TY - JOUR AU - Barreira, José Oliver Faustino AU - Santos, Michelle dos PY - 2015/06/30 Y2 - 2024/03/29 TI - CLIO NO TRIBUNAL: RAZÃO POÉTICA E RAZÃO ESTRUTURAL CONTRA A HISTÓRIA JF - Saeculum JA - SRH VL - IS - 32 SE - Dossiê DO - UR - https://periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/view/27097 SP - 183 AB - Referindo-se à história como um método sem objeto, Lévi-Strauss aponta o caráter paradoxal do conhecimento histórico, isto é, conhecimento que não descreve e analisa as leis de seu objeto. Reduzindo a história ao relato do particular, Aristóteles declara a inconsistência da narrativa histórica incapaz de produzir um objeto literário segundo as leis da necessidade e da verossimilhança. A história trata das coisas que sucederam, isto é, diz o particular, poisnão propõe tipos, modelos, nem extrai de sua narrativa significados universais. Significante comum a ambos, a história em Aristótelesadquire seu significado a partir do modelo narrativo da poíēsis trágica: mỷthos e mímesis. Em Lévi-Strauss, o significado da história érecolhido segundo o grau de cientificidade do método estrutural. Deduzindo regularidades e demonstrando a universalidade de modelos ou de sistemas comunicativos e de classificação, Lévi-Strauss reencontra o homem antes da história, isto é, nas leis e operações inconscientes que formam o repertório da humanidade. Nãoobstante as diferenças há um ponto em que as duas críticas se comunicam: a fragilidade ontológica e epistemológica da história. Pontos de partida não semelhantes, mas resultados que se aproximam, portanto. ER -