https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/issue/feed Revista Espaço do Currículo 2023-09-11T10:23:47-03:00 Profa. Dra. Ângela Cristina Alves Albino, Profa. Dra. Ana Claudia da Silva Rodrigues e Profa. Dra. Maria Zuleide da Costa Pereira rec@ce.ufpb.br Open Journal Systems <p>A Revista Espaço do Currículo é uma revista eletrônica de <strong>qualis A3 (2017-2020) em Educação</strong>, organizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Curriculares (GEPPC), da Universidade Federal da Paraíba. Tem como objetivo socializar conhecimentos sobre abordagens curriculares produzidas em âmbitos Internacional e Nacional. Como espaço de divulgação eletrônica, a sua pretensão é facilitar e aprofundar o diálogo acadêmico, não de forma ruidosa, mas na perspectiva de dar visibilidade à relação existente entre sociedade, educação e currículo num mundo sem fronteiras. É uma publicação quadrimestral e reserva-se o direito de selecionar os artigos enviados, espontaneamente, e submetê-los à apreciação de um Conselho Editorial constituído por investigadores de diferentes instituições e países.</p> https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/66230 A INTERNACIONALIZAÇÃO DO CAMPO DO CURRÍCULO 2023-03-23T22:39:07-03:00 Marcus Vinicius Siqueira Dutra marcus.42140099@ucp.br Marcelo Siqueira Maia Vinagre Mocarzel marcelomocarzel@gmail.com Antonio Flavio Barbosa Moreira afmcju@gmail.com <p class="paragraph" style="margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span class="normaltextrun">A internacionalização do campo do currículo é um fenômeno estudado há vários anos pelo professor Antonio Flavio Barbosa Moreira, grande referência dos estudos do currículo no Brasil. Usando como base categorias como globalização, identidade cultural e diversidade, associado a recentes processos de internacionalização, a entrevista busca atualizar as compreensões do autor sobre esse processo de internacionalização, sobretudo diante de tempos pandêmicos, em que a educação e o currículo passaram por transformações relevantes. </span></p> 2023-04-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67916 REENCANTAMENTO DO MUNDO 2023-09-11T10:23:47-03:00 Patrícia Raquel Baroni narrativasdocampo@gmail.com Deise Guilhermina da Conceição deisehis@gmail.com <p>O presente dossiê tem por objetivo congregar criações curriculares que desestabilizam o desencanto do mundo a partir do entendimento da diferença como patrimônio da humanidade. Muitos dispositivos midiáticos, redes sociais, programas de televisão têm contribuído para a difusão de uma avalanche de informações que amplificam os discursos em defesa das políticas de controle sobre os currículos nas instituições educativas, de desvalorização da educação, de desqualificação da formação docente, de desvalorização da escola pública, além da subordinação dos <em>praticantespensantes</em> (OLIVEIRA, 2012) a um padrão de humanidade eurocentrado e excludente. Mediante tal cenário, dá-se a emergência de inversão desses processos. Propomos, então, a perspectiva do reencantamento do mundo a partir das criações curriculares, que se dá nos processos educativos, sejam estes em espaços formais ou não, e que considerem a novidade utópica enquanto tática para a construção de um mundo onde caibam todos os mundos.</p> 2023-09-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/62764 A DISCIPLINA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E SEUS DESDOBRAMENTOS NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL E NO EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA 2022-07-15T15:54:06-03:00 Zena Winona Eisenberg zwe@puc-rio.br Camila Lopes Cravo de Lacerda cravokta@gmail.com <p>O presente texto debruça-se nas reverberações práticas em sala de aula da disciplina curricular, Psicologia da Educação, assim também, como da participação ativa no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBD, 2016), de graduandas em formação, agora já formadas. Contou com a participação de 4 alunas de uma Universidade de Minas Gerais, curso de Pedagogia. Buscou entender as repercussões da disciplina curricular Psicologia da Educação em suas práticas cotidianas em sala de aula, e, utilizou-se como elemento de escolha de seus integrantes, sujeitos que haviam participado do Programa de ação da Política Nacional de Formação de Professores do Ministério da Educação, PIBID (MEC, 2016), A metodologia adota para a consubstanciação da pesquisa foi a Roda de Conversas, e, para a análise das falas se serviu da perspectiva de análise descritiva de narrativas e de conteúdo. Os resultados alcançados foram categorizados e montou-se 2 Mapas Cognitivos. Foi permitido verificar a importância da disciplina Psicologia da Educação na formação docente, assim como, a importância da participação das ex-discentes em programas de formação ainda na graduação. Das 4 integrantes da Roda de Conversa 3 deixaram bem demarcado em suas falas a importância de tudo que estudaram na disciplina. Dizem que os tópicos estudados que fizeram parte de seus percursos formativos, foram de grande valia na consolidação de suas práticas, assim também, rememoraram como se reportam na prática a esses conhecimentos, trazendo os conteúdos estudados no auxilio e orientação em cada fase do desenvolvimento de suas crianças em sala de aula.</p> 2023-01-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/64205 CONCEPÇÕES DOCENTES NORTEADORAS DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM BEBÊS EM CRECHE 2022-10-03T11:10:49-03:00 Rosimeire Cruz rosimeireca@yahoo.com.br Maria Crélia Carneiro crelia.mendes@yahoo.com.br <p>Este artigo tem como mote central o currículo para bebês no espaço coletivo da creche, tomando como foco as concepções docentes acerca de bebês, creche, currículo e professora de bebês. Resulta de uma pesquisa qualitativa mais ampla com características de um estudo de caso, que analisou o currículo em desenvolvimento em turmas de berçário sob a responsabilidade de duas docentes em uma instituição pública municipal. Os principais instrumentos de geração de dados foram observações e entrevistas. Seus aportes teóricos fundamentais foram os estudos de pesquisadores que: explicitam e diferenciam os conceitos de criança, infância e bebês, notadamente, oriundos da Sociologia da Infância e da Psicologia do desenvolvimento; consideram o currículo como instrumento que contempla a integralidade da criança; que a respeita e a enfatiza; e inclui as práticas sociais cotidianas (BARBOSA, 2010; GOBBATO; BARBOSA, 2017; BARBOSA; RICHTER, 2009). Seus resultados evidenciaram práticas docentes marcadas por concepções bastante sedimentadas, originadas, provavelmente, de vivências pessoais e do senso comum. Assim, tratam-se de fazeres pedagógicos assentados na compreensão de bebês como pouco competentes e sem agência; de creche como lugar exclusivo de “guarda”; de currículo como instrumento desnecessário às turmas de berçário; e de professora que atua nesses agrupamentos como alguém que precisa gostar de crianças e possuir saberes “naturais” da maternidade. Considerando a relação entre formação docente e qualidade das oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento criadas para e com as crianças nas creches, constata-se a necessidade de formação inicial e continuada específica para pedagogos que pretendem exercer a docência com bebês.</p> 2023-06-06T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/65426 PENSAR O CÓDIGO DISICPLINAR 2023-02-13T12:56:24-03:00 Sandra Regina Ferreira de Oliveira sandraoliveira.uel@gmail.com Luciana de Aquino luakino12@gmail.com <p>Este trabalho analisa, os fundamentos da formação da categoria <em>Código Disciplinar</em> no pensamento de Raimundo Cuesta Fernández e as suas possibilidades investigativas que partindo da História se estendem a outras disciplinas no exercício de pensar as construções curriculares. Na primeira parte, examina-se a formação da categoria <em>Código Disciplinar </em>realizada por Cuesta Fernández desde os trabalhos de Ivor Goodson, André Chervel e Ulf Lundgren. Na segunda parte, analisam-se dissertações e teses que se serviram dessa categoria em suas investigações, seja na disciplina de História, seja em outras disciplinas. Para tanto, é realizada uma pesquisa bibliográfica e um estudo comparativo do levantamento realizado na plataforma de dados que compõem o acervo do Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Como resultado, constata-se o potencial elucidativo exercido pelo <em>Código Disciplinar</em> em face das apropriações dos pesquisadores brasileiros de aspectos dessa categoria em suas averiguações. Não obstante, verifica-se que o emprego adequado do <em>Código Disciplinar</em> exige a compreensão da sutil trama intersubjetiva e dialética entre as ações dos sujeitos nas escolas em contraste com os anseios políticos, sociais e econômicos da sociedade ao longo do tempo. Por fim, averigua-se que a apropriação do <em>Código Disciplinar</em> confere a imprescindibilidade de constituição de um arco temporal analítico que construa um quadro sinótico da realidade das práticas educativas.</p> 2023-03-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/62580 VERSÕES DE UMA BASE 2022-12-16T13:51:55-03:00 Lauro Cruz laurorafaelc251097@gmail.com Mônica Ribeiro da Silva monicars03@gmail.com <p>O artigo tem como objetivo analisar o processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (BNCC/EM), com foco nas continuidades e rupturas identificadas nesse processo. O percurso metodológico foi desenvolvido a partir de um duplo movimento. De um lado, buscou-se compreender as influências que operaram sobre a elaboração do texto entre 2015 e 2018, considerando três pontos principais: os sujeitos individuais e coletivos que aturam direta ou indiretamente na elaboração do documento, a dinâmica de elaboração e o cenário político nacional. Concomitantemente, foi realizada uma análise comparativa das três versões (2015, 2016 e 2018). O resultado apontou para disputas, rupturas e diferenças entre os textos, sendo a versão final a expressão de um processo mais centralizado de elaboração e de maior distanciamento em relação aos anteriores.</p> 2023-03-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/63883 EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO 2022-11-07T10:44:22-03:00 Suellen Ferreira Barbosa suellenferbar@gmail.com Marcio Santos marsraiol@gmail.com <p>A proposta de formação humana integral, defendida pelo ensino médio integrado, a partir da construção do currículo integrado, tem como objetivo superar a fragmentação ente ensino propedêutico e técnico. Tal lógica se entendeu para o componente curricular educação física, que inserida na referida proposta curricular deveria suplantar a perspectiva dualista. No entanto, o mergulho na história revela que essas integrações têm acontecido alicerçadas a perspectivas tradicionais, tecnicistas e utilitarista de currículo. Aflorando os questionamentos sobre esse cenário. O presente estudo tem por objetivo analisar os projetos pedagógicos de curso do ensino médio integrado no IFPA campus Itaituba, para trazer à tona a concepção curricular defendida pelo componente curricular educação física. Para tal, utilizamos a pesquisa documental, de caráter qualitativo, interrogando os PPC’s dos cursos técnicos integrados em Agroecologia, Edificações e Informática, através da análise de conteúdo. Os resultados apontam a educação física abrigada em uma perspectiva curricular com fortes traços tecnicistas e tradicionais, que se pretende superar, mas que na verdade são reeditados. Acreditamos que as impressões analíticas refletem determinadas perspectivas teóricas, que não são estanques, e sim passíveis de articulações, ampliações e hibridizações.</p> 2023-02-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/64669 CÍRCULOS DE CULTURA NO RETÂNGULO DA TELA DO COMPUTADOR 2022-12-20T09:59:30-03:00 Ana Paula Abreu Moura anapaulaabreumoura@gmail.com Midian Lena Pereira Pressato midianlena@gmail.com Isabela Pereira Bráz isabelabraz2009@gmail.com <p>O presente trabalho tem como foco o desenvolvimento de ação de Extensão Universitária realizada na forma remota, durante a pandemia. O objetivo é apresentar elementos para reflexão sobre as práticas curriculares neste período, destacando os limites e as possibilidades dos recursos tecnológicos. Como objeto de reflexão, foram utilizados os “Círculos de Cultura”, que buscaram aprofundar conceitos desenvolvidos por Paulo Freire. Nos registros de caderno de campo, em formulários e atas, buscou-se identificar elementos para o desenvolvimento dessa produção reflexiva. Destacamos como obstáculos a desigualdade social existente em nosso país, que impediu o acesso de parcela da população aos recursos digitais. Por outro lado, destacamos como possibilidade a interlocução com sujeitos de diferentes partes do país, a partilha de experiências e materiais. Consideramos que essa ação remota pode se integrar como atividade complementar a ações extensionistas presenciais.</p> 2023-02-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/62855 EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA 2023-01-02T12:29:49-03:00 Larisse Miranda de Brito britolarisse@gmail.com <p>A partir de uma densa revisão bibliográfica, a proposta desse artigo é compreender como a etnopesquisa crítica multirreferencial, através dos seus itinerários metodológicos, pode transgredir a lógica colonialista da ciência moderna, no sentido de promover uma produção de conhecimento que sinalize para a de(s)colonização de saberes. Seus resultados avaliam que a etnopesquisa, ao implicar-se com o reconhecimento da diferença em uma perspectiva relacional que horizontaliza os saberes sem qualquer pretensão de torna-los medidas universais, desenha um rigor metodológico que se opõe ao epistemicídio e transgride os cânones científicos modernos, tornando-a uma proposta de(s)colonial.</p> 2023-02-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/64491 O USO DAS TIC NO ENSINO REMOTO 2022-12-12T11:54:19-03:00 Maria do Socorro Souza socsouza@hotmail.com Neuza Sofia Guerreiro Pedro nspedro@ie.ulisboa.pt Juliane Colling julianecolling@gmail.com <p>Este estudo constitui uma revisão de literatura cujo objetivo consistiu em mapear as pesquisas que abordam os impactos do Ensino Remoto Emergencial (ERE) nas práticas de ensino e aprendizagem, mediadas pelas tecnologias digitais, no ensino médio das escolas públicas brasileiras. Com fulcro na questão: de que modo as restrições impostas pela pandemia da Covid-19 modificaram o uso das tecnologias digitais por estudantes e professores da rede pública de ensino?, a pesquisa foi realizada em 4 bases de dados e o processo de seleção e análise dos textos baseou-se nas recomendações do método PRISMA e na Análise de Conteúdo. Os estudos indicaram o reconhecimento do potencial das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para a prática pedagógica como uma aprendizagem ocorrida durante a pandemia. A exclusão digital foi o desafio mais citado e a colaboração entre professores, o principal benefício identificado nesse período. As TIC foram cruciais no ERE. No entanto, a dificuldade de acesso a elas revelou-se um óbice, indicando necessidade de políticas públicas de inclusão digital para as escolas brasileiras, para que possam dialogar com a cultura digital contemporânea.</p> 2023-06-07T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/65793 A CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA NAS TRÊS VERSÕES DA BNCC PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL 2023-03-30T09:57:29-03:00 Iracema dos Santos Teles iracemateles1@gmail.com Genylton Odilon Rego da Rocha genylton@gmail.com <p>Apresenta-se os resultados das análises sobre a concepção de infância que norteou o currículo prescrito para a Educação Infantil em cada umas três versões da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O estudo foi desenvolvido no curso de Mestrado vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Currículo e Gestão da Educação Básica, do Núcleo de Estudos Transdisciplinares em Educação Básica/UFPA. Realizou-se uma pesquisa documental, que se debruçou sobre as versões BNCC, tornadas públicas nos anos de 2015, 2016 e 2017. Os resultados revelam que não há anuncio explícito da concepção de infância que orienta as suas prescrições curriculares, porém, a análise dos documentos permite evidenciar que a concepção de criança enquanto sujeito histórico e de direitos se faz neles presentes. Infere-se que a concepção de infância que considera a criança como protagonista permaneceu nas três versões do documento que prescreve o currículo nacional.</p> 2023-03-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/62750 A REFORMA GERENCIAL DA EDUCAÇÃO PERNAMBUCANA (2007-2018) 2022-09-27T21:12:17-03:00 Josilene Maria de Oliveira josilene.lene@hotmail.com Andréia Ferreira da Silva silvaandreia@uol.com.br <p>O artigo analisa a reforma gerencial da educação pernambucana efetivada desde 2008 pelo Programa de Modernização da Gestão/Metas para a Educação (PMGP/ME). Os resultados discutidos neste estudo baseiam-se em dois anos de revisão bibliográfica e análise documental acerca da reforma gerencial da educação pernambucana (2007-2018), objetivando mostrar como o PMGP/ME vem produzindo mudanças na escola enquanto instituição social e como o modelo de gestão por resultados, vem contribuindo para a reconfiguração das finalidades da educação. Nesta perspectiva, a reforma da educação pernambucana se orienta mais por uma concepção da escola como um “sistema de produção”, dirigido pela melhoria de metas e resultados, do que como uma instituição com finalidades sociais mais amplas (MAROY; VOISIN, 2013).</p> 2023-06-07T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/64203 CURRÍCULO INTEGRADO 2022-09-25T20:11:21-03:00 Débora Gomes Gonçalves deboralg.03@gmail.com Tatiana Polliana Pinto de Lima tatianalima@ufrb.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo buscou compreender a práxis docente diante da necessidade de implementar e construir um currículo integrado em uma escola do município de Sapeaçu-BA. Para tanto, pautou-se em uma pesquisa colaborativa, utilizando como instrumentos a roda de conversa e a análise documental, dispositivos complementares para refletir acerca dos documentos curriculares que orientam o Ensino Médio Integrado na rede estadual, bem como sua implementação. Os resultados revelam que existe uma disputa/tensionamento na construção do currículo, na qual ora a Base Comum se sobressai e ora a formação técnica se destaca, demonstrando que há um caminho a se trilhar em direção a uma formação que compreenda o conhecimento de forma totalitária e complementar, ainda que em dado momento sejam necessárias divisões disciplinares, ou em campo do conhecimento. Além disso, as discussões apontam para um descompasso entre as concepções do Ensino Médio Integrado e as matrizes curriculares que norteiam o trabalho docente na rede.</span></p> 2023-01-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2022 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/64726 ITINERÁRIOS DA (DES) OFICIALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO SEXUAL NOS ANOS INICIAIS 2022-11-08T19:12:53-03:00 Aline Malagi alinemalagi@gmail.com Iône Inês Pinsson Slongo ione.slongo@uffs.edu.br <p>A pesquisa relatada teve por objetivo realizar uma análise histórica sobre as iniciativas legais e os movimentos de institucionalização da Educação Sexual na escola básica, com recorte para os anos iniciais. Caracterizou-se como pesquisa documental e bibliográfica, que possibilitou identificar os principais fatores sociais, políticos, econômico e educacionais que contribuíram para que a área fosse institucionalizada e, recentemente suprimida dos anos iniciais. O estudo foi realizado a partir de um conjunto de legislações brasileiras e currículos oficiais da Educação Básica, publicadas pela esfera federal. O texto mostra um percurso controvertido, que envolve as lutas sociais protagonizadas por diferentes atores, em favor do direito ao estudo e aos conhecimentos sobre a sexualidade, no âmbito dos anos iniciais. Segundo Ribeiro e Monteiro (2019), ações e omissões no exercício do poder são destacadas. Os dados apontam que o tema segue sendo negado, como é o caso da recente política curricular nacional, a BNCC, que silencia quanto à oferta deste aos anos inicias.</p> 2023-02-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/62456 POLÍTICAS CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO BRASILEIRO 2022-08-28T19:30:14-03:00 Carolina Giovannetti carolinagiovannetti@hotmail.com Shirlei Rezende Sales shirlei.sales@hotmail.com <p>Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa que analisou os documentos curriculares oficiais do Ensino Médio do Brasil pós-golpe de 2016, mais especificamente a Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio, homologada em 2018 e a Lei da Reforma do Ensino Médio, Lei 13.415 de 2017. Também foi analisado o site da organização empresarial Todos Pela Educação, que atuou diretamente nas últimas discussões curriculares referentes ao Ensino Médio, além do site do Ministério da Educação. A metodologia utilizada incluiu a análise de conteúdo dos documentos curriculares oficiais do Ensino Médio e do site das organizações empresariais que interferiram nas discussões curriculares dessa etapa do ensino básico. A perspectiva pós-crítica dos estudos curriculares foi basilar para a elaboração do referencial teórico. Acredita-se que os currículos do Ensino Médio estão em disputa em um momento de avanço reacionário no Brasil e de tentativa de controle do ensino a partir de políticas curriculares verticais. Argumenta-se que o discurso de ineficiência do Ensino Médio brasileiro é acionado como justificativa para a implementação autoritária de sua reforma e a criação de um currículo nacional obrigatório, atendendo a interesses empresariais. Essas mudanças curriculares apontam para uma formação escolar ligada aos interesses do mercado de trabalho, para o qual são necessários saberes básicos e pragmáticos.</p> 2023-06-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/63350 MODELOS DE UNIVERSIDADE E TEORIAS DE CURRÍCULO 2022-10-23T17:29:27-03:00 Lilian Pereira Palácio lilian.palacio@uece.br <p>Os modelos de universidade que se concebe hoje produzem efeitos diretamente na conformação dos currículos de ensino superior, o que gera tensão nos modos como se relacionam: se integram, se excluem, se aproximam, se distanciam, conforme as diferentes configurações históricas nas quais estão inseridos. &nbsp;Dessa tensão resultam: i) o que se entende por universidade, que responde à concepção de universidade moderna, traduzida pela indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão, e ii) o que se entende por ensino superior, que prepara para atender ao mercado e que, também, pode se filiar a uma concepção mercadológica. Assim, este artigo tem como objetivo observar de que modo determinada concepção de universidade se relaciona a uma concepção de currículo. As proximidades nos modos como se constituem evidenciaram efeitos diversos para a construção de uma concepção moderna de universidade e para a eclosão de uma universidade prestadora de serviços (CHAUÍ, 2001). A universidade prestadora de serviços desconstrói a universidade como instituição social com ensino, pesquisa e extensão indissociável. Na relação de aproximação entre modelos de universidade e teorias de currículo, evidenciou-se também um modelo de universidade pública que restringe, em grande parte, à sua função tradicional de formar profissionais polivalentes para o mercado de trabalho. Essa função da universidade pública está em correlação com a concepção de universidade prestadora de serviço.</p> 2023-02-10T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/64648 BNC-FORMAÇÃO E OS CURSOS DE LICENCIATURAS 2023-01-02T12:33:11-03:00 Ana Paula Monteiro de Moura anapaula.moura@ifpi.edu.br Leia Soares da Silva leia.silva@ifpi.edu.br Marlúcia Lima de Sousa Meneses marluciaedf@gmail.com <p>Este artigo faz uma análise crítica sobre a implementação da reforma curricular da educação básica referendada pela Base Nacional Comum Curricular-BNCC no ensino médio e sua relação direta com a Base Nacional Comum para a Formação de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Tem como referência o marco teórico publicado em revistas e periódicos científicos, desde as iniciativas de implementação da política nos sistemas públicos de ensino no Brasil, que impacta diretamente na formação inicial de professores. Questiona-se quais os entraves e riscos da reformulação curricular dos cursos superiores de licenciatura em Matemática e Física a partir da implementação da BNC-Formação? Do ponto de vista da metodologia, configura-se como um levantamento bibliográfico, com o intuito de sistematizar as principais discussões em torno da BNC-Formação, com ênfase nos documentos legais e na literatura contemporânea, nos anos de 2018 a 2021. O estudo está dividido em quatro partes, a primeira discorre sobre a BNCC no Ensino Médio; a segunda reflete sobre as críticas relacionadas à proposta de implementação da Base para os cursos de licenciaturas; a terceira analisa as possíveis implicações desta proposta para a formação inicial de professores e a quarta apresenta as considerações finais. A intenção é contribuir no campo de conhecimento na área de política e gestão educacional e sua estreita relação com a formação dos futuros professores da educação básica, bem como na ampliação da discussão sobre a organização curricular dos cursos de licenciatura nas instituições públicas de ensino superior.</p> 2023-06-07T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67133 POR UMA POÉTICA CURRICULAR COM OS COTIDIANOS ESCOLARES 2023-07-24T18:54:17-03:00 Marina de Oliveira Delmondes marinaodelmondes@hotmail.com Carlos Eduardo Ferraço ferraco@uol.com.br <p>Trata-se do resultado da pesquisa de doutorado desenvolvida durante o contexto da pandemia da Covid-19 e do necrogoverno instaurado no Brasil entre 2018 e 2022. Com o objetivo de problematizar os múltiplos currículos vividos-praticados-inventados <em>com</em> os cotidianos escolares, apostou-se na metodologia da pesquisa <em>com </em>os cotidianos e na epistemologia pós-estruturalista, fazendo uso da filosofia da diferença de Deleuze e Guattari como aporte conceitual. Ao considerar os cotidianos escolares como espaços-tempos de tessitura curricular e de políticas inventivas, apostou-se na escrita como dispositivo vital que reverberou em múltiplas <em>escrevinhações-curriculantes</em>. O ato de escrever <em>com</em> os praticantes dos cotidianos escolares aquilo que lhes afetava desencadeou, para além de um método de produção de dados, um movimento curricular de experimentação da vida em um tempo de distanciamento social, assim, também, foi um modo de <em>encontros</em> (DELEUZE; PARNET, 1998). Por fim, ao defender uma poética curricular como da ordem dos afetos e, portanto, capaz de instaurar um outro devir, um outro estilo, uma outra criação, um outro modo de pensar-inventar currículos, faz-se uma defesa das escolas públicas como compromisso ético, estético e político desta pesquisa em educação.</p> 2023-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67268 NEGO VEIO PROFESSOR 2023-07-11T17:14:40-03:00 Nielson Rosa Bezerra bezerranielson@hotmail.com Bruna Maria Almeida Luiz brunaalmeidaluiz@gmail.com <p>O artigo risca os caminhos a partir dos saberes assentados nas práticas afro-brasileiras e indígenas com a orientação do professor ancestral Pai Joaquim da Calunga, um Preto Velho que baixa em um Terreiro de Umbanda localizado na zona norte do Rio de Janeiro. Rodopiando nos moldes civilizatórios de uma cultura hegemônica, cruzando possibilidades outras de ser e estar no mundo, incitando a própria potência criativa de estudantes, com a Banda e a Quimbanda, misturando corpos plurais que circulam nos espaços escolares e que muitas vezes incutem a ideia de serem fadados a determinados fins negativos nas periferias, é que vamos fazer a gira girar. Na lógica de uma Educação como experiência de liberdade do ser e de acúmulo e troca de força vital, como axé, a responsabilidade é firmar ponto em um pedaço de cipó curricular e desatar os nós da violência colonial, exercitando a fluidez dos diversos caminhos possíveis. Portanto, esse artigo parte de uma ideia de que nem sempre é possível evitar a morte do corpo físico, mas é possível reencantar o mundo através da potência de vida.</p> 2023-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67254 EXPERIMENTAR E INVENTAR MOVIMENTOS CURRICULARES POR UMA VIDA BONITA 2023-08-25T08:50:43-03:00 Andrea dos Santos Gabriel acfgabriel@hotmail.com Sandra Kretli da Silva sandra.kretli@hotmail.com <p>Este texto compõe uma pesquisa de mestrado que cartografa movimentos de micropolíticas ativas, em uma escola de ensino fundamental, para problematizar os movimentos curriculares inventivos que podem ser produzidos nessa relação. Dialoga com Deleuze e Guattari (2011, 2018) para pensar a educação de outro modo, na perspectiva da criação. Aposta na arte entrelaçada aos currículos como possibilidade de transportar a outros possíveis e na cartografia, como metodologia, para problematizar: que movimentos curriculares inventivos corpos coletivos podem constituir na intenção de afirmar uma vida bonita no cotidiano escolar? Argumenta que, entre formas e forças que operam no cotidiano escolar, há processos de resistência de afirmação da vida. Conclui (sempre aberto ao novo) que é possível sim apostar na escola como corpo coletivo, pois entre macro/micropolíticas, há criação de movimentos curriculares inventivos que escapam aos padrões hegemônicos instituídos e afirmam uma vida bonita no cotidiano escolar.</p> <p><strong>&nbsp;</strong></p> 2023-08-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67279 UMA DANÇA-MENOR EM UM CURRÍCULO-DANÇANTE 2023-08-24T15:57:30-03:00 Carla Char carlacharmes@gmail.com Marlucy Alves Paraíso marlucyparaiso@gmail.com <p>Este artigo mostra como um currículo-dançante, criado a partir de experimentações com dança no território de um currículo em ação, se reinventou e desencadeou outros modos de aprender ao se conectar com uma <em>dança-menor</em>, aquela que está nos corpos estudantis e é frequentemente marginalizada no currículo maior. Utilizou-se como metodologia o <em>dançarilhar</em>, isto é: uma composição feita de cartografia + dança e que se inspira tanto nos estudos de Gilles Deleuze e Félix Guattari como no “Andarilho” de Nietzsche para apostar em um currículo-dançante. O objetivo deste artigo é mostrar como um <em>currículo-dançante</em> funcionou ao se conectar a uma <em>dança-menor </em>no território de um currículo, seguindo alguns sons da cultura <em>hip-hop, </em>como o <em>funk</em>, a <em>trap dance</em> e o <em>k-pop. </em>Essa dança-menor com um professorar sensível e à espreita de brechas para fazer o movimento acontecer no meio de disciplinas autorizadas ensinadas nas escolas possibilitou quebrar, romper e subverter as regras, a visão de corpo e de dança de um currículo-maior. O artigo mostra, também, que, por meio dessa conexão, estudantes aprendem seguindo a linha dançante do prazer e da alegria<em>.</em> O argumento desenvolvido é o de que um currículo-dançante se tornou um espaço de transgressão e criação ao se conectar a uma dança-menor, enunciando corpos, dança e um currículo por vir.</p> 2023-09-02T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67402 CURRICULO E IDENTIDADES 2023-07-24T16:40:05-03:00 Pedro Adjedan David de Sousa adjedan.sousa@urca.br Cícero Magérbio Gomes Torres cicero.torres@urca.br Marcia de Sousa Figueiredo marciafigueiredo@leaosampaio.edu.br <p>A construção das identidades passa por um processo de socialização, e relação com as culturas através dos percursos formativos, agregando elementos articulados pelas instituições educativas formais e não formais. A Arqueologia Social Inclusiva, na Fundação Casa Grande, em Nova Olinda-CE, constitui-se em uma prática formativa que fomenta o resgate da memória, das identidades e liga os sujeitos as culturas, a história, a geografia do lugar e os materiais tangíveis e intangíveis que compõem o campo da educação, construindo pertencimento através de uma pedagogia performática, numa relação entre currículo oculto, educação e cultura. O objetivo central da pesquisa foi analisar a Arqueologia Social Inclusiva como ferramenta de formação na Fundação Casa Grande em Nova Olinda – CE, bem como suas aproximações com as culturas, as identidades e o processo educativo não formal de crianças e adolescentes atendidas. Para tanto, fez-se necessário um diálogo de aporte teórico acerca dos significados da cultura, da educação, do currículo, da relação entre currículo e cultura e a construção das identidades. Desenvolveu-se uma pesquisa etnográfica, através de observação participante, com grupos focais e aplicação de questionários semiestruturados. Os dados foram processados por meio da análise de conteúdo, apresentados no percurso do texto, através de abordagem qualitativa. Concluiu-se que a Fundação Casa Grande possui um papel de protagonismo no Cariri em função de suas práticas educativas emancipatórias e de valorização da memória e das produções etnográficas, além de levar em consideração os pressupostos da Arqueologia Social Inclusiva como instrumento de formação do currículo não formal.</p> 2023-08-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67154 A GARRAFINHA DE REFRIGERANTE, O RELÓGIO DE PAPEL E A FORCA 2023-08-25T09:28:28-03:00 Andressa Lima andressa.cl@discente.ufma.br Danilo de Araujo Oliveira oliveira.danilo@ufma.br <p class="ResumoportugusdaREC">O presente artigo parte da seguinte questão: como o brincar possibilita o aprender a partir de experiências que as crianças criam para fugir das rotinas e prescrições do currículo? Para trazer problematizações a partir dessa pergunta desenvolvemos uma investigação com inspiração etnográfica de perspectiva pós-crítica em uma escola pública municipal. O argumento desenvolvido aqui é o de que as crianças experimentam, inventam e criam maneiras de brincar para fugir da rotina dos currículos escolares, e assim, aprendem brincando e brincam aprendendo. A partir das experiências que as próprias crianças se expõem, entendemos que ao nos expormos aos afetos bons que elas nos permitem ter, precisamos também, como docentes, inventar outros tempos, intervalos, durações, extensões para proliferar o aprender nos currículos escolares, que escapem da rigidez e do controle dados pelas prescrições normativas que constituem muitos currículos.</p> 2023-08-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67274 LITERATURA MARGINAL-PERIFÉRICA E FORMAÇÃO 2023-07-11T17:27:04-03:00 Nayara Matos nayaramatos11@gmail.com Patricia Raquel Baroni narrativasdocampo@gmail.com Gustavo Coelho coelhoguga@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Esta pesquisa tem o objetivo de investigar a potência formativa da produção literária marginal-periférica a partir das narrativas de escritores periféricos. Assumindo que esta pesquisa não poderia estar dissociada da minha trajetória de vida, a narrativa (auto)biográfica perpassa toda a pesquisa como instrumento importante no processo de investigação e (auto)formação (SOUZA, 2007). A partir do entendimento de que a literatura marginal-periférica é sempre singular e local, mas ao mesmo tempo global e social, a abordagem metodológica partirá também da pesquisa narrativa (CLANDININ e CONNELLY, 2011) e da metodologia de conversas (SAMPAIO; RIBEIRO; SOUZA, 2018). Com a produção de Soares (2009) e de Ferréz (2005), das minhas vivências como escritora periférica e das narrativas de outros escritores periféricos, busco compreender como a literatura marginal-periférica se inscreve em diferentes espaços de formação, dentre eles, as ruas e as escolas. Deste modo, a pesquisa visa contribuir para a ampliação das discussões sobre os aspectos formativos da literatura marginal-periférica no campo da educação.</span></p> 2023-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67283 DA DENÚNCIA AO ANÚNCIO 2023-08-24T15:15:19-03:00 Eduarda Boing Pinheiro eduardaboingpinheiro@gmail.com Elizandro Maurício Brick elizandro.m.b@ufsc.br <p>Na perspectiva ético-crítica (DUSSEL, 2012), acredita-se que, ao reconhecerem-se como “vítimas” do sistema vigente, as pessoas podem estabelecer formas de se libertar das injustiças que enfrentam. Essa ideia inspira-se na prática de Freire (2019), defensor de uma educação humanizadora, para a qual criou um processo teórico-metodológico denominado Investigação Temática. Este trabalho se propõe engajado com o processo de humanização da comunidade de Vidal Ramos, um município agrícola do interior de Santa Catarina, a fim de transformar as situações de injustiça ali presentes (ainda que muitas não sejam facilmente reconhecidas pela comunidade), a partir de um planejamento didático inspirado na educação ético-crítica e na Investigação Temática. O planejamento foi realizado em encontros no formato de uma oficina, com o grupo Prosa no qual integra uma pessoa com vínculo na comunidade, o qual realizou análise de falas significativas, identificou as contradições, o tema gerador e o contratema, bem como movimento de estudo crítico da situação com a identificação de conhecimentos demandados. Por fim, também se realizou um movimento de planejamento dialógico-problematizador em diferentes áreas curriculares, abordando as contradições discutidas. A partir do desenvolvimento de tais atividades foi possível perceber a factibilidade da perspectiva etico-crítica em um movimento de práxis curricular que parte da escuta da comunidade, da problematização dos limites desumanizadoras identificados nessa escuta e do movimento de identificação dos conhecimentos demandados pela análise crítica dessas situações. Em contrapartida, ficou evidente a exigência de um coletivo diverso e do envolvimento de membros da comunidade local no processo de Investigação Temática Freireana.</p> 2023-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67263 DO ESPAÇO AO LUGAR 2023-08-24T16:24:10-03:00 Yayenca Frachia Yllas yayenca@gmail.com Heloisa de Camargo Tozato htozato@gmail.com Heloisa Teixeira Firmo hfirmo@poli.ufrj.br <p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo parte da premissa da importância que têm os coletivos na construção de um novo espaço pedagógico. O texto foi elaborado a partir de um recorte do estudo de caso realizado na Escola Municipal Pedro Ernesto, localizada no bairro da Lagoa, no Rio de Janeiro, Brasil. A investigação objetiva a análise crítica e reflexiva do processo de apropriação e do sentimento de pertencimento na construção coletiva da horta pedagógica agroecológica da unidade escolar. As sequências didáticas foram desenvolvidas entre maio de 2021 e maio de 2023. O conjunto metodológico foi centralizado na pesquisa-ação, complementado por rodas de conversa. Contou com a participação direta de 350 estudantes pertencentes a 9 turmas do 1° ao 5° ano do Ensino Fundamental I, 10 docentes, 1 coordenadora pedagógica, 2 diretoras, 2 agentes educacionais, 3 merendeiras, 2 pessoas de manutenção e 1 pesquisadora. Para a coleta de resultados, foram utilizadas as entrevistas semiestruturadas e a sistematização de sentimentos das crianças por meio de nuvens de palavras produzidas coletivamente. Observou-se, ao longo da construção coletiva na horta, que as/os estudantes foram ganhando seu próprio </span><em><span style="font-weight: 400;">lugar</span></em><span style="font-weight: 400;">, tendo voz e autonomia, gerando um sentimento de cuidado, carinho e identidade, pois o espaço lhes pertence. Esse sentimento favoreceu a consolidação e a real introjeção do aprendizado, estimulando os </span><em><span style="font-weight: 400;">fazeres-saberes</span></em><span style="font-weight: 400;">.</span></p> 2023-08-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67280 CRIAÇÕES CURRICULARES COM OUTRAS ECOLOGIAS NAS REDES COTIDIANAS 2023-07-24T18:00:14-03:00 Andreia Teixeira Ramos andreiatramos.ea@gmail.com Soler Gonzalez soler.gonzalez@ufes.br Victor de Jesus victordejesuscso@gmail.com <p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Candara','sans-serif'; color: black;">Este texto tem o interesse de apresentar as possibilidades de criações curriculares com outras ecologias nas redes educativas a partir de práticas pedagógicas realizadas com as andarilhagens de um grupo de pesquisa envolvendo também o ensino e a extensão universitária. O objetivo</span> <span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Candara','sans-serif'; color: black;">do artigo é apresentar as&nbsp;pesquisas praticadas por professores/as pesquisadores/as, que compõem o referido grupo e atuam nas redes de escolas públicas da educação básica. Nosso apoio teórico-metodológico tem inspiração na pedagogia de Paulo Freire com as noções de diálogo amoroso e de esperançar,&nbsp;assim como os estudos com os cotidianos e as pesquisas narrativas, com Nilda Alves e Marcos Reigota.&nbsp; Além disso, nosso aporte epistemológico é atravessado pelas ideias de Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Ailton Krenak e Malcom Ferdinand. </span><strong><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Candara','sans-serif'; color: #0070c0;">&nbsp;</span></strong><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Candara','sans-serif'; color: black;">Nesse cenário, os resultados das pesquisas do grupo citado são criações curriculares e modos de resistências tecidos com os sujeitos da história nos múltiplos <em>espaçostempos</em> nas redes educativas, amparados na educação das relações étnico-raciais, numa educação ambiental antirracista e em outras ecologias cotidianas insubmissas. Assim, os produtos educacionais elaborados pelas pesquisas foram também procedimentos metodológicos, dentre eles, o uso de drone em aula de campo, cartões postais, cartas pedagógicas, podcast, oficinas de cinema de animação, <em>cineconversas</em>, imagens, narrativas, filmes.</span> <span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Candara','sans-serif'; color: black;">Por fim, a partir disso defendemos outras criações curriculares que possibilitem e apostem em&nbsp;ideias e sonhos em prol de uma sociedade mais solidária, igualitária, justa, antirracista e anticolonial no exercício de esperançar para adiar o fim do mundo.&nbsp;</span></p> 2023-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67235 DA MODERNIDADE DESENCANTADA AOS REENCANTAMENTOS POSSÍVEIS 2023-07-24T18:49:17-03:00 Inês Barbosa de Oliveira inesbo2108@gmail.com <p>Pensar o reencantamento do mundo e a relevância das criações curriculares cotidianas nesse processo exige recorrermos ao fenômeno e ao processo de desencantamento do mundo de modo a poder tecer uma reflexão que aborde diferentes aspectos do debate, inserindo-os no debate curricular. Assim sendo, este artigo recorre ao pensamento weberiano sobre o desencantamento produzido na e pela racionalidade moderna e ao diálogo deste com algumas das formulações de possibilidades do reencantamento. Por meio de extensa pesquisa bibliográfica, percorrem-se as diferentes contribuições para a reflexão sobre este, de Morin e Prigogine com a compreensão do reencantamento pela renovação da ciência, a Krenak e Gudynas, que preconizam uma nova relação com a natureza, e a Maffesoli e sua compreensão da renovação das sociabilidades e recurso às tecnologias como reencantamentos em curso. Importante ressaltar a contribuição de Boaventura de Sousa Santos, tanto pela relação que estabelece entre o reencantamento do mundo e a vida cotidiana – fundamental para pensar as criações curriculares – quanto por sua abordagem mais ampla, que dialoga com todas as já referidas, e com o campo do currículo.&nbsp; Em sua parte final, com base nas diferentes contribuições elencadas, o texto examina brevemente algumas criações curriculares narradas em trabalhos acadêmicos no campo da pesquisa com os cotidianos das escolas, nas quais se podem encontrar contribuições à reflexão sobre o tema, bem como iniciativas relevantes de contribuição possível das escolas e daquilo que nelas se cria para o reencantamento do mundo.</p> 2023-08-29T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67277 ANDARILHAR PELOS GUETOS CURRICULARES 2023-08-24T15:31:56-03:00 Rafaela Rodrigues da Conceicao prof.rafaelarodrigues@gmail.com Maristela Petry Cerdeira maristelacerdeira@gmail.com Maria Cecília Sousa de Castro mcecilias.castro@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo tem por interesse apresentar parte dos resultados de um projeto realizado com crianças matriculadas em uma instituição pública de ensino no Estado do Rio de Janeiro. Considerando a escola como o </span><em><span style="font-weight: 400;">‘espaçotempo’ </span></em><span style="font-weight: 400;">de </span><em><span style="font-weight: 400;">‘fazerpensar’ </span></em><span style="font-weight: 400;">com as crianças&nbsp; diversas formas de ser e estar no mundo, sendo atravessados pelas poéticas dos guetos, pelo gingado das ruas, pelas artes dos centros e das periferias. Nesse caminho, este estudo visa desenvolver uma relação de pertencimento com a cidade onde a escola está situada, a partir de conversas, fotografias, desenhos, passeios, buscaremos (re)conhecer lugares, identificando suas características culturais, éticas, poéticas, estéticas e sociais, buscando articulações entre nossas vivências na cidade. Os resultados indicam que os estudantes desenvolveram relação de pertencimento estabelecendo outros vínculos com o lugar onde moram a partir das situações partilhadas nas andanças pela cidade.&nbsp;</span></p> 2023-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67331 PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL 2023-08-24T11:11:53-03:00 Idilea Thomaz de Aquino Pereira idithomaz@yahoo.com.br Gilcilene de Oliveira Damasceno Barão gildb17@gmail.com Leandro Sartori leandrosartorigoncalves@yahoo.com.br <p>O artigo apresenta inventário sobre o processo de formação política e cultural desenvolvido numa escola municipal pública e que desde a sua criação (1987) mantém as referências educativas baseadas nas utopias dos movimentos sociais e populares dos anos de 1980 e, assim, materializam o princípio constitucional da gestão democrática. Para isso, o foco é o processo de organização da participação estudantil, desde a pré-escola aos anos iniciais do ensino fundamental. Ao analisar este objeto lidamos com alguns documentos, como a legislação referente a formação dos grêmios escolares e levantamento bibliográfico.&nbsp; Nossas conclusões apontam que&nbsp; o trabalho desenvolvido com os estudantes desta escola tenta formar e emancipar os sujeitos; há um investimento constante na formação político-pedagógica, dando desdobramentos às práticas curriculares que subsidiem o desenvolvimento intelectual e que contribuam para a formação de sujeitos que defendam com consistência seus pontos de vista e que se tornem pessoas comprometidas com a coletividade e com as transformações sociais.</p> 2023-08-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/67281 PERIFERIA EM FOCO 2023-07-11T17:24:18-03:00 Deise Guilermina da Conceição deisehis@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo tem como principal temática as reflexões de estudantes de uma escola que oferta os anos finais do ensino fundamental e que atende aos alunos moradores de uma favela de um bairro da periferia carioca. A maior parte do corpo discente é formada por estudantes pretos e pardos, que durante muito tempo não enxergaram a escola enquanto território. Na narrativa que segue, traremos os debates insurgentes que se deram entre discente e alunos de uma das turmas da escola sobre racismo e discriminação racial e as ideias acerca de hierarquias entre os grupos humanos, tendo o branco caucasiano como padrão e os demais grupos étnicos como negros e indígenas posições subalternas. Nesse contexto, esse artigo tem como principal temática, analisar os desdobramentos da supervalorização da estética de matriz europeia na identidade de estudantes de escolas públicas do estado do Rio de Janeiro, situadas nas periferias da região metropolitana do estado. Assim, temas como negritude, periferia, estética e juventude permearam os relatos dos estudantes e revelaram um processo educativo que reinventa não apenas o pertencimento e a ocupação do </span><em><span style="font-weight: 400;">espaçotempo</span></em><span style="font-weight: 400;"> da escola pelos estudantes, como também a perenidade das lutas antirracistas no Brasil. A reflexão que segue contribui para produção de ações mais horizontalizadas e para uma ecologia dos saberes que emerge das práticas que vêm permitindo o reencantamento do mundo por essa comunidade interpretativa.</span></p> 2023-08-03T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista Espaço do Currículo