POLÍTICAS LINGUÍSTICAS FAMILIARES
Da teoria spolskiana à abordagem ampliada de Tannenbaum
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-9979.2023v18n2.67985Palavras-chave:
Políticas linguísticas; família; migrantes; lentes; mecanismos emocionais.Resumo
RESUMO: O modelo de Políticas Linguísticas criado por Spolsky foi ampliado por Tannenbaum (2012) no âmbito de análise do domínio familiar, em que se considera relevante avaliar as emoções como um fator imprevisível para entender como famílias lidam com as línguas em contextos migratórios. Segundo a autora, essa dimensão emocional pode influenciar como as línguas são usadas, percebidas e geridas pela família. Deste modo, as Políticas Linguísticas Familiares (PLF) funcionam como estratégias de defesa e de enfrentamento que visam proteger o equilíbrio familiar diante de ameaças e/ou de perdas (históricas, econômicas, socioculturais e psicológicas), para reduzir o sofrimento emocional, favorecendo assim o estado de adaptação. A metodologia de Tannenbaum para pesquisar as PLF consiste em coletar dados sobre as práticas, as ideologias e a gestão da língua na família, pela lente dos mecanismos emocionais de enfrentamento (coping) e defesa (defence) que interferem nas decisões sobre as línguas na/da família, contribuindo para esclarecer seu significado e incluindo suas funções inconscientes, defensivas e adaptativas na comunidade de acolhimento. Neste artigo, trazemos um estudo bibliográfico acerca das contribuições de Tannenbaum à teoria spolskiana de composição e análise das políticas linguísticas utilizadas pelas famílias em contextos migratórios.
PALAVRAS-CHAVE: Políticas linguísticas; família; migrantes; lentes; mecanismos emocionais.