FILOGEOGRAFIA DE POPULAÇÕES BRASILEIRAS DE <i>MARMOSA</i> (<i>MARMOSA</i>) <i>MURINA</i> (DIDELPHIMORPHIA, DIDELPHIDAE)

Autores

  • Michel Barros faria
  • João Alves de Oliveira
  • Cibele Rodrigues Bonvicino

Palavras-chave:

Marmosa, Didelphidae, mt-Cytb, e28-vWF, filogeografia

Resumo

Marmosa, um gênero de marsupial sul-americano, tem 17 espécies distribuídas nos subgêneros Marmosa e Micoureus. Visando detectar padrões filogeográficos em M. (Marmosa) murina, foram analisados o gene mitocondrial Citocromo b e o éxon 28 do gene nuclear Fator de Von Willebrand. Análises de máxima verossimilhança e Bayesiana corroboraram a monofilia de Marmosa (incluindo Micoureus), e revelaram a monofilia de M. murina. Esta espécie aparece distribuída em três clados, um ao norte do rio Amazonas, outro entre os rios Tapajós e Araguaia, e o terceiro no sudeste do Brasil. O clado do sudeste do Brasil foi a primeira linhagem a se diferenciar, seguido dos outros dois clados, mais relacionados entre si. As análises mostraram estruturação, com populações do lado leste do rio Araguaia separadas das do lado oeste. A formação deste rio é posterior ao aparecimento da linhagem do clado Tapajós - Araguaia. A separação do clado norte do rio Amazonas dos demais sugere o rio Amazonas como barreira. Esse rio já existia antes da diferenciação de M. murina, estimada em 1,5 Ma, mas mudanças climáticas durante o Pleistoceno produziram expansões e contrações de ambientes áridos e úmidos, alterando o volume de água do rio e possibilitando a colonização das duas margens. A partir do Holoceno o rio Amazonas tornou-se barreira efetiva.

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Biografia do Autor

Michel Barros faria


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Publicado

2014-01-03

Edição

Seção

Artigos