FLORÍSTICA E ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO DE UM BREJO DE ALTITUDE EM PESQUEIRA, PE, BRASIL

Autores

  • Márcia S.C. Pinto Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, Coordenação de Análise Epidemiológica, Maceió, AL,
  • Everardo V.S.B. Sampaio Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Energia Nuclear, Recife, PE.
  • Ladivania M. Nascimento Prefeitura do Recife, Secretaria de Meio Ambiente, Recife, PE

Palavras-chave:

Brejo de Altitude, Pesqueira PE, Brasil, Composição Florística

Resumo

A estrutura e a composição florística da vegetação de um brejo de altitude (Floresta Ombrófila Montana) no município de Pesqueira, PE (8º20’27” S e 36º46’59” W) foram determinadas em 30 parcelas de 10 × 10 m, incluindo arbustos e árvores com diâmetro basal ≥ 3 cm e altura ³ 1 m. Além disso, foram coletados indivíduos férteis que estavam fora das parcelas, bem como aqueles que não atendiam aos critérios de inclusão (pequenos arbustos, ervas, trepadeiras e epífitas). Foram coletadas 186 espécies, distribuídas em 146 gêneros e 60 famílias. As famílias que se destacaram em número de espécies foram Fabaceae (26), Rubiaceae (17) e Myrtaceae (10) e os gêneros foram Myrcia (7) e Senna (5). O índice de diversidade de Shannon foi 3,3 nats/ind. e a riqueza de espécies 9,0 S/ind.. A densidade foi 4.550 ind.ha-1 e a área basal 62,8 m2 ha-1, sendo esta última a maior entre os brejos nordestinos. Alturas e diâmetros máximos e médios foram 16 e 5,8 m e 71 e 9,8 cm. Os maiores valores de importância (IVI) foram alcançados por Myrcia sp., Coussarea contracta, Cordia sp. e Guapira opposita, esta última importante em outros brejos.

Palavras-chave: Brejo de Altitude, Pesqueira PE, Brasil, Composição Florística.


Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AB’SABER, A. N. 1974 - O domínio morfoclimático semi-árido das caatingas

brasileiras. Geomorfologia 43: 1-39.

ANDRADE, G. O. 1954 - A Serra Negra - uma relíquia geomorfológica e

higrófita nos tabuleiros pernambucanos. Comunicação apresentada à

VIII Assembléia Geral da Associação dos Geógrafos Brasileiros, Cuiabá.

ANDRADE, G. O. e LINS, R. C. 1965 - Introdução a morfoclimatologia do

nordeste do Brasil. Arquivos do ICT 3: 5-19.

ANDRADE, G. O. e LINS, R. C. 1966 - O “Brejo” da Serra das Varas

(Arcoverde). Cadernos da Faculdade de Filosofia da UFPE, Dep. de

Geografia (Série VI, 8, n.14).

ANDRADE, G. O. e LINS, R. C. 1971 - Os climas do Nordeste; pp. 95-122. In:

VASCONCELOS SOBRINHO, J. (ed.), As regiões naturais do Nordeste,

o meio e a civilização. Conselho de Desenvolvimento de Pernambuco,

Recife.

ANDRADE-LIMA, D. 1966a - Esboço fitoecológico de alguns brejos de

Pernambuco. IPA, Boletim Técnico 8. Secretaria da Agricultura, Indústria

e Comércio, Recife.

ANDRADE-LIMA, D. 1966b - Vegetação. In: IBGE (ed.). Atlas Nacional do

Brasil. Conselho Nacional de Geografia, Rio de Janeiro. 11 p.

ANDRADE-LIMA, D. 1970 - Recursos vegetais de Pernambuco. Boletim

Técnico 41. Instituto de Pesquisas Agronômicas, Recife.

ANDRADE-LIMA, D. 1982 - Present-day forest refuges in Northestern Brazil;

pp 245-251. In: PRANCE, G. T. (ed.), Biological diversification in the

tropics. Plenum Press, New York.

APG II. 2003 - An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for

the orders and families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the

Linnean Society 141: 399-436.

BARBOSA, M. R. V. 1996 - Estudo florístico e fitossociológico da Mata do

Buraquinho, remanescente de Mata Atlântica em João Pessoa, PB.

Tese de doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

BIGARELLA, J. J.; ANDRADE-LIMA, D. de e RIEHS, P. J. 1975 - Considerações

a respeito das mudanças paleoambientais na distribuição de algumas

espécies vegetais e animais no Brasil. Anais da Academia Brasileira de

Ciências 47: 411-464.

BROWER, J. E. e ZAR, J. H. 1984 - Field and Laboratory Methods for General

Ecology. WmC. Brown Publ., Dubuque, Iowa. 226 p.

BROWN Jr., K. S. 1977 - Centros de evolução, refúgios quaternários e

conservação de patrimônios genéticos na região neotropical: padrões de

diferenciação em Ithomiinae (Lepidoptera: Nymphalidae). Acta Amazonica

:75-137.

BRUMMIT, R. K. e POWELL, C. E. 1992 - Authors of plants names. Royal

Botanic Gardens, Kew. 732 p.

CASTRO, A. A. J. F. 1994 - Comparação florístico-geográfica (Brasil) e

fitossociológica (Piauí - São Paulo) de amostras de cerrado. Tese de

doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

CAVASSAN. O.; CESAR, O. e MARTINS, F. R. 1984 - Fitossociologia da

vegetação arbórea da reserva estadual de Bauru, Estado de São Paulo.

Revista Brasileira de Botânica 7: 91-106.

CÉSAR, O. e LEITÃO FILHO, H. F. 1990 - Estudo florístico quantitativo de mata

mesófila semidecídua na fazenda Barreiro Rico, município de Anhembi,

SP. Revista Brasileira de Biologia 50: 133-147.

FERRAZ, E. M. N. e RODAL, M. J. N. 2006 - Caracterização fisionômicaestrutural

de um remanescente de floresta ombrófila montana de

Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica 20: 911-926.

FERRAZ, E. M. N., RODAL, M. J. N. e SAMPAIO, E. V. S. B. 2003 - Physiognomy

and structure of vegetation along an altitudinal gradient. Phytocoenologia

: 71-92.

FIDALGO, O. e BONONI, V. L. 1989 - Técnicas de coleta, preservação e

herborização de material botânico. Série Documentos. Instituto de

Botânica, São Paulo.

FIGUEIREDO, M. A. e BARBOSA, A. 1990 - A vegetação e flora da serra do

Baturité-Ceará. Coleção Mossoroense, 747. ESAM, Mossoró.

GENTRY, A. H. 1988 - Changes in plant community diversity and floristic

composition on environmental and geographical gradients. Annals of the

Missouri Botanical Garden 75:1-34.

GENTRY, A.H. 1995 - Diversity and floristic composition of neotropical dry

forests; pp146-194. In: BULLOCK, S.H., MOONEY, H.A. e MEDINA, E.

(Eds.). Seasonally dry forests. Cambridge University Press, Cambridge.

GROMBONE, M. T.; BERNACCI, L. C.; NETO, J. A. A. M.; TAMASHIRO, J.

Y. e LEITÃO FILHO, H. F. 1990 - Estrutura fitossociológica da floresta

semidecídua de altitude do Parque Municipal da Grota Funda (Atibaia -

Estado de São Paulo). Acta Botanica Brasilica 4: 47-64.

GUEDES, M. L. S. 1992 - Estudo florístico e fitossociológico de um trecho

da reserva ecológica da Mata de Dois Irmãos, Recife - Pernambuco.

Dissertação de mestrado, Universidade Federal Rural de Pernambuco,

Recife.

MEGURO, M.; PIRANI, J. R.; MELLO-SILVA, R. e GIULIETTI, A. M. 1996 -

Caracterização florística e estrutural de matas ripárias e capões de altitude

da serra do Cipó, Minas Gerais. Boletim de Botânica da USP 15: 13-29.

MELO, M. M. F. e MANTOVANI, W. 1994 - Composição florística e estrutura de

trecho de Mata Atlântica de encosta, na Ilha do Cardoso (Cananéia, SP,

Brasil). Boletim do Instituto de Botânica 9: 107-158.

MELO, M. M. R. F. 2000 - Demografia de árvores em floresta pluvial tropical

atlântica, Ilha do Cardoso, SP, Brasil. Tese de doutorado, Instituto de

Biociências da Universidade de São Paulo, São Paulo.

MOURA, F. B. P. e SAMPAIO, E. V. S. B. 2001 - Flora lenhosa de uma mata

serrana semidecídua em Jataúba, Pernambuco. Revista Nordestina de

Biologia 15(1): 77-89.

NASCIMENTO, L. M. e RODAL, M. J. N. 2008 - Fisionomia e estrutura de uma

floresta estacional montana do maciço da Borborema, Pernambuco - Brasil.

Revista Brasileira de Botânica 31(1): 27-39.

PEREIRA, R. C. A.; LIMA, V. S.; SILVA, R. S e SILVA, S. Z. 1993 - Lista das

espécies arbóreas e arbustivas ocorrentes nos principais “Brejos”

de altitude de Pernambuco. Empresa Pernambucana de Pesquisa

Agropecuária – Documentos 22. IPA, Recife.

RICHARDS, P. W. 1996 - The tropical rain forest: an ecological study. 2nd

ed. University Press, Cambridge.

RODAL, M. J. N. e NASCIMENTO, L. M. 2002 - Levantamento florístico da

floresta serrana da reserva biológica de Serra Negra, microrregião de

Itaparica, Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica 16: 481-500.

RODAL, M. J. N. e NASCIMENTO, L. M. 2006 - The arboreal component of a

dry forest in Northeastern Brazil. Brazilian Journal of Biology 66: 479-491.

RODAL, M. J. N. e SALES, M. F. 2008 - Panorama of the Montane Forests.

Memoirs of the New York Botanical Garden 100: 535-553.

RODAL, M. J. N.; SALES, M. F. e MAYO, S. J. 1998 - Florestas serranas de

Pernambuco: localização e diversidade dos remanescentes dos brejos

de altitude. Imprensa Universitária da UFRPE, Recife. 25 p.

SALES, M. F.; MAYO, S. J. e RODAL, M. J. N. 1998 - Plantas vasculares das

florestas serranas de Pernambuco – Um checklist da flora ameaçada

dos brejos de altitude. Imprensa Universitária, Universidade Federal

Rural de Pernambuco, Recife, 130 p.

SAMPAIO, E. V. S. B. 1996 - Fitossociologia; pp 203-230. In: SAMPAIO, E.

V. S. B.; MAYO, S. J. e BARBOSA, M. R. V. (Eds.), Pesquisa botânica

nordestina: progresso e perspectivas. Sociedade Botânica do Brasil,

Seção Regional de Pernambuco, Recife.

SANTOS, A. M. M.; CAVALCANTI, D. R.; SILVA, J. M. C. e TABARELLI, M.

- Biogeographical relationships among tropical forests in north-eastern

Brazil. Journal of Biogeography 34: 437-446.

SCOLFORO, J. R. S.; MELLO, J. M.; PULZ, F. A. 1998 - Modelagem da produção,

idade das florestas nativas, distribuição espacial das espécies e a análise

estrutural; pp189-246. In: SCOLFORO, J. R. S. (Org.). Manejo Florestal.

UFLA/FAEPE, Lavras.

SHEPHERD, G. J. 1995 - FITOPAC1 - Manual do usuário. Universidade

Estadual de Campinas, Campinas. 94 p.

TAVARES, M. C. G.; RODAL, M. J. N.; MELO, A. L. e ARAÚJO, M. F. 2000 -

Fitossociologia do componente árvore de um trecho de floresta ombrófila

montana do Parque Ecológico João Vasconcelos Sobrinho, Caruaru,

Pernambuco. Naturalia 25: 17-32.

VASCONCELOS-SOBRINHO, J. 1971 - Os brejos de altitudes e as matas

serranas; pp 79-86.In: VASCONCELOS-SOBRINHO, J. (Ed.), As

regiões naturais do Nordeste, o meio e a civilização. Conselho de

Desenvolvimento de Pernambuco, Recife.

Downloads

Publicado

2012-12-31

Edição

Seção

Artigos