Poder, religião e comunicação: o uso político da cultura na Romaria do Bonfim em Natividade (TO)
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-0476.2017v7n1.32793Palavras-chave:
Política, Poder, Romaria do Bonfim, Tocantins.Resumo
O presente trabalho traz uma análise dos discursos proferidos durante a Romaria do Bonfim de Natividade, que reúne cerca de 100 mil fiéis e, por isso, é considerado o maior evento tradicional do Tocantins. A pesquisa, com recorte temporal compreendido entre 2003 e 2016, teve como objetivo principal verificar de que forma os governadores fazem uso político da cultura, num movimento que envolve poder, religião e comunicação imbricados, tendo como base documental reportagens publicadas em sites locais. Neste entrecruzamento em tríade está a multidão de devotos, que, em sua grande maioria, são (e/ou foram) potenciais agricultores familiares e eleitores dos candidatos que se apresentam no que denominamos nesta pesquisa de “palco-altar”. Durante a análise dos resultados parciais, observou-se que muitos dos candidatos que concorriam ao pleito do Palácio do Araguaia se vestiam de povo e, por muitas vezes analisadas em seus discursos envolventes, se diziam romeiros e até recebiam a hóstia consagrada. Apesar de todas as estratégias, angariar novos votantes para si é tarefa árdua e obriga os políticos a incluírem na agenda uma verdadeira peregrinação anual em busca de votos em Natividade (TO).Downloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Publicado
2017-06-08
Edição
Seção
Artigos: Temática Livre