ENTRE OS LIMITES NATURAIS DO ESPAÇO URBANO E DA MARGINALIZAÇÃO, AS CONDIÇÕES DE VIDA DAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS
Resumo
Há séculos se desenvolve na região costeira do Brasil, um tipo da atividade artesanal que, por não ter acompanhado o desenvolvimento tecnológico nem o desenvolvimento econômico do país, segundo as necessidades urbanas do capitalismo, padece da falta de atenção do Estado. Trata-se da pesca artesanal, que a despeito das novas tecnologias espaciais, dá conta de um espaço cotidiano, fazendo circular informações que numa escala de programas espaciais via satélite não aparecem. Essa atividade desenvolve-se às vezes em espaços considerados fragéis do ponto de vista ambiental, como os mangues. Os pescadores das áreas ribeirinhas, nem sempre de tradição pesqueira, habitam centros urbanos de porte médio às margens de rios formadores de estuários, no limite entre as construções legais da cidade e o rio. Esse limite é a área do mangue, que mesmo sendo imprópria ao habitat permanente, representa o abrigo de comunidades, cujas relações com o urbano se dão naquilo em que a cidade tem como fetiche: o trabalho, os serviços e o consumo. O Estado mantém uma coexistência pacífica com essas comunidades que vivem na miséria, até o momento em que as áreas por elas ocupadas passam a servir a outras funções como ao turismo, tornando-se valiosas do ponto de vista imobiliário.Downloads
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Publicado
2010-06-20
Edição
Seção
Artigos Técnico-Científicos