NOS QUARTEIS E NAS RODAS DE SAMBA:

apontamentos sobre o corpo da brasilidade a partir do terceiro mandato de Lula

Resumo

Este artigo busca pensar a corporeidade em relação à produção de subjetividades em uma perspectiva histórica. Partimos da hipótese de que com a expansão da extrema direita no Brasil, cuja representação máxima foi a eleição de Jair Bolsonaro, o novo conservadorismo em suas raízes históricas se contrapõe ao projeto de certo corpo da brasilidade, mestiço, constituído ao longo do século passado a partir de um espaço de resistência, por meio de práticas culturais que não atingiram a dimensão cidadã, permanecendo marginalizadas. A proposta é pensar o fenômeno em perspectivas arqueológica e genealógica e das produções de subjetividades que caracterizam os movimentos de certa tradição dos estudos discursivos foucaultianos (NAVARRO, 2020).