Percepção Ambiental quanto aos serviços ecossistêmicos prestados pelo Parque Zoológico Arruda Câmara, João Pessoa-PB

Autores

  • Mayra de Sousa Siqueira Santos
  • Denise Dias da Cruz UFPB/CCEN, João Pessoa, Paraíba, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2236-1480.2018v26n1.46192

Resumo

A ideia de serviços ecossistêmicos, apesar de muito importante, nem sempre está clara para a população em geral. O objetivo do presente trabalho foi compreender a percepção que os visitantes do Parque Zoobotânico Arruda Câmara tem acerca dos serviços ecossistêmicos prestados pelo local. O Parque está localizado na cidade de João Pessoa, PB e foram entrevistados 90 visitantes residentes na cidade. Foram coletados dados do perfil socioeducativo, que foram relacionados com a percepção em relação aos serviços ecossistêmicos. A percepção dos participantes denotou maior visão quanto aos serviços ecossistêmicos culturais e uma visão mais superficial sobre os serviços ecossistêmicos de regulação. Serviços de provisão e de suporte não foram citados pelos participantes. Não houve diferença de conhecimento por gênero e em função do grau de escolaridade. As visões de educação ambiental e meio ambiente dos visitantes estão mais restrita às questões relativas à natureza e não incluem claramente o ser humano nesse processo. O perfil traçado fornece subsídios e possibilita traçar estratégias que visem o melhoramento das políticas ambientais voltadas para esta Unidade de Conservação. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Denise Dias da Cruz, UFPB/CCEN, João Pessoa, Paraíba, Brasil

Possuo graduação em Ciências Biológicas (2000) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, mestrado (2003) e doutorado (2007) em Ecologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Fiz pós-doutorado no Departamento de Botânica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sou professora associada do Departamento de Sistemática e Ecologia da Universidade Federal da Paraíba, ministrando disciplinas na área de Ecologia na graduação e na Pós Graduação (Prodema - Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente). Sou editora de área da revista Gaia Scientia. Tenho experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia Vegetal e Etnobotânica, atuando principalmente nos seguintes temas: fenologia, biologia reprodutiva, polinização, interação animal/ planta e relações entre espécies simpátricas. Desde 2010, tenho desenvolvido pesquisas na área de etnobotânica e sua relação com a conservação de recursos vegetais. Email de contato: denidcruz@dse.ufpb.br

Referências

Abílio FJP. Educação Ambiental para o Semiárido. Editora Universitária da UFPB, João Pessoa – PB, 2011.

Andrade CD e Romeiro RA. Serviços ecossistêmicos e sua importância para o sistema econômico e o bem-estar humano. Texto para Discussão. IE/UNICAMP n. 155, fev. 2009. ISSN 0103-9466.

Ayres M, Ayres Jr. M, Ayres DL e Santos AA. 2007. Bioestat 5.0. USP, São Paulo.

Bonoto DMB e Semprebone A. 2010. Educação ambiental e educação em valores em livros didáticos de Ciências Ambientais. Ciência & Educação 16 (1): 131-148.

Chen, Y. W. 2006. Perception and attitude of residentes toward urbangreen spaces in Guangzhou (China). Environmental Management 38 (3):338-349.

Córdula EBL. 2010. Educação Ambiental Integradora (EAI): unindo saberes em prol da consciência ambiental sobre problemática do lixo. Educação Ambiental em Ação, 96-103.

Dias, P. L. T., Rosa, S. R., Damasceno, P. C. L. 2007. Aspectos socioeconômicos, percepção ambiental e perspectivas das mulheres marisqueiras da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Ponta do Tubarão (Rio Grande do Norte, Brasil). Gaia Scientia 2007, 1(1): 25-35.

Guedes FB e Seehusen SE. 2011. Pagamentos por serviços ambientais na Mata Atlântica: lições e desafios. Brasília: MMA.

Jacobi P. 2004. Educação e meio ambiente – transformando as práticas. Revista Brasileira de Educação Ambiental.

Macedo RLG. 2005. Percepção, Conscientização e Conservação Ambientais, UFLA/FAEPE: Lavras.

Magalhães Júnior CAO e Tomanik EA. 2012. Representações sociais e direcionamentos para a educação ambiental na Reserva Biológica das Perobas, Paraná. Investigações em Ensino de Ciências 17 (1): 227 – 248.

Marin AA. 2003. Percepção ambiental e imaginário dos moradores do município de Jardim/MS. [Tese de Doutorado]. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

Martins LC. 2006. Gênero e meio ambiente: por uma pedagogia do re-conhecimento. III Encontro da ANPPAS. Brasília, DF.

Matos LM. 2015. Base teórica e pontos fundamentais para a concepção de políticas públicas de serviços ambientais. In: Serviços Ambientais em Sistemas agrícolas e florestais do Bioma Mata Atlântica. Parron LM et al. (Ed.). Brasília, DF: Embrapa. p. 357-364.

Medina NM. 2002. Formação de multiplicadores para educação Ambiental. In: O contrato Social da Ciência, unindo saberes na Educação Ambiental. Pedrini AG (Ed.). Petropolis: Editora Vozes. P: 47 - 70.

Plieninger TC, Schleyer M, Mantel and Hostert P. 2012. Is there a forest transition outside forests? Trajectories of farm trees and effects on ecosystem services in an agricultural landscape in Eastern Germany. Land Use Policy 29:233-243.

Régis MM, Ferreira APNL, Ramos HR, França JUB. 2016. Avaliação, percepção e uso do Parque da Jardim da Conquista, São Paulo/ SP por seus frequentadores. Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente.

Tengberg A., Fredholm S, Eliasson I, Knez I, Saltzman K, Wetterberg O. 2012. Cultural ecosystem services provided by landscapes: assessment of heritage values and identity. Ecosystem Services, v. 2, p. 4-26.

Tuan YFu. 1983. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: Difel.

Downloads

Publicado

2019-05-31

Edição

Seção

Artigos