Aufklärung: journal of philosophy https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf <p><em><strong>Aufklärung, revista de filosofia</strong></em> (Qualis A3, DOI 10.18012/ARF) tem foco na publicação de artigos na área de filosofia, ou que sejam relevantes para a pesquisa em filosofia. Tem como objetivos: a) contribuir para a formação acadêmica de profissionais de filosofia [ensino e pesquisa] e áreas afins; b) contribuir para a efetivação de políticas da área de filosofia, ao propiciar a divulgação de resultados originados a partir de pesquisas filosóficas voltadas para a pós-graduação com base em princípios éticos tranparentes; e c) constituir-se como um espaço aberto para o debate entre pesquisadores do Brasil e do exterior.</p> Aufklärung: Journal of Philosophy pt-BR Aufklärung: journal of philosophy 2358-8470 <p><strong>Política de Direito Autoral para os itens publicados pela Revista:</strong></p><p>1.Esta revista é regida por uma Licença da Creative Commons aplicada a revistas eletrônicas. 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Para tanto, num primeiro momento apresentamos a presença da eugenia desde a Antiguidade, sua intima relação com a genética, assim como o processo de instrumentalização da ciência, exteriorizada na crítica de alguns epistemólogos. No segundo momento procuramos apresentar as discussões a respeito dos problemas éticos decorrentes das pesquisas direcionadas à biogenética sob a perspectiva do filósofo alemão Jürgen Habermas, para quem tais pesquisas podem, num futuro muito próximo, passar a ser reguladas por uma lógica de mercado, trazendo com isso profundas consequências para a autocompreensão normativa do indivíduo, cujo projeto de vida passa a ser orientado por preferências de cunho subjetivo de terceiros.</p> Jorge Alberto Ramos Sarmento Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 11 20 10.18012/arf.v11i2.68930 Antes do nascimento da Biopolítica: para pensar o surgimento de uma noção em Michel Foucault https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf/article/view/69210 <p>Dada a relevância e a recorrente presença em pesquisas acadêmicas da noção de “biopolítica”, elaborada pelo filósofo Michel Foucault, esse artigo busca colaborar com a compreensão dessa noção e sua emergência conceitual. Para tanto, o artigo analisa os quatro livros publicados por M. Foucault antes das primeiras utilizações do termo “biopolítica”, na segunda metade de 1970, a fim de localizar neles a presença de elementos constituintes da noção. Nesse livros foram encontrados elementos que depois comporiam a conceitualização da biopolítica e orbitariam os estudos do tema, em especial a problematização da população e da vida biológica. Esse artigo, no entanto, não visou encontrar, na obra de Foucault, uma análise biopolítica anterior ao estabelecimento da noção, mas identificou pistas relacionadas à medicina, à biologia, à estatística e à população, presentes em trabalhos anteriores de Foucault, que podem enriquecer o entendimento da noção de biopolítica e sua historicidade.</p> Helena Almeia e Silva Sampaio Luiz Guilherme Augsburger Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 21 32 10.18012/arf.v11i2.69210 A questão da afirmação da existência em O nascimento da tragédia de Friedrich Nietzsche https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf/article/view/68762 <p>O texto explora as concepções de Nietzsche acerca da formação da arte, conforme apresentadas em <em>O nascimento da tragédia</em>, investigando a dualidade entre os impulsos artísticos apolíneo e dionisíaco. O enfoque central está na justificação estética da existência por meio da arte, seja pela forma proporcionada pelo apolíneo ou pela dualidade entre o apolíneo e o dionisíaco na arte trágica, como um jogo fundamental da vivência humana. Argumentaremos sobre a tensão entre a unidade universal e a individualidade que o filósofo apresenta como o cerne do efeito estético da tragédia, contribuindo para a afirmação da vida e a conquista da liberdade.</p> Camilo Lelis Jota Pereira Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 33 48 10.18012/arf.v11i2.68762 La dialéctica entre alegoría y símbolo en Origen del Trauerspiel Alemán https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf/article/view/69298 <p>El presente trabajo se propone analizar, de modo parcial, la dialéctica entre alegoría y símbolo elaborada a partir de la lectura retórico-estética de la forma artística del Trauerspiel alemán efectuada por Walter Benjamin. En función de ello, mediante una vía de interpretación expositiva, abordaremos cómo se articulan los siguientes tres momentos claves en el libro sobre el Trauerspiel alemán: el vínculo entre el Trauerspiel y la escena profana de la lectura, la particularidad de la significación alegórica y la inseparabilidad entre alegoría y duelo. A partir de la exposición de estos momentos, arribaremos a las consideraciones finales de que dentro del campo de la filosofía del arte, la dialéctica entre alegoría y símbolo constituye una concepción retórico-estética del significar (Bedeutens), pensada mediante una doble caracterización que encuentra Benjamin en dieSprache.<br /><br /></p> Eduardo García Elizondo Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 49 62 10.18012/arf.v11i2.69298 Uma investigação sobre o trágico grego na filosofia de Martin Heidegger https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf/article/view/69938 <p><span style="font-weight: 400;">O objetivo deste artigo é entender qual o lugar da tragédia e do trágico na filosofia de Heidegger. Para isso, analisamos um compilado de referências em que o filósofo alemão menciona a tragédia grega ou a noção de trágico. Ao final, foi possível concluir de suas citações diretas ao trágico e à tragédia, que este tema é constituído e fundamentado na maneira como Heidegger pensa a história do ser, mas não somente isso, é possível perceber o movimento inverso ocorrendo também, ou seja, que a filosofia da história de Heidegger pode ser lida a partir do modo como o filósofo entende o trágico.&nbsp; </span></p> Marina Coelho Santos Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 63 78 10.18012/arf.v11i2.69938 Conhecimento e indeterminação em Bergson https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf/article/view/69430 <p>Este artigo revisita a solução, oferecida por Bergson, ao problema clássico da relação do corpo com o espírito, confrontando o sistema legado por esse filósofo com soluções anteriores, mas principalmente com a de Kant. Para isso, recupera-se as linhas maiores do argumento desenvolvido sobretudo em <em>Matéria e memória</em>, com o objetivo de articular sua definição concorrente de conhecimento.</p> Demétrio Rocha Pereira Gabriel Cunha Hickmann Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 79 90 10.18012/arf.v11i2.69430 Consequências Políticas do Construtivismo Social https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf/article/view/68769 <p>Os assim chamados ‘Novos Movimentos Sociais' (feministas, LGBTQIA+ e racialistas) em grande parte abandonaram as tradições liberal e marxista e abraçaram teses relativistas, se alinhando ao que é chamado atualmente de ‘<em>Identity Politics</em>’ ou ‘Identitarismo’. As teses principais desses grupos têm forte influência do Construtivismo Social em Sociologia da Ciência, e acabam gerando consequências opostas às pretendidas quando aplicadas à política. Identificamos aqui sete dessas consequências: a dissolução do conceito de sujeito ativo, a justificação do autoritarismo e da violência política, o antirrealismo, a transformação da luta pela mudança da realidade em luta pela mudança da linguagem, a deslegitimação de conquistas culturais da humanidade, a dissolução de critérios de validação do conhecimento e a justificação do fundamentalismo religioso. É necessária a discussão crítica das bases teóricas desse tipo de atuação política, assim como das consequências já visíveis desta na sociedade, antes que causem um maior retrocesso nos direitos das minorias.</p> Gustavo Castanon Frederico Krepe José Olavo Smanio Brando Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 91 106 10.18012/arf.v11i2.68769 Análises argumentativo-conceituais acerca do Tractatus Logico-Philosophicus de Ludwig Wittgenstein https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf/article/view/69751 <p>A obra de Ludwig Wittgenstein chamada Tractatus Logico-Philosophicus, ao mesmo tempo que representa uma grande contribuição à mudança de concepção acerca da linguagem e suas capacidades em se relacionar com a realidade e a compreensão do mundo externo, traz também consigo uma série de problemas argumentativo-conceituais que parecem ter fugido do controle do autor, revelando-se uma obra polêmica e de forte presença nos debates de Filosofia da Linguagem e Ontologia. O caráter dogmático, compondo uma obra com base em aforismos, traz uma reflexão quase que inteiramente subjetiva e interna a um sistema novo e peculiar a Wittgenstein, gerando certamente muitas dúvidas sobre o poder de consenso público que o Tractatus pode estabelecer. Sem levar isso em consideração, é conveniente notar também que o próprio autor, por lidar com a definição de conceitos caros à Filosofia, acaba entrando em contradição consigo mesmo diversas vezes, revelando, talvez, porque o mesmo abandonara as ideias desse escrito para assumir uma postura mais pragmática em obras posteriores. Veremos como e onde algumas dessas contradições ocorrem, realizando também um diálogo com outros autores a fim de termos uma compreensão mais diversificada dos termos tratados.</p> Euclides Souza Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 107 116 10.18012/arf.v11i2.69751 A unidade na fenomenologia de Edmund Husserl https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf/article/view/68785 <p>O presente artigo almeja estudar a fenomenologia de Edmund Husserl tendo como parâmetro o conceito husserliano de unidade. Conectada a diferentes nuances dessa fenomenologia, a unidade será investigada em seis seções, que apresentarão as dificuldade inerentes à fenomenologia, a crítica de Husserl a Locke e Berkeley, a representação e a abstração, a intuição e o <em>Lebenswelt</em> e a intencionalidade e o visar.</p> Daniel Branco Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 117 126 10.18012/arf.v11i2.68785 A destinação do erudito em Fichte https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf/article/view/70185 <p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo almeja examinar as preleções ministradas por Johann Gottlieb Fichte acerca da destinação do erudito, em particular as suas contribuições para se pensar a ética. Neste escrito, o filósofo realiza uma série de reflexões sobre o papel de cada indivíduo em sociedade, e afirma que cada um tem uma vocação a ser livremente escolhida, e, por conseguinte, exercitada. Sendo o ser humano essencialmente digno, ocorre que lhe é permitido se utilizar somente das coisas e não de seu semelhante: disso resulta que ele é o seu próprio fim. O erudito, em particular, possui a vocação de contribuir diretamente para que a finalidade última do ser humano seja alcançada, sendo que esta finalidade compreende o aperfeiçoamento moral por parte de cada indivíduo que compõe a sociedade.&nbsp;</span></p> Guilherme Felipe Carvalho Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 127 138 10.18012/arf.v11i2.70185 Marx e o processo revolucionário em Hannah Arendt e em Simone Weil https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf/article/view/70157 <p>Nosso artigo visa apresentar um estudo comparativo entre os pensamentos de Hannah Arendt e Simone Weil a respeito de suas respectivas reflexões sobre o projeto revolucionário de Marx. Para que esse objetivo nos seja alcançável faremos um recorte pontual em uma das obras de cada uma dessas filósofas. Em Hannah Arendt acompanhamos o pensamento da filósofa em seu livro <em>Sobre a Revolução </em>(2011),<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a> principalmente, no início do capítulo <em>A questão Social</em> (pp. 92-99) e no fim de <em>A tradição revolucionária e seu tesouro perdido</em> (pp. 374-390)<em>.</em> Em Simone Weil nos dedicaremos ao texto <em>Reflexões sobre as causas da liberdade e da opressão social </em>(1996),<a href="#_ftn2" name="_ftnref2"><sup>[2]</sup></a> principalmente, no capítulo denominado <em>Crítica ao Marxismo</em> (pp. 235-251). Com esse recorte demonstraremos separadamente a crítica realizada por cada uma dessas filósofas, destacando as semelhanças e as diferenças de seus pensamentos. Enfim, apresentaremos brevemente as propostas dessas grandes pensadoras para uma verdadeira ‘revolução’ da condição humana, que, de certo modo, estão no âmbito da filosofia de cada uma delas.</p> Eduardo Lucas Alves Rodrigues Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 139 150 10.18012/arf.v11i2.70157 Da singularidade como acontecimento estético https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf/article/view/67686 <div> <p class="Corpo"><span lang="PT">Partindo de um experimento mental, exploro como a forma usual para falarmos de experiências subjetivas não leva em consideração sua mediação por uma forma de vida, que enseja problematizar uma noção unitária e essencialista de identidade. Faço-o ao examinar algumas tensões imanentes ao modo como Kant modifica a relação entre singular e universal na passagem de sua primeira à sua terceira Crítica. Ali, volto-me ao juízo reflexionante enquanto surgimento da singularidade como acontecimento não-conceitualmente apreensível. Termino sugerindo uma aproximação entre o modelo estético de singularidade, que surge com a terceira Crítica, e a mobilização política de experiências subjetivas.</span></p> </div> Pedro Pennycook Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 151 164 10.18012/arf.v11i2.67686 Direito e ética na arquitetônica kantiana – uma crítica à tese da dependência https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/arf/article/view/70262 <p>Este artigo apresenta uma crítica a tese da dependência do direito à moral na filosofia kantiana. O fio condutor de nossa análise será a exposição de tal leitura pelos argumentos de Höffe, o qual expõem em seu artigo a conclusão de um imperativo categórico do direito. Sustentamos nossa crítica nos fundamentos insuficientes do conceito moral do direito e a obrigatoriedade das ações jurídicas. Ademais, este artigo tem como objetivo apresentar uma correta leitura do direito e da ética como subclasses da lei moral, sem, contudo, mesclar seus elementos constituintes. Para isso, apresentaremos os argumentos da tese da dependência pela exposição de Höffe e, após, realizaremos nossa crítica aos fundamentos basilares de tal leitura. Por fim, exporemos o campo de atuação de cada subclasse da lei moral, a saber, o direito e a ética.</p> Cleiton Santos Copyright (c) 2024 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-03 2024-10-03 11 2 165 176 10.18012/arf.v11i2.70262