agosto de 2006 (2010), II. ed. Brasilia: Edições Câmara, 34 p. Brasília.

BRASIL. Lei Importunação sexual: Lei nº 13.718 de 24 de setembro de 2018. Consultado a 31/06/2019 em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13718.htm.

BRASIL. Lei Feminicídio. Lei 13.104 de 09 de março de 2015. Consultado a 31/06/2019 em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13104.htm.

CAVALCANTE, Lidiany de Lima (2015), Sob o véu da Homossexualidade: relações como espaços de conflito, poder e reconhecimento em Manaus. Manaus, TESE (Doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia), 168 p.

CERQUEIRA, Daniel (2018), Atlas da Violência. IPEA. Rio de Janeiro, p. 93.

CNJ, Conselho Nacional de Justiça (2018), Manual de Rotinas e Estruturação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. Conselho Nacional de Justiça. Distrito Federal/Brasília, p. 90.

DEL PRIORE, Mary (2011) , Histórias Íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil. 1. ed. São Paulo: Planeta do Brasil, v. 1.

ELIAS, Norbert (1994), O processo civilizador: uma História dos Costumes. Tradução de Ruy Jungmann. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, v. 1.

GIORDANI, Annecy Tojeiro (2006), Violência contra a Mulher São PAulo: Yendis.

GOMES, Luiz Flávio (2010), JUS BRASIL, Goiânia, consultado a 21 Janeiro 2019 em https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2457844/artigo-do-dia-aids-transmissao-do-virus-hiv-qual-delito .

KRUG, Etienne G et al (2002), Relatório Mundial sobre Violência e Saúde. Organização Mundial da Saúde. Geneva, p. 380.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (2003a), Violência sob Olhar da Saúde. Brasília: Fiocruz,.

__________________(2005b), Violência: um problema para a saúde dos brasileiros. In: SAÚDE, M. D. Impacto da Violência na Saúde dos Brasileiros. 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, v. 1ª, Cap. 1, p. 342.

PRODANOV, Cleber Cristiano et al ( 2013), Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas de pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo/RS: Feevale.

RUIZ, Josiane Machado et al (2004), VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. In: ARAÚJO, M. D. F.; MATTIOLI, O. C. Gênero e Violência. I. ed. São Paulo: Arte & Ciência, v. I, Cap. Segunda Parte, p. 111-138.

SAFFIOTI, Heleieth Iara Bongiovani; VARGAS, Mônica Muñoz (1994), Mulher brasileira é assim. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos.
SCOTT, Ana Silva (2012), O caleidoscópio dos arranjos familiares. In: PINSKY, C. B.; (ORGANIZADORAS), M. J. P. Nova História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, Cap. 1, p. 15-42.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty (2010), Pode o Subalterno falar? Belo Horizonte: UFMG.
SOUZA, Michelle Rabelo de (2017), O feminismo no Amazonas e a luta política pela presença de mulheres no Parlamento. In: CHAVES, P. C. P. R. Diálogos na Amazônia: espaços, processos e relações Sociais. 1ª. ed. Olinda: Livro Rápido, v. I. Cap. 6, p. 159-183.

STEARNS, Petter Nathaniel (2012), História das relações de gênero. Tradução de Mirna Pinsky. 2. ed. São Paulo: Contexto, 250 p

Publicado

2019-10-27

Como Citar

DOS SANTOS PEDRAÇA, A. .; DE LIMA CAVALCANTE, L. . ENTRE O PODER E A SUBMISSÃO: AS FACES DA VIOLÊNCIA CONJUGAL SOFRIDA POR MULHERES ATENDIDAS PELO SERVIÇO DE APOIO EMERGENCIAL A MULHER- SAPEM EM MANAUS. Gênero & Direito, [S. l.], v. 8, n. 5, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.2179-7137.2019v8n5.48615. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/article/view/48615. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Direitos Humanos e Políticas Públicas de Gênero