O Evangelho de Tomé, seu contexto de emergência e o paradigma hermenêutico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-0476.2017v7n1.33615

Palavras-chave:

Evangelho de Tomé, Cristianismo Primitivo, Galileia, Memória

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar o Evangelho de Tomé em sua forma e conteúdo; seu contexto de emergência e a discussão em torno da memória como base para a reconstrução desse cenário histórico, sobretudo a partir de critérios menos dependentes da subjetividade de quem os escreve. O trabalho foi desenvolvido em três seções. No primeiro momento, apresentamos o texto copta de Tomé num brevíssimo apanhado bibliográfico que pretende situar o leitor em relação a esta obra e seu significado. Em seguida, discutimos a emergência deste evangelho, situado num período que pode ir de meados do século I a fins do século II. A abordagem será feita a partir de uma questão chave diretamente relacionada à importância de suas origens na Galileia, dentro de um quadro político-geográfico que favorecia intercâmbios culturais entre etnias, por meio de conquistas territoriais, do comércio e, principalmente, da capilarização do helenismo no etos da época. Na terceira e última parte, tratamos de um ponto fundamental em conexão com essa situação vital: a importância da memória como vetor necessário para uma reconstrução posterior das palavras de Jesus, tanto do ponto de vista da tradição oral em questão, quanto das narrativas preservadas posteriormente em sua forma escrita, além de discutirmos a possibilidade de novos paradigmas em operação a partir desta condicionante mnemônica.

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Biografia do Autor

Nestor Figueiredo, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Letras pela UFPB (1998). Graduando em Ciências das Religiões (UFPB). Pesquisador nas áreas de Budismo; Cristianismo Primitivo e Filosofia.

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Publicado

2017-06-08

Edição

Seção

Artigos: Temática Livre