O NEGRO NA LITERATURA: DISCURSOS, MEMÓRIAS E REPRESENTAÇÕES

Autores

  • Hermano de França Rodrigues Universidade Federal da Paraíba

Resumo

No cancioneiro popular, a figura do negro aparece iniquamente estigmatizada. Forja-se uma raça totalmente embranquecida, cujos traços físicos e intelectuais são pejorativamente descritos. Ao homem de cor, por exemplo, reservam-se atributos que o inserem no universo da selvageria, do embrutecimento. Aparece como indolente, incivilizado, rude. Seguindo o mesmo viés depreciativo, a mulher negra é reduzida a simples objeto de desejo, capaz de instigar a libido masculina, desviando o branco do “bom caminho”. É um ser inferiorizado, subserviente, que executa atividades menores, quais sejam: dançar, cozinhar, lavar. Ofícios realizados, na maioria das vezes, para beneficiar o outro. Este estudo objetiva analisar, a partir da semiótica do discurso, as cantigas tradicionais, buscando observar como a imagem do negro é (des)construída nesse gênero da literatura popular. Para tanto, utilizamos um corpus constituído de seis peças, que focalizam tanto o feminino quanto o masculino.

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Biografia do Autor

Hermano de França Rodrigues, Universidade Federal da Paraíba

Professor de Literaturas de Língua Portuguesa do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade Federal da Paraíba. Doutor em Semiótica.

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Publicado

2015-03-06

Edição

Seção

Literaturas Africanas e da Diáspora Negra