MORINGA - Artes do Espetáculo

MULHERES PALHAÇAS BRASILEIRAS E O LEGADO DE ANNIE FRATELLINI

Daniele Pimenta, Mário Bolognesi — Tue, 19 Dec 2023 00:00:00 -0300

Neste artigo, analisamos a importância de Annie Fratellini nas transformações pelas quais o Circo passou nas últimas décadas, tanto do ponto de vista artístico quanto do pedagógico. Tendo como ponto de partida nossa pesquisa sobre as mulheres circenses no Brasil e a observação do crescimento exponencial do número de mulheres palhaças, abordamos o trabalho da multiartista Annie Fratellini, que é uma grande referência como palhaça e que criou, junto com Pierre Étaix, a primeira escola de Circo do ocidente.

ANNIE FRATELLINI ITÁLIA FRANÇA, IDA E VOLTA O ROUBO DA MONA LISA

Alessandro Serena; Ivanildo Piccoli — Tue, 12 Dec 2023 00:00:00 -0300

Este texto é uma reflexão sobre a formação cultural de Annie Fratellini, considerando suas raízes familiares italianas e sua trajetória profissional francesa, tanto no campo artístico quanto no pedagógico. São abordados diversos aspectos de sua trajetória, a partir desse enfoque, permitindo compreender tanto a riqueza de sua vida, quanto de sua carreira, bem como sua importância para o Circo em todo o mundo.

ANNIE FRATELLINI, UMA PALHAÇA À FRENTE DO AUGUSTO

Laura Marques de Souza Salvatore — Tue, 12 Dec 2023 00:00:00 -0300

A partir de uma abordagem etnocenológica, este artigo busca destacar das autonarrativas de Annie Fratellini as espetacularidades de sua vida cotidiana. Supõe-se que ela aprendeu a ser palhaça antes de formar um duo com Pierre Étaix. Será levado em conta o aprendizado que acontece através do corpo, como inscrição de conhecimento, transmitido por seus ancestrais palhaços. Conclui-se que Annie foi uma palhaça na vida, sobretudo, no período em que ela esteve fora do circo.

ANNIE FRATELLINI: A CRIANÇA DO GLOBO

Roberto Cuppone; Ivanildo Piccoli — Tue, 12 Dec 2023 00:00:00 -0300

Este artigo apresenta o percurso de vida e obra de Annie Fratellini, contextualizando-o desde a trajetória circense de sua família, até seu legado artístico e pedagógico. Com uma carreira intensa, rica e diversificada, Annie foi musicista, atriz, acrobata, palhaça e professora de circo, tornando-se uma das maiores referências para o chamado Circo Novo, para o ensino das artes circenses e para o movimento de mulheres palhaças.

ANNIE FRATELLINI, LIBERDADE DE MÃE PARA FILHA

Valérie Fratellini, Philippe Goudard; Daniele Pimenta — Tue, 12 Dec 2023 00:00:00 -0300

Este texto traz, após uma breve introdução sobre Annie Fratellini, uma entrevista realizada recentemente com Valérie Fratellini, sua filha. Valérie foi parceira de trabalho de Annie, em cena e, atualmente, dirige a escola criada por Annie e Pierre Étaix, a Académie Fratellini. A entrevista aborda questões como a transmissão de saberes, no âmbito familiar e na Académie; a relação pessoal e profissional entre as duas; além de discussões sobre gênero e feminismo.

ARTE E PALHAÇARIA

A Editoria — Tue, 12 Dec 2023 00:00:00 -0300

Apresentação do conteúdo desta edição, com dados e comentários a respeito dos textos.

INVENTÁRIO SONORO PARA A CENA

Guilherme Mayer, César Lignelli — Tue, 12 Dec 2023 00:00:00 -0300

O objetivo do presente artigo é definir conceitualmente inventário sonoro e demonstrar possibilidades de sua utilização para a cena. Parte-se da etimologia da palavra inventário, perpassando por sua perspectiva em outros saberes e fazeres, visando uma compreensão múltipla do conceito. Em complemento, são apresentados exemplos de uso dessa ferramenta no espetáculo DeBanda (2017) e em diversas etapas de hipotéticos processos de criação.

A DRAMATURGIA DO ESPECTADOR

Robson Rosseto, Ana Letícia Villas Bôas — Tue, 12 Dec 2023 00:00:00 -0300

O presente artigo aborda a dramaturgia do espectador emergente do contato entre público e obra no momento da mediação teatral on-line com crianças, a partir de um corpo-máquina-poético. Atravessada pela criação de engajamentos crítico-afetivos, por meio das estratégias metodológicas Estímulo Composto, de John Somers (2011), Pré-texto e Professor-personagem, de Beatriz Cabral (2006), fez-se possível aflorar nas crianças novas percepções poéticas, marcadas pela tecnologia.

SER PROFESSOR DE ARTE

Carolina Romano de Andrade, Sidiney Peterson Ferreira de Lima — Tue, 12 Dec 2023 00:00:00 -0300

O artigo apresenta uma reflexão sobre a disciplina “A Experiência Artística e a Prática do Ensino de Artes na Escola”, ministrada pelos autores no ProfArtes/IA-Unesp-SP, em 2019. O texto destaca a importância de trazer os conflitos que emergiram durante o processo e como esses momentos foram importantes para a conformação, estruturação e reinvenção da proposta de formação colocada em prática com os estudantes-professores durante a disciplina.

REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA EM TEATRO E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Antônio do Carmo Brasil — Tue, 12 Dec 2023 00:00:00 -0300

O processo de democratização, expansão e interiorização do ensino superior por meio da educação a distância, levanta reflexões sobre sua relevância inclusiva de norte a sul do Brasil. Assim, propõe-se refletir sobre o surgimento da educação a distância pela perspectiva da Arte, especificamente, o Teatro, e ao processo de formação de professores em Teatro por meio da EaD. Evidenciam-se que, entre os aspectos dimensionais analisados nesta pesquisa, surgem novas percepções sobre a educação a distância em Teatro, no que se refere à formação docente e sua tendência no processo de interiorização e democratização dessa linguagem artística no cenário educacional brasileiro.

FLÁVIO DE CARVALHO – COMEDOR DE EMOÇÕES

Maciej Rozalski — Tue, 12 Dec 2023 00:00:00 -0300

Em 1956, o artista brasileiro Flávio de Carvalho realiza “Experiência número 4”, uma viagem artística e antropológica para encontrar e interagir com as tribos indígenas na Amazônia. No seguinte texto, queremos analisar a viagem de Carvalho como um excepcional experimento nas fronteiras entre a arte e a ciência. Utilizamos antropologia da cultura e estudos decoloniais para mostrar tambem como é perigoso quando a arte ultrapassa essas fronteiras.

POR UMA DRAMATURGIA HISTÓRICO-ARQUETÍPICA

Stephan Baumgartel — Tue, 12 Dec 2023 00:00:00 -0300

A partir de um resgate dos procedimentos de formação e de uma reflexão sobre as discussões estéticas e poéticas presentes nas oficinas de dramaturgia, sob coordenação de Luís Alberto de Abreu, nos anos 90, este texto situa as práticas de Abreu como oficineiro e reflete sobre o seu possível legado para núcleos atuais de dramaturgia. Esse legado é avaliado para além das pedagogias de orientação dramatúrgica como um posicionamento híbrido perante o tempo histórico em que dramaturgos, artistas da cena e público se vêm inseridos e que se traduz por um lado numa defesa de uma atitude arquetípica humanista ante os problemas sociais apresentados como formais no interior da dramaturgia, e por outro lado se traduz em procedimentos paradramáticos, no sentido de aceitar e utilizar como contexto da forma dramática num enfoque aristotélico, mas para introduzir nela microestruturas (de personagem, de narrativa, de modos de enunciação, de espacialidade cênica, etc.) que não se encaixam nem numa dramaturgia entendida como drama moderno burguês nem nos procedimentos chamados pós-dramáticos, exatamente por sua origem numa poética de estruturas arquetípicas.

A POÉTICA DA AUDIODESCRIÇÃO MEDIANDO A PERFORMANCE DA CENA CLOWN COM STOP MOTION E TEATRO DE SOMBRAS

Thiago de Lima Torreão Cerejeira, Jefferson Fernandes Alves — Tue, 12 Dec 2023 00:00:00 -0300

As proposições artísticas que estabelecem interconexões com as tecnologias evidenciam a recorrência do tecnovívio na cena contemporânea. Misturas inusitadas entre formas animadas como o stop motion e o teatro de sombras associadas à cena teatral podem resultar em linguagens híbridas que oferecem ao espectador uma experiência de fruição estética muito peculiar, e ainda mais instigante, se considerada a perspectiva da tradução intersemiótica da audiodescrição para espectadores com deficiência visual, conduzindo à reflexão acerca de se a potência da palavra conseguirá ser mediadora da poética visual de um espetáculo que congregue a performance e as articulações entre corpo e formas animadas.