A VOZ DA NEGRITUDE NA POESIA DE FRANCISCO JOSÉ TENREIRO
Resumo
Os traços culturais, sociais e políticos de uma nação são sempre observados como marcas da identidade de um povo que representa seu país. Porém, quando essa comunidade tem sua identidade negada como registro de uma nacionalidade ou como afirmação de um sujeito, vivencia-se uma problemática que as ciências humanas, entre elas a Literatura, visam a (des)construir. Assim, surgiu o movimento da Negritude, em países africanos, que se consolidou por retornar às origens africanas, redescobrindo o Eu Africano, num processo também conhecido como reafricanização. A produção poética de Francisco José Tenreiro, entre elas os poemas Ilha de Nome Santo (1942) e Epopeia (1942), foi uma das que serviu de retrato da luta pela identidade do sujeito negro-africano submetido a um sistema que visou alienar sua existência, excluindo sua liberdade. Portanto, compreender este movimento, significa olhar para o negro-africano como construtor de sua própria identidade dentro de uma nação livre.Downloads
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Publicado
2012-08-19
Edição
Seção
Literaturas africanas e estudos culturais