TY - JOUR AU - Vanda Lúcia Praxedes, AU - Haydenée Gomes Soares Manso, PY - 2020/07/30 Y2 - 2024/03/28 TI - TORRE DAS DONZELAS: MEMÓRIAS DAS EXPERIÊNCIAS DE LIBERDADE E RESISTÊNCIA NO CÁRCERE: TORRE DAS DONZELAS: MEMORIES OF THE EXPERIENCES OF FREEDOM AND RESISTANCE IN PRISON JF - Revista Temas em Educação JA - RTE VL - 29 IS - 2 SE - DOSSIÊ – EXPRESSÕES EDUCATIVAS E CULTURAIS NO ESPAÇO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE DO - 10.22478/ufpb.2359-7003.2020v29n2.53027 UR - https://periodicos.ufpb.br/index.php/rteo/article/view/53027 SP - AB - <p>O artigo discute as relações entre cinema, história e memória de mulheres, presas políticas que fizeram oposição e resistência ao regime militar brasileiro na década de 1970, com base na análise do documentário Torre das Donzelas (2018). O documentário reúne depoimentos de mulheres que foram perseguidas, presas e confinadas no Presídio Tiradentes, na ala feminina, denominada ‘Torre das Donzelas’. No que se refere ao campo das relações entre Cinema e História, apresenta-se a obra cinematográfica, ao mesmo tempo, como ‘<strong>fonte</strong>, <strong>sujeito,</strong> <strong>tecnologia e</strong> <strong>meio de representação’</strong> para a análise histórica. A utilização da fonte fílmica como <em>corpus</em> documental, a análise dos discursos e práticas cinematográficas têm permitido, aos historiadores da área de história cultural, política, bem como aos cientistas sociais, observarem, também, os usos, recepções e apropriações dos discursos em obras cinematográficas. Quanto à memória entendida como de relações de poder ‒ como um campo de conflitos, disputas, embates e disputas de narrativas de um determinado evento, entre grupos e/ou comunidades, que pode ser observado na construção de uma ‘memória oficial’ procurando silenciar e se sobrepor às chamadas ‘memórias subterrâneas’ ‒, a análise fílmica possibilitou a reflexão sobre a&nbsp; construção de outra memória sobre as graves violações dos direitos humanos vividas por um grupo de mulheres no período do regime militar. A prisão, as torturas vivenciadas por essas mulheres, certamente, constituíram traumas permanentes, mas, também, foram construídas, nesse processo, várias formas de resistências no cárcere, sem perder a própria humanidade e a importância da luta.</p><p>&nbsp;</p> ER -