A culpa e suas relações com a religiosidade e o sentido da vida
Resumo
O presente estudo partiu do pressuposto de que a religiosidade está associada com a culpabilidade. Teve como objetivo o de conhecer as relações entre as dimensões da culpa com as atitudes religiosas e com o sentido da vida. Participaram da pesquisa 213 estudantes universitários, sendo que a maioria dos entrevistados era da religião protestante (33,8%) e do sexo feminino (70,4%). A média de idade foi a de 28,5 (dp = 9,9), com amplitude de 18 a 63 anos. Os dados foram coletados por meio dos seguintes instrumentos: escala de atitude religiosa, questionário sentido de vida, escala multidimensional da culpa, escala de percepção ontológica do tempo e um questionário sóciodemográfico. Os resultados sugerem que tanto o sentimento religioso quanto a busca de sentido se associaram diretamente com as três dimensões da culpa. Já a corporeidade religiosa se correlacionou positivamente com a culpa subjetiva e com a objetiva. O comportamento religioso, por sua vez, correlacionou com a culpa subjetiva. Os resultados também indicam que a presença de sentido está inversamente relacionada com a culpa temporal e que os itens "há uma grande distância entre quem eu sou e quem eu poderia ser" se associam tanto com a culpa subjetiva quanto com a culpa temporal. Tais achados são discutidos à luz da análise existencial de Viktor Frankl. Concluiu-se que, por um lado as pessoas mais religiosas são mais susceptíveis à culpabilidade e, por outro, a culpa provém também da perspectiva ontológica, quando o ser humano deixa de realizar o seu senso de dever e responsabilidade.Downloads
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Publicado
2016-12-29
Edição
Seção
Estudos Empíricos