RASTROS DO CORPO
UMA POÉTICA DE AUSÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2023v18n1.66331Palavras-chave:
Corpo, Arqueologia do Saber, DISCURSO, Museu, HolocaustoResumo
O estudo, de caráter bibliográfico, tem como objetivo explorar a realidade material e imaterial dos corpos tomando por base um gesto analítico de dois grupos escultóricos da cidade de Budapeste, Hungria: o Memorial às Vítimas da Ocupação Alemã e os Sapatos do Danúbio. Para tanto, em um primeiro momento, retomamos a discussão sobre a inquietação da palavra em Foucault (2008), a impossibilidade de alcançar a verdade em sentido apofântico, essencial. Em um segundo momento, tratamos do corpo e suas modulações a partir das quais a cultura, sob a forma das instituições, exerce controle e poder em especial no que toca ao discurso artístico museológico (VENTURINI, 2017). Um resultado de leitura indica que, em um caso, o corpo do arcanjo Gabriel se presta a um discurso de revisionismo histórico ao passo que, no outro caso, o corpo ausente das vítimas do grupo Arrow Cross metaforiza a tragicidade da perda, (re)presentificando o passado do holocausto nazista pelo apagamento das biografias e pelo envenenamento político da nação.
PALAVRAS-CHAVE: CORPO; ARQUEOLOGIA DO SABER; DISCURSO; MUSEU; HOLOCAUSTO.