STRAUSS E O ARGUMENTO DA ANTÍTESE MORAL CONTRA O CIENTIFICISMO NA FILOSOFIA DE HOBBES

Autores

  • Delmo Mattos da Silva UniCeuma

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v12i1.56665

Palavras-chave:

Hobbes, Vaidade, Filosofia civil, Mecanicismo, Medo

Resumo

O objetivo desse artigo consiste em fornecer uma crítica às pretensões de Strauss em determinar um fundamento moral à filosofia civil de Hobbes. Trata-se, portanto, de discutir as determinações do comportamento dos homens derivado de uma tendência natural a eles imposta. Desse modo, expõe-se a viabilidade do vínculo entre a filosofia natural e a filosofia civil para determinar o comprometimento de Hobbes aos termos do mecanicismo da sua época. Desse modo, inviabiliza-se o argumento de Strauss segundo o qual o princípio da autopreservação baseia-se em uma antítese moral ocasionada entre a vaidade e o fundamentalmente justo medo da morte violenta.

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Biografia do Autor

Delmo Mattos da Silva, UniCeuma

Doutor em Filosofia pela UFRJ.

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Publicado

17-08-2021

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Artigos