UMA PESQUISA NARRATIVA VIVIDA EM MONITORIAS DE LÍNGUA PORTUGUESA COM DISCENTES INDÍGENAS EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2020v15n1.52191Palavras-chave:
Ensino de português para indígenas, Português como língua adicional, Ensino antirracista de línguasResumo
Nesta pesquisa narrativa, uma aluna do curso de Letras e sua orientadora de TCC narram sua jornada de repensar as monitorias de português para estudantes indígenas em uma universidade federal da região Centro-Oeste do Brasil, buscando compreender quem são e quem estão se tornando em relação aos discentes e à pesquisa e quais as concepções de língua(gem), ensino e aprendizagem tiveram como base para suas ações. A perspectiva teórico-metodológica é a pesquisa narrativa segundo Clandinin e Connelly (2015), que têm como foco de investigação as experiências individuais vividas e narradas por meio de histórias, partindo do conceito de experiência conforme Dewey (1938) – com os critérios da continuidade e da interação. Como fundamentação teórica, as autoras baseiam-se no ensino de gêneros orais e escritos no âmbito acadêmico (MAGALHÃES; CRISTOVÃO, 2018; DOLZ, 2014; DIONISIO, 2011; ABREU-TARDELLI e LOUSADA, 2007) e nas concepções e visões de mundo dos pensadores indígenas (WERÁ, 2018, 2019; POTIGUARA, 2019; KRENAK, 2019). Os resultados da pesquisa são cinco histórias co-compostas colaborativamente: Preconceito linguístico e foco na gramática; O perigo da história única sobre o discente indígena; O que faz sentido no ensino de português para indígenas?; O início da transformação com um novo plano de trabalho e Um recomeço com comunidades responsivas e trabalho colaborativo.