A reminiscência do politeísmo árabe no Islã
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-0476.2019v9n1.45206Palavras-chave:
Politeísmo árabe, Jaḥiliya, IslãResumo
O Islã surgiu como uma fé monoteísta de linhagem abraâmica no seio da Península Arábica no séc. VII e desde sua fundação se manteve indissociável e profundamente imbricado com a identidade árabe. Não só pela língua da revelação corânica, o livro sagrado dos muçulmanos, ser o árabe, mas pela própria ligação que a religião terá com a noção de pertencimento a uma cultura, a um povo, que transcenderá as fronteiras peninsulares e se difundirá como que inerente à própria condição de ser muçulmano. Até hoje há uma confusão entre o que é ser árabe e o que é ser muçulmano, pois ambas as identidades se entremearam na constituição da fé islâmica. Contudo, a identidade árabe anterior ao Islã estava calcada em uma fé politeísta autóctone, religiosidade esta que regia aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos de então, mas sobretudo a própria noção de conexão e pertencimento das tribos árabes ao seu meio. Dessa maneira, a proposta deste artigo é argumentar em que medida o Islã romperia totalmente com essa religiosidade e se o mesmo ao abarcar a cultura árabe como sua identificação, não teria trazido para si elementos do politeísmo pré-islâmico.Downloads
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Publicado
2019-07-30
Edição
Seção
Artigos: Temática Livre