MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BARRA NOVA E SUAS RELAÇÕES COM A SUSCETIBILIDADE EROSIVA
Resumo
Atualmente, a erosão dos solos constitui-se um problema ambiental que afeta diferentes regiões em todo o globo. O uso desordenado da terra em bacias hidrográficas pode potencializá-lo, desencadeando diversos problemas, dentre eles, o assoreamento de reservatórios. Assim, é importante realizar análises de implicações nas alterações do uso da terra que venham a gerar sedimentos e perdas de solo. A presente pesquisa objetiva analisar as relações entre o uso da terra e a dinâmica geomorfológica, na Bacia do Rio Barra Nova, para observer como se desenvolvem o uso da terra nos diferentes compartimentos do relevo, e elucidar o nível de suscetibilidade à erosão. Para tanto, foram utilizadas imagens de sensores orbitais, além de dados de precipitação e solo. Para a estimativa de perda de solo foi utilizada a Equação Universal de Perdas de Solo (USLE). O mapeamento do uso da terra identificou onze classes de uso que foram verificadas em campo, com destaque para a Pastagem, representando 53,15% de área, seguida das classes Caatinga Degradada, Cultivo Temporário Diversificado, Caatinga Arbustiva, Reservatórios Artificiais, Cidades, Uso não Identificado, Caatinga Arbórea, Vilas, Extração de Minerais não Metálicos e Outras áreas Urbanizadas. O mapeamento geomorfológico utilizou a metodologia proposta por Ross (1992), através do qual foram identificados nove modelados, com um índice de dissecação variando entre moderado e muito forte. No geral, a bacia apresentou uma de perda de solo moderada, mas já demonstra sinais da necessidade de um olhar mais cuidadoso quanto aos usos da terra existentes, para uma melhor gestão de seus recursos naturais e na mitigação da suscetibilidade a erosão. Além disso, outros fatores como a existência de mais de mil e duzentos barramentos clandestinos à montante do Açude Itans, lança um alerta no tocante à sua influência sobre a escassez hídrica apresentada no referido reservatório.