FORMAÇÃO, TRABALHO OU ASSISTÊNCIA? PANORAMA E CRÍTICA DO ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO NA UFSC

Autores

  • Tsamiyah Carreño Levi
  • Treicy Giovanella da Silveira
  • Antonio Alberto Brunetta

Resumo

O objetivo da pesquisa é problematizar as condições de formação e atuação dos bolsistas de estágio não obrigatório na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e produzir um panorama das precariedades que lhe são inerentes. Nossa hipótese diz respeito à articulação entre juventude, trabalho, formação e assistência como condição legitimadora da precariedade da formação e do trabalho. A metodologia abrange a análise quantitativa de dados oficiais do Departamento de Integração Acadêmica e Profissional (DIP/UFSC) sobre os bolsistas, considerando o período de 2008 a 2014. Através da análise qualitativa, são avaliadas as legislações sobre estágio, nacionais e da universidade. Os resultados apontam para a centralidade do trabalho na articulação entre assistência, formação e trabalho e a amplitude no uso da modalidade de bolsa como meio de apropriação de trabalho em condições adversas, legitimado pela necessidade de assistência aos estudantes, o que ocasiona um paradoxo nas políticas que tentam articular formação, trabalho e assistência.