TY - JOUR AU - Mont Serrath, Pablo Oller PY - 2013/12/31 Y2 - 2024/03/28 TI - CRISE GERAL E POLÍTICA MANUFATUREIRA EM PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII: NOVOS INDÍCIOS E QUESTIONAMENTOS JF - Saeculum JA - SRH VL - IS - 29 SE - Dossiê História e História Econômica DO - UR - https://periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/view/19810 SP - AB - A segunda metade do século XVIII é conhecida como um período de crise econômica e financeira em Portugal, ao menos até a última década da centúria. Teriam sido essas dificuldades, iniciadas a partir do reinado de D. José I (1750- 1777), as grandes responsáveis pelo surto manufatureiro e pelo fomento ao estabelecimento e ao desenvolvimento das fábricas lusitanas no Setecentos. O presente artigo, a partir de novas evidências, relativiza essa suposta crise, que, principalmente, do ponto de vista fiscal não se verifica. Com base nesses indícios, as políticasmanufatureiras da época devem ser encaradas muito mais como respostas a questões mentais, que desde então passaram a ter um caráter bem definido. Aqui, para além do desejo de adequar Portugal às nações mais iluminadas,como os ministros lusos costumavam afirmar, foi determinante o papel cada vez mais claro da função a ser desempenhada pela metrópole e por suas conquistas: o centro, fabricante e exportador de manufaturas; as periferias, consumidoras dessas mercadorias e produtoras de gêneros a serem transformados no reino. Na prática, como se verá, não foram proibidas todas as fábricas nas conquistas lusitanas; interditaram-se somente aquelas que se supunha concorrerem com o comércio metropolitano. Ao passo que essa relação ideal evidenciava-se e fortalecia-se, a sujeição econômica de Portugal ao comércio praticado com suas conquistas explicitava-se mais e mais; junto dessa certeza, o temor da independência, de fato, das partes do império, com especial destaque ao Brasil, a mais importante colônia lusitana no ultramar. ER -