Revista Ártemis https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis <p>A <strong>Revista Ártemis</strong>, de <strong>ISSN 1807-8214 / 2316-5251 (versão impressa)</strong>, divulga a produção científica no campo dos estudos de gênero, feminismos e sexualidades pelo viés interdisciplinar, abordando fenômenos sociológicos, culturais, análises históricas, literárias, psicológicas, além de estudos interseccionais. O objetivo é contribuir com a construção de novas abordagens teóricas e metodológicas, difundir artigos e pesquisas nacionais e internacionais, resenhas, entrevistas e traduções. A revista é semestral, estando vinculada aos Programas de Pós-Graduação em Sociologia e em Letras da UFPB. Em julho de 2019, recebeu classificação Qualis A2.</p> UFPB pt-BR Revista Ártemis 2316-5251 DIREITOS DE AUTOR: O autor retém, sem retrições dos direitos sobre sua obra. DIREITOS DE REUTILIZAÇÃO: A Revista Ártemis adota a Licença Creative Commons, CC BY-NC atribuição não comercial conforme a Política de Acesso Aberto ao conhecimento adotado pelo Portal de Periódicos da UFPB. Com essa licença é permitido acessar, baixar (download), copiar, imprimir, compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos, desde que para uso não comercial e com a citação da fonte, conferindo os devidos créditos de autoria e menção à Revista Ártemis. Nesses casos, nenhuma permissão é necessária por parte dos autores ou dos editores. DIREITOS DE DEPÓSITO DOS AUTORES/AUTOARQUIVAMENTO: Os autores são estimulados a realizarem o depósito em repositórios institucionais da versão publicada com o link do seu artigo na Revista Ártemis. Pesquisar outramente: (re)pensando práticas de investigação à luz dos feminismos neomaterialistas e pós-estruturalistas https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/67400 <p>O presente ensaio pretende contribuir para os correntes debates sobre a necessidade de (re)pensar os habituais conceitos e práticas da chamada “metodologia qualitativa humanista convencional” à luz dos fundamentos epistemológicos e ontológicos avançados por contribuições feministas assentes nas teorias pós-estruturalistas, pós-humanistas e neomaterialistas, nomeadas aqui, na esteira de St. Pierre (2018), de “teorias pós”. Busco, em um primeiro momento, revisitar sucintamente o processo de desestabilização da tríade moderna Sujeito-Linguagem-Objeto agudizado pela emergência do pós-estruturalismo e de posições teóricas associadas à chamada “virada ontológica” em curso nas ciências humanas e sociais. Em seguida, tendo como pano de fundo uma investigação sociológica teoricamente informada pela articulação de perspectivas feministas pós-estruturalistas e neomaterialistas, abordo criticamente o método de entrevistas, de modo a propor formas alternativas de conceber a natureza das relações estabelecidas entre “relatos” e “experiência”. Também apresento o método de leitura difrativa, argumentando que este caracteriza um inovador procedimento analítico alinhado aos compromissos epistemológicos e ontológicos de estudos pautados pelas “teorias pós”. Por fim, defendo, em consonância com os recentes debates acerca das possibilidades de uma “pesquisa pós-qualitativa”, a necessidade das/os cientistas sociais aceitarem a premente tarefa de “pensar outramente” (FOUCAULT, 1984) suas habituais práticas de pesquisa à luz dos desafios apresentados por edifícios político-teóricos contemporâneos.</p> Caynnã de Camargo Santos Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 155 172 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.67400 Exclusão e estigmatização da diversidade sexual: a vulnerabilidade moral como categoria de análise bioética https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/63354 <p>Este artigo aborda a questão da diversidade sexual no contexto da Bioética. Esta pesquisa parte de uma revisão de literatura sobre diversidade sexual e bioética e analisa os resultados encontrados à luz da compreensão de vulnerabilidade moral. Para a revisão, foi estabelecida a seguinte pergunta norteadora: Quais são os principais temas relacionadas à produção científica sobre diversidade sexual e bioética?&nbsp; Os resultados apontam que apesar de existirem avanços na conceção de direitos e formulação de políticas públicas para estes grupos, há resistências e barreias na efetivação que podem expressar a dificuldade da sociedade em conviver com a diferença. Portanto, as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexuais podem estar moralmente fragilizadas, devido a uma legitimação de exclusões e violências pelo <em>ethos</em> da maioria da sociedade, não raramente a partir de argumentos teóricos e elaborados com ampla fundamentação filosófica, teológica, jurídica ou científica. &nbsp;Essa é uma expressão singular da vulnerabilidade moral que deve ser estudada com mais atenção em trabalhos futuros nos diversos campo do conhecimento.</p> Bárbara Medeiros Badaró Thiago Rocha da Cunha Mário Antonio Sanches Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 173 187 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.63354 A saúde da mulher e a Nova Caderneta da gestante: um palco de interações e disputas na implementação de políticas públicas do/no corpo da mulher https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/66581 <p>Um grande palco de tensões e contestações está ocorrendo desde a extinção da política pública do Rede Cegonha (2011), que ocorreu no mês de abril de 2022 e a implementação de sua substituta, a Rede de Atenção Materno Infantil (RAMI). A primeira medida tomada pela RAMI foi o lançamento de uma Nova Caderneta da Gestante, em maio de 2022, documento considerado preocupante e retrógrado para pesquisadores e profissionais da saúde que se preocupam com a assistência humanizada. O objetivo deste estudo esteve focado em analisar se a Nova Caderneta está ou não alinhada um dos principais pilares da saúde que é a humanização do nascer a partir da perspectiva do protagonismo feminino. Para isso, foi realizada a análise da antiga (2011) e da nova caderneta (2022), buscando entender as características e especificidades de cada uma. Também recorremos a <em>netnografia </em>para entender as interações realizadas na rede social <em>Instagram, </em>por profissionais e pesquisadores da área da saúde que se posicionavam contra a implementação da RAMI e da Nova Caderneta. Os dados das cadernetas foram triangulados a partir de documentos do Ministério da Saúde e de órgãos internacionais que deveriam ser tomados como parâmetro na criação destas políticas. Autores que refletem sobre a sociologia do corpo e corporeidade foram utilizados a fim de compreendermos as concepções sociais dos corpos grávidos e a relação com saúde.&nbsp; Os resultados indicaram que a Nova Caderneta não está alinhada aos pilares da assistência humanizada, tirando o protagonismo feminino e o direito de a mulher Ser protagonista da sua saúde e bem estar. Além do mais, difunde e incentiva práticas obstétricas, antes rotineiras, mas que atualmente se mostraram sem nenhuma evidência científica. Por isso a importância de pensar a implementação de políticas públicas que respeitem a diversidade e a multiplicidade dos corpos e sejam inclusivas.</p> Vitória Duarte Wingert Jacinta Sidegum Renner Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 188 203 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.66581 Condenando Eva: uma análise sobre o ideal de maternidade em instituições prisionais https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/63506 <p>Este artigo propõe uma análise acerca da maternidade de mulheres em regime de privação de liberdade em instituições prisionais da Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A partir da análise de entrevistas semiestruturadas realizadas com profissionais de duas unidades exclusivamente femininas – o Complexo Penitenciário Estêvão Pinto e o Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade – nos anos de 2017 e 2018, busca-se entender a experiência de mulheres mães no cárcere. Como resultado, tem-se que tanto os discursos institucionais, como as rotinas prisionais tomam forma de condenação e de punição direcionadas àquelas mulheres que desviaram do ideal de maternidade presente em nossa cultura: qual seja, a mãe inteiramente devota à vida dos filhos e filhas. Nesse sentido, este trabalho trata de um ideal de maternidade patente em nossa sociedade, e da sua contradição: as mães criminosas. Sejam elas impedidas de exercer sua maternagem pelos muros da prisão, ou punidas juntamente com os filhos e filhas no cárcere, as mulheres mães presas são julgadas para além das infrações cometidas no âmbito do Sistema de Justiça. É, portanto, dessas condenações de que trata o presente artigo, mediadas pelas vozes de outras mulheres: as funcionárias das instituições prisionais.</p> Luana Hordones Chaves Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 204 231 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.63506 Las masculinidades vivenciadas, en un grupo de estudiantes universitarios varones del sur occidente colombiano https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/66454 <p>O artigo apresenta alguns resultados de uma investigação realizada entre 2019-2021 sobre masculinidades universitárias. Objectivo. Abordar a influência das instituições na formação das masculinidades e das suas fundações sócio-históricas e essencialistas. Metodologia. Abordagem hermenêutica histórica, a complementaridade de métodos e técnicas é aceite. Teoricamente, assume-se a perspectiva performativa do género de Judith Butler, bem como abordagens da psicanálise e da fenomenologia. Resultados e conclusões. Ser masculino é uma construção social complexa e permanente organizada pelo sujeito na esfera institucional, com a mediação de agentes de socialização. As subjectividades configuradas dependem do capital, dos hábitos e da trajectória pessoal e social de cada estudante. Os jovens não têm vias claras para lidar com as masculinidades alternativas; eles são criados ao longo do caminho. Nos estudantes universitários, há contrastes entre o acoplamento e a insubordinação face às masculinidades hegemónicas.</p> <p>&nbsp;</p> Bibiana Edivey Castro Franco Jaime Alberto Carmona Parra Isabel Cristina Posada Zapata Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 232 256 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.66454 A Lisboa Africana de Orlanda Amarílis e Djaimilia Pereira de Almeida: uma análise feminista da “família ampliada” na diáspora https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/67303 <p>Neste artigo, analiso a diáspora africana retratada por Orlanda Amarílis e Djaimilia Pereira de Almeida, em Lisboa. Debato, a partir de obras delas, o conceito de “família ampliada” (Stuart HALL, 2003), uma importante rede de sociabilidades e de resistências que impacta positivamente a forma como as comunidades diaspóricas vivenciam a cidade pós-colonial. Analiso, por uma perspectiva feminista, como duas personagens mulheres – a narradora não nomeada do conto “Rodrigo” (AMARÍLIS, 1989) e a personagem Justina, de <em>Luanda, Lisboa, Paraíso</em> (PEREIRA DE ALMEIDA, 2019) – vivenciam a “família ampliada” e também a cidade de forma diferente da dos personagens homens. Essas diferenças podem envolver, por exemplo, a sobrecarga com tarefas domésticas, o medo de violências de gênero, o aprisionamento em comportamentos normativos e o desejo de anonimato. Por fim, defendo, a partir de reflexões de Chandra Mohanty (2003), que as ideias de família e lar, também na diáspora, precisam ser pensadas através de uma lente política, que leve em consideração fatores como gênero, raça e classe. Argumento que, assim como as narrativas tradicionais de lar e de família são contestadas e disputadas por teóricas feministas, o mesmo pode ser feito com a narrativa da “família ampliada”, ainda que este seja um conceito que parte de um lugar de resistência. Concluo que é importante refletir sobre esse conceito sobretudo a partir das lutas, dos conflitos, das rupturas e das transformações.</p> Daniela Stoll Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 257 273 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.67303 Apresentação do dossiê https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/68946 Luciana Calado Deplagne Victorien Zoungbo Lavou Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.68946 Subalternité genrée, afroféminisme décolonial et mémoire https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/68947 <p class="p1">Cet article s’inscrit dans le cadre du séminaire «&nbsp;Féminisme et Décolonialité. Brésil, Améfrica Ladina et Afrique&nbsp;» mené conjointement par le «Groupe de Recherche et d’Etudes des Noirs en l’Amérique Latine’’ (Université de Perpignan) et Grupo Feminismos e Decolonialidade (Universidade Federal da Paraiba), sous la cordination de Victorien Lavou et Luciana Calado Deplagne. D’une part, la «&nbsp;subalternité genrée&nbsp;» repose sur une relation dialectique qui questionne la condition subjective de subordination, de soumission et toutes formes de discriminations à l’encontre des femmes, spécifiquement des femmes racisées. D’autre part, la <em>Pensée féministe décoloniale</em>, découlant du concept de <em>Colonialité du pouvoir</em> (Anibal Quijano) convoque des approches théoriques diversifiées émanant de grandes figures féministes latino-américaines parmi lesquelles les critiques brésiliennes, Sueli Carneiro, Leila Gonzalez, Maria Lugones. A cette vision, s’ajoutera la perspective afro-féministe prônée par Awa Thiam, Mariama Bâ, Fatou Sow.<span class="Apple-converted-space">&nbsp; </span>Ceci dit, cette étude se propose de questionner la prise de parole d’une nouvelle génération d’écrivaines féministes&nbsp;; allant de la perspective afro-caribéenne avec <em>Saeta the poems</em> de Yolanda Arroyo, puis la projection afro-subsaharienne avec <em>Chère Ijdjaewele ou un manifeste pour une éducation féministe</em> de l’écrivaine nigériane Chimamanda Ngozi Adichie, et pour finir la trajectoire au féminin inscrite dans <em>La Dette</em> de Sylvie Akiguet-Bakong, écrivaine et psychologue gabonaise.<span class="Apple-converted-space">&nbsp; </span>Par quels procédés romanesques, autrement dit comment ces autrices aux trajectoires distinctes, parviennent-elles à mettre en lumière les expériences des femmes sujettes à des formes de dominations diverses&nbsp;?</p> Clotilde Chantal Allela-Kwevi Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 15 40 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.68947 La interseccionalidad imaginaria en la escritura lésbica de Yolanda Arroyo Pizarro https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/68948 <p class="p1">El género narrativo le ha permitido a la escritora Yolanda Arroyo Pizarro recrear mundos y construir realidades alternas para reiterar su firme compromiso ideológico y político con las luchas sociales. Esas preocupaciones se expresan en la escritura de sus textos, y evidencian estrategias de activismo para abordar discusiones sociales y cuestionamientos políticos dentro de amplios contextos culturales. Entre sus novelas se perfila una voz de liderazgo que habla e interpreta aspectos desde su propia identidad en espacios por donde transitan sus múltiples subjetividades. El análisis de ese proceso mediante el cual su escritura toma conciencia de experiencias individuales y grupales de opresión se presta para el análisis crítico a partir de “la imaginación interseccional”, propuesta por Antonio Pastrana, al explorar en las narrativas de líderes de la comunidad LGBTTQ, cómo lo individual y lo grupal se fusionan una enunciación identitaria para respaldar reclamos políticos de su colectivo. Desde esa óptica podríamos descifrar mejor cómo la dimensión imaginaria de la escritura de Arroyo Pizarro, por un lado, procura levantar conciencia de la necesidad de un cambio sistémico a favor de comunidades oprimidas y, por otro lado, articula su conciencia creadora como escritora al tanto de las interseccionalidades entre el género, la sexualidad y la raza. En este trabajo se examinan las novelas <em>Caparazones</em> y <em>Violeta</em> para trazar las principales corrientes temáticas de su activismo y su escritura.</p> Zaira Rivera Casellas Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 41 49 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.68948 On ne naît pas sauvage… vestiges archéologiques de nos futurs https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/68949 <p class="p1">Dans une actualité marquée par des discours racistes qui légitiment les violences et les meurtres dont sont victimes les personnes racisées, un retour sur la construction des «&nbsp;sauvages&nbsp;» lors de l’entreprise coloniale semble (une fois de plus) opportun. L’analyse du discours littéraire féministe et décolonial de l’écrivaine argentine Angélica Gorodischer nous permettra d’interroger l’oppression épistémique et le regard qui l’accompagne, dans certains contextes de fabrication des «&nbsp;sauvages&nbsp;». Les dispositifs discursifs et optiques mis en place lors de l’invasion européenne des territoires d’Abya Yala sont-ils encore présents dans nos pratiques culturelles actuelles&nbsp;? Quelles sont nos responsabilités de chercheur·euses face à ces dispositifs et aux pratiques sociales génocidaires que leur perpétuation autorise&nbsp;? Un bref examen de la scénographie coloniale et l’hypothèse de la permanence d’un dispositif visuel et discursif peuvent éclairer les tensions qui caractérisent notre contexte actuel, qui expose le contraste entre l’insistance des fantasmes de la blanchité républicaine et la prolifération d’explorations imaginaires d’espaces liminaires. Les deux romans de Gorodischer <em>Opus dos</em> (1967) et <em>Doquier</em> (2000) seront analysés pour les expériences heuristiques qu’ils engendrent et les outils critiques qu’ils nous proposent.</p> Michèle Soriano Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 50 81 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.68949 Identidad queer y resilencia: una aproximación interseccional de La Mucama de Omicunlé de Rita Indiana Hernández https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/68950 <p class="p1">La presente comunicación examina en <em>La Mucama de Omicunlé</em> (2015) de la dominicana Rita Indiana Hernández las formas de discriminación que por razones de género, etnia, clase u orientación sexual sufren las personas queers en la sociedad dominicana. El sustento teórico se desarrolla a partir de las principales aportaciones del feminismo descolonial, el paradigma interseccional, y el psicoanálisis, los cuales permiten desarrollar nuevas perspectivas de análisis en torno a las dinámicas identitarias. En la obra, examinamos las trayectorias de tres personajes: Ester Escudero una lesbiana, Asco un travesti y Alcide un andrógino y transexual. Esos personajes viven en carne propia los estragos del odio y del rechazo de la sociedad. A través de sus recorridos existenciales, cuestionamos factores como el sexo, el género y la orientación sexual como matices que dificultan el proceso de inserción social del sujeto queer en sociedades heteropatriarcales. Desde, nuestro análisis, resaltamos que la resiliencia del sujeto queer (lésbico, homosexual, andrógino o transexual) replantea las normas sociales vigentes y responde a una visión inclusiva de la sociedad dominicana. Asimismo, destacamos la renegociación identitaria como forma privilegiada de superación&nbsp;frente a&nbsp;la&nbsp;opresión.</p> Clementine Ngo Mbeb Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 82 92 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.68950 La littérature garciamarqueana à partir d’une approche féministe et décoloniale https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/68951 <p class="p1">Dans cet article nous analysons la représentation de la femme noire et racisée, en tant que figure de l’exclusion, dans la littérature de Gabriel García Márquez. Cela à travers de plusieurs personnages secondaires qui traversent ses nombreuses nouvelles ainsi que ses romans les plus connus comme <em>Cent ans de solitude </em>(1967), <em>Amour aux temps du choléra </em>(1985), <em>De l’amour et autres démons </em>(1994) et <em>Mémoires de me putains tristes </em>(2004)<em>.</em> Dans ce dernier ouvrage, publié peu avant la mort de l’auteur, Delgadina, une enfant-adolescente prostituée de la Carthagène des Indes contemporaine, occupe une place importante. En effet, abordé à partir de la sociologie de la littérature, ce personnage en papier permet d’entrevoir la corrélation entre discours et performativité, entre langage littéraire et acte de langage. Les correspondances entre les «&nbsp;corps textes&nbsp;» et les «&nbsp;corps organiques&nbsp;» des femmes afro-colombiennes, mettent ainsi en évidence les dynamiques racialisantes et sexualisantes qui caractérisent à la fois l’espace littéraire fictionnel et l’espace social concret. Le langage littéraire, et l’autorité discursive qu’il véhicule, est aussi un lieu à partir duquel les femmes racisées dé-re-construisent leurs identités, d’où l’importance de l’étudier afin de comprendre la manière dont les stéréotypes ont circulé et continuent de circuler dans la Colombie du XXIe siècle. Cette étude correspond à une partie de ma thèse doctorale, elle est menée depuis une réflexion multidisciplinaire, axée sur les études culturelles, les études de genre et les apports théoriques du féminisme décolonial et du <em>Black feminism</em>, dont l’intersectionnalité est un prisme analytique central. Cette tâche résulte complexe, voire polémique. Cependant, tout en reconnaissant le génie et la virtuosité des productions littéraires dites classiques ou canoniques, il est aujourd’hui important d’établir une critique littéraire décoloniale et dépatriarcale de ces grandes œuvres pour la majorité écrites à partir d’une position située masculine, blanche-métisse et occidental.isée. À maints égards, c’est le cas de l’œuvre de Gabriel García Márquez, écrivain emblématique de la Colombie, représentatif du courant littéraire du <em>Réalisme magique,</em> prix Nobel en 1982 et auteur d’un des livres les plus lus au monde&nbsp;: <em>Cent ans de solitude</em>.</p> Sara Candela Montoya Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 93 112 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.68951 Elementos do sagrado indígena na escrita de Patrícia Melo e Giovana Madalosso https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/68952 <p class="p1">Ao longo do presente artigo é tratado o deslocamento geográfico/cultural/filosófico <span class="s1">vivenciado pelas protagonistas de dois romances brasileiros contemporâneos – <em>Mulheres </em></span><em>empilhadas </em>(2019), de Patrícia Melo e <em>Suíte Tóquio </em>(2020), de Giovana Madalosso. Ambas narrativas tratam de questões de maternidade, abordadas pelo olhar materno ou filial, da violência sofrida por mulheres e como uma aproximação com um sagrado não ocidental favorece as protagonistas via contatos que essas estabelecem com práticas de comunidades nativas do Norte do Brasil. Nosso foco está em verificar de que forma os elementos sagrados e os rituais com o chá sagrado, o Ayahuasca, levam essas mulheres a conseguirem uma conscientização que permite tratar de fatos que, em São Paulo, em suas culturas de origem, não conseguiam. Verificamos que o afastamento da vida urbana, do trabalho e as organizações capitalistas a ele vinculadas, aqui lido pelo olhar da crítica decolonial e feminista, é fator que permite que as duas protagonistas consigam compreender melhor suas idiossincrasias e desatar alguns nós que antes se apresentavam como emaranhados impossíveis de serem desfeitos.</p> Liane Schneider Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 113 123 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.68952 Os olhos e as mãos de Iemanjá narram a cidade Paraíba https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/68953 <p class="p1">Apresento nesse artigo alguns resultados da pesquisa de pós-doutorado desenvolvida no período de setembro de 2021 a agosto de 2023, no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, sob a supervisão da professora Marta Araújo. Discuto sobre <span class="s1">memória de trauma/memórias de resistência (Vecchi, 2020), território, museu decolonial </span>(Vergès, 2017) e oralituras (Leda Maria Martins, 2003), conceitos/aproximações que nos ajudam a pensar sobre patrimonialização da cultura, educação antirracista e narrativas de povos de terreiro sobre e a partir das cidades. Percorro a narrativa de violência contra os povos de terreiro na cidade de João Pessoa, Paraíba, tomando com exemplos os atos de vandalismo contra a estátua da Iemanjá, a Santinha, erguida na praia do Cabo Branco, ponto mais oriental das américas. Nesse caminho, apresento questões e algumas propostas para pensar as cidades como teatros da memória ou como fóruns (Rahul Rao, 2016) e as narrativas de mulheres, principalmente, como guias de percurso.</p> Ana Cristina Marinho Lúcio Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 124 137 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.68953 La escritura y afropoética feminista, antirracista y decolonial de Karina Rivas Cardona https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/68954 Maria Lúcia Lopes de Oliveira Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 138 150 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.68954 Quimbamba https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/artemis/article/view/68955 Yolanda Arroyo Pizarro Copyright (c) 2023 Revista Ártemis 2023-12-28 2023-12-28 36 1 151 154 10.22478/ufpb.1807-8214.2023v36n1.68955