https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/issue/feedRevista Ártemis2024-08-03T05:06:49-03:00Revista Ártemisartemisestudosdegenero@gmail.comOpen Journal Systems<p>A <strong>Revista Ártemis</strong>, de <strong>ISSN 1807-8214 / 2316-5251 (versão impressa)</strong>, é um periódico semestral, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPB. Em julho de 2024, recebeu classificação <strong>Qualis A2</strong>, na última avaliação da CAPES. </p> <p>A revista divulga produção científica no campo dos estudos de gênero, feminismos e sexualidades pelo viés interdisciplinar, abordando fenômenos sociológicos, culturais, análises históricas, literárias, psicológicas, além de estudos interseccionais. O objetivo é contribuir com a construção de novas abordagens teóricas e metodológicas, difundir artigos e pesquisas nacionais e internacionais, resenhas, entrevistas e traduções. </p>https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/70999Apresentação do dossiê2024-08-03T04:35:23-03:00José Veranildo Lopes da Costa Júniorjoseveranildo@ccae.ufpb.brMonaliza Rios Silvariosmonaliza@gmail.comMoama Lorena de Lacerda Marquesmoamalorena@gmail.com2024-08-20T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Ártemishttps://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/70782Eurocentrismo, feminismos civilizatórios e colonialidade: a epistemologia feminista decolonial como ferramenta analítica das relações de gênero2024-07-11T13:32:34-03:00Juliana Adono da Silvajulianaadonosilva@gmail.comLidia Maria Vianna Possaslidia.possas@unesp.br<p class="p1">As lutas feministas como um dos objetos de análise dos estudos de gênero têm sido interpretadas por diferentes lentes desde o final do século XX, quando da preocupação <span class="s1">teórica com o gênero como categoria analítica. Embora tais mobilizações não operem de </span>forma homogênea, a epistemologia feminista hegemônica ainda privilegia as narrativas do Norte global, que ainda atuam a serviço do colonialismo, do capitalismo moderno/colonial e da própria colonialidade do poder, do saber, do ser e de gênero. Contudo, na contramão deste processo, as matrizes contra-hegemônicas têm apontado caminhos para romper com este sistema moderno/colonial de gênero. Diante disso, o presente trabalho busca demonstrar a potencialidade da epistemologia feminista decolonial como ferramenta analítica das relações de gênero. Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica, com base em fontes secundárias de análise. Conclui-se que a epistemologia feminista decolonial se coloca para além da reestruturação teórica necessária ao campo dos estudos de gênero, mas também como prática política essencial à emancipação no Sul global perante a colonialidade de gênero.</p>2024-08-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Ártemishttps://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/71000Em pilhas, as mulheres: o hiper realismo de Patrícia Melo representando as violências sistêmicas contra os corpos femininos2024-08-03T04:41:17-03:00Maximiliano Torrestorres.maxi@gmail.comAlexandra Alves da Silvaalexandra.ead@gmail.com<p class="p1">O presente artigo analisa, com base na teoria crítica feminista, as perspectivas de violência apresentadas no romance <em>Mulheres empilhadas</em> (2019), de Patrícia Melo. Sob o aporte teórico de Collins e Bilge (2021), Bourdieu (2022), Foucault (2014), Butler (2021), Segato (2003 e 2016), Vergès (2020), com alinhamento à perspectiva decolonial, serão valorizadas as abordagens interseccionais e os diálogos com outros textos que também abarcam o tema. O tom verossímil das narrativas criminais da autora permitirá analogias com inúmeras formas de violências sistêmicas já perpetradas socialmente. A partir das discussões de elementos poéticos que se estruturam na fronteira entre a ficção e a realidade, bem como levantamentos dos pontos sugeridos pertinentes à proposta analítica, a leitura versará sobre a necessidade de soluções para que todas as pessoas, principalmente com identidade feminina, tenham seus espaços de fala e de existência garantidos.</p>2024-08-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Ártemishttps://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/71001Tecendo resistências: o corpo travesti contra o “CIStema” colonial de gênero em “A noite não vai permitir que amanheça”, de Camila Sosa Villada2024-08-03T04:44:49-03:00Maria Helena Lustosa Fernandesmaria.hlf@hotmail.comAmanda Ramalho de Freitas Britoamanda.ramalho@academico.ufpb.br<p class="p1">O presente trabalho visa realizar uma leitura sobre a vivência de um corpo travesti resistente às normas do “CIStema” colonial de gênero no conto “A noite não vai permitir que amanheça”, presente na obra <em>Sou uma tola por te querer</em> (2022), da autora argentina Camila Sosa Villada. A narrativa retrata aspectos da vida de uma travesti parda, que tem como meio de sobrevivência a prostituição, na cidade de Córdoba, na Argentina, e traz aspectos de sua vivência em uma noite de trabalho, onde aparecem quatro rapazes ricos e jovens e a levam para uma casa em um condomínio fechado. Nesse espaço, são apresentadas várias situações nas quais se podem perceber questões de gênero, classe e raça. A partir disso, pretende-se contribuir com a relação da existência e resistência do corpo travesti e arte literária, dentro de uma perspectiva que almeja reconhecer as experiências das feminidades e mulheridades. Para tanto, nos baseamos no conceito de Transfeminismo, de Letícia Nascimento (2021), e na representação do corpo para Berenice Bento (2017). Dentro desses aspectos, no conto de Villada, podemos refletir acerca da falta de reconhecimento da sociedade em relação às mulheres travestis, estas que, muitas vezes, têm o status de humanidade negado, pois não é levada em consideração a pluralidade que abarca as mulheridades e feminilidades.</p>2024-08-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Ártemishttps://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/71002Ser ou não ser Agatha Bell?: a experiência da vida privada de Chinaza Okafor em “Os casamenteiros”, de Adichie2024-08-03T04:49:44-03:00Clara Mayara de Almeida Vasconcelosclara.mavasconcelos@upe.brRafael Francisco Brazrafaelfranciscobrazprof@servidor.uepb.edu.brElaine Torres Nascimentoelaine.torrres@gmail.com<p class="p1">A participação feminina em sociedade é marcada por reivindicações constantes por direitos e equidade na esfera social, seja em âmbito público ou privado. Sendo assim, torna-se imperativo [re]pensar os lugares que elas ocupam, bem como a forma como elas foram durante muito tempo representadas. Destarte, este artigo propõe-se a analisar o papel da personagem Agatha Bell no conto “Os casamenteiros”, escrito por Chimamanda Nigozi Adichie, que compõe a coletânea de narrativas de contos intitulada <em>No seu pescoço </em>(2017). Para tanto, utilizamos as contribuições teóricas de Bonnici (2004), Cooper (2007), Vergès (2020), Spivak (1997), Pinto (2007), Davis (2016), Ribeiro (2018) e Cardoso (2022). Sendo assim, utilizou-se pesquisa de natureza qualitativa e descritiva de cunho documental e bibliográfico para a construção das discussões teóricas e análise do <em>corpus</em>. Os estudos aqui desenvolvidos apontam para a necessidade de não se aceitar mais os papeis socialmente convencionados ao feminino com base em preceitos essencialistas, bem como a relação entre gênero, classe e raça não deve ser utilizada como uma categoria para delegar um <em>locus</em> de inferioridade ao gênero feminino.</p>2024-08-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Ártemishttps://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/70904Espaços diminutos e dinâmicas entre mulheres: a resistência feminina na narrativa “Solitária”, de Eliana Alves Cruz2024-07-24T22:05:19-03:00Yasmin de Andrade Alvesyasminandradealves99@gmail.comMaria Luiza Diniz Milanezluizamilanez@hotmail.com<p>Vivendo numa realidade em que sua potencial revolta interna poderia acarretar na perda das relações de trabalho e de seu sustento, d. Eunice e Mabel, mãe e filha, personagens principais da narrativa <em>Solitária</em>, de Eliana Alves Cruz (2022), desenvolvem meios de resistência em espaços minúsculos a elas delegados. Partindo disso, o presente artigo tem como objetivo analisar a narrativa através dos caminhos que levam d. Eunice, empregada doméstica em um condomínio de luxo, aos movimentos de resistência e de ruptura. Na mesma direção, intenciona-se trazer à tona os movimentos de Mabel, contemplando as relações femininas existentes na obra e o modo como suas atitudes convergem em direção à subversão dos espaços diminutos e das relações de poder. Para a análise desse romance contemporâneo que convida o/a leitor/a a uma perspectiva decolonial, abordaremos perspectivas teóricas para uma crítica literária sob o mesmo viés, a comunhão feminina e o empoderamento como um componente da resistência (Lugones, 2020; Castro, 2020; Vergès, 2019; Nascimento, 2019; Berth, 2019).</p>2024-08-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Ártemishttps://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/71003Retratos do amor erótico na lírica de Elisa Lucinda: uma leitura de “El deseo, a lira dos amantes”2024-08-03T04:53:24-03:00Yago Viegas da Silvayagoviegas.ufpb1@gmail.com<p class="p1">Elisa Lucinda é uma poetisa, atriz e performista capixaba com vasta produção lírica, de modo que grande parte de seus poemas está condensada na antologia <em>Vozes Guardadas</em>, publicada pela Editora Record, em 2016. Uma proposta que perpassa boa parte dos textos lucindianos é justamente um direcionamento que nos diz de uma voz lírica que clama e conclama vozes femininas demarcadamente negras, de forma que entendemos que este é também um projeto estético da autora, já que ela própria é bastante atuante na luta contra o sistema de opressão perpetrado a partir dos paradigmas da colonização/colonialidade e da masculinidade. Dessa maneira, o objetivo principal deste trabalho é refletir sobre o amor como uma forma de pulsão erótica na seção de poemas “El deseo, a lira dos amantes”, da antologia de Lucinda, compreendendo essas vozes como constitutivas das forças da decolonização. Nesta seção em especial, existe um tema que perpassa quase todos os poemas, que é justamente o jogo e/ou a relação erótica entre a sujeita lírica e seu interlocutor, de modo que esta relação pode ser entendida também como uma manifestação plena da subjetividade dessa mulher (voz lírica). Nos textos em questão, podemos vislumbrar um corpo feminino negro que se configura como instrumento de realização erótica, de forma que o erotismo presente na lírica lucindiana vai de encontro à ideia de corpo negro objetificado e estereotipado. Nossa pesquisa se ampara nas reflexões de Lorde (2021), hooks (2010), Evaristo (2005), entre outros.</p>2024-08-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Ártemishttps://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/71004Ensinando questões de gênero: uma visão comparativa da (des)igualdade em meio acadêmico no Sudeste da Europa2024-08-03T04:57:31-03:00Ramona Mihailaramona.mihaila@gmail.comIsabel Lousadaiclousada@gmail.com<p class="p1">Este estudo visa examinar questões de gênero no âmbito das principais estratégias da União Europeia nas suas relações externas. A abordagem europeia, moldada pelo consórcio multicultural e diversificado dos estados-membros, enfatiza a igualdade entre mulheres e homens. Considera fatores como a diferença salarial entre gêneros nos países da UE, a satisfação no trabalho, raça, imigração, religião, políticas de inclusão, a feminização do trabalho, qualificações profissionais e o contexto laboral. Os estudos de caso exploram tópicos de gênero em vários ambientes sociais, políticos e religiosos, com um foco particular nos países ex-comunistas no contexto europeu. Estes estudos analisam equívocos e preconceitos de género, o empoderamento das mulheres e as construções sociais na academia.</p>2024-08-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Ártemishttps://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/70394Ecos do estresse: sofrimento psicológico materno na interseção entre trabalho e gravidez no ensino superior paquistanês2024-06-03T04:12:13-03:00Saba Ahmedsaba487.sa@gmail.comDania Shoaib Khandania.shoaib.khan@gmail.comNawaz Ahmadnawazahmad1976@gmail.comMaryum Hanif Ghazimaryam.ghazi@hotmail.comJolita Vveinhardtjolita.vveinhardt@lsu.lt<p class="p1">A gravidez envolve um conjunto diversificado de desafios físicos e emocionais, esses desafios são ainda mais intensificados quando se trata das mulheres trabalhadoras. Os papéis domésticos e profissionais destas mulheres apresentam sérios obstáculos nas fases pré-natais. O presente estudo teve como objetivo explorar as experiências de grávidas que trabalham em ambientes acadêmicos no Paquistão focando os desafios enfrentados por elas durante a gravidez. Metodologia: Foi realizada uma análise qualitativa por meio de entrevistas com três docentes. Esta abordagem trouxe à tona os desafios enfrentados por elas, no trabalho, durante a gravidez. Resultados: A análise revelou vários temas-chave, entre eles estão a ausência de infraestruturas inclusivas e de apoio administrativo, o que contribui para que o efeito teto de vidro seja intensificado; a ausência da adoção de medidas ergonômicas que contribuem para a fadiga física nas movimentações pelo campus, juntamente com a falta de instalações médicas, intensificam o sofrimento psicológico colocando graves desafios para o bem-estar materno. Finalmente, as políticas e atitudes ambíguas e discriminatórias que percebem no local de trabalho e contribuem para o estresse emocional das gestantes. Conclusões: Esta investigação destaca a necessidade de criar uma estrutura organizacional persistente e abrangente que inclua políticas inclusivas, sistemas de apoio e a alternativa de horários flexíveis. Tais medidas são necessárias para dar conta da natureza multifacetada do estresse enfrentado durante o período de gestação pelas mulheres trabalhadoras, promovendo assim um ambiente de trabalho propício e holístico.</p>2024-08-03T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Ártemis