Aspectos Raciais Da Violência Sexual No Brasil Contemporâneo E O Mito Do Estuprador Negro: Gênero, Raça E Heranças Escravocratas
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1678-2593.2023v22n49.62663Palavras-chave:
mulheres, estupro, racismo, agressor sexual, colonialistaResumo
O presente artigo explora a incidência da violência sexual no que tange ao recorte racial dos sujeitos criminológicos. Tendo a formação histórica do Brasil marcado fortemente as relações sociais pelo racismo, pretende-se evidenciar de quais maneiras as heranças escravocratas no senso comum dos brasileiros corromperam suas concepções acerca do estupro e de seus autores e vítimas. Diante da necessidade de enfrentamento do referido crime, compreender verdadeiramente o fenômeno se provará crucial para a eficácia dos direitos fundamentais das mulheres – mas também dos homens negros. Isso porque destaca-se o objetivo de desmistificação do perfil dos perpetradores de violências dessa natureza, pela denúncia do que se chama de mito do estuprador negro. Através da pesquisa bibliográfica, preponderantemente qualitativa e explicativa, por fim, restará concluso que a construção tendenciosa da imagem do agressor sexual remonta aos interesses da branquitude colonialista, desvelando a hipocrisia de uma moralidade cristã e patriarcal voltada à manutenção das consolidadas estruturas de poder.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 A Prim@ Facie detém direitos exclusivos de publicação e distribuição sob concessão absolutamente franca da parte do autor, ou autores.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os autores estão cientes de que transferem seus direitos de publicação e distribuição à revista Prima Facie. Os autores autorizam o uso do trabalho para fins não-comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho em bases de dados de Acesso Livre. As provas finais poderão não ser enviadas aos autores antes da publicação, seguindo a revista seu padrão técnico explicitado nas suas normas e nos formatos praticados em acordo com a CAPES e com padrões de excelência adotados. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade não sendo a revista solidária da livre opinião exposta por eles.