TEMPORALIDADES DO NORDESTE: DA PRODUÇÃO AÇUCAREIRA, ALGODOEIRA-PECUARISTA AOS ESPAÇOS ÍDILICOS DE LAZER LITORÂNEO

Resumo

Esse artigo tem como objetivo central discutir/apresentar as imagens fundantes (temporalidades) do Nordeste brasileiro (açucareiro, algodoeiro-pecuarista, do agronegócio e do turismo). Dessa forma, realizou-se levantamento bibliográfico em livros, dissertações, teses e periódicos que deram suporte ao pensamento aqui construído, exposto e trabalhado. Levantaram-se dados a partir do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Banco do Nordeste (BNB). Para complementar metodologia aplicou-se estudo diacrônico do espaço, numa tentativa de entender as várias fases em que passa o Nordeste. O ensaio está dividido em quatro tópicos representativos das temporalidades do Nordeste. No primeiro apresenta-se região açucareira, algodoeira-pecuarista. No segundo, discute-se processo de criação da SUDENE, sendo apresentado como projeto embrionário de modernização. No terceiro tópico, vislumbra-se a construção de imagem positiva de um Nordeste virtuoso que aposta na tecnologia de ponta para difusão do agronegócio. No quarto e último, assiste-se a corrida para os espaços idílicos litorâneos, onde se desenvolvem atividades ligadas ao lazer e ao turismo. Nota-se a construção de dois quadros simbólicos um mais antigo e outro mais recente. Um beneficia a oligarquia algodoeira-pecuarista e o outro se vincula em novo discurso que beneficia empresários do agronegócio e do turismo litorâneo.