A INFLUÊNCIA CRENÇAS MASCULINAS DE GÊNERO NO CUIDADO COM A SAÚDE

Autores

  • Michael Augusto Souza de Lima Universidade Federal da Paraíba
  • Josevânia da Silva Centro Universitário de João Pessoa
  • Francisca Marina de Souza Freire Universidade Federal da Paraíba
  • Karla Carolina Silveira Ribeiro Universidade Estadual da Paraíba
  • Ana Alayde Werba Saldanha Pichelli Universidade Federal da Paraíba

Palavras-chave:

Crenças. Vulnerabilidade. Gênero.

Resumo

O presente trabalho objetivou analisar crenças masculinas relacionadas à procura por atendimento médico e ao gênero, bem como suas implicações sobre os cuidados em saúde. Tratou-se de um estudo quantitativo, com participação de 400 homens na faixa etária de 24 a 59 anos (M=36; DP=9,47), residentes no estado da Paraíba. Foi utilizado um questionário bio-sócio-demográfico e a Escala de Crenças Masculinas em Saúde (ECMS). Na análise comparativa (Teste t de Student) dos grupos critérios em relação às variáveis bio-sócio-demográficas verificou-se diferenças estatisticamente significativas (p< 0,05) para os itens idade, nível de religiosidade, renda, nível de escolaridade e nível de atividade física. Os itens idade, renda, grau de escolaridade e nível de atividade física apresentaram valores consideráveis tanto para o Fator Procura por Serviços de Saúde – Idade (De 40 a 59 anos [M=3,31; DP=2,71]); Renda (Até 3 salários mínimos [M=3,15; DP=2,68]); Grau de escolaridade (Menor que 12 anos de escolaridade [M=3,17; DP=2,69]) e Nível de Atividade Física (1- Pouca atividade física [M=3,96; DP=3,09]) – quanto no Fator Gênero – Idade (De 40 a 59 anos [M=4,21; DP=2,21]); Renda (Até 3 salários mínimos [M=3,74; DP=2,22]); Grau de escolaridade (Menor que 12 anos de escolaridade [M=3,95; DP=2,21]) e Nível de Atividade Física (1- Pouca atividade física [M=4,29; DP=2,61]). Os dados demonstraram que os participantes com maior idade, com menores rendas, menor grau de escolaridade e com baixa ou nenhuma prática de atividade física apresentaram maior média no grau de concordância com as crenças. Conclui-se que a vulnerabilidade ao adoecimento entre os homens é perpassada por elementos que caracterizam a vulnerabilidade social. Palavras-chave: Crenças. Vulnerabilidade. Gênero.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Michael Augusto Souza de Lima, Universidade Federal da Paraíba

Mestrando em Psicologia Social - UFPB Especializando em Educação em Direitos Humanos - UFPB Graduado em Psicologia - UFPB Núcleo de Pesquisas Vulnerabilidades e Promoção da Saúde (NPVPS)

Josevânia da Silva, Centro Universitário de João Pessoa

Doutora em Psicologia Social - UFPB Mestre em Psicologia Social - UFPB Professora no Centro Universitário de João Pessoa/UNIPÊ Graduada em Psicologia - UFPB Núcleo de Pesquisas Vulnerabilidades e Promoção da Saúde (NPVPS)

Francisca Marina de Souza Freire, Universidade Federal da Paraíba

Doutoranda em Psicologia Social - UFPB Mestre em Psicologia Social - UFPB Graduada em Psicologia - UFPB Núcleo de Pesquisas Vulnerabilidades e Promoção da Saúde (NPVPS)

Karla Carolina Silveira Ribeiro, Universidade Estadual da Paraíba

Doutora em Psicologia Social - UFPB Mestre em Psicologia Social - UFPB Professora da Universidade Estadual da Paraíba Graduada em Psicologia - UFPB Núcleo de Pesquisas Vulnerabilidades e Promoção da Saúde (NPVPS)

Ana Alayde Werba Saldanha Pichelli, Universidade Federal da Paraíba

Pós-Doutora em Psicologia - USP Doutora em Psicologia - USP Mestre em Psicologia Social - UFPB Especialista em Saúde Pública Graduada em Psicologia - UNIPÊ Núcleo de Pesquisas Vulnerabilidades e Promoção da Saúde (NPVPS)

Referências

Ayres, José Ricardo de Carvalho Mesquita et al., (2012). Conceitos e Práticas de Prevenção: da história natural da doença ao quadro da vulnerabilidade. In Geraldo José Paiva et al., (Orgs.). Vulnerabilidade e Direitos Humanos: Prevenção e Promoção da Saúde. Livro I. Curitiba: Juriá, 4, 71-94.

Ayres, José Ricardo de Carvalho Mesquita, (2001), Sujeito, intersubjetividade e práticas de saúde. Ciênc. saúde coletiva, 6(1), 63-72.

Bar-tal, Daniel, (1990), Crenças de grupos: uma concepção para a análise de estrutura de grupo, processos e comportamentos. New York: Springer-Verlag.

BRASIL, Ministério da saúde, (2008), Política Nacional de Atenção (Princípios e Diretrizes). ___Integral à Saúde do Homem. Brasília: Secretaria De Atenção À Saúde / Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.

Brito, Annie. Mehes. Maldonado; Camargo, Brigido. Vizeu, (2011), Representações sociais, crenças e comportamentos de saúde: um estudo comparativo entre homens e mulheres. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, 19, 283-303.

Brito, Annie. Mehes. Maldonado, (2010), Representações sociais, crenças e comportamentos de saúde: um estudo comparativo entre homens e mulheres. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

Fonseca, Maria Goretti et al., (2000), Aids e grau de escolaridade no Brasil: evolução temporal de 1986 a 1996. Cadernos de Saúde Pública, 16(1), 77-87.

Gomes, Romeu; Nascimento, Elaine Ferreira do; Araújo, Fábio Carvalho., (2007), Por que os homens buscam menos os ___serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e_homens com ensino superior. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, 23(3), 565-574.

Paiva, Geraldo José, (1998), Aids, psicologia e religião: o estado da questão na literatura psicológica. Psicologia, teoria e pesquisa, Brasília, v. 14, 27-34, jan/abr.

Pires, Cláudia Geovana da Silva; Mussi, Fernanda Carneiro, (2008), Crenças em saúde para o controle da hipertensão. Ciência & Saúde Coletiva, 13 (sup 2), 2257-2267.

Ricou, Miguel, et al., (2004), Dependências individuais e valores sociais, Coimbra: Gráfica de Coimbra, 111-156.

Saldanha, Ana Alayde Werba; Silva, Josevânia; Lima, Michael Augusto Souza; Galvão, Jéssica Oliveira; Amorim, Geane. Karla, (2012), Acessibilidade Masculina aos Serviços de Saúde: implicações para a vulnerabilidade à Aids. Relatório Final de Iniciação Cientifica. João pessoa, PB, Universidade Federal da Paraíba.

Saldanha, Ana Alayde Werba, (2013). Vulnerabilidades Femininas em Saúde: acesso aos serviços de saúde, saúde mental e vulnerabilidades de mulheres residentes em cidades rurais. Projeto de Pesquisa. João pessoa, PB, Universidade Federal da Paraíba.

Schraiber, Lilia Brima et al., (2010), Necessidades de saúde e masculinidades: atenção primária no cuidado aos homens. Cad Saúde Pública, São Paulo, 26(5), 961-70.

Unglert, Carmem Vieira de Sousa, (1990), O enfoque da acessibilidade no planejamento da localização e dimensão de serviços de saúde. Rev. Saúde Pública, 24(6), 445-452.

Vieira, Luana de Castro e Silva et al., A política nacional de saúde do homem: uma reflexão sobre a questão de gênero. Enfermagem em foco, Salvador, 2(4), 215-217, nov./2011.

Publicado

2014-07-03

Como Citar

LIMA, M. A. S. de; SILVA, J. da; FREIRE, F. M. de S.; RIBEIRO, K. C. S.; PICHELLI, A. A. W. S. A INFLUÊNCIA CRENÇAS MASCULINAS DE GÊNERO NO CUIDADO COM A SAÚDE. Gênero &amp; Direito, [S. l.], v. 3, n. 2, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/article/view/19428. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Saúde, Gênero e Direito