LIBERTAÇÃO E ARTE POÉTICA: UMA LEITURA DE CRIAR, DE AGOSTINHO NETO
Resumo
Este trabalho consiste numa leitura do poema Criar, de Agostinho Neto. Nossa intenção é observar os aspectos ideológicos presentes nessa obra e refletir sobre a perspectiva construída pela voz lírica que conclama seus patriotas a reagir, a rebelar-se contra a tirania perpetrada pelo colonizador português. Assumindo uma dimensão simbólica que busca, por meio da poesia engajada, repensar a condição sociopolítica, sociocultural e socioeconômica do seu povo, a voz lírica dessa obra reproduz, como em uníssono, a voz do angolano que, por séculos submetido à condição de subserviência, luta por sua libertação. Discorreremos, desse modo, sobre a opressão exercida pelo colonizador lusitano sobre Angola que encontra, na arte poética de autores conscientes do seu papel político e literário, um meio através do qual se poderá contrariar o domínio luso e vislumbrar novos horizontes para a história angolana. Para nossa análise, que se pretende historiográfica, destacaremos as discussões empreendidas por Pires Laranjeiras (1995), Roberto Pontes (1999) Ana Mônica Arnaut & Luiz Lopes (2005), Rita Chaves (2005), Stuart Hall (2006) e Jane Tutikian (2006).Downloads
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Publicado
2015-03-06
Edição
Seção
Literaturas Africanas e da Diáspora Negra