RECONFIGURAR AS NOÇÕES DE INFÂNCIA E EDUCAÇÃO INICIAL A PARTIR DAS PEDAGOGIAS PRÓPRIAS DE ALGUNS GRUPOS AMAZÔNICOS
Resumo
Este artigo nos convida a repensar as práticas de educação infantil de forma historicamente contextualizada, politicamente desmistificada e eticamente reflexiva. Ou seja, pretende rever o sentido e a práxis da educação infantil, para sustentar um diálogo que vise reconhecimento, respeito e inspiração em “pedagogias próprias dos grupos étnicos”, para compor metodologias e uma configuração da infância a partir de uma perspectiva culturalmente situada que nos permita abordar o desenvolvimento integral, a exploração do meio, a expressividade e a construção do conhecimento de meninos e meninas na primeira infância. A pesquisa que realizei na região colombiana de Vaupés, especificamente em Piramirí, uma pequena aldeia localizada no rio Cuduyarí, um afluente do rio Vaupés, será utilizada como ponto de referência. Ela é habitada pelos Pediküa, uma comunidade Pãmiwa, comumente chamada de Cubeo na literatura etnográfica e linguística. Durante várias estadias a partir de 1993, eu consegui partilhar partes da sua vida cotidiana e manter uma longa conversa guiada principalmente por mulheres. A minha atenção centrou-se na infância dos Pãmiwa. As questões orientadoras do trabalho de campo ao longo dos anos giraram em torno de como as crianças são concebidas, qual é o seu processo de socialização, como são cuidadas, ensinadas e como elas aprendem. Estou particularmente interessada em examinar as respostas a estas questões em relação às incursões privadas ou estatais quanto ao cuidado e à educação das crianças.
PALAVRAS-CHAVE: Infâncias indígenas. Educação inicial. Pedagogias próprias.
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