Sæculum – Revista de História
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<p><em>Sæculum</em> - Revista de História é publicada pelo <a href="https://sigaa.ufpb.br/sigaa/public/curso/portal.jsf?id=1626832&lc=pt_BR">Departamento de História da UFPB</a> desde 1995 e, a partir de fins de 2004, passou a ser também o periódico do <a href="http://www.ufpb.br/pos/ppgh">Programa de Pós-Graduação em História</a>. Com uma periodicidade semestral, a revista tem uma linha editorial direcionada à publicação de pesquisas inéditas e ao debate no campo da História e da Cultura Histórica em suas diversas interfaces, abrindo espaço para o diálogo entre pesquisadores(as) do Brasil e do exterior.</p> <p>A <em>Sæculum</em> é indexada no <a href="https://latindex.org/latindex/ficha/26959" target="_blank" rel="noopener">Latindex</a>, <a href="https://scholar.google.com.br/citations?user=DJANGzAAAAAJ&hl=pt-BR">Google Scholar</a>, <a href="https://www.ebscohost.com/titleLists/hsi-subject.pdf">EBSCO</a>, <a href="https://portal.issn.org/resource/ISSN/2317-6725">ROAD</a>, <a href="http://ezb.ur.de/ezeit/searchres.phtml?bibid=AAAAA&colors=7&lang=en&jq_type1=QS&jq_term1=saeculum+revista">EZB</a> e <a href="https://diadorim.ibict.br/handle/1/3257">Diadorim</a>.</p>Universidade Federal da Paraíbapt-BRSæculum – Revista de História0104-8929A revista <i>Sæculum</i> permite aos autores a manutenção dos direitos autorais pelo seu trabalho, no entanto eles devem repassar direitos de primeira publicação ao periódico.Expediente
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Comissão Editorial
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2023-08-102023-08-1028480107Currículo, Ensino de História e Pós-Colonialidade
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<p class="western" style="orphans: 2; widows: 2; margin-bottom: 0cm;">O currículo, entendido como um elemento prático-discursivo, que expressa conflitos e disputas no interior da sociedade, pode conter componentes que reforcem um pensamento colonial, através de certa <em>colonialidade</em> <em>do saber,</em> como crie as possibilidades para o estabelecimento de um pensamento pós-colonial. O artigo em questão <em>abre</em> e apresenta o Dossiê <em>Currículo, Ensino de História e Pós-Colonialidade</em>, que reúne textos de profissionais do ensino de História que atuam em diferentes instituições de ensino superior do país. Os Estudos Pós-Coloniais têm se constituído em uma importante lente teórica que vem sendo utilizada no campo da Educação e do Ensino de História para se investigar currículos, práticas pedagógicas, políticas educacionais e práticas educativas não escolares, sobretudo àquelas desenvolvidas em coletivos sociais. O presente Dossiê visa estimular e aprofundar o debate em torno da temática, trazendo artigos que buscam refletir sobre e a partir do escopo teórico em tela. Que as reflexões sobre as práticas de ensino e de pesquisa aqui expostos possam estimular os/as leitores/as no sentido de combater as <em>colonialidades</em> presentes nos currículos escolares e nos currículos de formação de professores de História.</p> <p style="orphans: 2; widows: 2; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><strong>Palavras-chave:</strong> Currículo.<span style="letter-spacing: 0.1pt;"> Ensino de História. Estudos </span>Pós-Coloniais.</span></span></p>André Mendes SallesPedro Ramón Caballero Cáceres
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2023-08-102023-08-102848139148A concepção de “índio” nos livros didáticos de Sérgio Buarque de Holanda
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<p class="Saeculum-resumo">Considerado um instrumento central no processo de ensino e aprendizagem e compreendido, ao mesmo tempo, enquanto produto e expoente do contexto em que fora escrito, o livro didático de História é tomado, neste artigo, como fonte primária para se refletir sobre o modo como se enxergava, no correr dos anos 1970, as sociedades indígenas e como se as representava didaticamente. Para tanto, são apresentadas análises dos três compêndios que integram a Coleção Sérgio Buarque de Hollanda, produzida sob a supervisão de Sérgio Buarque de Holanda no período de recrudescimento da ditadura civil-militar. Os resultados indicam que está presente nos livros didáticos uma concepção historiográfica de viés positivista, a qual dá vazão a uma visão eurocêntrica e estereotipada a respeito dos povos originários do Brasil, decorrente, em parte, do ideário político-econômico projetado pelos militares que se alçaram ao comando do país a partir de 1964. Assim, atribui-se a essas populações um papel de meros coadjuvantes na formação histórico-cultural do país, tratamento que não somente predominou naquele contexto como também foi exportado para as décadas seguintes.</p>Fábio Alexandre da Silva
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2023-08-102023-08-102848149161A questão indígena presente nos Livros Didáticos de História
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<p>O presente artigo busca fornecer uma análise minuciosa a partir das observações contidas no Guia Digital PNLD 2020, específicas em relação às onze coleções que receberam aprovação para serem utilizadas nas séries finais do Ensino Fundamental. Nosso objetivo é destacar de que maneira os especialistas responsáveis pela seleção das coleções enfatizam a temática da História e Cultura indígena. Além disso, examinaremos como essas coleções abordam essa temática, investigando se há uma ênfase na presença indígena em períodos históricos distintos daquele colonial, e se elas transcendem a visão exótica muitas vezes atribuída a essas sociedades. Particularmente, buscamos identificar se as coleções analisadas vão além das obrigações estabelecidas pela Lei 11.645/08, que trata da inclusão obrigatória de conteúdos relacionados à História e Cultura indígena no currículo escolar. Aprofundar-se nessa análise do Guia Digital PNLD 2020 é crucial, uma vez que esse documento desempenha um papel essencial na decisão dos educadores da rede pública de ensino básico ao selecionar as coleções didáticas a serem adotadas. O Guia Digital PNLD 2020 foi selecionado como foco desta pesquisa devido a sua relevância e impacto muitas vezes subestimados no processo de seleção de materiais didáticos. Acreditamos que ao trazer à tona as percepções e avaliações contidas nesse guia, poderemos contribuir para uma compreensão mais abrangente da abordagem da História e Cultura indígena nas coleções didáticas escolhidas, bem como destacar a importância do guia no contexto da educação básica pública. Portanto, através desta análise aprofundada, esperamos lançar luz sobre como as coleções aprovadas para as séries finais do Ensino Fundamental tratam e exploram a riqueza da História e Cultura indígena de forma a enriquecer a experiência educacional dos estudantes.</p>Arnaldo Martin Szlachta JuniorWilian Junior Bonete
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2023-08-102023-08-102848162177“Para que serve a história?”
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<p>O artigo analisa como um grupo de 51 estudantes matriculados em duas turmas (uma inicial e outra concluinte) de um curso de licenciatura atribui sentidos e significados à história. Como metodologia, foi aplicado um questionário com oito perguntas (quatro fechadas e quatro abertas). Através dos procedimentos quanti-qualitativos foram elaboradas tabelas com os dados das questões fechadas sobre gênero, período do curso, cor e idade. Na etapa seguinte foi construído quadros com as respostas da primeira questão aberta (<em>para que serve a história?</em>), se constituindo no foco de análise do presente artigo. Pelas respostas apresentadas, se conclui que a história é identificada predominantemente com a dimensão acadêmica, está diretamente associada à relação com o tempo, e este é, majoritariamente, o passado. Também foi possível perceber que não existem diferenças substanciais entre os sentidos atribuídos pelos discentes matriculados no início do curso e aqueles concluintes.</p>Erinaldo Vicente Cavalcanti
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2023-08-102023-08-102848178193Currículo de História para o Ensino Médio no Estado do Paraná
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<p>O presente artigo problematiza a práxis docente pós-colonial a partir do currículo do Ensino Médio para a disciplina de História, realiza reflexões sobre a Base Nacional Comum Curricular – BNCC (2018) e sobre o Referencial Curricular Paranaense para o Ensino Médio – RCP (2021). Para tanto, aborda determinadas construções da modernidade, a colonialidade e a manutenção do modo de produção capitalista. A Educação Histórica é um campo de investigação que une as experiências dos professores com a Ciência da História, ela realiza uma aproximação com o ofício do historiador. O pensamento pós-colonial, dentre seus objetivos, almeja subverter as lógicas eurocêntricas de ver o mundo. Nesta perspectiva, não trabalha com conteúdos defasados, patriarcais e androcêntricos, mas visa combater o etnocentrismo. A partir de conteúdos indicados para a sala de aula pelo RCP (2021), são discutidas perspectivas pós-coloniais para a promoção da aprendizagem histórica, considerando que a parte específica de História deste currículo oficial apresenta o campo da Educação Histórica como possibilidade de ensino.</p>André Luiz da Silva CazulaGeyso Dongley Germinari
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2023-08-102023-08-102848194207Coletivos Negros enquanto Subjetividades desestabilizadoras
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<p>Este texto é fruto de uma reflexão sobre a importância dos coletivos negros dentro das instituições de ensino, onde os compreendo enquanto subjetividades desestabilizadoras que, ao se articularem, fazem emergir as contradições das instituições hegemônicas e ecoar das margens novas formas de ser, fazer, pensar e existir. O texto está dividido em quatro partes: a primeira é o relato sobre acolhimento dos ingressos na universidade federal em 2019 pelos coletivos negros e no quanto esse contato foi importante para me fazer repensar minha prática docente; a segunda parte é a problematização dos silenciamentos ocasionados pelo “epistemicídio” legado pela violência colonial: a terceira parte é a descrição sobre a reformulação, junto ao corpo discente, da ementa do curso de Ensino de História; a última parte é o relato sobre minha articulação junto aos coletivos artísticos negros para ofertar um curso de extensão e do quanto esse movimento foi importante para contemplar uma pedagogia decolonial.</p>Luiz Gustavo Souza
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2023-08-102023-08-102848208221Rastreando Paradeiros
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<p>A fatualidade de qualquer relação de propriedade pressupõe o conhecimento do paradeiro do possuído pelo possuidor, já que ninguém pode usufruir do domínio útil de algo cuja localização ignora. Isto é especialmente importante no caso da propriedade de outros seres humanos, pois sua capacidade simbólica facilita a imaginação de realidades sociais e espaciais alternativas. Para os escravizados no Brasil oitocentista, uma das maneiras de desafiar e, no limite, romper com sua condição social era privar seu senhor do conhecimento de seu paradeiro. Nas maiores cidades, isto podia ser alcançado não somente através de fugas de longa distância, mas também através da camuflagem na própria multidão urbana, que dificultava o discernimento entre negros livres, libertos e escravizados. Neste artigo, nós examinamos essas geografias intraurbanas no Rio de Janeiro por meio das fugas anunciadas no <em>Jornal do Commercio</em> nos anos de 1830, 1840 e 1850. Por meio de técnicas computadorizadas de análise espacial, nós estudamos o padrão locacional dos anunciantes (suas residências) e das fugas (local de desaparecimento e último avistamento), utilizando as freguesias urbanas como grade de mapeamento. Além da importância do porto como principal lugar de atração dos fugitivos, o que emerge dessa análise é a centralidade da redação do <em>Jornal do Commercio</em> na dinâmica de produção socioespacial dos anúncios. Dependente de mensageiros humanos (muitos deles provavelmente escravizados) e suas viagens pela cidade, este “achados e perdidos” era parte fundamental do sistema de controle social da vida escrava.</p>Mylena Porto da Gama
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2023-08-102023-08-1028480824Igreja católica, “influenza hespanhola” e áreas de pobreza no Recife – PE (1918)
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<p>Este artigo objetiva refletir sobre a atuação de integrantes da Igreja Católica, no Recife, durante a epidemia da “Influenza Hespanhola”. Analisarei precisamente alguns cenários específicos, sobretudo o da atuação dos religiosos e religiosas em áreas de pobreza da cidade e como a circulação territorial destes e destas estavam conectados com um cenário mais amplo de atuação da Cúria Romana. Assim, utilizei como fontes documentais dois suportes aparentemente distintos. De um lado, documentos sobre e produzidos por integrantes da Igreja Católica, desde livros de crônicas e diários, até periódicos oficiais da Arquidiocese de Olinda e Recife. Do outro, um conjunto de documentos egressos da repartição de higiene pública e da diretoria de estatística. Com isto, procuro estabelecer um elo entre a pandemia de Gripe Espanhola pode ter sido elo para o processo de expansão da Igreja Católica em direção às áreas periféricas do centro urbano do Recife. Como resultado, procuro ampliar as conexões entre Igreja Católica, pobreza e assistência social com atenção às transformações sociais operadas naquele período. Parto do pressuposto de que as fronteiras de atuação destas instituições são compartilhadas por mútuas transformações que revelam flagrantes desigualdades sociais.</p>Dirceu Marroquim
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2023-08-102023-08-1028482544Terrorismo no Nordeste
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<p>No final da década de 1970 e começo da seguinte, extremistas de direita, em geral ligados aos órgãos de repressão, realizaram vários atentados à bomba e ameaças terroristas pelo País, na intenção de barrar a distensão/abertura da ditadura e conter o que entendiam ser uma ameaça comunista. A onda terrorista trouxe destruição material, provocou vítimas e gerou medo na sociedade. Ao contrário de uma memória bastante difundida, os ataques não se restringiram aos centros políticos mais dinâmicos do processo político da abertura, ocorrendo por várias cidades brasileiras. No segundo semestre de 1980, na cidade de Fortaleza, bancas de jornais, templos católicos e logradouros, afora a Universidade Federal do Ceará, foram alvos de ataques e ameaças do Movimento Anticomunista. O MAC era composto por jovens, todos civis, sem ligações diretas com a ditadura civil-militar. A intenção do artigo é compreender as motivações específicas que levaram aos ataques terroristas na capital cearense, a partir de documentos do próprio regime e matérias na imprensa.</p>Airton de Farias
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2023-08-102023-08-1028484562Helder Camara
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<p>Este trabalho vem pesquisar a atuação do arcebispo de Olinda e Recife dom Helder Camara durante a ditadura civil-militar, principalmente no período de chumbo a partir de 1968, por meio do seu movimento não violento Ação, Justiça e Paz-AJP. Esse foi criando no dia 2 de outubro de 1968, poucos meses antes da imposição pelo governo Federal do Ato Institucional nº 5 (AI-5). O Movimento do Dom, como era carinhosamente chamado, estava baseado nas ideias não violentas de Mahatma Gandhi e de Martin Luther King, ambos lutaram por transformações sociais. O objetivo é analisar a luta de Dom Helder contra a ditadura civil-militar utilizando o seu movimento contestador AJP. A Metodologia é qualitativa, pesquisando nas Cartas Circulares escritas por dom Helder nas vigílias realizadas nas madrugadas e também os vários discursos durante a sua permanência na arquidiocese de Olinda e Recife. Portanto, dom Helder não ficou inerte perante a violência ocasiona pelo regime militar, porém, foi a luta contra o desrespeito aos direitos humanos.</p>Rosildo Henrique Silva
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2023-08-102023-08-1028486378Sud chesti
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<p>O filme <em>Sud chesti</em> [Tribunal de honra], 1948, do diretor Abram Room, foi um dos elementos da campanha do regime soviético na mídia para devolver o gênio à garrafa após a abertura cultural para os aliados e o relaxamento social durante e imediatamente após a Segunda Guerra. Era necessário justificar ao país a reviravolta da situação internacional com a Guerra Fria, o corte dos vínculos com os ex-aliados, a contenção da espionagem industrial promovida pelos mesmos contra a URSS, a sujeição da ciência aos ditames políticos e a repressão aos defensores da reforma, aproximação e distensão. Para sua análise, foi empregada a sócio-história cinematográfica de Marc Ferro, com sua busca pelo entrelaçamento de política, sociedade e cinema, com a intenção de permitir ao cinema apresentar a sociedade e a política sob outra perspectiva, e estes ao modelarem o cinema e serem por ele influenciadas. As parcelas da audiência identificados com o regime e seu novo nacionalismo exacerbado do pós-guerra encontravam em <em>Sud chesti</em> os elementos para a identificação e a perseguição dos inimigos internos, como direcioná-los ao renascido tribunal de honra, e a entender o papel deste na educação política das massas. A defesa da pátria imiscui-se com o objetivo de controle do saber científico e de seus contatos com o exterior.</p>Moisés Wagner Franciscon
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2023-08-102023-08-10284879100O Partido Comunista do Perú - Sendero Luminoso na Comisión de la Verdad y Reconciliación- Peru e no dossiê da revista Caretas (1980-1992)
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<p>O primeiro atentado de grandes dimensões do Partido Comunista do Peru - Sendero Luminoso (PCP-SL) - aconteceu em 1980, em Lima, e abriu as portas para que uma onda de violência assolasse o país. Este texto objetiva discutir as relações da <em>Comisión de la Verdad y Reconciliación (CVR)</em>, que foi feita no âmbito do Estado, com o dossiê <em>La verdade sobre el espanto</em>, encartado nas bancas pela revista <em>Caretas</em> em duas ocasiões distintas. Ressalta-se que as duas fontes possuem características diferentes, a primeira faz uma narrativa extremamente textual, enquanto a segunda utiliza as fotografias para criar a lógica dos fatos. Por este motivo, pretende-se demonstrar as proximidades e distanciamentos entre as duas narrativas. Para tanto, este texto está organizado em três eixos: o primeiro trata a respeito do aparecimento do PCP-SL e o insere na conjuntura política do país; posteriormente, traz como o grupo foi abordado na CVR e, por fim, promove-se uma análise a respeito da divulgação de um dossiê elaborado pela revista <em>Caretas</em>, que visou contribuir para o debate.</p>Aline de Jesus Nascimento
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2023-08-102023-08-102848101119Discurso, Extrema Direita e Educação Digital
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<p>Nas últimas décadas, testemunhamos o crescimento de movimentos de extrema direita capazes de alcançar as maiores instâncias do poder político nacional e internacional, reorganizando o mapa político do país e do mundo. Essa onda ultraconservadora aproveitou-se da popularização e da atual leniência jurídica para com as plataformas digitais na internet, para construir uma rede de disseminação de narrativas e saberes anticientíficos. A assim chamada, “Nova Direita” brasileira, buscou inspirações discursivas no também movimento de extrema direita norte-americano, a “Alt-Right” (direita alternativa), como da mesma forma, reaproveitou antigas temáticas e conceitos de organizações de extrema direita do pós-segunda guerra mundial para reafirmar conceitos ultraconservadores. No campo da educação, é de interesse dessa pesquisa observarmos como se constitui no meio discursivo ultraconservador da Nova Direita, as narrativas sobre a história brasileira e suas reverberações na sociedade atual. Para esse intento, se utilizou das ferramentas de análise do discurso, oriundas da obra filosófica de Michel Foucault.</p>Vinícius Finger
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2023-08-102023-08-102848120138