https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/issue/feed Revista Espaço do Currículo 2024-06-04T08:49:59-03:00 Profa. Dra. Ângela Cristina Alves Albino, Profa. Dra. Ana Claudia da Silva Rodrigues e Profa. Dra. Maria Zuleide da Costa Pereira rec@ce.ufpb.br Open Journal Systems <p>A Revista Espaço do Currículo é uma revista eletrônica de <strong>qualis A3 (2017-2020) em Educação</strong>, organizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Curriculares (GEPPC), da Universidade Federal da Paraíba. Tem como objetivo socializar conhecimentos sobre abordagens curriculares produzidas em âmbitos Internacional e Nacional. Como espaço de divulgação eletrônica, a sua pretensão é facilitar e aprofundar o diálogo acadêmico, não de forma ruidosa, mas na perspectiva de dar visibilidade à relação existente entre sociedade, educação e currículo num mundo sem fronteiras. É uma publicação quadrimestral e reserva-se o direito de selecionar os artigos enviados, espontaneamente, e submetê-los à apreciação de um Conselho Editorial constituído por investigadores de diferentes instituições e países.</p> https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/69931 AS UNIVERSIDADES COMO MOTORES DA EXCELÊNCIA E DA INOVAÇÃO EDUCATIVAS 2024-05-02T21:27:45-03:00 Mónica Vallejo monicavr@um.es Ana Torres-Soto ana.t.s@um.es Francisco J. Hernandez Valverde pacohernandez@um.es <p>Este estudo examina duas iniciativas institucionais de inovação educativa implementadas pela Universidade de Murcia em resposta às mudanças derivadas da criação do Espaço Europeu de Ensino Superior (EEES). Especificamente, são analisadas diferentes variáveis que gravitam em torno dos projectos de inovação educativa e dos grupos de inovação docente desenvolvidos nos últimos anos nesta universidade, tais como: os departamentos e faculdades envolvidos, o pessoal docente e investigador (PDI) e os colaboradores envolvidos, entre outros. Para o efeito, foi utilizada uma metodologia quantitativa baseada na recolha de informação institucional. Os principais resultados do estudo foram a análise de quase 400 projetos de inovação e a contabilização de 1.325 docentes universitários (incluindo colaboradores de outras instituições). No seu conjunto, e como se pode constatar após a leitura deste trabalho, é inegável que os docentes da Universidade de Murcia fazem um esforço inegável na procura constante de melhoria e inovação no seu desempenho docente. Da mesma forma, após a revisão deste trabalho, é evidente que os professores da Universidade de Murcia - e desta instituição - têm um compromisso notável com a procura contínua de melhoria e inovação no seu trabalho docente.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/69702 POLÍTICAS DE CURRÍCULO PARA LÍNGUA PORTUGUESA 2024-05-02T21:27:52-03:00 Hugo Heleno Camilo Costa hugoguimel@yahoo.com.br Érika Virgílio Rodrigues da Cunha erikavrcunha@gmail.com Maria José Vilela Rodrigues vilelamaria2@gmail.com <p class="western" align="justify">O artigo põe em plano a noção de hegemonia, reconceptualizada por Laclau e Mouffe, defendendo que ela permite o entendimento de propostas prescritivas e universalistas na política curricular. Volta-se ao foco regulador da BNCC pondo em discussão as disputas por significação disparadas pela reiteração dos termos novos e multiletramentos na Língua Portuguesa nos Anos Finais do Ensino Fundamental. De início, é justificada a abordagem discursiva e uma segunda seção busca demarcar as noções de hegemonia, antagonismo e tradução. Na terceira seção são problematizadas as tentativas de significar os termos novos e multiletramentos na BNCC, des-sedimentando jogos discursivos pelos quais a regulação e o controle sobre o que é conhecimento e sujeito se insinuam como necessários. Conclusivamente, sinaliza-se para a leitura de que na política curricular para LP na BNCC são hegemonizados sentidos para novos e multiletramentos baseados na ficção de que seria possível antever um futuro (compreendido no contexto da proposta como incerto) e, então, preparar o sujeito. Pondera não bastar somente apontar para a assimetria de tal proposta em si, sendo importante tensionar a perspectiva de que é na relação com tais sentidos que a escola tende a ser tomada como deficitária e sem qualidade. Assim, defende-se que a BNCC para LP projeta a leitura de que a escola é deficitária e precisa ser reformada por um currículo nacional por ser incapaz de fazer o impossível: produzir hoje sujeitos para um futuro imprevisível.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/69609 AVALIAÇÕES EXTERNAS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E OS SENTIDOS NA BUSCA DE QUALIDADE DA EDUCAÇÃO 2024-05-02T21:28:00-03:00 Cristiane Gomes de Oliveira cristwin2@yahoo.com.br Carlos Roberto Moreira betorj2018@gmail.com Emerson Bezerra Vidal Gomes emerson.santos36@gmail.com <p>Este artigo tematiza a Política de Avaliação da Secretária Municipal de Educação do Rio de Janeiro-SME, nos últimos vinte anos. Ao problematizar a influência das políticas educacionais sob o alinhamento das avaliações externas no Estado, traz-se ao foco de análise um discurso político hegemônico através do conceito da Governamentabilidade (Ball, 2014), forjando um regime de verdade em torno das avaliações de larga escala utilizadas como medição do sentido de qualidade da educação carioca. A discussão consiste no endereçamento de um sentido de qualidade da educação, determinado por agências econômicas internacionais (Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico – OCDE, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional – FMI) através das avaliações externas. Estudos sobre globalização e redes de políticas de Stephen Ball atrelados a Michel Foucault, fundamentam a conjectura sobre demandas neoliberais presentes nas políticas curriculares da SME. Thomas Popkewitz (2016) aporta a problematização das políticas educacionais comprometidas com uma significação de qualidade da educação baseada na economia capitalista. A revisão teórica e análise de documentos oficiais deste artigo apresentam: o detalhamento das características e políticas da SME; a problematização das estatísticas como promotoras de regime de verdade, na perspectiva de “número mágico” que pauta discussões sobre as produções de políticas educacionais vigentes a partir dos resultados das avaliações externas; e a análise de cunho empírico político educacional da legitimação das avaliações externas no país. Destaca-se,por fim,a contribuição das agências internacionais para a difusão do ideário de um cidadão global forjado nas escolas na relação currículo-avaliação de larga escala-sentido de aprendizagem e neoliberalismo</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/69607 CURRÍCULO E AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL CARIOCA 2024-05-02T21:28:04-03:00 Virgínia Louzada virginialouzada.feuerj@gmail.com Roberta Teixeira rotsouza2@yahoo.com.br Cristiane Amancio crisfcamancio@yahoo.com <p>Este artigo objetiva apresentar dados de pesquisa em andamento realizada na Rede Pública Municipal de Educação do Rio de Janeiro, a partir de questionário online preenchido por profissionais que atuam na Educação Infantil, tendo como referencial de análise autores das áreas de avaliação e currículo. Através das respostas obtidas no questionário, percebe-se a grande influência que documentos curriculares como a Base Nacional Comum Curricular e o Currículo Carioca exercem no planejamento e nas práticas docentes, o que nos leva a acreditar ser necessário urgente discutir a natureza do trabalho pedagógico na Educação Infantil, a fim de evitar a lógica de preparação de crianças para o Ensino Fundamental. &nbsp;&nbsp;</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/69603 O PROGRAMA INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO DE ESTUDANTES (PISA) 2024-05-02T21:28:07-03:00 Maria Luiza Dique de Souza maludique21@gmail.com Luane Coutinho de Freitas luanecoutinhodefreitas@gmail.com Maria Carolina Caldeira mariacarolinasilva@hotmail.com <p>Este artigo tem como objetivo discutir o modo como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) se insere em um contexto de influência (Ball, 2011) que pretende produzir políticas educacionais e curriculares unificadas para diferentes países do mundo, particularmente para o Brasil. Com base na discussão teórica desenvolvida por Stephen Ball e na análise de documentos curriculares, como a base Nacional Comum Curricular e o <em>Common Core</em>, o texto discute como diferentes elementos se articulam para produzir uma ideia de qualidade de educação articulada a ranqueamentos e performances. Nesse processo, essas políticas inserem-se em uma lógica neoliberal que pretende produzir subjetividades capazes de se autogovernar para atender às demandas de mercado.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/69552 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 2024-05-02T21:28:13-03:00 Renata Oliveira renataoliveira_rj@yahoo.com.br <p>O presente trabalho investiga questões relativas ao currículo e à avaliação no âmbito do Plano Municipal de Educação da cidade de Nova Iguaçu (2015-2025), com foco na proposta de avaliação diagnóstica individual que seria implementada nas escolas do município no ano de 2020, não fosse pelo momento atípico provocado pela pandemia de covid-19. A partir de reflexões sobre avaliação e currículo, discutem-se outros conceitos, como qualidade e igualdade em educação, além da questão da fabricação de estereótipos decorrentes da fixação, mesmo que momentânea, do que é compreendido tanto por avaliação como por currículo. Ao investigar essas concepções, tão caras ao campo educacional, o trabalho propõe repensar o entendimento corrente de escola, destacando a complexidade do processo de ensino-aprendizagem-avaliação.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/69524 AVALIAÇÃO COMO UM MONSTRO? 2024-05-02T21:28:16-03:00 Millena Soares Figueiredo millenafigueiredoped@gmail.com Talita Vidal Pereira p.talitavidal@gmail.com <p>Neste artigo, são problematizadas concepções realistas de conhecimento que organizam as decisões pedagógicas e favorecem que a avaliação seja significada como “monstro” que aterroriza os processos de escolarização de crianças, jovens e adultos. Tal discussão é desenvolvida à luz de aportes teóricos pós-estruturais, cuja apropriação tem sido produtiva para a compreensão dos pressupostos teóricos que sustentam certezas e legitimam práticas avaliativas excludentes que alimentam medos e inseguranças nos processos de escolarização. Como referencial teórico, são apropriadas contribuições de aportes pós-estruturais produzidos no campo do currículo em interlocução com reflexões sobre avaliação. Como considerações resultantes dessas reflexões, cabe destacar que a promoção de práticas avaliativas que possam, de fato, contribuir para a realização de uma educação mais democrática e inclusivas pressupõe investimento teórico em reflexões que tornem explícita a contingência de decisões pedagógicas.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/69522 AVALIAÇÃO E CURRÍCULO 2024-05-02T21:28:20-03:00 Divane Oliveira de Moura Silva divane.oliveira@ufpe.br Kátia Silva Cunha katia.scunha@ufpe.br <p>O presente artigo constitui um recorte de uma pesquisa mais abrangente realizada no âmbito do mestrado do Programa de Pós-graduação em Educação Contemporânea da Universidade Federal de Pernambuco. Neste estudo, abordamos as características do Programa de Modernização da Gestão Pública - Metas para a Educação. Nosso objetivo neste momento é discutir as articulações discursivas que promovem a hegemonia avaliativa e curricular no sistema educacional pernambucano, questionando sua alegada essencialidade. Adotamos como estratégia teórico-metodológica a Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe (2015), com a articulação interpretativa das lógicas sociais propostas por Glynos e Howarth (2007, 2018). Nossos resultados apontam que as regularidades articulatórias discursivas presentes na política educacional de avaliação/curricular pernambucana conferem uma suposta coerência discursiva à prática avaliativa/curricular do estado, embora as lacunas não sejam completamente ocultadas pela política normativa. Influenciada pelas lógicas sociais da performatividade, competição e responsabilidade/<em>accountability</em>, essa política educacional é precariamente estabilizada e contingencial, emergindo limitações diante da dimensão ontológica.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/69519 “O FUNDAMENTAL É MANTER A APRENDIZAGEM” 2024-06-04T08:49:59-03:00 Bruna Mello bruna.peneluppi@ufabc.edu.br Salomão Ximenes salomao.ximenes@ufabc.edu.br <p>O trabalho adota como ponto de partida os distintos modelos organizacionais que operam sobre as escolas e sua relação com a dimensão normativa das políticas – modelos decretados, interpretados, recriados e praticados, que se articulam em uma complexa relação de legitimação, adesão e infidelidades normativas no cotidiano das instituições, aplicando tal referencial à análise das políticas curriculares do município de São Paulo durante a crise pandêmica de COVID-19, estruturadas a partir do Currículo da Cidade. Analisou-se desde documentos de caráter normativo gerais e locais até depoimentos sobre práticas, através de entrevistas com educadoras das escolas pesquisadas. A análise foi organizada em quatro vertentes de implementação das políticas curriculares: projeto político-pedagógico da escola (PPP), formação de professores, materiais didáticos e avaliação. Assim, considerando o debate acerca das reformas gerenciais na educação, o presente trabalho pretende analisar as práticas mobilizadas nas escolas a partir das orientações normativas específicas emanadas em 2020 e 2021. Com enfoque na compreensão da noção de “objetivos de aprendizagem”, discute-se, a partir da literatura, as implicações disso nas políticas curriculares implantadas no Brasil tendo como campo de análise as orientações curriculares do município de São Paulo e a forma que essas orientações mobilizaram a organização escolar, afetando a noção de Educação e de gestão escolar em tempos de crise.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/66378 EMERGÊNCIAS DA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR EM CURSOS DE LICENCIATURAS EM CIÊNCIAS DA NATUREZA 2024-04-03T13:17:51-03:00 Jéssica Blank Lopes Blanklopesjess@gmail.com Rafaele Rodrigues de Araujo rafaelearaujo@furg.br <p>A pesquisa buscou investigar como os cursos de formação de professores da área de Ciências da Natureza apresentam a perspectiva interdisciplinar, através dos Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs). Para tal, foi realizada uma análise documental em 29 PPCs de diversas regiões do Brasil. Com as análises realizadas, emergiram dois tópicos de debate: os documentos que apresentam uma discussão sobre a perspectiva interdisciplinar e os documentos que não a definiam. A partir das discussões realizadas, argumentamos que o currículo posto apresenta ainda a fragmentação da organização curricular por meio das disciplinas, de forma que, apesar de emergirem cursos que prezam pela interdisciplinaridade na teoria, não explicitam estratégias que possibilitem a mesma na prática. Dessa forma, nos PPCs que apresentam a perspectiva interdisciplinar, seguem trabalhando suas disciplinas de forma segmentada. Sendo assim, mesmo que proponham uma ação interdisciplinar, a organização de seus PPCs não deixa claro uma possibilidade do trabalho interdisciplinar na formação dos futuros docentes.</p> 2024-03-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67278 EDUCAÇÃO FILOSÓFICA DAS APRENDIZAGENS 2024-04-03T13:17:41-03:00 Anderson Luiz Tedesco anderson.tedesco@unoesc.edu.br Dilva Bertoldi Benvenutti dilva.benvenutti@unoesc.edu.br Régis Carlos Benvenutti regis.benvenutti@unoesc.edu.br <p>Neste artigo, objetiva-se refletir acerca da relação existente entre educação filosófica e aprendizagem profissional docente. Para tanto, realizou-se uma pesquisa, de abordagem qualitativa, envolvendo estudos bibliográficos, apoiados em Benvenutti (2016, 2017), Gallo (2007, 2012), Maturana e Verden-Zöller (2004) e Morin (2000, 2008, 2015), entre outros. Os resultados indicaram para um despir formativo, para um profanar das fronteiras das formações patológicas do saber e das inteligências cegas, que são reproduzidas nos espaços de formação inicial e continuada da formação docente. Evidenciou-se, na educação filosófica para a formação docente, movimentos conceituais de sensibilização, problematização, investigação e conceituação. Conclui-se, portanto, que na educação filosófica é possível constituir saberes que não se fecham, mas permitem voos rizomáticos, saberes que se (re)constituem, (re)constroem experiências epistemológicas, éticas, estéticas e pedagógicas da formação docente.</p> 2024-03-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/66805 O DEBATE PEDAGÓGICO EM TORNO DA DIVERSIDADE SEXUAL A PARTIR DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO PARFOR 2024-04-03T13:17:30-03:00 Wollacy Esquerdo Lima wollacylima@gmail.com Alexandre Adalberto Pereira pereiraxnd@gmail.com <p>O artigo tem por objetivo descrever e analisar como o Curso de Licenciatura em Pedagogia na modalidade PARFOR da Universidade do Estado do Amapá (UEAP) tem se organizado quanto à oferta de disciplinas e ao debate pedagógico da diversidade sexual e sua relação com a educação libertadora. Trata-se de pesquisa documental, que se utilizou da análise de projetos pedagógicos de curso (PPC), matrizes curriculares e ementários dos componentes curriculares do referido curso, os quais foram submetidos à técnica de análise do conteúdo. Os resultados demonstraram que, em detrimento do seu anúncio, o curso não contempla de forma efetiva os debates, tanto da educação libertadora quanto o debate pedagógico da diversidade sexual na formação de professores no PARFOR. Depreendeu-se que existe uma contradição entre o anunciado e o que é de fato concretizado. A partir do estudo documental de planos de curso e do projeto pedagógico, compreendeu-se que existe, sim, uma tentativa de colocar no papel o debate da diversidade, numa perspectiva democrática de inclusão, que na prática se torna inócua, pois tal anúncio visa atender apenas a adequações linguísticas e discursivas não opressivas, porém isso não significa, efetivamente, ações teóricas e práticas antiopressivas em termos da diversidade sexual.</p> 2024-04-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/66446 CURRÍCULO OCULTO 2024-04-03T13:17:53-03:00 Rafael Garcia Campos rafael.gcampos@outlook.com Carlos Antonio Giovinazzo Junior cgiovinazzo@pucsp.br <p>O presente artigo tem como objeto o conceito de Currículo Oculto, com base na Teoria Crítica e na Sociologia do Currículo. Tal análise é fundamental à tarefa de compreender a missão do currículo na produção de personalidades. No entanto, ao atribuir o centro desse processo àquelas experiências e objetivos não explícitos, o conceito também contribui para absolver o currículo formal de sua responsabilidade na formação de sujeitos sociais. Assim, faz-se necessário examinar as minúcias da reprodução cultural e social, fato que se evidencia na combinação de um e outro (currículo formal e oculto). A discussão está baseada nas obras Documentos de Identidade: uma introdução às teorias curriculares, de Tomaz Tadeu da Silva (2016) e Sociologia e teoria crítica do currículo: uma introdução de Antônio Flávio Barbosa Moreira e Tomaz Tadeu da Silva (2001). Buscou-se contribuir com a compreensão da organização curricular e dos seus nexos com as formações econômicas e sociais amplas com intento de conhecer o papel da escola na seleção, preservação, transmissão e distribuição cultural, regido por normas ideológicas e valores.</p> 2024-03-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67317 DIRETRIZES PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES 2024-04-03T13:17:39-03:00 Luiz Gustavo Ferreira luiz.ferreira@unesp.br Beatriz Salemme Correa Cortela beatriz.cortela@unesp.br <p>No contexto das recentes reformas educacionais foi promulgada a resolução CNE/CP 02/2019, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores, substituindo as antigas Diretrizes (Resolução CNE/CP 02/2015), demandando das Instituições de Ensino Superior a reformulação dos projetos pedagógicos dos cursos de licenciatura. O presente artigo busca traçar uma análise comparativa entre as duas diretrizes, entendendo os contextos sociais, econômicos e políticos de sua implementação, expondo suas similaridades e diferenças, além de possíveis consequências da modificação no perfil formativo dos novos professores. O estudo aqui realizado aponta que, de modo geral, as diretrizes atuais são mais prescritivas e padronizantes em relação às suas antecessoras, além de não trazer elementos acerca da formação continuada e pouco dizer sobre a questão da valorização profissional docente. Considerando tais características e o contexto pouco democrático de sua implementação, a resolução atual pode ser encarada como um retrocesso no seio das políticas públicas educacionais brasileiras.</p> 2024-03-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/66076 AS TEORIAS DE CURRÍCULO NOS DOCUMENTOS EDUCACIONAIS BRASILEIROS 2024-04-03T13:17:34-03:00 Jéssica Gomes das Mercês jessicaa.merces@hotmail.com Edinaldo Medeiros Carmo medeirosed@uesb.edu.br <p>As teorias de currículo fundamentam as finalidades e projeções sobre a escola e todos os objetos e sujeitos que a compõem. Este artigo objetiva analisar como as teorias de currículo se difundem em documentos educacionais brasileiros, mais especificamente na Base Nacional Comum Curricular e no Documento Curricular Referencial da Bahia. Para isso, utilizou-se a abordagem do Ciclo de Políticas de Stephen Ball e colaboradores como método de análise das políticas supracitadas. Assim, foi possível perceber as influências das três teorias curriculares (tradicional, crítica e pós-crítica) nos textos dos documentos educacionais que orientam a produção dos currículos escolares. &nbsp;Os resultados mostram uma tendência da Base Nacional a se fundamentar na teoria tradicional e, algumas vezes, na teoria crítica, enquanto o Currículo Bahia tem uma perspectiva curricular mais voltada para as teorias crítica e pós-crítica. É importante ponderar que o Currículo Bahia é um texto secundário da Base Nacional, ainda assim, apresenta elementos que divergem da política nacional.</p> 2024-04-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67246 CRUSH, AFETOS E CHUVA DE NUDES 2024-04-03T13:17:44-03:00 Luíza Cristina Silva Silva luiza.silva@cedu.ufal.br Shirlei Sales shirlei.sales@gmail.com <p>A prática de capturar e compartilhar a própria nudez a partir do autorretrato nu contribui para que o corpo, a sexualidade, o gênero e a nudez integrem a rede mundial de computadores e outros artefatos digitais. Neste artigo, o objetivo foi analisar os modos de atuações do currículo da nudez na produção de relações de sexualidades e gênero na cibercultura. O currículo da nudez foi pesquisado por meio da netnografia de três grupos secretos na rede social <em>Facebook, </em>a partir da análise do discurso de inspiração em Michel Foucault. O argumento desenvolvido é que o currículo da nudez produz a posição de sujeito ciborgue e <em>fruta-de-sermos-nós-mesmas</em>, caracterizadas pela prática de fotografar-se nua e compartilhar seus <em>nudes</em> com <em>crushes</em>, por meio dos aplicativos digitais. Nesse currículo, acionam-se brincadeiras que dissidem da heterossexualidade compulsória nas redes sociais e constroem redes seguras de compartilhamento de <em>nude selfies</em>.</p> 2024-03-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/66748 O CURRÍCULO DE CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL 2024-04-03T13:17:48-03:00 Vitor Iotte Medeiros vitor_iotte@hotmail.com José Guilherme Lopes guilherme.lopes@ufjf.br <p>A educação brasileira está passando por um momento de reformulação curricular tendo como referência a BNCC. Este trabalho busca compreender como um processo formativo potencializa a discussão sobre a BNCC de Ciências do Ensino Fundamental, anos finais. A formação possibilitou a reflexão da prática docente em Ciências e contou com a participação de 10 professores. Os dados foram coletados por vídeo-gravação e analisadas pela narrativa reflexiva. Os resultados apontam que o processo formativo promoveu espaços para a reflexão e discussão a respeito da BNCC. Percebemos, ainda, que os professores tomam decisões curriculares embasados em sua formação acadêmico-profissional e visualizam a interdisciplinaridade como potencialmente eficiente ao Ensino de Ciências. Consideramos, portanto, que a formação continuada dos professores, com base na pesquisa colaborativa, auxilia os docentes no processo de reflexão sobre a prática, conduzindo-os a mudanças fundamentadas teoricamente a fim de contribuir para seu desenvolvimento profissional.</p> 2024-03-13T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/70044 APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ: CURRICULO, AVALIAÇÃO E ESCOLAS 2024-05-02T21:27:43-03:00 Phelipe Florez Rodrigues phelipegeo@yahoo.com.br Guilherme Pereira Stribel guilhermenpereira@gmail.com Dafne Gonzáles Sólis dafnegsolis@gmail.com <p>No contexto de fortalecimento do caráter prescritivo e normativo das políticas curriculares, destacando o contexto da Base Nacional Comum Curricular – BNCC, o dossiê apresentado neste artigo “CURRICULO, AVALIAÇÃO E ESCOLAS: tensionamentos entre a norma e performatividade” se constitui como oportunidade de problematização da relação entre currículo e fazer pedagógico. A partir da parceria entre a Associação Brasileira de Currículo e a Revista Espaço do Currículo este dossiê tematiza a relação entre currículo e avaliações. Composto por dezenove artigos, sendo onze específicos deste dossiê e outros oito derivados de demanda contínua da revista os trabalhos articulam a discussão proposta com diferentes perspectivas teóricas e diversos objetos de análise. Objetivo neste texto apresentar os autores e as principais ideias desenvolvidas em cada obra como forma de chamar ao debate os sujeitos que se afetam de diferentes formas nos percursos políticos que se forjam na interface entre política e pensamento curricular e as políticas de avaliações.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/69875 COTIDIANO, EDUCAÇÃO E CULTURAS 2024-05-02T21:27:49-03:00 Dorisney Bastos de Souza dorisney.souza@seducam.pro.br Rosalva de Cássia Rita Drummond rosalvadrummond@gmail.com <p>O texto compreende uma resenha sobre o livro "Cotidiano, Educação e Culturas: realizações, tensões e novas perspectivas", organizado por Vera Maria Candau, que oferece contribuições valiosas sobre currículo, cotidiano e cultura. Reflete uma postura crítica frente à colonialidade e monoculturalidade na educação contemporânea, buscando promover uma sociedade mais justa e democrática. Dividido em quatro partes – "Cotidiano, Educação e Culturas (GECEC): articulando projetos e buscas", "Cosmologias, epistemologias, pedagogias e currículos 'outros'", "Decolonialidade, interculturalidade, branquitude e formação de educadores" e "Direitos humanos, cartografia social, culturas juvenis: sujeitos-saberes-fazeres insurgentes" – o livro compila reflexões instigantes para enriquecer o debate acadêmico.</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/69641 TENSÕES E PROPOSIÇÕES EM AVALIAÇÃO, POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO E CURRÍCULO-ENTREVISTA COM ISABEL ORTIGÃO 2024-05-02T21:27:55-03:00 Antonia Alves Pereira Silva antoniaalves0416@yahoo.com.br Carlos Augusto Aguilar Júnior carlosaugustobolivar@hotmail.com Maria Isabel Ramalho Ortigão isabelramalhoortigao@gmail.com <p>O Campo da pesquisa em Avaliação tem se notabilizado ultimamente, muito em função das políticas de avaliação externa que as escolas brasileiras experimentam desde a instituição do Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB nos anos de 1990, e suas implicações na prática curricular das escolas. Uma das pesquisadoras brasileiras que se destaca nesse campo é a professora Maria Isabel Ramalho Ortigão. Nesta entrevista ela discute sobre o papel das políticas de avaliação no contexto educacional problematizando a prática avaliativa hegemônica no país e suas articulações com o currículo escolar. A pesquisadora salienta a necessidade de pensar avaliação articulada ao demais elementos do processo didático e nos provoca a refletir sobre práticas avaliativas insurgentes.&nbsp; Reflete também sobre sua trajetória profissional e a transformação de professora em pesquisadora, bem como as perspectivas para o campo de pesquisa em Avaliação</p> 2024-04-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Espaço do Currículo