TY - JOUR AU - Minatto, Fábio AU - Vicente, Ernesto Fernando Rodrigues AU - Borba, José Alonso PY - 2019/09/02 Y2 - 2024/03/28 TI - Maiores ONGs do Setor Ambiental: Uma Análise da Diversificação das Receitas JF - Revista Evidenciação Contábil & Finanças JA - Rev. Evid. Cont. & Fin. VL - 7 IS - 3 SE - Seção Nacional DO - 10.22478/ufpb.2318-1001.2019v7n3.43673 UR - https://periodicos.ufpb.br/index.php/recfin/article/view/43673 SP - 127-148 AB - <p><strong>Objetivo:</strong> Identificar o nível de diversificação de receitas das maiores Organizações Não Governamentais (ONGs) ambientais do mundo.</p><p><strong>Fundamento: </strong>A credibilidade é um aspecto fundamental para o setor das organizações sem fins lucrativos, pois um equívoco administrativo pode comprometer os fluxos de caixa futuros ou até mesmo decretar o fim da organização (Conway et al., 2015). Nesse sentido, a composição e o nível de diversificação das receitas dessas organizações estão relacionados com a continuidade destas.</p><p class="Default"><strong>Método:</strong> O demonstrativo contábil que evidencia as receitas auferidas das 34 ONGs do setor ambiental, relativos aos anos de 2017, 2016 e 2015, foi analisado. As ONGs estrangeiras comumente divulgam essa informação no <em>Statement of Activities</em>. Por meio da análise dos tipos de receita, foram elaboradas quatro categorias agregadoras, a saber: “Receita Externa”, “Receita Própria”, “Investimento e Juros” e “Outros”. A Receita Externa, por possuir características específicas, foi subdividida em três grupos, a saber: Doação, Subvenção e Híbrido. As receitas auferidas pelas ONGs da amostra foram classificadas nas categorias elaboradas e mensurada a sua representatividade. Com o objetivo de medir o nível de diversificação, foi utilizado o indicador Hirschman–Herfindahl (HHI).</p><p><strong>Resultados:</strong> Os principais achados evidenciaram uma ampla dependência de receitas externas, oscilando em aproximadamente 90% em relação à receita total do conjunto de organizações. A Receita Própria apresentou representatividade de aproximadamente 8% no período, enquanto a soma dos valores classificados como Investimento e Juros e Outros completa os 2% restantes. Os resultados indicam que as ONGs analisadas não apresentaram receitas diversificadas, tendo em vista que a maioria destas não apresentou indicador HHI superior a 0,50. Este nível de diversificação está alinhado com aqueles sugeridos por Carroll e Stater (2009), e acima daqueles indicados por Shea e Wang (2016).</p><p><strong>Contribuições: </strong>Percebe-se a necessidade de classificação mais adequada das receitas, de maneira que as contas sejam dispostas de maneira mais analítica possível. Deste modo, receitas com origens distintas não estariam dispostas em conjunto. Ademais, o estudo contribui para o avanço da discussão sobre a transparência da ONGs a partir da análise de um dos seus demonstrativos.<strong></strong></p> ER -